O politicamente correto e o movimento feminista têm atacado o
conceito de maternidade, o que demanda uma reação de quem compreende a
função insubstituível de uma mãe. Vemos até iniciativas para trocar o
Dia das Mães por um vago “Dia da Família”, sendo que por família se
entende qualquer coisa atualmente.
Huxley, em seu “Admirável Mundo Novo”, imagina um mundo em que a
simples ideia de mãe produz aversão nas pessoas, e só o “selvagem”
preserva esse apego maternal. Estamos quase lá? A naturalidade com que
se fala em aborto, [crime hediondo, cometido por mulheres repugnantes, desumanas, covardes, que não vacilam em assassinar seres humanos inocentes e indefesos e que se encontram no local que deveria ser o mais seguro: a barriga das 'mães', neste caso repugnantes assassinas.] como se fosse análogo a cortar o cabelo, ou o ódio
que feministas radicais sentem da mulher que escolhe cuidar dos filhos,
assim como o casamento tido como uma “luta de classes”, mostram que sim.
Pai e mãe deixaram de ser complementares e se tornaram inimigos no
imaginário “progressista”.
Li esses dias “Presente do Mar”, de Anne Morrow Lindbergh. São belas
reflexões de uma mulher de meia-idade escritas há meio século. A autora
tenta se equilibrar entre suas diferentes funções: mulher de uma figura
pública, mãe de cinco e aviadora, além de escritora, podemos imaginar
que suas tarefas eram mesmo hercúleas. O livro mostra com delicadeza os
desafios da mulher moderna, sem cair na conversa fiada do feminismo
radical. Ao contrário, ela admite que, na tentativa de se emancipar, de se
provar igual aos homens, a mulher foi levada a competir com o homem em
suas atividades externas, negligenciando suas fontes interiores. Para
Anne, a mulher deve ser como o eixo da roda, que permite, com sua força
estável, que o mundo continue a girar. Sem essa característica, ela acha
que a família, a sociedade e talvez a própria civilização correm
perigo. Difícil discordar quando vemos tantas famílias desestruturadas
hoje em dia, como reflexo dos anos 1960.
Pessoas com bom senso entendem que o feminino e o masculino não são
iguais, tampouco inimigos. Jordan Peterson, em “12 regras para a vida”,
alega que a emasculação geral representa uma ameaça às nossas
liberdades: “Quando a suavidade e ser inofensivo se tornam as únicas
virtudes conscientemente aceitáveis, então a dureza e o domínio
começarão a exercer uma fascinação inconsciente. Em parte, o que isso
significa para o futuro é que, se os homens são pressionados demais para
se feminilizarem, ficarão cada vez mais interessados em uma ideologia
política dura e fascista”.
É a mãe que, normalmente, traz mais doçura e amor para dentro de
casa, que representa a estabilidade do lar, que garante a estrutura
familiar. O pai é a Lei, o limite, a ordem. Houve uma época em que se
entendia no Ocidente a importância dessa distinção e combinação. Será
que ainda há tempo para se lembrar que mãe é mãe, figura essencial para a
sobrevivência de nossa civilização?
Rodrigo Constantino, economista, escritor e um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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domingo, 13 de maio de 2018
Mãe é mãe!
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quinta-feira, 10 de maio de 2018
No Brasil pode; é normal se fazer tudo pelos direitos humanos dos criminosos
Suzane Richthofen e Anna Jatobá ganham saída da prisão pelo Dia das Mães
Suzane já era esperada pelo noivo e seguiu com ele para Angatuba, na região de Sorocaba, onde o empresário mora. O destino de Anna Jatobá não foi informado
Condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, em 2002, a
presa Suzane von Richthofen deixou a penitenciária feminina de Tremembé
(SP), na manhã desta quinta-feira (10/5), para passar o Dia das Mães em
liberdade. Outra detenta famosa, Anna Carolina
Jatobá, condenada a 26 anos e oito meses de cadeia pela morte da
enteada Isabela Nardoni, também foi beneficiada com a saída temporária
correspondente ao dia em que se prestam homenagens às mães. Ela saiu do
presídio um pouco antes da colega de prisão. [afinal Suzane é um exemplo de filha; não tem o menor sentido impedir que a assassina da própria mãe - e do pai também - passe o DIA DAS MÃES em liberdade;
aliás, o anormal com a Suzane se torna normal. Vejamos: ela saiu da prisão e o noivo a esperava, só que a criminosa foi casada com uma colega de cela. Tudo normal. No DIA DOS PAIS também ela será liberada para curtir.
