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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Cidades pequenas no interior do país amenizam queda no voto petista

PT perdeu cerca de 15% do eleitorado nas cidades com menos de 20 mil eleitores; nos municípios com mais de 100 mil eleitores, queda foi de quase 50%

O PT, partido que nasceu nos grandes centros urbanos do país e cresceu junto à classe operária, hoje vê seu desempenho desidratar mais nas cidades médias e grandes. Nos municípios com mais de 100 mil eleitores, o partido perdeu em 2018 metade do eleitorado conquistado na média histórica de 2002 a 2014. Nas localidades com menos de 20 mil votantes, o recuo foi bem menor, cerca de 15%.

Quanto maior o porte do município, maior foi a perda de participação no total de votos válidos. Na faixa de cidades com 20 mil a 50 mil eleitores, o presidenciável petista Fernando Haddad teve recuo de 23%. Nas localidades com eleitorado de 50 mil a 100 mil, a queda foi de 41%. Acima disso, a perda média foi de 52%.

Na comparação com o desempenho médio de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, Haddad teve menor proporção de votos em 4.201 municípios, ou seja, três em cada quatro das cidades brasileiras. Ele conseguiu superar ou igualar os antecessores em 1.369 municípios (25% do total).

Em 183 localidades, por outro lado, Haddad bateu o recorde histórico entre presidenciáveis petistas — isso equivale a 3% dos municípios brasileiros. São cidades pequenas, cujo eleitorado não ultrapassa 10 mil — 153 delas estão localizadas no Nordeste. Neste nicho, o petista obteve 70% dos votos, patamar não alcançado nem nas eleições de Lula e Dilma.

Revista Veja
 

 

domingo, 14 de outubro de 2018

O PT segue sendo o PT

Há tempo, sim, para Fernando Haddad virar o jogo a seu favor. Não é tarefa fácil, muito pelo contrário, é dificílima, mas é possível 

[cada um acredita no que quer - tem petista que acredita que Lula é inocente e que Papai Noel existe.]

Há tempo, sim, para Fernando Haddad virar o jogo a seu favor. Não é tarefa fácil, muito pelo contrário, é dificílima, mas é possível. Vejam o que mostrava a pesquisa Datafolha do dia 28 de setembro. Jair Bolsonaro tinha 28% das intenções de voto contra 22% de Haddad. Claro que era outro turno, outro cenário, mas a distância entre os dois somava seis pontos. Em duas semanas, Bolsonaro aumentou esta diferença para 16 pontos. Da mesma forma, Haddad havia crescido seis pontos entre as pesquisas dos dias 19 e 28 de setembro, enquanto Bolsonaro permanecia parado. Movimentos maciços de votos parecem ser uma característica brasileira.

Na eleição de 2014 também foi assim. No Datafolha de 19 de setembro daquele ano, Marina tinha 30% contra 17% de Aécio. Da urna, 16 dias depois, saíram Aécio com 33% e Marina com 21%. Em pouco mais de duas semanas, Aécio pulou de uma desvantagem de 13 para uma vantagem de 12 pontos e foi para o segundo turno. Os números provam que dá para Haddad virar o jogo. Mas, o problema é que seu ritmo é muito lento e aparentemente ele não tem força dentro do PT para fazer as mudanças que poderiam levar à vitória. [só que Aécio não conseguiu ganhar da escarrada Dilma e naquela ocasião Marina teve votos para transferir para Aécio.]

Do outro lado, Bolsonaro joga com desenvoltura para vencer. Entendeu muito bem como funciona a onda anti-PT e a explora com competência. Ataca o sectarismo dos adversários e prega um Estado que não se intrometa tanto na vida dos cidadãos. Hesitante no começo, conseguiu ser mais incisivo contra a violência que tomou conta da campanha e resultou em inúmeros ataques de seguidores seus contra militantes do PT, com uma morte.  [nada prova que Bolsonaro tenha alguma coisa a ver com a tal violência; desde quando o fato de um assassino ao cometer o crime usar uma camiseta de campanha de um candidato, justifica acusar o candidato? sequer insinuar que o candidato tenha alvo a ver;
muitos lembram que quando os sequestradores de Abílio Diniz foram presos - segundo turno de 89, Collor venceu Lula - usavam camisetas do PT e nunca foi provado que o PT tinha alguma coisa a ver com o sequestro.
Além do mais, Bolsonaro já se manifestou contra a violência e dispensou votos de quem pratica violência eleitoral.] Embora tenha afirmado que o assassino do capoeirista da Bahia não é eleitor seu, o capitão disse que dispensa o voto de quem pratica violência eleitoral.

