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quinta-feira, 30 de junho de 2022

Conclusão fatal - Luís Ernesto Lacombe

 

O que dizer de quem acredita em promessas que não podem ser cumpridas?  

O mundo real é tão escancarado que é difícil compreender essa gente. Só o delírio para explicar a devoção por regimes como o de Cuba, da Venezuela, da China...  
Gente que não enxerga, ou faz questão de não ver. 
Gente sem informação, sem conhecimento, sem memória. 
Gente que sonha, ignorando os pesadelos que o socialismo, o comunismo, que essa porcariada toda impõe diariamente, e sem piedade, a quase 2 bilhões de pessoas. É tão difícil assim entender que já não deu certo, que nunca dará?
 
Nenhum avanço econômico pode estar ligado à falta de liberdade. Não há como defender uma ditadura, não importa qual seja. Não há como defender o Partido Comunista Chinês. Danem-se os crescimentos recordes do PIB, se o ar que se respira é denso, é tenso, se todo passo é vigiado
Quer ser uma superpotência? É justo, desde que, primeiro, se torne um país livre e democrático. E para isso, claro, não há como apostar num Estado opressor, controlador de tudo e de todos.

Sempre vendendo utopias, os socialistas estão voltando ao poder, prontos para manter os pobres na pobreza, dependentes do Estado

Agora, caminha a Colômbia para um buraco sem fim de fracassos. Um ex-bandido no poder, guerrilheiro ligado a narcotraficantes, prometendo, de cara, libertar criminosos. [o mesmo o descondenado petista pretende fazer no Braqsil, caso ganhe as próximas eleições.]
E já se conhecem seus crimes por vir... Aumento de impostos, dos gastos do governo, da dívida pública, aumento do Estado... Intervenção constante na economia, tabelamento de preços, impressão de dinheiro, programas sociais a rodo... Aversão ao capital privado, estatização generalizada... A Colômbia vai quebrar.

O futuro presidente do país, que foi amigo de Hugo Chávez, também fala em “justiça social”, em “justiça racial”, mesmo que se saiba que verdadeiramente só existe justiça, sem complementos, a mesma para todos, ou deixa de ser justiça. São os “ungidos” de que fala Thomas Sowell, aqueles que têm “superioridade moral”, que têm a cara de pau de desconfiar da realidade, já que ela não condiz com a visão dos socialistas. Todas as evidências, todos os fatos são contrários às suas ideias. Então, o real é suprimido e anuncia-se um mundo de fantasias.

Sempre vendendo utopias, os socialistas estão voltando ao poder, prontos para manter os pobres na pobreza, dependentes do Estado. Já faz tempo que esse bando se apropriou da bondade, da fraternidade, da solidariedade. 
Eles têm poderes demoníacos para enganar, para iludir. 
Discordar deles, ainda que com base em fatos e acontecimentos irrefutáveis, é ser considerado egoísta, insensível, mau. 
Estamos todos em perigo. A realidade foi bloqueada, como bem explica Thomas Sowell, “para que uma perigosa ação em curso possa prosseguir cegamente até sua conclusão fatal”.
 
 Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
 
Luis Ernesto Lacombe, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

terça-feira, 14 de junho de 2022

Discurso do presidente da República no Lançamento do Programa Brasil pela Vida e pela Família

Consideração e sugestão do Blog Prontidão Total: Na íntegra pronunciamento do Presidente da República Federativa do Brasil. Consideramos ser um texto com assuntos de grande importância, sempre atual e o que aponta é de dificil contestação.
Vale a pena ser lido na íntegra.

"Senhoras e senhores, boa tarde.

