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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Santos, FARC e a paz dos cemitérios



Juan Manuel Santos entrega a Colômbia, num pacto diabólico com o chefão das FARC, Timochenko, sob as “bênçãos” do ditador Raúl Castro.

Há pouco mais de 3 anos de mentiras, acordos secretos e promessas não cumpridas desde que iniciou-se o chamado “processo de paz” em Havana entre o governo colombiano e as FARC. E no dia 23 de setembro, Juan Manuel Santos e o camarada Timoleón Jiménez, vulgo Timochenko - o chefão das FARC -, assinaram o acordo que poria fim ao conflito e apertaram as mãos como amigos, sob os sorrisos e aplausos do ditador Raúl Castro e mais alguns seletos convidados.

Durante todo esse tempo os terroristas não cumpriram uma só promessa feita, assassinaram policiais e militares, praticaram atos de terrorismo, seqüestraram inocentes, recrutaram menores para servir de bucha de canhão e, inclusive, praticaram atentados na capital do país, Bogotá. Santos não tomou nenhuma atitude repressiva e continuou com a farsa como se nada tivesse ocorrido porque nesse malfadado processo de “paz” quem comanda e dá as ordens são os terroristas.

No ano passado Santos anunciou que iria ampliar a definição de delitos políticos para incluir o tráfico de drogas, de modo que as FARC pudessem alegar a seu favor, como já fazem, que não são narcotraficantes, mas “atores políticos”. A população reagiu com veemência e Santos desmentiu que havia proposto isso, mas há provas documentais, em jornais e vídeos. Agora isso faz parte dos “arranjos” com as FARC que também contempla a não-extradição. Para se safar do que reza a Constituição Santos propôs, ao estilo Chávez e Maduro, que o Congresso aprove uma lei que lhe permita governar por decreto por um período de 6 meses, para que ele possa ditar a implementação do acordo sem que ninguém, nem o parlamento, nem a Justiça, nem o povo, tenha a quem se queixar e nem mesmo o Tribunal Penal Internacional possa interferir.

Nesse encontro em Havana concordaram que dentro de 6 meses o acordo será assinado pelas partes e entrará em vigor. Entretanto, o que está sendo engendrado em Cuba é um crime de lesa-pátria, uma entrega total e irreversível da democracia colombiana nas mãos de facínoras que cometeram crimes de lesa-humanidade e sairão disso totalmente impunes, uma vez que não vão ser julgados pela justiça comum mas por um tribunal especial criado exclusivamente para esse fim, composto de magistrados de terceiros países que ninguém sabe quem são nem de onde provêm, e com uma lei especialmente criada para julgar os crimes dos terroristas. 

Do que se sabe resumidamente, porque o público não toma conhecimento de todo o teor, mas somente daquilo que as FARC permitem que seja divulgado, os crimes atrozes não serão punidos, podendo pagar penas que vão 5 a 8 anos mas não no cárcere e sim em escritórios, fazendas e outros lugares abertos onde tenham liberdade, realizando “trabalhos sociais”. E isso se declararem “a verdade” sobre as acusações e admitirem suas culpas. Caso contrário, a pena aumenta para no máximo 20 anos em cárcere, uma lei feita à medida de suas vontades, pois é evidente que todos vão se declarar culpados. 

Entrega de armas, reparação às milhares de vítimas, fim do comércio e fabricação de drogas? Nem pensar! Nada disso foi contemplado no tal “acordo”, nem a expropriação do gigantesco patrimônio adquirido com o sangue de mais de 200 mil vítimas ao longo de 50 anos. Entretanto, a postulação política a qualquer cargo está assegurada, tanto para a guerrilheirada miúda como para os chefões do Secretariado. Além dessas aberrações, os militares e policiais vão ser equiparados aos terroristas no julgamento, colocando aqueles que defenderam a Pátria com os agressores no mesmo balaio. Também está sendo elaborada uma revisão formal e total da doutrina militar, para “adaptar” as Forças Militares ao chamado “pós-conflito”.