Enquanto Bolsonaro reitera o discurso que o trouxe até aqui, Haddad tenta mudar o seu, mas não parece entusiasmar. Está certo que admitir categoricamente que abandonou a proposta da Constituinte e desautorizar publicamente a ideia de José Dirceu de tomar o poder foi um passo importante. Mas é preciso ir mais longe, sobretudo na questão econômica. Já era hora de Haddad ter anunciado seu ministro da Fazenda. O que ele anunciou foi o desejo de aumentar o imposto dos “super-ricos”, que pelos cálculos dos economistas do PT são aqueles que ganham mais de R$ 38 mil por mês.

Bolsonaro já está indicando nomes que vão compor seu ministério. São o economista Paulo Guedes, o deputado Onyx Lorenzoni, um astronauta e alguns generais. São os de sempre, mas pertencem ao time que está ganhando. Haddad também se cerca dos mesmos de sempre, mas seu grupo está levando goleada. Todo mundo sabe que time que está perdendo tem que ser mexido. Se o time vai muito mal e as regras permitem, a mudança tem que ser profunda. Na campanha de Haddad isso não ocorreu. As sondagens ao ex-ministro Joaquim Barbosa e ao filho do ex-vice José Alencar ainda não prosperaram.

O time de Haddad está escalado com Gleisi, Gabrielli, Okamoto, Genoino, Mercadante, Falcão, Dulci, Guimarães, Carvalho, Berzoini e Franklin. Nem mesmo o ex-governador da Bahia e senador eleito Jaques Wagner é novo. Por mais respeitáveis que sejam (alguns respondem a processos, mas nenhum está condenado), [Haddad tem contra ele 32 processos e já foi denunciado em alguns. não dá para imaginar uma campanha vitoriosa com os que melhor e mais enraizadamente representam os rejeitados PT e Lula.

E, mais grave, para atrair novos aliados o que faz o PT? Oferece cargos. Não há forma mais antiga de buscar apoio do que esta. O PT ofereceu um “ministério importante” até mesmo a Ciro Gomes. E depois, quando Ciro retribuiu com um apoio crítico e embarcou de férias para Paris, foi atacado por viajar “nesta hora grave da vida nacional”. A Ciro deveriam ter sido oferecidas a coordenação da campanha e a abertura do programa de governo para rediscussão. Mas, até aqui, o PT segue sendo o PT, egocêntrico e arrogante. Só mudar a cor da camisa não basta.

(...) 

O OUTRO LADO
O PT não é santo. Lula já ameaçou chamar o “Exército de Stédile” diversas vezes para mostrar quem manda no pedaço. Antes mesmo de a campanha começar, em frente ao Instituto Lula petistas intolerantes agrediram um adversário que acabou no hospital com a cabeça rachada. Também não é de hoje que o partido, estimulado pelo seu maior líder, adota o grito de guerra do “nós contra eles”. Mas nunca, é importante dizer, nunca petistas ameaçaram publicamente esfolar, torturar, estuprar e matar adversários.


Ascânio Seleme - Matéria completa em O Globo

 

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Haddad, o DNA petista, os gravíssimos processos e o risco de prisão

Haddad, o DNA petista, os gravíssimos processos e o risco de prisão 


O candidato ungido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar a presidência da República, Fernando Haddad
, além de mero cumpridor das ordens oriundas da prisão, é detentor do DNA petista, o DNA da corrupção, tendo sido recentemente denunciado pelo Ministério Público de São Paulo pela prática dos crimes de Corrupção Passiva, Lavagem de Dinheiro e Formação de Quadrilha.
 Haddad denunciado mais uma vez por corrupção

Observem que contra Haddad a denúncia partiu do Ministério Público de São Paulo, e se refere a época em que foi prefeito da cidade. O eventual processo criminal será julgado pela Justiça Estadual. A Lava Jato vai atuar apenas nos problemas advindos de sua estada no Ministério da Educação, estes sim de competência da Justiça Federal de Curitiba.

