TRF-3 suspende ordem que obrigava Bolsonaro a entregar exames de covid-19 - Veja

Por João Batista Jr. 

A novela do mostra-não-mostra o resultado dos exames de Covid-19 ganhou mais um capítulo. A desembargadora plantonista Mônica Nobre, do Tribunal Regional Federal da 3 Região, acatou o pedido da Advocacia Geral da União de derrubar a decisão que obriga o presidente Jair Bolsonaro de entregar seus exames de coronavírus. A desembargadora suspendeu pelo prazo de cinco dias o cumprimento da decisão que obrigava o presidente a fornecer os papéis até aqui mantidos em sigilo. Ela decidiu estender o prazo para que o relator do caso na segunda instância analise os argumentos da AGU.

Derrubada pelo TRF-3, a decisão da Justiça Federal de Federal se deu após o governo federal enviar na sexta,1, apenas um relatório, segundo o qual o presidente estava assintomático e havia testado negativo. Não foram apresentados exames em si. O pedido para ter acesso ao material foi feito pelo jornal O Estado de S. Paulo. O argumento de manter o sigilo, segundo a governo federal, seria para resguardar informações pessoais do presidente.

[parece piada, mas no Brasil é verdade;
No Brasil o sigilo médico e de exames é assegurado por lei.
Mas o parecer piada está no fato de prosperar pretensão de violar o sigilo médico do Presidente Bolsonaro - sem nenhum fundamento, exceto curiosidade, visto que sequer pode ser argumentado que  manter o sigilo do resultado dos exames pode trazer risco a saúde pública. 
É fato que a data dos exames - se realizados - seria meados de março e que o infectado pelo vírus causador da Covid-19,  tem capacidade de transmissão em torno de 15 dias. 
Assim, as pessoas que poderiam ter sido contaminadas pelo presidente Bolsonaro - no caso de uma não provada infecção - se recuperaram nos primeiros dias de abril/20.
Mas, a piada surge é que no Brasil o sigilo médico do PR corre risco,  já bandidos condenados cumprindo penas em presídios não podem ter o rosto mostrado - alegam invasão de privacidade.] 

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