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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Bolsonaro põe em dúvida agressão a profissionais do 'Estado': 'Se houve, partiu de infiltrados'

O Estado de S.Paulo

Presidente alega que não viu as agressões ao fotógrafo Dida Sampaio e a outros membros da equipe 

Em publicação nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro atribuiu a agressão sofrida por profissionais do Estadão a "possíveis infiltrados" em ato realizado contra o Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF) do domingo, 3, em Brasília. Bolsonaro esteve presente na manifestação, mas disse que não viu a violência ao fotógrafo Dida Sampaio e outros membros da equipe de reportagem.




"A TV Globo no Fantástico de ontem se dedicou a ataques ao Presidente Jair Bolsonaro, pelo fato de um fotógrafo do Jornal O Estado de SP ter sido agredido por alguns possíveis infiltrados na pacífica manifestação", disse.

O mesmo texto foi disparado nas primeiras horas da manhã por Bolsonaro para alguns de seus contatos pessoais. O presidente disse condenar a violência e alegou que não viu a agressão, pois estava na área cercada do Palácio do Planalto.
"Também condenamos a violência. Contudo, não vi tal ato, pois estava nos limites do Palácio do Planalto e apenas assisti a alegria de um povo que, espontaneamente, defendia um governo eleito, a democracia e a liberdade", declarou.
Bolsonaro comparou a agressão aos profissionais de imprensa com situação de pessoas que estão sendo abordadas por forças policiais em algumas cidades por descumprirem o distanciamento social.


"Até agora não vi, em dias anteriores a TV Globo sair em defesa de uma senhora e filha que foram colocadas a força dentro de um camburão por estarem nadando em Copacabana, outra ser algemada por estar numa praça em Araraquara/SP ou um trabalhador também ser algemado e conduzido brutalmente para uma DP no Piauí", afirmou.
Segundo o chefe do Executivo, "a maior violência que o povo sofre no Brasil é aquela contra seus direitos fundamentais, com o apoio ou omissão da Rede Globo".

O presidente participou da manifestação antidemocrática na Esplanada dos Ministérios e fez transmissão ao vivo em suas redes sociais.
No ato, manifestantes também gritaram palavras de ordem contra o ex-ministro Sérgio Moro e o presidente da CâmaraRodrigo Maia (DEM-RJ). No protesto, apoiadores de Bolsonaro chegaram a agredir fisicamente profissionais do jornal O Estado de S. Paulo.

Ministros do Supremo, partidos políticos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e entidades como a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) rechaçaram ontem os ataques. Em nota, a direção do Estadão disse que “trata-se de uma agressão covarde contra o jornal, a imprensa e a democracia”. A postagem de Bolsonaro nas redes sociais foi a primeira manifestação oficial de alguém do governo sobre o episódio.

O Estado  de S. Paulo - Emilly Behnke e Jussara Soares 


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