Percebe-se que por onde o PT passa, fica o maldito rastro da corrupção, da distribuição de propina e das falcatruas.  Assim, caso não seja eleito presidente, o poste do ex-presidente Lula continuará sendo um cidadão comum, sem mandato e sem foro privilegiado, e desta forma, corre o seríssimo risco de ter o mesmo destino do meliante petista ora preso em Curitiba.

Saiba mais sobre os processos do Haddad, clicando aqui

Jornal da cidade Online 10/10/2018

A importância do Foro de São Paulo e da Ursal que Ciro Gomes, questionado no debate, disse nunca ter ouvido falar sobre o assunto tentando humilhar o cabo Daciolo. 

Cabo Daciolo questiona  Ciro Gomes sobre Foro de São Paulo e Ursal

O povo brasileiro acordou em tempo de salvar o país e os próprios dedos, que os anéis já lhe levaram 

O POVO BRASILEIRO ACORDOU

Não adiantou a enorme e persistente campanha para afastar os brasileiros das urnas. Poucas coisas são tão consensuais entre nós quanto a inconfiabilidade das eletrônicas em uso no país. Descrédito total! O solene depoimento de meia dúzia ou mais de ministros do STF e do TSE só agrava a situação. Quem confia nessas cortes? Pois mesmo assim, olhando de soslaio, com um pé atrás, os eleitores brasileiros foram às seções de votação no dia 7 de outubro. O pleito era sua bala de prata! Era a possibilidade de usar a minúscula fração de poder nas mãos de cada cidadão. Apenas nove horas, das 8 às 17. Mas durante esse curto espaço de tempo podia mandar quadrilheiros para casa e para a justiça, renovar o Congresso Nacional e evitar o retorno de criminosos aos locais dos crimes.

O jogo foi pesado. Havia na sociedade uma firme disposição de renovar o parlamento, suprimindo o foro privilegiado dos corruptos e despachando os coniventes e os omissos. Confrontados com essa notória intenção dos eleitores, os parlamentares avaliavam suas chances e muitos já buscavam alternativas pessoais longe do poder. Subitamente tudo mudou. Impulsionados pela oportunidade de ouro concedida pelo STF ao impedir o financiamento empresarial no modo como o fez, os parlamentares criaram o Fundão de Campanha com nosso dinheiro e o ratearam entre si. Em seguida, encurtaram todos os prazos, com o intuito de dificultar o trabalho dos novos postulantes. 

Para estes, apenas 45 dias de campanha, horário gratuito reduzido, publicidade dificultada e custeio por “vaquinha”. Enquanto os novatos corriam por uma pista cheia de obstáculos, os detentores de mandato colhiam os frutos da generosa distribuição de emendas parlamentares. A vida lhes voltou a sorrir e o céu de Brasília se fez novamente azul. O STF é bom e Deus existe, talvez dissessem blasfemando.

Quem haveria de imaginar que o povo, contra tudo e contra todos, saísse de casa, mandasse às favas a desconfiança nas urnas e levasse a cabo sua tarefa promovendo a maior renovação do Congresso Nacional em vinte anos? O bom povo brasileiro fez o que lhe correspondia. De cada quatro senadores que tentaram reeleição, três não conseguiram; das 54 vagas em disputa, 46 serão ocupadas com novos nomes! Na Câmara dos Deputados, dos 382 parlamentares que tentaram a reeleição, 142 foram destituídos de seus mandatos. A renovação atingiu mais da metade da Casa. O número de conservadores e liberais eleitos marca o que a imprensa militante qualificou como um inusitado giro à direita. Infelizmente, alguns inocentes foram descartados com a água desse banho.