Apenas 24 horas depois desse show macabro em Havana, a agência oficiosa das FARC, ANNCOL, já fazia ameaças aos banqueiros, industriais, empresários, ministros e o ex-presidente Uribe, alegando que estes deviam “acolher a Jurisdição Especial de Paz”, e que Uribe também deveria “se confessar, reparar ‘suas vítimas’ e se re-socializar”.

Enquanto isso, o mundo livre aplaude e felicita o traidor Santos e as FARC. Obama aplaudiu mas não deixou Bin Laden continuar cometendo seus crimes. Os presidentes do Foro de São Paulo aplaudiram porque são sócios e comparsas das FARC. E muitos colombianos já dizem que o pior que aconteceu à Colômbia não foi a guerra, mas a paz de Santos. A paz dos cemitérios.

Por: Graça Salgueiro 


domingo, 6 de setembro de 2015

Guerrilha controla o norte do Paraguai

Conheça a perigosa guerrilha que controla o norte do Paraguai

O Exército do Povo Paraguaio (EPP) já matou mais de 20 pessoas nos últimos dois anos e alguns se perguntam se o governo de Assunção está realmente tentando combatê-lo

No coração da América do Sul, um grupo terrorista relativamente novo no universo das lutas armadas está tomando o espaço das autoridades locais e provocando rumores de que o próprio governo age como cúmplice do grupo. O Exército do Povo Paraguaio (EPP) foi formalmente fundado em 2008, mas o movimento rebelde por trás da guerrilha marca presença no norte do Paraguai por quase 20 anos.
Guerrilha Exército do Povo Paraguaio(Reprodução/Twitter)

Habilidosos com explosivos e equipados com armas automáticas, os rebeldes do EPP são regularmente ligados a grupos armados estrangeiros, como por exemplo, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Sua ideologia é uma mistura das doutrinas marxista, leninista e guevarista, com uma característica local muito particular: o grupo reverencia o ditador que controlou o país após sua independência, José Gaspar Rodríguez de Francia. O político selou as fronteiras do Paraguai ao comércio exterior para impulsionar o desenvolvimento interno e executou e encarcerou centenas de seus oponentes.

O EPP se financia por meio da cobrança das chamadas "taxas revolucionárias" de donos de propriedades agrícolas locais, contou um fazendeiro da cidade de Horqueta - um dos locais de mais força do grupo - ao jornal britânico The Guardian. "Eles afirmam ser como Robin Hood, roubando dos ricos para dar aos pobres, mas nós somos pessoas que trabalham duro também", contou o homem que pediu para ser mantido em anonimato após ter sido advertido pelas guerrilhas para não falar com a imprensa.

Mesmo com o envio de milhares de soldados e tendo declarado estado de emergência na região, o governo paraguaio parece não conseguir conter o grupo, que opera em algumas centenas de quilômetros quadrados de extensas florestas e propriedades agrícolas que só crescem. Ao todo, o EPP e seus fundadores já mataram mais de 50 pessoas - 25 só nos últimos dois anos - das quais 30 eram civis e 21 policiais ou militares. Em março, assassinaram três fazendeiros paraguaios desarmados, e espalharam panfletos proibindo o cultivo de "soja, milho, ou qualquer outro produto que exija pesticidas" pela propriedade.

Governo omisso - Contudo, a manutenção da força do grupo tem provocado dúvidas sobre o real interesse do estado em combater o EPP, e sobre os benefícios em não acabar com a organização. A ideia de que a guerrilha é um inimigo conveniente e controlável do governo é defendida por Cristóbal Olazar, antigo secretário geral do Movimento Pátria Livre, cujo braço armado se dividiu para formar o EPP, e que agora é informante da polícia. "A corrupção é muito forte entre as organizações de segurança, e não é vantajoso para eles acabar com este grupo, porque isso também acabaria com o seu apoio econômico", afirmou ao Guardian.

