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sábado, 18 de julho de 2020

Forças Armadas - A contundente resposta dos militares a Gilmar Mendes

O ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes, demitiu a senhora que era coordenadora-geral do Inpe para observação da Terra. O ministro tem sido cobrado pelo presidente da República sobre as queimadas e os desmatamentos. O vice-presidente Hamilton Mourão coordena esse grupo da Amazônia. Ele vai pedir 120 dias para diminuir o desmatamento, porque o Brasil precisa dar uma resposta à propaganda negativa que fazem do país em relação à proteção da floresta amazônica.

Repúdio das Forças Armadas
Eu nunca vi uma nota de militares tão grave e marcante como essa que foi feita para o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Tem muita gente vibrando com essa resposta.
Mas ele extrapolou também. O ministro afirmou que o Exército estaria se associando a esse “genocídio” ao manter militares no Ministério da Saúde, se referindo à forma com que o governo está tratando o coronavírus.
Só tem um único militar da ativa do governo que é o ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello. Havia o general Luiz Ramos, que há 10 dias passou para a reserva. E todos os demais militares no governo estão na reserva. Militares da reserva são como todos os civis.

A nota do Ministério da Defesa foi assinada pelo ministro-general Fernando Azevedo e Silva e pelos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. O texto afirma que os comandantes repudiam veementemente a acusação apresentada pelo senhor Gilmar Mendes contra o Exército brasileiro. Nem sequer o chamam de ministro do STF.
“Comentários dessa natureza, afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, infundada, irresponsável e leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia”.

Por fim, os autores avisam que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica estão dedicados a proteger as populações durante a pandemia e que o Ministério da Defesa vai encaminhar representação à Procuradoria-Geral da República para que as medidas cabíveis sejam tomadas.
Eu nunca vi os ministros da Suprema Corte dos EUA dar declarações, ir a coquetéis ou tomar atitudes afins. 
Juízes falam nos autos, mas no STF há alguns que passam o dia dando entrevistas e fazendo declarações.[uma providência adequada era proibindo ex-ministros do STF - afastados por aposentadoria ou qualquer outro motivo - não possam ser candidato a nenhum cargo eletivo em eleições realizadas nos dois anos seguintes ao do afastamento.] 
O problemas é que essas declarações acabam conflitando com os votos deles, com as relatorias de processos. Pode acontecer de estarem falando sobre um assunto que mais tarde eles vão precisar julgar, isso é muito ruim. A reação dos militares e do Ministério da Defesa foi ótima.

Solidariedade a Nise
Como eu falei a respeito da atitude completamente descabida do Hospital Albert Einstein de repudiar a fala da médica Nise Yamaguchi, que comparou o medo que as pessoas têm do coronavírus ao holocausto, ela me ligou.
Eu acho que o hospital vai voltar atrás na fala. Eles precisam ler de novo o que ela disse, porque quem deu a declaração deve seguir a cartilha de Paulo Freire, porque lê e não entende o que leu.

Ela me contou que recebeu do médico Vladimir Zelenko, de Nova Iorque, que é judeu e o homem da hidroxicloroquina lá nos Estados Unidos, uma mensagem de apoio e solidariedade.

Zelenko costuma dizer que parece que querem que o brasileiro morra porque não se está usando um medicamento que existe e que, segundo ele, está dando certo. Ele também diz preferir viver empiricamente do que morrer cientificamente. Eu acho que nós temos que nos curvar à experiência do dia a dia e não à ciência.

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo




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