É claro que esse giro se fez ao arrepio da grande imprensa. Nesta, viceja, cada vez mais forte, um rancor em relação às redes sociais. Acostumados a infundir suas convicções a um público dócil e cativo, muitos formadores de opinião viram o próprio poder se diluir, quase atomizar-se, na caótica democratização das redes sociais. Os grandes jornalões, as principais revistas semanais, a Vênus Platinada e os militantes globais do “progressismo” debochado e do esquerdismo anacrônico, em vão tentaram conter o sucesso eleitoral de Bolsonaro. Em vão queimaram o filme perante seu público. Em vão promoveram o presidiário. Em vão tentaram vender picolé de chuchu por chicabom. A nação, preferindo escolher o próprio caminho, recusou o buçal insistentemente apresentado.
O povo brasileiro acordou em tempo de salvar o país e os próprios dedos, que os anéis já lhe levaram.

Percival PugginaMembro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Leitura recomendada.

A Verdade Sufocada
 

 

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

“Tchau, queridos” e outras notas de Carlos Brickmann

Parlamentares da velha política, certamente tiveram sua importância no Brasil. Mas saber que o país não está pagando para eles é bem agradável

Cansado de tanto debate político? De tanta briga entre amigos, ou em família? Mas, vencedores ou vencidos, há um lado bom em todas as coisas. 
 Não é ainda amanhã, mas dentro de menos de três meses vai ser outro dia. Ninguém mais se lembrará (talvez sua própria família, que tem motivo para amá-lo) de quem é Eunício Oliveira. Deixam de existir piadas sobre Dilma, a menos que você, paciente, explique antes de quem se trata. E ela, bem menos ocupada, poderá talvez receber o Suplicy ─ acertou! o irmão do dono do bar. Poderemos passear pela bela São Luís sem lembrar que ali morava a família irreal do Maranhão, com um rei sem coroa (para exibir a rica tintura de seus cabelos), a primeira-filha e os filhos outros, todos mandando e muito. E o Juca? Juca não, Jucá! Não lembre. É melhor não.

Velhas histórias, dirão os jovens quando alguém falar de Marconi Perillo. Explique, nada é velho: é do tempo do Lindbergh Lindinho, do Édison Lobão, do Requião, do Chico Alencar, do Zeca do PT ─ isso! antes da grande destruição de dinossauros no Museu Nacional. É tão recente que até filhos de tradicionais políticos ficaram fora: a Cristiane Brasil, filha do Roberto Jefferson, o Picciani, filho do Picciani, a Danielle, filha do Eduardo Cunha, o filho do Sérgio Cabral. E o Wadih Damous, advogado de Lula? Todos tiveram seus eleitores, certamente tiveram sua importância no Brasil. Mas saber que o país não está pagando para eles é bem agradável.

À sombra das seringueiras
Foi o pior resultado de Marina desde que ela, qual cometa, decidiu, de quatro em quatro anos, aparecer e disputar a Presidência. Perdeu para o Cabo Daciolo, perdeu para João Amoêdo … vá lá, é do jogo. Mas é demais perder até para Henrique Meirelles!

Depois do vendaval 1
O problema de muitos dos que não se elegeram passa longe, claro, do salário pago pelos cofres públicos. Muitos dependiam da vitória eleitoral para manter o foro privilegiado, escapando aos processos em primeira instância ─ como, por exemplo, os movidos em Curitiba, base da Operação Lava Jato, julgados pelo juiz Sergio Moro. Quem não conseguiu se reeleger corre riscos a partir de 1º de janeiro, quando deixa o cargo que hoje ocupa.

Depois do vendaval 2
Há casos piores: quem ocupava cargo executivo e renunciou para se candidatar, sem êxito, já não tem foro privilegiado. Não há tempo para que um processo em segunda instância seja devolvido à primeira para decisão imediata. Mas uma operação policial com ordem de prisão temporária  é a ameaça que se faz presente, com todo o aborrecimento e a repercussão que isso pode causar. Imagine um ex-governador sendo preso pela Federal!