Ele alega também que a polícia e a Força-Tarefa Conjunta (FTC) - a força organizada pelo presidente Horacio Cartes para combater os terroristas - são cúmplices no esquema de tráfico de drogas que acredita ser organizado pelo EPP. No final de junho, a Câmera dos Deputados criou uma comissão para investigar as acusações de corrupção na FTC. O clientelismo, cultivado por décadas de regime de partido único e que resultou em funcionários corruptos, que desviam grandes quantidades de dinheiro público, também desmotiva a população a denunciar as ações do grupo terroristas - que fica cada vez mais perigoso.

Fonte: Revista VEJA 

sábado, 20 de junho de 2015

Cai a máscara

O episódio da expulsão oficiosaoutra coisa não foi da comitiva de oito senadores brasileiros de Caracas, há três dias, é mais um capítulo da luta pela construção da tal Pátria Grande, gestada no Foro de São Paulo.  Já não se pratica a diplomacia nos seus termos fundadores, de defesa da identidade, interesses e soberania das nações. A diplomacia brasileira, hoje, é ideológica e partidária.

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O interesse nacional fica em segundo plano, quando estão em jogo planos estratégicos e ideológicos, como no caso da apropriação pelo governo boliviano de uma refinaria da Petrobras, em maio de 2006. O que foi um ato de afronta à soberania brasileira – o exército de um país vizinho ocupando um patrimônio do povo brasileiro – foi minimizado pelo então presidente Lula, que assim justificou a tolerância: “O povo da Bolívia é pobre”.

Claro, e o povo brasileiro é rico, livre de problemas em saúde, educação, moradia, transporte etc. Pode perder refinarias para o exército dos povos pobres, sem qualquer protesto. No caso presente, o governo brasileiro viu-se numa encruzilhada: ou silenciar – o que equivaleria a avalizar a truculência diplomática do governo de Maduro – ou protestar. Encontrou um meio termo: a morna nota do Itamaraty, que jogou nas costas de “manifestantes” a responsabilidade pelas agressões.

Ora, sabe-se que a militância que lá estava não era espontânea. Mais que militantes, eram milicianos, armados de paus e pedras, agredindo o veículo que transportava a comitiva. A passividade dos policiais confirmava, se dúvidas houvesse, a conivência (ou cumplicidade) oficial. Mas houve mais. A omissão do embaixador brasileiro, Rui Pereira, soma-se às demais evidências de conexão entre os governos brasileiro e venezuelano. O embaixador recebeu os senadores na pista do aeroporto e, em seguida, desapareceu.

Não prestou qualquer assistência, nem se manifestou posteriormente. Cumpriu ordens expressas do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, segundo este relatou ao deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA): "Eu fiz a pergunta ao ministro se o comportamento e se a atitude do embaixador brasileiro na Venezuela estavam de acordo com as orientações passadas pelo Itamaraty, pelo governo brasileiro. Ele respondeu: 'Sim, ele fez o que nós mandamos fazer'", disse Imbassahy. Ou seja, abandonou os senadores à hostilidade dos milicianos, a serviço do governo Maduro. Nada menos.

A presidente Dilma não se indignou com o ocorrido. Indignou-se, isto sim, com os senadores, que, segundo ela, a colocaram numa “armadilha”.  De fato: a situação a obriga a definir-se de que lado está. No caso do traficante brasileiro condenado à morte na Indonésia, a presidente chamou o embaixador brasileiro naquele país, em gesto de hostilidade ao governo local, que cumpria suas leis, ainda que com elas não venhamos a concordar.  Pelo visto, para a diplomacia brasileira, um traficante vale mais que o Senado. [só o terrorismo disputa com o narcotráfico quem é pior? este crime é o terrorismo; e a atual presidente foi terrorista - não foi bem sucedida pois a incompetência foi a companheira constante dela e dos demais bandidos que atentaram contra a Soberania do Brasil.
Nenhuma surpresa que ela defenda traficantes, que ela seja a favor da impunidade dos 'di menor', que ela seja favorável ao aborto.]