Eu vou falar do tema, mas queria perguntar para vocês: o que é indignação? Quando é que você fica indignado? Quando você vê um brutal ato de injustiça. E não interessa contra quem seja esse ato de injustiça. Nós temos que nos indignar. Nós temos que demonstrar o nosso sentimento. Nós temos que tentar mostrar que o outro lado está errado. Bem, tem um jurista aqui na frente, nosso ministro Humberto. Nós somos autoridade para agir em flagrante delito. Não é isso mesmo? Nós podemos deter uma pessoa que tenha cometido um delito grave, de forma flagrante. Eu pergunto: eu poderia aqui, agora, deter alguém por ter espancado um marciano? Poderia? Acredito que não. Não existe nada na lei que fale: se você espancar marciano, maltratar ou matar, você vem a detê-lo. 
Eu pergunto a vocês: pode alguém ser punido por fake news? "Olha, ele está espalhando o fake news". E se esse fake news não for fake news, for uma verdade, pior ainda. 
Enquanto aqui a gente está num evento voltado para a fraternidade, amizade, amor, compaixão, aqui, do outro lado da Praça dos Três Poderes, uma turma do Supremo Tribunal Federal, por 3 a 2, mantém a cassação de um deputado acusado em 2018 de espalhar fake news. Esse deputado não espalhou fake news. Porque, o que ele falou na live, eu também falei para todo mundo: que estava havendo fraude nas eleições 2018. Ia se apertar o número, quando se apertava o número 1, já aparecia o 13 na tela e concluía a votação. Foram dezenas de vídeos. Dezenas de pessoas ligaram para mim, ao longo de toda noite daquela primeira votação do 1° turno, de 2018. Isso é uma verdade.
 
E esse deputado foi cassado. Primeiro ele foi absolvido por 7 a 0 no TRE do Paraná, depois por 6 a 1 foi condenado no Tribunal Superior Eleitoral, cujo objetivo era criar jurisprudência para perseguir os outros que, porventura, não gostassem do seu comportamento. Deputados que estão aqui que, porventura, estejam vendo, vai chegar a sua hora, se você não se indignar. Não existe tipificação penal para fake news. Se for para punir fake news com a derrubada de páginas, fecha a imprensa brasileira, que é uma fábrica de fake news. Em especial, O Globo, Folha. Outro caso hipotético, vamos supor, um caso hipotético, que o João assassinou a esposa, Maria, e ele foi condenado. 
Algum tempo depois, descobriu-se que o João não era casado com a Maria. Eles viviam em união estável.
Solte-se o João. Volte o processo às origens. Assim foi a absolvição do Lula. Patrocinada por quem? Edson Fachin? Ele que botou o Lula em liberdade. Baseado no quê? No CEP, Código de Endereçamento Postal. Ele não podia ser julgado em Curitiba. Tinha que ser julgado em São Paulo ou Brasília. E anulou-se na época que já se prescrevia todas as acusações contra ele. Que Brasil é esse? Que justiça é essa, me desculpem os demais magistrados aqui presentes? 
Onde está o nosso TSE, quando convida as Forças Armadas, via portaria assinada pelo ministro Barroso, a participar de uma Comissão de Transparência Eleitoral? As Forças Armadas descobrem centenas de vulnerabilidades. Apresentam nove sugestões. Não gostaram. "Eleição é coisa para forças desarmadas." Convidá-los para quê, ora bolas? Para fazer o papel do quê? Eu sou o chefe das Forças Armadas. Nós não vamos fazer o papel de idiotas. Eu tenho a obrigação de agir.
 
Tenho jogado dentro das quatro linhas. Não acham uma só palavra minha, um só gesto, um só ato fora da Constituição. Será que 3 do Supremo Tribunal Federal, que podem muito, pode continuar achando que podem tudo? Eu não vou viver como um rato. Tem que haver uma reação. E se a população achar que não deve ser dessa maneira, preparem-se para ser prisioneiros sem algemas. O ministro que solta o Lula é o mesmo que está à frente do Tribunal Supremo Eleitoral, dando as cartas como dono da verdade
O que ele fez essa semana que passou? A política externa é minha e do ministro França, do Itamaraty. 
Ele convida, então, 70 embaixadores, e eles vão lá para dentro do TSE, e ele, de forma indireta, ataca a Presidência da República, como "o homem que não respeita a Constituição, que não respeita o processo eleitoral, que pensa em dar um golpe". E conclui de forma indireta: "acabou as eleições, imediatamente seu Chefe de Estado deve reconhecer o ganhador das eleições, para que não haja qualquer questionamento junto à Justiça." O que é isso, senão arbítrio? Um estupro à democracia brasileira? Para mim, é muito mais fácil eu estar do outro lado, muito mais fácil. Otoni de Paula, Carla Zambelli, é muito mais fácil.
 