Era do amigo, agora é dele
O coordenador da campanha petista no segundo turno é o ex-governador baiano Jaques Wagner. Foi confirmado em São Paulo, depois que Haddad viajou a Curitiba, para visitar Lula na prisão e obter a orientação sobre sua (sua?) campanha. Wagner tem uma nova estratégia de campanha. Ei-la:
“O Haddad chegou ao segundo turno como a substituição do Lula. Agora o Haddad do segundo turno é o Haddad”.
Agora só falta convocar Dilma Rousseff para explicar essa frase.

Já foi mas não é mais
Valeu a pena assistir às primeiras entrevistas de Fernando Haddad e Jair Bolsonaro ao Jornal Nacional, depois de confirmados no segundo turno. A ambos foram submetidas afirmações de seus aliados:  Bolsonaro: as frases de seu vice, general Mourão, sobre Constituinte de notáveis, sem participação popular, e sobre o autogolpe”.
Haddad: as recentíssimas declarações de José Dirceu, a quem Lula chamava de Capitão do Time, a respeito de o PT tomar o poder se não ganhasse as eleições.
Os dois responderam a mesma coisa: seus aliados se equivocaram.

Bolsonaro: “Faltou tato ao general. Se estamos disputando a eleição é porque acreditamos no voto popular e seremos escravos da Constituição”.
Haddad: “O ex-ministro não participa de minha campanha, não participará de meu Governo e eu discordo da formulação dessa frase. Para mim a democracia está sempre em primeiro lugar”.
Para Bolsonaro, desmentir o vice é coisa tranquila. Já para Haddad, não é nada tranquilo, sendo ele dirigente petista, opor-se a José Dirceu.

Reserve seu horário
Os debates do segundo turno começam amanhã, na Rede Bandeirantes, às 22h. Dia 14, o debate da Gazeta, às 19h30; dia 15, o da RedeTV, às 18h20. Os dois últimos são os da Record, dia 21, às 22h, e o da Globo, às 21h30 do dia 26. A partir da meia-noite do dia 26, encerra-se o prazo legal para debater na TV. Em todos os debates, há 50% do tempo para cada um.





 

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Sob Alckmin, PSDB decide se apoia Bolsonaro

A participação de Geraldo Alckmin na disputa presidencial de 2018 transformou-se numa excursão para o inferno. Na campanha, Alckmin assistiu ao avanço de Jair Bolsonaro sobre o eleitorado tucano de São Paulo, que o PSDB julgava cativo. Nas urnas, Alckmin amargou um vexatório quarto lugar, com menos de 5% dos votos. Nesta terça-feira, Alckmin comanda, na condição de presidente do PSDB, uma reunião da Executiva do seu partido. Na pauta, um drama hamletiano do tucanato: apoiar ou não apoiar Bolsonaro?, eis a questão.

Como se tudo isso fosse pouco, um afilhado político de Alckmin, o tucano João Doria, vai à Executiva, em Brasília, com o propósito de defender o apoio do PSDB ao algoz do seu padrinho. “Colocarei com clareza o que já sabem que é minha posição. Eu apoio Bolsonaro”, disse Doria em entrevista ao UOL.
 
Bolsonaro empurra o PSDB para o seu habitat natural: o muro. Entretanto, os outros cinco tucanos que disputam governos estaduais no segundo turno também flertam com o apoio ao capitão do PSL. Doria esboçou a cena: “Pode haver até uma situação inusitada, em que os candidatos que disputam governo no segundo turno, contando comigo são seis, tenham uma posição hipoteticamente pró-Bolsonaro. Pode ser que o partido tome uma decisão de neutralidade, não ter posição alguma.”

Vai seguir a decisão partidária?, quis saber o repórter. E Doria: “Nenhuma neutralidade. Serei absolutamente contra o PT, Fernando Haddad, Lula… E, neste caso, alinhado com a candidatura Jair Bolsonaro.” Os outros cinco tucanos que disputam poltronas de governador são: Eduardo Leite (RS), Expedito Júnior (RO), José de Anchieta (RR), Reinaldo Azambuja (MS) e Antonio Anastasia (MG). Nos seus respectivos Estados, Bolsonaro foi o mais votado.