Quanto a Anna Jatobá convenhamos que ela merece se divertir no DIA DAS MÃES - deu um exemplo e tanto do que uma boa mãe, que merece homenagens, faz com sua filha adotiva, apenas cinco anos de idade.
O pai da Isabela Nardoni que juntamente com Anna Jatobá assassinou a própria filha ainda está em regime fechado, mas vão faz o possível e o impossível para que ele seja liberado no DIA DOS PAIS.
O DIA DAS MÃES é dia 13 próximo, mas liberam as criminosas hoje - dia 10, com três de antecedência e só estão obrigadas a volta dia 15.]
Suzane
já era esperada pelo noivo e seguiu com ele para Angatuba, na região de
Sorocaba, onde o empresário mora. O destino de Anna Jatobá não foi
informado. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), as
duas devem se apresentar de volta à Penitenciária Santa Maria Eufrásia
Pelletier, em Tremembé, até as 17 horas de terça-feira, dia 15. A presa
cumpre pena desde 2006 e, há três anos, está em regime semiaberto. A
Defensoria Pública de Taubaté entrou com pedido de progressão para o
regime aberto, no qual o detento fica em liberdade.
No
último dia 3, Suzane foi submetida ao teste de Rorschach, avaliação
psicológica também conhecida como "teste do borrão de tinta". O
resultado é avaliado pela Justiça e há expectativa de que seja concedido
a ela o regime aberto. No caso de Anna
Carolina, seu advogado também pediu a progressão de regime, alegando que
ela já ficou o tempo legal na prisão e pode cumprir em casa o restante
da pena. A presa foi condenada, juntamente com o marido, Alexandre
Nardoni, pela morte de Isabela, jogada do sexto andar do prédio onde
moravam, na zona norte de São Paulo, em março de 2008.
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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
Enquanto isso no DF, a INsegurança Pública só aumenta
Para o saidão de ano-novo, Justiça do DF libera 1036 detentos
Caso o preso não volte, será considerado foragido, além de poder perder o direito ao regime semiaberto e responder a inquérito disciplinar
De acordo com levantamento da Subsecretaria do Sistema
Penitenciário, 1.036 detentos do regime semiaberto deixarão as unidades
prisionais temporariamente a partir das 7h desta sexta-feira (29/12). A
Justiça do Distrito Federal determinou que todos devem voltar aos
presídios até às 10h de terça-feira (2/1). Caso a decisão não seja
cumprida, o detento será considerado foragido, além de poder perder o
direito ao regime semiaberto e responder a inquérito disciplinar. Dentre
o número total de presos, 53 são mulheres.
Essa
será a décima saída especial de 2017. As outras oito ocorreram na
Páscoa, no Dia das Mães, em junho, em julho, no Dia dos Pais, em
setembro e em novembro. Os períodos de liberdade não são,
necessariamente, vinculados a datas comemorativas. Até quarta-feira (27/12), 12 dos 1.033 presos liberados para o
saidão de natal não retornaram aos presídios no período estabelecido.
Isso representa menos de 2% dos detentos que cumprem regime semiabertos e
que foram liberados pela Justiça entre os dias 22 e 26 de dezembro para
passar o feriado com a família.
Pode
ter o benefício o sentenciado que atenda aos requisitos previstos em
portaria da Vara de Execuções Penais, do Tribunal de Justiça do Distrito
Federal e Territórios (TJDFT).O direito à saída especial é concedido a
presos do regime semiaberto que tenham sido beneficiados com autorização
para saídas temporárias, para trabalho externo ou saídas quinzenais
para visitas a familiares.