Tenho a família toda perseguida, até a esposa processada. Canalhas. Processar minha esposa? Vem pra cima de mim, se são homens. Eu sou suspeito para falar de parentes ao meu lado. 
A minha esposa, pelo que eu vejo, pelo que eu sei, é uma pessoa discreta, que trabalha pelos menos favorecidos, por pessoas com deficiência, aprendeu libras, dá exemplo. 
Porque participa ao lado da ministra da Mulher no Dia das Mães, no horário das 20h30 da noite, ela é processada. O que querem com isso? Essa questão, julgada agora há pouco por 3 a 2, o ministro Alexandre de Moraes falou: "Temos jurisprudência em cima do Francischini para cassar registro e prender candidatos que, porventura, duvidem do sistema eleitoral."
 
A dúvida, o debate, faz parte da democracia. Onde não há debate, há ditadura. Nós confiamos nas máquinas, e eu confio nas máquinas. Não confio em quem está atrás das máquinas.  
Se me permitem avançar, a minha segunda live do ano passado, onde eu peguei o inquérito da Polícia Federal, que foi aberto no início de novembro. Por que foi aberto? 
Porque um hacker fez uma denúncia e a ministra Rosa Weber, que não sabia de nada, fez com que a Polícia Federal, determinou, que instaurasse o inquérito.
O que vou falar aqui está dentro do inquérito, que não tinha qualquer classificação sigilosa até aquele momento.  
 
E lá está escrito, dentro do inquérito, porque o delegado encarregado do inquérito pediu ao TSE informações. O TSE informou que os hackers ficaram por oito meses dentro do TSE, com a senha do ministro Banhos. Está escrito isso, e essa imprensa não enxerga isso? Vai falar amanhã que eu estou atacando as urnas eletrônicas. Vocês serão os primeiros a ser perseguidos no futuro, podem ter certeza disso. Os hackers tiveram oito meses com a senha do ministro Banhos.  
Nos primeiros dias, o delegado encarregado do inquérito pediu os logs. Sete meses depois, o TSE informou. 
 Está no processo que os logs foram apagados por uma firma terceirizada que fazia manutenção dos computadores. 
Os logs são entregues no mesmo dia, no dia seguinte, é como um backup. Por que há sete meses? Ficaram arrumando o quê dentro do TSE? Porque só sobra margem para desconfiança.
 
Será que o Datafolha está perfeitamente alinhado com o que está previsto no resultado do TSE? Nós não podemos viver sob suspeição. Até num casal, tem que sentar e conversar. 
Por que é que os técnicos do TSE não conversam com os técnicos das Forças Armadas que foram convidados a participar do critério? 
Queriam a participação das Forças Armadas como uma moldura de uma fotografia, para dar ares de credibilidade? 
Esqueceram que eu sou o chefe das Forças Armadas? 
O que queremos pro nosso Brasil? Ganhe quem ganhar as eleições, eu entrego a faixa numas eleições limpas, democráticas e auditáveis. 
O que aconteceu no dia de ontem, depois do show com os embaixadores? O ministro Fachin, presidente do TSE, convida lideranças religiosas. 
E o título do convite era Paz e Tolerância. 
Olhe só, o Ministro Fachin fala Paz e Tolerância. O que o Ministro Fachin fez no ano passado? Tentou, de todas as formas, no TSE, criar uma jurisprudência ao tentar cassar uma vereadora evangélica, de Luziânia, Goiás, que pediu votos numa pequena igreja para meia dúzia de pessoas. "Vote em mim".  
Com essa cena, o ministro Edson Fachin tentou criar a jurisprudência para cassar registro de cristãos, evangélicos e espíritas sobre abuso do poder religioso.
 