A descida de Alckmin pelos nove círculos do inferno inclui a visão de uma disputa que contribuiu para a derrocada do seu projeto presidencial. Ex-vice de Alckmin e herdeiro da poltrona de governador, Marcio França (PSB) mede forças com Doria pelo governo de São Paulo. Em tese, Alckmin teria dois palanques no seu Estado. Em verdade, não teve nenhum. Hoje, França dedica-se a trocar farpas com Doria. Sobre o duplo palanque, ele diz: “Foi um erro grave”. (veja a entrevista abaixo). Como se observa, Alckmin exerceu em sua plenitude o direito de escolher seu próprio caminho para o inferno.
 


segunda-feira, 8 de outubro de 2018

PT sabe que Bolsonaro é favorito no segundo turno

  [É imperioso que este POST seja enviado a equipe do Bolsonaro e seja realmente seguido.

Ao nosso entendimento consideramos perfeito.]

Os brasileiros dedaram mudança na urna eletrônica. A disputa de segundo turno será entre Jair x Já Era. Com 49 milhões de votos (46%), Jair Bolsonaro (PSL) por pouco não venceu a eleição presidencial no primeiro turno. Seu adversário/inimigo será Fernando Haddad – o poste do Presodentro Lula. Embora tenha obtido 31 milhões de votos (29%), O PT registrou o pior desempenho desde 1998, quando Lula conquistou 31% dos votos válidos.



O Brasil saiu geograficamente dividido do pleito. Bolsonaro ganhou nas regiões Norte (exceto Pará), Centro Oeste, Sudeste e Sul. Haddad venceu, expressivamente, em todos os estados do Nordeste. A boa votação, no entanto, não esconde a gigantesca e consolidada rejeição ao petismo e afins, exceto entre os eleitores nordestinos. O antipetismo tende a ser derrotado novamente. Bolsonaro desponta como favorito para a loteria do segundo turno, no dia 28. Seu eleitorado é fiel e o voto útil contra o PT deve prevalecer.



No entanto, todo cuidado é pouco, porque a petelândia já conta com adesão quase natural de Ciro Gomes, Marina Silva e Guilherme Boulos. [a corja da esquerda, notadamente Ciro e Marina, mais os fracassados Alckmin, Meirelles e afins,  deveriam aproveitar a experiência do Boulos em organizar 'movimento' e fundar o MSV - Movimento dos Sem Votos.] Fernando Haddad vai nesta segunda-feira à cela improvisada da Polícia Federal, em Curitiba, para receber os parabéns e as orientações de seu chefão Luiz Inácio da Silva. Dificilmente, o PT conseguirá uma guinada ao “centro” para ampliar alianças. Bolsonaro tende a herdar alguns apoios. Os eleitores se dividirão, e muitos optarão pela anulação ou pelo voto útil anti-PT.



Bolsonaro é favorito. Só que precisa tomar alguns cuidados. Terá de aprimorar as articulações pessoais com os deputados e senadores eleitos, além de afinar os acordos com quem ainda tem mandato, voto e poder nos estados, sobretudo onde haverá segundo turno. Bolsonaro tem de evitar declarações zangadas e mal-humoradas. O “Mito” precisa adotar uma postura de líder da Nação e definir algumas propostas claras de governo que pode implantar imediatamente, sem necessidade de apelar ao Congresso Nacional. [é conveniente que Bolsonaro fique alerta e neutralize o 'fogo amigo' - uma boa ideia seria destacar o general Mourão para um périplo pelas embaixadas do Brasil na Europa, Ásia ou obter do general sua palavra de que permanecendo no Brasil guardará obsequioso silêncio.
O Paulo Guedes ontem, na manifestação de Bolsonaro, comportou-se como cabe a um possível futuro ministro - vale também para candidato a vice-presidente - em silêncio - de boca fechada não costuma sair inconveniências.]



Talvez não seja recomendável indicar quem serão seus nomes fortes para os ministérios que serão reduzidos. Melhor não gerar desgaste prévio para os indicados. Bolsonaro tem de avaliar, cuidadosamente, a participação em “debates”. O enfrentamento radical e raivoso interessa ao PT, não ao candidato do PSL. [o perda total ou partido das trevas = PT, entra em qualquer debate como derrotado, qualquer dano só atinge o que entra como vencedor = PSL = BOLSONARO.]  Bolsonaro tem de deixar claro e ressaltar que seu governo vai se pautar pela Austeridade, Transparência e Honestidade. Haddad não tem condição moral de prometer a mesma coisa...