O afastamento
temporário é previsto pela Portaria nº 6, de 2001 (alterada pela
Portaria nº 12, de 2001), desde que os detentos tenham gozado do
benefício ininterruptamente e sem ocorrências pelos últimos seis
meses.Por meio da Portaria nº 1, de 2017, e de acordo com a Lei de
Execuções Penais, o TJDFT determinou dez saídas temporárias de presos em
2017, com um total de 35 dias. Em 2016, foram seis datas: Páscoa, Dia
das Mães, Dia dos Pais, Dia da Criança, Natal e ano-novo.
Correio Braziliense
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quarta-feira, 11 de outubro de 2017
Legislação penal faz piada com brasileiros - Anna Carolina Jatobá e Suzane von Richthofen deixam prisão durante feriado
Assassina dos pais é liberada no Dia das Mães e Dia dos Pais - Suzane von Richtoffen
Anna Carolina Jatobá, assassina da enteada - uma criança de 5 anos - também sai no saídão do Dia das Crianças.
Madrasta de Isabella Nardoni ganha direito a saidão no Dia das Crianças
A presa informou à Justiça que pretende passar o período da saída temporária com seus filhos de 10 e 12 anos
Acusada de matar a enteada Isabella Nardoni, a detenta Anna Carolina
Jatobá foi autorizada a deixar temporariamente a Penitenciária Santa
Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior de São Paulo, para
passar o Dia das Crianças fora da prisão. Anna Carolina foi condenada a
26 anos e 8 meses pela morte da menina - crime que ela sempre negou. Ela
deve deixar a penitenciária, onde cumpre pena em regime semiaberto, na
manhã desta quarta-feira (11/10) devendo retornar até as 17 horas da
próxima segunda-feira (16/10).
A presa informou à Justiça que pretende passar o período da saída
temporária com seus filhos de 10 e 12 anos que moram com os avós, na
capital. Desde julho deste ano, a condenada conseguiu a progressão para
cumprir a pena em regime semiaberto, o que possibilita o benefício das
saídas temporárias. Esta será a primeira vez que Anna Carolina deixa a
prisão. A Justiça atendeu a um pedido feito pela defesa dela.
O
marido da detenta e pai de Isabella, Alexandre Nardoni, também
condenado pelo crime, cumpre pena em regime fechado, na penitenciária
masculina de Tremembé. Condenado a mais tempo de prisão, ele ainda não
tem direito à progressão de pena.
A Secretaria
da Administração Penitenciária (SAP) informou que o processo da presa
Anna Carolina Jatobá está sob sigilo de Justiça. "Ressalvamos ainda que a
pasta somente cumpre decisões judiciais", disse, em nota. Procurado, o
advogado da presa, Roberto Podval, não retornou as ligações.
A
menina Isabella, então com 5 anos, foi jogada da janela do apartamento
do casal, no sexto andar do Edifício London, na zona norte de São Paulo,
na noite de 29 de março de 2008. Acusados pelo
crime, o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta da criança, Anna Carolina
Jatobá, foram condenados, respectivamente, a 31 anos e 1 mês, e a 26
anos e 8 meses de reclusão. O pai recebeu pena maior pela agravante de
Isabella ser sua descendente direta.
Já
Suzane, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais em outubro de 2002,
tem direito ao regime semiaberto há mais tempo e, consequentemente, direito às
saídas temporárias há mais tempo. Na saída do Dia das Mães deste ano ela não teve direito a sair por ter mentido para a Justiça.
Suzane não é mãe, nem criança, assim, não há justificativa para ser liberada no Dia das Crianças - talvez seja a Justiça 'fazendo' justiça, e a libera agora para compensar a não saída do Dia das Mães.