Não é a primeira vez que os países do Foro de São Paulo e o Brasil com destaque – intervêm na política interna uns dos outros. O Brasil cedeu, em 2009, sua embaixada em Honduras para que o presidente deposto daquele país – deposto constitucionalmente pelo Congresso -, Manuel Zelaya, conspirasse para reocupar o poder. Empenhou-se para suspender a presença do Paraguai no Mercosul, invocando a cláusula democrática, quando da deposição constitucional do então presidente Fernando Lugo, em 2012.  Em seu lugar, entrou a Venezuela, que, segundo Lula, “tem democracia até demais”. Tanta democracia que mantém na cadeia oposicionistas pelo simples fato de serem oposicionistas – e impede que sejam visitados por colegas vizinhos. Não bastasse, censura a imprensa e mata manifestantes que protestam contra o governo.

Quando, numa de suas visitas a Cuba, o então presidente Lula foi indagado a respeito da morte de um prisioneiro político em greve de fome, comparou-o aos criminosos comuns de São Paulo. Dilma, por sua vez, alegou que não se intrometia em assuntos internos de outros países, argumento que jogou ao lixo ao condenar na ONU ações do governo norte-americano. O episódio que envolveu os senadores brasileiros reclama providências que não virão – entre elas, o afastamento da Venezuela do Mercosul. No Congresso, a tropa de choque da base aliada inverte os fatos e considera infratores os próprios colegas. Maduro está certo – e é um democrata, acham aqueles aliados.

Reverberam o ponto de vista do governo petista, o único do mundo a dispor de dois chanceleres: o oficial, Mauro Vieira, e o real, Marco Aurélio TOP TOP  Garcia, expoente do Foro de São Paulo - o mesmo que sustentou que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que vivem de sequestros e tráfico de drogas, não é uma organização terrorista, embora mantenha até campo de concentração na selva.

No início da semana, um notável do governo Maduro, caçado pela Interpol por tráfico de drogas, Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional venezuelana, esteve no Brasil. Foi recebido por Lula e por Dilma. Não foi molestado e, ao contrário, mereceu tapete vermelho. Dias depois, recepção inversa foi dada aos senadores brasileiros. O episódio, lamentável, serve ao menos para que caia a máscara do governo brasileiro, que, de costas para os interesses nacionaisafrontados em tantos escândalos internos e trapaças diplomáticas -, trabalha pela Pátria Grande socialista.

Fonte: Ruy Fabiano, jornalista
 

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Rota do tráfico

Quadrilha internacional trouxe cocaína das Farc para o Brasil e mirava África

Grupo que fazia rota Venezuela-Colômbia passou a mirar o País em 2013, após racha interno; traficantes se preparavam para atuar no trajeto entre Paramaribo, no Suriname, e a Guiné-Bissau, antiga colônia portuguesa

A organização criminosa formada por empresários brasileiros para transportar cocaína das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) da Venezuela para Honduras, revelada ontem pelo Estado, passou a operar em 2013 no tráfico também para o Brasil. Além disso, os traficantes se preparavam para uma nova rota: de Paramaribo, no Suriname, para a Guiné-Bissau, antiga colônia portuguesa na África.


De acordo com relatório do delegado Rodrigo Levin, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Superintendência da Polícia Federal (PF), em São Paulo, os empresários Ronald Roland e Manoel Meleiro Gonsalez viajaram para Bogotá em 13 de maio de 2013 e permaneceram lá por três dias.


“Foi uma viagem de negócios. Mantiveram contatos com traficantes locais”, afirma em seu relatório entregue à Justiça Federal. De acordo com ele, foram “apresentados a novas demandas e a novas rotas de interesse dos traficantes colombianos”.