Para Bolsonaro é fundamental uma campanha inteligente, sem agressões desnecessárias. O “Mito” deve recomendar a seus eleitores que não cometam o erro de compartilhar piadas ofensivas contra os nordestinos que não votaram nele e apoiaram o PT de modo consolidado, que não deve ser revertido no segundo turno. Mesmo que não tenha grande efeito eleitoral agora, Bolsonaro deve apresentar mais propostas para agradar os nordestinos.



É preciso repetir por 13 x 13: Bolsonaro não pode incorrer, em nenhum momento, em discursos de ódio, por mais que seja provocado pelos inimigos. Junto com o aliado Ciro Gomes, Fernando Haddad fará o diabo para colar em Bolsonaro o falso conceito de “candidato fascista”. Bolsonaro tem de insistir no compromisso do diálogo franco e aberto para a pacificação nacional.



Se não cometer deslizes idiotas e imperdoáveis, apesar da natural oposição midiática, sairá vencedor também no segundo turno. O óbvio ululante é não cair em armadilhas retóricas da decadente esquerda que já comprovou sua incompetência de gestão e abuso de corrupção para governar o Brasil. Enfim, novamente, Bolsonaro só perde a eleição para ele mesmo. A prioridade é cuidar da saúde, não deixar a vaidade subir à cabeça e não falar besteira. Bolsonaro tem de se mostrar um estadista pronto para substituir o Presidencialismo de coalizão pelo Presidencialismo de Conciliação – sem colisão.



Balanço final     


Os Institutos de pesquisa falharam feio e foram os grandes derrotados da eleição. As metodologias precisam ser revistas. Até porque os resultados (equivocados) têm poder de influência direta sobre a vontade do eleitorado. Os números (errados) induzem o voto.

Outro ponto negativo da eleição foi a  votação usando o sistema biométrico. Muitos equipamentos não conseguiram fazer a leitura da impressão digital dos eleitores. A falha atrasou a votação em muitos lugares.



Bacana do primeiro turno? Muita gente que se julgava previamente eleita entrou pelo cano. A dedada foi cruel para alguns. Acontece que aquela sonhada super-renovação não ocorreu. Basta analisar a listagem dos eleitos nos Estados.


A bronca dos eleitores fez uma pequena limpeza. 

Transcrito da Edição Extra do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

#EleNão foi um tiro no pé - a presença das vadias e do LBGT mostrou a milhões que o processo de destruição da Família, da Moral e dos Bons valores tem que ser contido = eleger Bolsonaro

PT atribui crescimento de Bolsonaro a voto de evangélicos

O comando da campanha de Fernando Haddad (PT) atribui ao eleitorado evangélico o crescimento da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) detectado pelas pesquisas eleitorais. De acordo com os petistas, houve, no fim de semana, uma mobilização muito intensa em diversas igrejas, em especial, nos templos da Universal do Reino de Deus

Nesses locais, pastores apresentaram fotos que teriam sido feitas nos protestos #Elenão, convocados contra o capitão do Exército, e que mostravam mulheres de seios de fora e em poses sensuais. [poses sensuais??? a quase totalidade daquelas fotos mostravam putas e chamá-las de pornografia barata ainda é pouco.
O abuso da pornografia e do baixo nível daquelas manifestações serviu para mostrar que os destruidores da FAMÍLIA, da MORAL, dos BONS COSTUMES, precisam ser contidos e Bolsonaro pode contê-los.]

O líder da Universal, bispo Edir Macedo, já declarou apoio ao candidato do PSL.

 Na pesquisa do Ibope divulgada em 24 de setembro, Bolsonaro tinha 34% das preferências dos evangélicos e 24% dos católicos; no dia 1º de outubro, os percentuais subiram para 40% e 28%. Haddad oscilou para baixo nos dois segmentos – entre os evangélicos, suas intenções de voto foram de 17% para 15%; entre os católicos, de 25% para 24%. Na pesquisa divulgada no dia 28 não foi informada a religião dos entrevistados.