Fonte: Correio Braziliense e UOL/Notícias
Já Suzane, condenada a
39 anos de prisão pela morte dos pais em outubro de 2002, tem direito ao
regime semiaberto há mais tempo e, consequentemente, direito às saídas
temporárias há mais tempo. Na saída do Dia das Mães deste ano, ... -
Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/10/11/anna-carolina-jatoba-e-suzane-von-richthofen-deixam-prisao-pelo-dia-das-criancas.htm?cmpid=copiaecola
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domingo, 30 de abril de 2017
O Brasil não prende demais; ao contrário, prende de menos
Verdades e mentiras
O primeiro trimestre de 2017 disse a que veio no âmbito da
segurança pública. Sangrentas rebeliões em diversas penitenciárias do
país, seguidas da greve da PM no Espírito Santo, com a consequente
explosão de criminalidade, agitaram a população e a mídia. Temas como
superpopulação carcerária, legislação penal, ineficácia da polícia, além
dos assombrosos índices de criminalidade, ganharam lugar de destaque no
noticiário.
Para muitos de nós, juízes e promotores, vem causando espécie a repetição por alguns acadêmicos (a maioria sem experiência profissional concreta na segurança pública e justiça criminal) de “mantras” como: “encarceramento excessivo”, “excesso de prisões por pequenos delitos”, “prisões preventivas desnecessárias” , “não aplicação de penas alternativas”, e até mesmo o suposto emprego de “critérios racistas” para decidir quem deve ser preso etc.
Uma socióloga, em entrevista na TV, comparou o sistema penitenciário a “um funil”, por cuja larga boca ingressam presos “em excesso” e do qual raros têm oportunidade de sair. “A raiz do problema das prisões no Brasil é o encarceramento em massa. Somos um dos países que mais prendem, a taxa só cresce!”, bradou um professor universitário. A experiência de muitos anos no foro criminal nos permite constatar quão equivocadas são tais afirmações. Por isso mesmo nos sentimos no dever, como profissionais da área, de trazer alguns esclarecimentos à população.
Somos, na verdade, um dos países que mais matam. A “taxa que só cresce” é, na verdade, a das mortes violentas. São cerca de 60 mil homicídios e latrocínios por ano, dos quais apenas cerca de 8% são apurados. Isso significa que, só no ano passado, autores de mais de 55 mil crimes sequer foram identificados, o que dirá encarcerados. O nome disso não é “encarceramento em massa”, é impunidade em excesso. O Brasil não prende demais; ao contrário, prende de menos, como sabe muito bem a população que todo dia anda com medo pelas ruas.
O inegável problema da superpopulação carcerária não decorre do “excesso” de pessoas presas. É fruto da falta de vagas, que por sua vez decorre da omissão dos governantes na gestão e expansão do sistema penitenciário. E aqui vai uma informação omitida pelos “especialistas”: aquele “assaltante” que apontar um fuzil para a sua filha, amigo leitor, será condenado, em média, a 5 anos e 4 meses por roubo. Cumprirá, então, cerca de 11 meses em regime fechado e, depois, terá direito à progressão para o regime semiaberto, onde são garantidas a ele a saída para “visitas ao lar”, a saída de Dia das Mães, de Dia dos Pais etc.
Da próxima vez que você ouvir protestos contra o “encarceramento excessivo", convém dar uma boa olhada em volta: essa “vítima da sociedade opressora” pode estar desfrutando do regime semiaberto logo ali na esquina.
Por: Alexandre Abrahão é juiz de direito-TJRJ, e Marcelo Rocha Monteiro é procurador de justiça-MPRJ. Ambos são do Movimento de Combate à Impunidade (MCI)
Para muitos de nós, juízes e promotores, vem causando espécie a repetição por alguns acadêmicos (a maioria sem experiência profissional concreta na segurança pública e justiça criminal) de “mantras” como: “encarceramento excessivo”, “excesso de prisões por pequenos delitos”, “prisões preventivas desnecessárias” , “não aplicação de penas alternativas”, e até mesmo o suposto emprego de “critérios racistas” para decidir quem deve ser preso etc.