O contato dos acusados seria o traficante Euder Jaramillo Perdomo. O resultado das reuniões foi repassado ao homem apontado como o líder da organização: o fazendeiro Paulo Flores. Em 14 de maio, Roland consultou um dos pilotos da organização sobre qual aeronave teria capacidade para cruzar o Atlântico, que sugeriu um Learjet da família 50, com autonomia para voo de 4,6 mil quilômetros. Os traficantes calculam que o avião seria capaz de transportar até 1,2 tonelada de cocaína.


A troca de mensagens interceptadas pela PF mostra que a organização decidiu pela compra de outra aeronave, um Falcon 200, com capacidade para nove passageiros. Em 28 de maio de 2013, o grupo já tinha um avião disponível no Suriname. Em 20 dias, os colombianos iam levar a droga até o Suriname para o embarque.


Competência


A investigação da PF não prosseguiu sobre a nova rota porque o avião usado possivelmente não era brasileiro. Foi o uso de aeronaves brasileiras no tráfico internacional de drogas que permitiu à PF apurar os crimes, pois o interior deles é considerado território nacional. A competência para apurar os delitos cometidos a bordo é da Justiça Federal. No caso da conexão do Suriname e da Guiné-Bissau, a PF não detectou outros carregamentos ou preparativos feitos pelo grupo para o transporte de cocaína.


Em 2013, a organização criminosa que cuidava do transporte aéreo de toneladas de cocaína rachou. De acordo com o relatório da PF, os empresários Gonsalez e Roland montaram o próprio grupo e passaram a operar não só na rota Venezuela-Honduras, mas também já traziam cocaína para o Brasil. Para tanto, começaram a usar helicópteros que eram carregados com cerca de 500 quilos da droga no Paraguai. Ali, mantinham contato com o suposto traficante paraguaio Atilio Erico Portillo Meza, o Doutor Original, dono da Fazenda Estância Curralito, no Departamento de Concepción. Segundo a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai, a fazenda do acusado receberia aviões e helicópteros.


Aliciado


Para essa nova atividade, os empresários teriam aliciado o piloto Alexandre José de Oliveira Junior, que, segundo a investigação, fez diversos voos transportando cocaína para a organização criminosa. Oliveira Junior acabaria preso em novembro de 2013 em Brejetuba, no Espírito Santo, com 445 quilos de cocaína em um helicóptero R66. A aeronave pertencia ao senador Zezé Perrella (PDT-MG), que, segundo a investigação, não sabia da ação ilegal do funcionário.


Brasileiros levavam cocaína das Farc desde a Venezuela para cartéis mexicanos


Uma organização criminosa comandada por empresários brasileiros era responsável pelo transporte de cocaína das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) da Venezuela para Honduras, onde toneladas da droga eram entregues aos cartéis mexicanos de Sinaloa e Los Zetas. O grupo comprava códigos de identificação do controle aéreo venezuelano que, assim, deixava de abater o avião. Cada voo pagava até US$ 400 mil de propina a militares da Venezuela.


Na terça, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes da superintendência paulista da Polícia Federal (PF) cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas e Mato Grosso. Bens – imóveis e empresas – e contas bancárias foram sequestrados pela Justiça Federal. As investigações, que começaram em 2012, já haviam resultado na apreensão do helicóptero da empresa Limeira Participações, do senador Zezé Perrella (PDT-MG), em 2013, no Espírito Santo, com 445 quilos de cocaína. As buscas de terça encerraram a primeira fase da Operação Dona Barbara, da PF.


Segundo relatório enviado à Justiça pelo delegado Rodrigo Levin, a apuração começou com a vigilância de dois empresários brasileiros – Manoel Meleiro Gonsalez e Ronald Roland. Eles estariam comprando aeronaves e preparando carregamentos de cocaína – a rota Venezuela-Honduras era só uma suspeita. Os agentes passaram a vigiar os alvos e seus aviões.


O inquérito mostra as negociações entre os traficantes e militares da Venezuela descritas em mensagens de celular dos brasileiros para o tráfico de Colômbia, Venezuela e Honduras. O grupo usava apenas aparelhos de telefone BlackBerry, pois acreditava que suas mensagens não poderiam ser interceptadas pela polícia.


