Hoje a BBCBrasil e o G1 trouxeram dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que confirmam a tendência. O vírus segue sua rota natural de capilarização.
Apenas países em que o Estado tem autoridade real para
impedir deslocamentos populacionais e impor lockdowns radicais conseguem
bloquear a marcha batida do vírus. Estados Unidos e Brasil
são o contraexemplo.
Principalmente o Brasil, em estado de pré-anomia do Estado.
Resta saber como vamos lidar com um efeito imediato: o deslocamento maciço de
pessoas para os grandes centros em busca de atendimento médico de alta complexidade
indisponível nas pequenas localidades. [o destaque dado ao Brasil está certíssimo;
além do enfraquecimento das leis, temos uma situação em que um presidente da República, eleito com quase 60.000.000 de votos, é vítima de um processo implacável de redução de sua autoridade, tanto que até para decisões menores precisa realizar uma pesquisa de opinião - devendo considerar como principal da pesquisa a opinião de alguns que estarão entre os que irão julgar a contestação aos atos presidenciais.]
Um “êxodo rural de novo tipo” (desconte a figura de
retórica) em pleno Brasil do século 21.
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político - Análise Política
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