Uma socióloga, em entrevista na TV, comparou o sistema penitenciário a “um funil”, por cuja larga boca ingressam presos “em excesso” e do qual raros têm oportunidade de sair. “A raiz do problema das prisões no Brasil é o encarceramento em massa. Somos um dos países que mais prendem, a taxa só cresce!”, bradou um professor universitário. A experiência de muitos anos no foro criminal nos permite constatar quão equivocadas são tais afirmações. Por isso mesmo nos sentimos no dever, como profissionais da área, de trazer alguns esclarecimentos à população.
Somos, na verdade, um dos países que mais matam. A “taxa que só cresce” é, na verdade, a das mortes violentas. São cerca de 60 mil homicídios e latrocínios por ano, dos quais apenas cerca de 8% são apurados. Isso significa que, só no ano passado, autores de mais de 55 mil crimes sequer foram identificados, o que dirá encarcerados. O nome disso não é “encarceramento em massa”, é impunidade em excesso. O Brasil não prende demais; ao contrário, prende de menos, como sabe muito bem a população que todo dia anda com medo pelas ruas.
O inegável problema da superpopulação carcerária não decorre do “excesso” de pessoas presas. É fruto da falta de vagas, que por sua vez decorre da omissão dos governantes na gestão e expansão do sistema penitenciário. E aqui vai uma informação omitida pelos “especialistas”: aquele “assaltante” que apontar um fuzil para a sua filha, amigo leitor, será condenado, em média, a 5 anos e 4 meses por roubo. Cumprirá, então, cerca de 11 meses em regime fechado e, depois, terá direito à progressão para o regime semiaberto, onde são garantidas a ele a saída para “visitas ao lar”, a saída de Dia das Mães, de Dia dos Pais etc.
Da próxima vez que você ouvir protestos contra o “encarceramento excessivo", convém dar uma boa olhada em volta: essa “vítima da sociedade opressora” pode estar desfrutando do regime semiaberto logo ali na esquina.
Por: Alexandre Abrahão é juiz de direito-TJRJ, e Marcelo Rocha Monteiro é procurador de justiça-MPRJ. Ambos são do Movimento de Combate à Impunidade (MCI)
Transcrito do Globo ON line
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Movimento de Combate à Impunidade - MCI
sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
Marcola versus Fernandinho Beira-Mar
Como a guerra entre PCC e Comando Vermelho vai afetar a sua segurança
Incontável número de vezes pergunto a ladrões e traficantes,
presos, por que enveredaram pelo mundo do crime. Espero por respostas
que me transportem a novas e profundas reflexões sociológicas e
psicossociais. Profundas? Tolice. O que vem é raso: “sou zoião”. Não é
difícil compreender que esse chulo aumentativo da palavra olho,
utilizado nas cadeias, significa então o indivíduo que quer ter muito,
sem trabalhar nada.
Pergunto também por que bandidos se matam tanto entre si, uma irracionalidade, já que têm a lei que desacatam como inimiga em comum – isso não significa o delinquente adquirir a dimensão da consciência política nem se transformar no “rebelde primitivo” descrito pelo historiador britânico Eric Hobsbawm. A resposta, novamente, é pouco original: “bandido mata bandido porque é zoião”. Trata-se, mais uma vez, de um querendo tomar o que é do outro. Pois bem, essa é a causa das atuais rebeliões no País, sobretudo em penitenciárias de Roraima, Rondônia e Acre, e que até a quinta-feira 20 deixavam um rastro de 30 presidiários mortos por degola, fogo ou facada – todos assassinados pelos próprios presos.
Desde que o mundo é mundo e desde que ladrão é ladrão, são frequentes as disputas entre quadrilhas, nas ruas ou em instituições fechadas. Há, no entanto, perigosas diferenças entre os conflitos corriqueiros e a guerra nacional que agora toma corpo no sistema penitenciário, opondo as famigeradas organizações criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), figurantes entre as mais poderosas da América Latina. O PCC é comandado por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, condenado a 234 anos de prisão; o CV é liderado por Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, com condenação de 430 anos. Ambos se abastecem do narcotráfico pesado, ambos são donos de poderio bélico que inclui armamentos capazes de abater helicópteros e pequenos aviões. Em suma: em relação a tais facções, os demais conflitos viram coisa de transgressor rastaquera.