Em uma delas, por exemplo, o homem apontado pela PF como líder da organização – o fazendeiro brasileiro Paulo Flores – escreve, às 7h57 de 5 de setembro de 2013, ao hondurenho José Cristian Espinosa Erazo, dizendo que os aviões aguardavam “el permiso de los teles” (os códigos) para entrar no espaço aéreo venezuelano.


Propina
Há diversas mensagens em que são mencionados valores da propina de até US$ 400 mil para os militares do país vizinho. Os aviões partiam de cidades do interior paulista, de Sinop (MT), São Felix do Araguaia (TO) e Bacabal (MA). Antes de decolar, os pilotos recebiam o código transponder – número que faz a aeronave emitir um sinal que identificará o voo nos radares – da Venezuela.



Com o código, afirma a PF, a força aérea daquele país sabia que o avião havia pago propina e, assim, não o abatia, mesmo quando a polícia daquele país era informada pela PF brasileira a respeito do voo. As aeronaves pousavam no lugarejo de Aparte, no Departamento de Zulia, perto da base militar de Maracaibo. Em pelo menos uma oportunidade, os traficantes trocaram mensagens dizendo que pagaram propina complementar de US$ 100 mil para guardar o avião em um hangar do Exército venezuelano.


Os traficante citam um “coronel” e um “general” como contatos para os pagamentos. Em Aparte, os aviões eram carregados com a droga trazida pelas Farc, da Colômbia. O venezuelano Euder Jaramillo Perdomo cuidaria da logística. Com outro código transponder, o avião rumava para Honduras. Ali, a propina para a polícia era de US$ 200 mil por voo. A droga era entregue aos mexicanos – de 700 quilos a 2,5 toneladas de cocaína.


Muitas aeronaves foram abandonadas pelos pilotos em Honduras – parte foi queimada para não deixar vestígios. Os pilotos usavam, então, passaportes falsos hondurenhos e guatemaltecos para voltar ao Brasil pela fronteira com o Paraguai.


Inocentes
O Estado procurou as Embaixadas da Venezuela e de Honduras, mas não obteve resposta. Paulo Flores é um dos três acusados do grupo que foi preso durante a investigação com R$ 2,3 milhões em dinheiro – dono de sete empresas aéreas, ele alega inocência. Ronald Roland e Manoel Gonsalez respondem ao inquérito em liberdade e se dizem inocentes.

 

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Marco Aurélio, o filobolivariano, está nervosinho porque um aliado seu foi rejeitado pelo Senado. É? Vai fazer o quê?



Leio que Marco Aurélio TOP TOP  Garcia está magoado com a rejeição pelo Senado ao nome de Guilherme Patriota para representar o Brasil na OEA (Organização dos Estados Americanos). Marco Aurélio diz ao jornalista Clóvis Rossi, da Folha, que se sente pessoalmente atingido. E daí? Lá em Dois Córregos, em situações dessa natureza, quando o caboclo se sente muito ofendido, a gente pergunta: “Vai fazer o quê”, além de espernear? Eu adoraria que ele entrasse em greve de fome, por exemplo.

Marco Aurélio acha que Guilherme Patriota foi rejeitado apenas porque foi um assessor seu. Era, sem dúvida, um bom motivo. Mas não só isso. O palestrante do Foro de São Paulo também tem uma passagem, vamos dizer, algo polêmica como segundo da missão permanente do Brasil na ONU. Poderia, quando estava em Nova York, ter atravessado a ponte e arrumar uma casa aprazível em New Jersey, com grama no quintal e até vaga para estacionar um daqueles carrões da Volvo. Mas preferiu alugar, ao custo de US$ 23 mil por mês, um apartamento de luxo do Upper East Side, na área nobre de Manhattan, e isso quando o Itamaraty já andava contando dinheiro. Havia embaixadas com a conta de luz atrasada.