Qual é a coerência desse ministro? Um convite falando sobre tolerância, ele sendo um intolerante com uma pobre de uma coitada de uma vereadora eleita em Luziânia. 
Qual a isenção que tem esse ministro para conduzir as eleições? 
Qual terá Alexandre de Moraes para, 40 dias, assumir aquele posto? 
O que podemos pensar que essas pessoas… o que eles querem? Querem uma ruptura? 
Por que atacam a democracia o tempo todo? Aqui não tem ninguém mais homem do que outro. Mas nós não podemos nos curvar. Eu não sou dono da verdade nem dono do Brasil. Eu não sou a pessoa mais poderosa. Eu não sou a pessoa perfeita. E assim, ninguém o é. Ou nós nos indignamos, acordamos para o que está acontecendo, ou marcharemos no caminho da Venezuela.
 
O outro lado fala de aborto, isso de forma escancarada. Ataca os valores familiares o tempo todo, como o decreto 2009 do PNDH3, cujo capítulo mais importante é a desconstrução da heteronormatividade. 
O outro lado diz que vai valorizar o MST, que nós acalmamos, titulando os mesmos. 
Diz que vai voltar a fazer empréstimos para outros países, que isso é investimento. Nós já pagamos 4 bilhões, nós, no FAT, para o BNDES, dinheiro emprestado para a Venezuela. 
Mineiro, se tem algum aqui: Belo Horizonte não tem metrô, mas Caracas tem. Com dinheiro nosso. 
Esse outro lado fala em desarmar a população. Não deu certo a política de desarmamento. O Chile está sendo desarmado agora. Todas as ditaduras precederam de movimentos desarmamentistas. Povo armado jamais será escravizado. Ninguém desarma o povo americano. Não adianta aparecer por lá alguém com espírito de ditador, que não vai dar certo. O Brasil tem que criar esse espírito também. Tenho falado para todos os meus ministros: em 64, tentaram tomar o poder pelas armas; agora, as armas que usam são as armas da democracia.

"Eu quero, eu não quero, eu puno, eu caço, eu prendo um deputado por oito meses, eu faço com que a jornalista seja exilado, outros sejam presos." Oras, bolas, se as urnas são inexpugnáveis, por que temos o hacker preso há quase um ano em Minas Gerais? São inexpugnáveis. O que se espera de um país que age dessa maneira?

Eu não estou dizendo que há fraude, mas há suspeita. Temos que dissipar essa nuvem da suspeição. Não podemos viver dessa maneira. Metade do meu tempo eu tomo para me defender de acusações do outro lado da Praça dos Três Poderes. 
Como agora, uma ministra me dá 10 dias para explicar como anda a população de rua do Brasil. 
Agora, Alexandre de Moraes, novamente: "Qual é o seu plano para defender os ianomâmis?"  
Se eu perguntar para ele qual o tamanho da área Yanomami, duvido que ele saiba. Olha, se foi demarcado, é porque não podemos estar lá dentro.
É o tempo todo aceitando ações propostas por partidos que não têm mais que meia dúzia de representantes.  
 
As coisas mais absurdas acontecem, como, por exemplo, começamos a fazer um contorno numa reserva indígena de 190 km, aqui em Mato Grosso, onde que, passando pela reserva, seriam 110
E pela reserva pode passar, mas não pode asfaltar a estrada, é uma estrada intransitável grande parte do tempo, tendo em vista os atoleiros. Vamos fazer um contorno de mais 80 km. Cada safra, 2.000 caminhões bi-trens passam por essa rodovia, que agora vão andar mais 80 para ir e mais 80 para voltar, com o preço do diesel que está aí nas alturas. Mas a Justiça diz: "Não pode asfaltar a reserva indígena." 
E agora, para concluir, que eu gostaria de falar 1 hora com os senhores, desde que os senhores não fossem embora, obviamente, está o Supremo discutindo marco temporal. O que é isso?
 