O embate do PCC com o CV ocorre pelo domínio do tráfico na fronteira com Colômbia, Bolívia e Paraguai, e está-se falando de uma movimentação financeira anual na casa dos US$ 150 milhões (sedutora menina dos olhos para qualquer “zoião”). O mais assustador a nos ameaçar com a “anomia social” (Émile Durkheim), no entanto, é o fato de que essa guerra vai engolfar praticamente todas as cadeias do Brasil (700 mil presidiários), e isso é inevitável porque elas são dominadas ou por uma ou por outra dessas organizações.
Mais: a guerra virá para as ruas, e também isso torna-se inevitável, porque, aqui fora, é que o narcotráfico se organiza para abastecer as penitenciárias. O perigo maior, assim, não são os líderes do PCC e do CV – eles estão presos e que briguem. O grave são seus tentáculos que atravessam os muros, porque é aqui, nas ruas, que se dá o choque armado pelo monopólio das biqueiras (local que vende drogas): lembremos de Ipanema encoberta por recente tiroteio nos morros do Pavão-Pavãozinho.
“Temo confrontos dentro e fora dos presídios, e com dimensões nacionais”, diz o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. “A harmonia entre PCC e CV acabou”, sentencia um dos mais eficientes penitenciaristas do Brasil, Lourival Gomes, quatro décadas de experiência nessa área e secretário da Administração Penitenciária de São Paulo. Ainda que fosse possível isolar em presídios federais os principais membros das duas facções, como dar conta dos integrantes do PCC e do CV na sociedade em geral? Corremos, sim, o risco de ficarmos emparedados por tiroteios e atentados. O crime organizado passeia em praça pública e até já tenta a sorte nas urnas eleitorais da vereança – como tentou o PCC quando também era Partido da Comunidade Carcerária.
O CV nasceu no presídio de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, fruto podre do contato entre presos comuns e presos políticos da luta armada, na década de 1970. Os muito românticos da esquerda daquela época julgaram que surgia um movimento em prol da justiça social. Bobagem, o CV traficou desde bebê. O PCC veio à luz em 1993, na Casa de Custódia da cidade paulista de Taubaté, em resposta ao massacre do Carandiru. Seu lema “igualdade, liberdade, fraternidade, paz e justiça” (pobre Revolução Francesa!) foi apenas fachada para também traficar. Ambas tiveram diversos chefões, mortos em sucessivos banhos de sangue, até que Fernandinho Beira-Mar e Marcola tomaram o poder. O primeiro desentendimento entre eles veio em 2005, quando o PCC expulsou o CV da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, e só em 2013 a paz foi refeita numa reunião de lideranças. Estabeleceu-se então nova parceria comercial, agora mais uma vez rompida. Os integrantes dessas facções se tratam por “irmão” e chamam de “população” os presos que as rejeitam. Trabalhador honesto é designado como “otário”. Sem dúvida, tal classificação do crime organizado ajuda a medir o risco que estamos correndo. Como disse o secretário Lourival Gomes, “a guerra recomeçou”.
Sequestro e Dia das Mães
O terror tomou conta de São Paulo e de diversas cidades paulistas na noite de 12 de maio de 2006, uma sexta-feira, antevéspera do Dia dos Mães – essa data, a do Dias das Mães, é importante nessa história porque ela irá desconcertar, como ao final revelaremos com exclusividade, algumas autoridades. Materializado numa série de atentados que seguiram a tática de guerrilha urbana (atuar em diversos pontos ao mesmo tempo), o terrorismo foi promovido pelo PCC sob as ordens de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, condenado há 234 anos de prisão por roubos a bancos, tráfico de drogas e assassinatos. O triste saldo: 90 mortos somente em São Paulo, 298 se contarmos Espírito Santo, Bahia, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Na capital paulista centenas de ônibus foram incendiados. A motivação, segundo investigação de órgão ligado a ONU, é que policiais sequestraram um enteado de Marcola e extorquiam-lhe dinheiro. Numa das negociação com o criminoso, autoridades pediram-lhe que interrompesse os ataques porque o domingo, 14 de maio, era Dia das Mães. Marcola respondeu: “Mãe? Eu nunca soube o que é ter mãe na vida”. O diálogo nasceu morto.
