"O
fascismo contra a educação. Perfeito. Para os heróis da narrativa, esse
foi o melhor bordão depois do rosa para meninas e azul para meninos. Não
pense que é fácil viver como catador de lixo ideológico. É preciso ser
sagaz, esperto como uma águia para ver a oportunidade – aquela xepa de
panfleto dando sopa na sua frente. Aí você tem que agarrar a chance como
quem agarra um cargo numa universidade pública oferecido por um
padrinho do PSOL.
Contingenciamento de verbas públicas para todas
as áreas (inclusive educação) cansaram de acontecer em todos os
governos – especialmente em inícios de mandato. Mesmo Lula, o ídolo dos
acadêmicos, e Dilma, a musa dos intelectuais, congelaram e eventualmente
meteram a tesoura em corte raso nas áreas sociais – até porque roubaram
tanto que precisavam compensar de alguma forma. E a resistência
democrática e cultural sempre achou tudo lindo, para não estragar a
narrativa que sustenta suas panelas – sempre cheias e imunes à crise.
Depois
do impeachment já houve um primeiro ensaio desse teatro revolucionário.
No que os parasitas do PT foram enxotados da máquina pública, começou o
esforço para tapar o rombo deixado pela quadrilha do bem – e uma das
medidas fiscais mais importantes foi acabar com a contabilidade criativa
(que derrubou Dilma) e restabelecer um teto de gastos. A emenda que
cessava a orgia foi batizada de PEC do Fim do Mundo por esses
progressistas de butique – já ali anunciando um ataque malévolo (e
falso) à educação. Até a ONU ajudou a espalhar essa fake news – embora
isso não tenha muita importância, porque a ONU tem se prestado a papéis
bem piores.
Entre os que integravam aquela claque apocalíptica
estavam, curiosamente, personagens importantes para a instituição da
responsabilidade fiscal no Brasil, como Fernando Henrique Cardoso. Como
se sabe, o mais alto mandamento para certos homens públicos no Brasil é
ficar bem na foto – e naquele momento transcorria a famosa conspiração
Janoesley (criatura surgida da fusão entre um procurador-geral e um
açougueiro biônico). Parte da grande imprensa infelizmente aderiu à
armação e levou junto todos esses papagaios de pirata da sagrada luz
midiática.
E aí está de novo a mesma claque, incluindo o mesmo
FHC (que pena, presidente), gritando que o obscurantismo chegou para
acabar com a filosofia e a sociologia. É o tipo de fake news que os
caçadores de fake news mais gostam de perpetrar, porque cola. E como
você sabe, hoje em dia boa parte desse jornalismo de campanha que
lamentavelmente se espalhou por aí não precisa nem de pretexto para
fazer proselitismo.
Nos Estados Unidos, por exemplo, segundo a
cobertura de parte significativa da imprensa, o Obama que travou a
economia com sua demagogia tributária e foi pego em grave espionagem
política é o bonzinho; e o Trump que ia provocar a Terceira Guerra
Mundial e está melhorando todos os indicadores sociais é o nazista. Fim
de papo, não adianta discutir. Cartilha é cartilha, dogma é dogma.
A
impostura se torna um pouco mais patética quando você lembra que a
filosofia e a sociologia no Brasil – que segundo os arautos do
apocalipse estão sob ataque letal – hoje abrigam, miseravelmente, uma
fraude acadêmica. Parte considerável das verbas públicas destinadas a
essas disciplinas viraram subsídio para contrabando político-partidário.
A tragédia das ciências humanas no país já se deu com o sequestro do
conhecimento pela panfletagem – e a transformação criminosa de salas de
aula em assembleia do PSOL e do PT. Obscurantismo é isso – e o longo silêncio de vocês, bravos democratas de festim, diante desse massacre cultural é obsceno.
Assinaram
embaixo dessa fraude acadêmica, e não mostraram a valentia de agora nem
quando os cafetões partidários da UFRJ carbonizaram o Museu Nacional
com sua incúria. Quando querem, vocês são os reis da tolerância. Não
deram nem um gemido quando foi revelado que o Colégio Pedro II – que
vocês agora fingem defender em nome da educação – tinha virado uma
espécie de sucursal do PSOL, com comitê local e tudo. Sob o
pretexto da resistência ao obscurantismo, vocês estão escrevendo a mais
vergonhosa página de picaretagem intelectual da história."
Guilherme Fiuza - Gazeta do Povo
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
domingo, 12 de maio de 2019
"A filosofia da fraude (sem cortes)"
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