Revista VEJA


domingo, 30 de setembro de 2018

Fernando Haddad e sua teoria do parto



O deve refletir sobre o preço de ir para o segundo turno sem qualquer autocrítica 

Num encontro com artistas em São Paulo, Fernando Haddad disse o seguinte:
"Não tem como se desenvolver do ponto de vista institucional sem passar por alguns partos. (...) As nações que chegaram ao desenvolvimento passaram por momentos tão dramáticos quanto o que nós estamos passando agora".

E acrescentou:
"Se a gente vencer essa etapa, nós vamos olhar para trás e, ao invés de acusar aqueles que querem votar no Bolsonaro e tudo o mais, vamos compreender que é uma parte de um sentimento que se expressou dessa maneira, como uma febre alta, mas que foi importante em determinado momento para a gente pensar que tem uma coisa errada com esse organismo aqui e vamos cuidar dele porque é muito importante para nós".

Trata-se de uma construção na qual a candidatura de Jair Bolsonaro seria uma febre alta, depois da qual nasceria um novo tempo, mas tudo gira em torno de seis palavras: “Se a gente vencer essa etapa”. E se não vencer? Teria faltado combinar com Bolsonaro.
O comissariado deve refletir sobre o preço de ir para o segundo turno sem qualquer autocrítica.   Afinal, no mesmo encontro, Haddad disse que "não quero repassar os erros de todos os envolvidos, porque são muitos".

Ele não quer, mas o eleitor que tem medo do que chama de “a volta do PT”, gostaria que quisesse. Os comissários devem pesar os riscos da teoria do parto. Ela embute a ideia de que o PT irá para o segundo turno nos seus termos e, quem quiser, que o siga. Milhões de pessoas votariam em Átila mas não votam em Bolsonaro. O que não se sabe é o tamanho do eleitorado que é capaz de votar até em Bolsonaro, para evitar o retorno do PT ao Planalto nos termos do comissariado. Em Minas Gerais e em São Paulo boa parte do eleitorado tucano migrou para Bolsonaro. Querer levar o centro para o programa do PT e para a retórica de Haddad ameaça sua candidatura e contamina o governo que pode advir de sua vitória.

Em 1984 Tancredo Neves construiu a primeira conciliação da História saída da oposição. Se ele tivesse adotado a estratégia dos comissários de 2018, Paulo Maluf poderia ter sido eleito presidente.

(...)

Fim de feira
O crepúsculo do governo de Michel Temer transformou-se numa xepa. A turma da privataria quer apressar o leilão de 12 terminais de aeroportos. Temem que o novo governo paralise a transação. Deveriam temer o contrário.  Na área das agências reguladoras a liquidação adquiriu seu pior aspecto. Nomearam-se diretores com mandatos que se estenderão pela maior parte do governo do próximo presidente.
Isso seria, no mínimo, falta de educação.

Na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, detonou-se o que havia de racionalidade na sua direção, e o presidente foi-se embora para a Organização Pan-Americana da Saúde. Para o lugar foi nomeado um diretor que, apesar de ser médico, celebrizou-se como deputado e prefeito de São Bernardo.

Na diretoria da Anvisa ficam agora um sobrinho do senador Eunício de Oliveira, um indicado por Romero Jucá, mais uma sumidade trazida por Paulo Maluf e, finalmente, um sábio que acumula parentescos, pois é primo do marqueteiro Elsinho Mouco e do ministro das Cidades, Alexandre Baldy.
Luís XV celebrizou-se por ter dito que depois dele viria o dilúvio. Temer quer ser o próprio aguaceiro.

Registro
Para a crônica da eleição de 2018:
Geraldo Alckmin encontrou-se com um marqueteiro que tentou convencê-lo a mudar a maneira de falar, usando um vocabulário mais direto.
O candidato concordou com tudo, levou-o à porta e despediu-se:
"Recomende-me aos seus".

MATÉRIA COMPLETA, Elio Gaspari, jornalista, em O Globo