Fotos: Rogério Cassimiro/Folhapress; REUTERS/JPavani; Ricardo Borges/Folhapress
Pergunto também por que bandidos se matam tanto entre si, uma irracionalidade, já que têm a lei que desacatam como inimiga em comum – isso não significa o delinquente adquirir a dimensão da consciência política nem se transformar no “rebelde primitivo” descrito pelo historiador britânico Eric Hobsbawm. A resposta, novamente, é pouco original: “bandido mata bandido porque é zoião”. Trata-se, mais uma vez, de um querendo tomar o que é do outro. Pois bem, essa é a causa das atuais rebeliões no País, sobretudo em penitenciárias de Roraima, Rondônia e Acre, e que até a quinta-feira 20 deixavam um rastro de 30 presidiários mortos por degola, fogo ou facada – todos assassinados pelos próprios presos.
Desde que o mundo é mundo e desde que ladrão é ladrão, são frequentes as disputas entre quadrilhas, nas ruas ou em instituições fechadas. Há, no entanto, perigosas diferenças entre os conflitos corriqueiros e a guerra nacional que agora toma corpo no sistema penitenciário, opondo as famigeradas organizações criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), figurantes entre as mais poderosas da América Latina. O PCC é comandado por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, condenado a 234 anos de prisão; o CV é liderado por Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, com condenação de 430 anos. Ambos se abastecem do narcotráfico pesado, ambos são donos de poderio bélico que inclui armamentos capazes de abater helicópteros e pequenos aviões. Em suma: em relação a tais facções, os demais conflitos viram coisa de transgressor rastaquera.
O embate do PCC com o CV ocorre pelo domínio do tráfico na fronteira com Colômbia, Bolívia e Paraguai, e está-se falando de uma movimentação financeira anual na casa dos US$ 150 milhões (sedutora menina dos olhos para qualquer “zoião”). O mais assustador a nos ameaçar com a “anomia social” (Émile Durkheim), no entanto, é o fato de que essa guerra vai engolfar praticamente todas as cadeias do Brasil (700 mil presidiários), e isso é inevitável porque elas são dominadas ou por uma ou por outra dessas organizações.
Mais: a guerra virá para as ruas, e também isso torna-se inevitável, porque, aqui fora, é que o narcotráfico se organiza para abastecer as penitenciárias. O perigo maior, assim, não são os líderes do PCC e do CV – eles estão presos e que briguem. O grave são seus tentáculos que atravessam os muros, porque é aqui, nas ruas, que se dá o choque armado pelo monopólio das biqueiras (local que vende drogas): lembremos de Ipanema encoberta por recente tiroteio nos morros do Pavão-Pavãozinho.
“Temo confrontos dentro e fora dos presídios, e com dimensões nacionais”, diz o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. “A harmonia entre PCC e CV acabou”, sentencia um dos mais eficientes penitenciaristas do Brasil, Lourival Gomes, quatro décadas de experiência nessa área e secretário da Administração Penitenciária de São Paulo. Ainda que fosse possível isolar em presídios federais os principais membros das duas facções, como dar conta dos integrantes do PCC e do CV na sociedade em geral? Corremos, sim, o risco de ficarmos emparedados por tiroteios e atentados. O crime organizado passeia em praça pública e até já tenta a sorte nas urnas eleitorais da vereança – como tentou o PCC quando também era Partido da Comunidade Carcerária.