Como? Marco Aurélio se sente pessoalmente atingido? Então estamos diante da evidência de que, de fato, Guilherme Patriota era apenas a sua extensão, não é mesmo?, e isso prova o acerto do Senado. Mas lembro ao dito professor: não foi só pelos vinte centavos de sua teoria caduca, não. A outra referência intelectual citada pelo candidato rejeitado na sabatina na Comissão de Relações Exteriores foi o intelectual filobolivariano Emir Sader. Não fosse por outra razão, a gramática da língua portuguesa merece mais respeito.

Marco Aurélio acusa o que chama campanha macarthista de setores da imprensa. Quais setores? O único que pegou no pé de Patriota fui eu. Felizmente, muitos senadores estavam, sim, com cópias dos meus posts nas mãos. Eu me orgulho disso. Macarthistas uma ova! Mas, de novo, o pensador de vinte centavos se trai. O senador McCarthy podia até ser uma besta, mas era uma besta anticomunista. Pergunta óbvia: Marco Aurélio e Patriota se assumem como comunistas?

Este senhor deveria ter vergonha de vir a público dar declarações. Ele é um dos responsáveis pela política externa mais estúpida da história brasileira. Foi ele um dos arquitetos da suspensão do Paraguai do Mercosul — e José Mujica, ex-presidente do Uruguai, já narrou a conspirata em que se meteu Dilma Rousseff — e da atração da Venezuela, uma ditadura assassina, para o bloco. É ele o principal teórico da parceria diplomática do Brasil com tudo quanto é tirania do planeta. Marco Aurélio e a linha botocuda do Itamaraty — e ela existe — fizeram o país enveredar por um caminho que o mantém atrelado ao Mercosul, impossibilitando acordos bilaterais. Enquanto o resto do mundo cuidava dos seus interesses, os cretinos continuavam atrelados à tal Rodada Doha, que deu com os jumentos n’água.

Esse cara é um dos conselheiros que levaram Dilma a não censurar o massacre nas ruas de opositores venezuelanos. Esse cara estimula Dilma a silenciar diante das sandices perpetradas por um ditador psicopata como Nicolás Maduro. Esse cara inspirou Dilma a discursar na ONU e pregar diálogo com o Estado Islâmico. É esse senhor que vem exibir ares de ofendido, dizendo-se pessoalmente atingido? Pois saiba, então, que foi isso mesmo. Tenha, sujeito, a hombridade de pedir demissão. Macarthismo? Vamos falar, então, senhor Marco Aurélio, de autoritarismo? Autoritário é condescender com ditaduras que mandam opositores para a cadeia ou os executam com um tiro na cabeça. Autoritário é se negar a receber familiares de presos políticos, como fez recentemente o governo brasileiro. Autoritário é se calar diante da violência política perpetrada por aliados ideológicos. E essa, meu senhor, é sua obra inequívoca. Autoritário é o governo brasileiro não ter reconhecido, até hoje, o caráter terrorista das Farc, companheira, até outro dia, do PT no Foro de São Paulo.

O que Marco Aurélio quer é intimidar o Senado. O que Marco Aurélio quer é vender seus preconceitos ideológicos como se fossem evidências de soberania. O que Marco Aurélio quer é uma política externa de sotaque bolivariano, em nome de uma democracia. Sim, ele está certo! O Senado brasileiro disse “não” a um discípulo seu. O Senado disse “não” a um prosélito de uma política externa que nos envergonha.

Pretensioso, Marco Aurélio sugere que a rejeição pode causar uma crise no Itamaraty. Qual crise? Em que ela consistiria? Pois eu fiquei sabendo do contrário: conversei com vários diplomatas que estão felizes com o resultado. Ao contrário do que afirma o tal professor, eles sustentam que o episódio serve para ilustrar o mal que pessoas como tal professor fizeram e fazem à política externa brasileira. Marco Aurélio, vá chorar na cama que é lugar quente. E que seus sonhos sejam povoados pelos fantasmas de todas as vítimas assassinadas pelos bolivarianos.

 Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo