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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Os generais do capitão não são comparáveis com os da ditadura e Bolsonaro dá de 7 X 1 nos antecessores


Os generais no palácio do capitão 

Bolsonaro, o capitão que trouxe os generais de volta ao poder

Com seu vice e dois generais da reserva no Planalto, Bolsonaro conseguirá, pelo voto, algo inédito 

[A quem interessa a discussão sobre o número de militares no governo Bolsonaro?
Só aos críticos de plantão:
- a organização criminosa do Lula e seus puxadinhos e a segmentos da mídia a soldo da organização...


Fundamental é que o capitão leve ao governo gente séria e competente - Sexo, cor, civil ou militar, tanto faz. O tempo dirá se as escolhas foram acertadas.  A olho nu, já se observa que há uma diferença colossal entre os ministros e chefes de estatais chamados por Bolsonaro e o verdadeiro covil que dominou a era Lula.


A partir de janeiro, saberemos quão eficiente será o governo Bolsonaro -
 
De todo modo, em relação à ética, Bolsonaro dá de 7 X 1 nos antecessores.

Por: Tomaz Filho]


A escolha do general Carlos Alberto dos Santos Cruz para a Secretaria de Governo do futuro presidente, Jair Bolsonaro,  consolidou a inédita marca militar da próxima administração.  Considerando-se que um de seus antecessores foi o deputado
Geddel Vieira Lima, hoje encarcerado, a melhoria de padrão será indiscutível. Santos Cruz junta-se aos generais da reserva Hamilton Mourão (vice-presidente) e Augusto Heleno   (Segurança Institucional) na equipe que trabalhará no Planalto. Bolsonaro, o chefe de todos eles, é um capitão reformado que chegou à Presidência pelo voto.


Essa circunstância desautoriza qualquer comparação automática com os poderes palacianos durante a ditadura. Os generais de Bolsonaro comandaram tropas das Nações Unidas  no Haiti e no Congo.  Os da ditadura comandaram mesas em representações no exterior. Deles, só Castello Branco e Golbery do Couto e Silva  estiveram na Segunda Guerra. (Golbery não ouviu um só tiro.)  Forçando-se a mão, pode-se comparar a presença de Santos  Cruz na Secretaria de Governo com a ida de Golbery para a  chefia do Gabinete Civil do presidente Ernesto Geisel, em 1974.  Contudo, há duas diferenças. Golbery nunca foi general no  serviço ativo, pois foi para a reserva em 1962 como coronel e  ganhou a promoção automática que a lei da época lhe  assegurava. 


Depois de criar e dirigir o SNI, ele foi para o  Tribunal de Contas e de 1969 ao início de 1974 esteve na iniciativa privada, presidindo a filial brasileira da Dow Química. Os generais da ditadura viveram a anarquia e rebeliões  políticas do século passado. Costa e Silva foi preso em 1922   e Golbery, detido em 1955, redigiu todos os manifestos da indisciplina de coronéis e generais das décadas de 50 e 60.  Médici e Geisel rebelaram-se em 30. Castello Branco, nunca.  Todos participaram da deposição de João Goulart. Desde  1950, as Forças Armadas estavam publicamente divididas por motivos políticos. Hoje essa divisão não existe.


Bolsonaro e seus generais vieram de outra cepa, num período  de profissionalismo e pacificação política dos quartéis. Ainda   assim, em 1978, o capitão Augusto Heleno, ex-ajudante de ordens do general Sylvio Frota, viu-se observado, em pelo menos um documento do SNI. Em 2008, como comandante  militar da Amazônia, ele criticou a política indigenista e foi  aconselhado a evitar o assunto. Há três anos, depois de um pronunciamento político, o general Hamilton Mourão perdeu a prestigiosa chefia da tropa do Sul.  Ele mesmo reconheceu, citando o ex-comandante Enzo Peri, que "cada um tem que saber o tamanho de sua cadeira", e extrapolara o tamanho da sua.


Já o capitão Bolsonaro tomou uma cadeia por ter escrito um  artigo defendendo o aumento do soldo dos militares e foi  excluído do quadro da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais   em 1987, por ter desenhado num croqui o que poderia ser a colocação de uma bomba na adutora do Guandu.  Ele negava a autoria do desenho. Uma perícia confirmou-a e   outra, não. Mais tarde, o capitão foi absolvido pelo Superior  Tribunal Militar, por voto de minerva em favor do réu. A presença de militares da reserva no coração do Planalto   durante um governo eleito é jogo jogado, desde que cada  um saiba o tamanho de sua cadeira.


Um dos maiores secretários de Estado do governo americano foi o general George Marshall. Quando ele era chefe do  Estado-Maior Conjunto, o general Douglas MacArthur  desafiou o presidente Harry Truman. Comandando a tropa  que guerreava na Coreia, tinha uma cadeira enorme. Marshall   defendeu sua demissão, para confirmar a primazia do poder  civil. A cadeira de Truman era maior.




 


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