O CV nasceu no presídio de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, fruto podre do contato entre presos comuns e presos políticos da luta armada, na década de 1970. Os muito românticos da esquerda daquela época julgaram que surgia um movimento em prol da justiça social. Bobagem, o CV traficou desde bebê. O PCC veio à luz em 1993, na Casa de Custódia da cidade paulista de Taubaté, em resposta ao massacre do Carandiru. Seu lema “igualdade, liberdade, fraternidade, paz e justiça” (pobre Revolução Francesa!) foi apenas fachada para também traficar. Ambas tiveram diversos chefões, mortos em sucessivos banhos de sangue, até que Fernandinho Beira-Mar e Marcola tomaram o poder. O primeiro desentendimento entre eles veio em 2005, quando o PCC expulsou o CV da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, e só em 2013 a paz foi refeita numa reunião de lideranças. Estabeleceu-se então nova parceria comercial, agora mais uma vez rompida. Os integrantes dessas facções se tratam por “irmão” e chamam de “população” os presos que as rejeitam. Trabalhador honesto é designado como “otário”. Sem dúvida, tal classificação do crime organizado ajuda a medir o risco que estamos correndo. Como disse o secretário Lourival Gomes, “a guerra recomeçou”.
Sequestro e Dia das Mães
O terror tomou conta de São Paulo e de diversas cidades paulistas na noite de 12 de maio de 2006, uma sexta-feira, antevéspera do Dia dos Mães – essa data, a do Dias das Mães, é importante nessa história porque ela irá desconcertar, como ao final revelaremos com exclusividade, algumas autoridades. Materializado numa série de atentados que seguiram a tática de guerrilha urbana (atuar em diversos pontos ao mesmo tempo), o terrorismo foi promovido pelo PCC sob as ordens de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, condenado há 234 anos de prisão por roubos a bancos, tráfico de drogas e assassinatos. O triste saldo: 90 mortos somente em São Paulo, 298 se contarmos Espírito Santo, Bahia, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Na capital paulista centenas de ônibus foram incendiados. A motivação, segundo investigação de órgão ligado a ONU, é que policiais sequestraram um enteado de Marcola e extorquiam-lhe dinheiro. Numa das negociação com o criminoso, autoridades pediram-lhe que interrompesse os ataques porque o domingo, 14 de maio, era Dia das Mães. Marcola respondeu: “Mãe? Eu nunca soube o que é ter mãe na vida”. O diálogo nasceu morto.
Fotos: Rogério Cassimiro/Folhapress; REUTERS/JPavani; Ricardo Borges/Folhapress
Fonte: Isto É
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segunda-feira, 11 de maio de 2015
Dilma, a incrível, consegue mais um recorde negativo
Vendas
no Dia das Mães caem pela 1ª vez em 13 anos, aponta Serasa Experian
Indicador
que mediu as vendas na data comemorativa de 2015 revelou que de 04 a 10 de maio
houve queda de 2,6% nas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior
As vendas para o Dia das Mães caíram pela
primeira vez em 13 anos e o comércio registrou o pior
resultado para o período desde 2003. O Indicador Serasa Experian de Atividade do
Comércio, que mediu as vendas na data comemorativa de 2015, revelou que de 04 a 10 de maio houve
queda de 2,6% nas vendas em relação
ao mesmo período do ano anterior (05 a 11
de maio). Os economistas da instituição apontam o orçamento
apertado das consumidores com a alta da inflação, o custo elevado do crédito e
a queda nos níveis de confiança como fatores que pesaram para o resultado.
Esta é a
primeira queda desde o início da série histórica, em 2003. "No final de semana do Dia das Mães (08 a 10 de maio), as vendas
caíram 3,9% em todo o País na comparação com o final de semana equivalente do
ano anterior (09 a 11 de maio)", diz a Serasa, em nota.
Na cidade
de São Paulo, a queda nas vendas durante a semana do Dia das Mães foi de 4,9% ante a mesma semana do ano passado. No final de
semana da data, a
retração foi de 6,0% em relação ao
mesmo período do ano anterior.
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