General Mourão é petista - Bolsonaro, demita-o da 'função' de candidato a vice; ele vai te levar a derrota
Após vice defender fim do 13º, Bolsonaro rebate e diz que proposta é 'ofensa a quem trabalha'
General Mourão questionou pagamento do direito e de abono de férias durante palestra
[Bolsonaro, ainda há tempo para demitir o Mourão e colocar qualquer outro no lugar - de ideal um que fale pouco e saiba a exata função de um vice-presidente da República e tenha em conta que o candidato a vice deve falar menos.
Se o general Mourão permanecer candidato, vamos ter no Brasil a mesma situação do DF - o vice-governador do atual governador do DF são inimigos.
Vice excelente é o que segue o padrão do ex-vice presidente Marco Maciel - possuidor de bom senso, ética, respeito ao presidente e lealdade.]
O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) rebateu o próprio vice, general Hamilton Mourão (PRTB), que criticou o pagamento de décimo-terceiro salário e o abono de férias
durante palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana (RS). O
parceiro de chapa do deputado federal destacou que tais direitos eram
"jabuticabas brasileiras" ao criticar os custos do trabalhador no
discurso.
Bolsonaro
usou as redes sociais para frisar que o décimo-terceiro está previsto
na Constituição. O candidato destacou que criticar este direito é uma
"ofensa a quem trabalha" e configura uma "confissão de desconhecimento"
sobre o texto constitucional. "O
13° salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em
capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por
proposta de emenda à Constituição). Criticá-lo, além de uma ofensa à
quem trabalha (sic), confessa desconhecer a Constituição", escreveu
Bolsonaro.
A
declaração de Mourão foi dada em palestra na última quarta-feira. O
general disse que esses benefícios da lei trabalhista são um peso para o
empresário. - Temos algumas jabuticabas que a gente sabe que é uma mochila nas
costas de todo empresário. Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Se a
gente arrecada 12 (meses), como é que nós pagamos 14? É complicado, e é o
único lugar em que a pessoa entra em férias e ganha mais, é aqui no
Brasil - disse Mourão. -
São coisas nossas, a legislação que está aí, é sempre aquela visão dita
social, mas com o chapéu dos outros, não é com o chapéu do governo.
Questionado
sobre a declaração de Mourão, o presidente do PSL, Gustavo Bebianno,
disse ao GLOBO que a crítica ao 13º e às férias é uma posição "pessoal".- Essa não é uma proposta da campanha, do Jair Bolsonaro ou do Paulo
Guedes. Não há nada sobre acabar com o 13 salário. Isso é uma posição
pessoal do (General) Mourão - disse Bebbiano.
Mourão já havia criado polêmica ao dizer que lares que só tem mãe e
avó são "fábricas de desajustados", e ao se referir a parceiros
comerciais do Brasil na África e na Ásia como "mulambada". Repreeendido
pela cúpula do PSL pelas falas, o general evitou o contato com a
imprensa e passou a adotar um discurso mais contido. Ele dizia ser
vítima de frases descontextualizadas, retiradas de suas palestras.
O Globo
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