Já temos no Brasil uma área do tamanho da região Sudeste demarcada como terra indígena.  
Uma nova interpretação querem dar a um artigo da Constituição. E quem quer dar essa nova interpretação? Ministro Fachin, marxista-leninista, advogado do MST, votou depois o Cássio Nunes, 1 a 1. 
Agora está com o ministro Alexandre de Moraes. E eu tenho falado: se o novo Marco Temporal for aprovado, além de uma área do tamanho da região Sudeste, já demarcada como terra indígena, teremos outra área do tamanho da região Sul; que, pela localização geográfica dessas centenas de terras indígenas, teremos uma outra área, também, do tamanho do estado de São Paulo, como terra indígena. Acabou a economia brasileira do agronegócio, acabou a nossa garantia alimentar, acabou o Brasil. O que eu faço se aprovar o marco temporal? Tenho duas opções: entrego a chave para o ministro supremo ou digo "não vou cumprir".
 
Eu fui do tempo em que decisão do Supremo não se discute, se cumpre. Eu fui desse tempo, não sou mais. Certas medidas saltam aos olhos dos leigos. É inacreditável o que fazem. Querem prejudicar a mim e prejudicam o Brasil.
Para onde vai a nossa Pátria? Como está o Brasil pós pandemia? 
E mesmo com essa guerra, estamos bem, levando-se em conta a maioria dos outros países do mundo. 
Para onde queremos ir? Por que essas decisões? Não têm um diálogo, não tem um convite para nada. É só pancada, pancada, pancada o tempo todo.
 
Querem a volta daquele cara que roubou o país, o cara responsável pelo maior lote de corrupção da Via Láctea. Quer isso de volta?  
Já loteou todo o futuro ministério, o outro lado. Inclusive as duas vagas para o Supremo Tribunal Federal. 
Cristiane, quando se fala em aborto, que nós somos contra. Primeiro, eu conheço o Parlamento. Não vão aprovar uma proposta nesse sentido lá. Se aprovarem, tem o poder de veto aqui. 
Mas quem aprovou aborto na Colômbia foi a Suprema Corte colombiana. Vocês acham que, aquele cara voltando, botando o advogado do PT lá, o Zanin, e outro indicado por esse que está fazendo a miséria do TSE, vai botar que perfil de gente lá? 
Não adianta o André Mendonça pedir vista, porque ele é um evangélico. Vão passar o trator em cima dele. O que vão fazer com a nossa pátria?
 
Olha o que está sendo feito, via Assembleia Constituinte no Chile, um país que estava redondinho na economia, que crescia no mínimo, cinco 5%, próximo disso, todos os anos. 
Olha para onde foi. E olha que lá o voto é no papel. O outro lado ganhou porque o pessoal resolveu se acomodar. "Eu sou isentão, eu sou limpinho, uso talco pompom". E não foi votar. Agora estão fazendo movimento de rua: "Fora, Presidente do Chile".

E aqui, as andanças minhas pelo Brasil. Não é no local onde eu vou, que tem 1.000, 2.000, 5.000, 10.000 pessoas, que aí podem falar: "essa gente é simpático a ele". Mesmo sem ter um ônibus parado na periferia. Mas, ao longo do percurso, como povo nos trata, a mim e aos meus meninos. O outro lado não consegue sair às ruas. Não sai de casa. Agora diz que está com Covid. Dez dias que não vai sair de casa mesmo. 

Que eleições são essas? Eu sou do tempo em que, eleições, ganhava quem tinha o voto nas urnas. Agora, parece que é quem tem amigo no TSE. E lá tem uma sala cofre que ninguém entra. 
A apuração é um ato público. Qualquer um de vocês tem que entender como são feitas as apurações. Não interessa se conheça ou não de tecnologia. E como é feito? Ninguém sabe. Pode ser que seja feito corretamente? Pode, mas não podemos ter a suspeição. Não podemos terminar umas eleições onde um lado não vai se satisfazer com o resultado. E olha que eu sou o chefe do Executivo. O que é normal seria o chefe do Executivo estar conspirando para permanecer no poder. Jamais farei isso. Entrego para qualquer um a faixa, mas tem que ganhar no voto transparente. Alguns falam: "Ah, o Bolsonaro, está fazendo isso porque está criando um clima, que vai perder."
 
Meu Deus do céu, se o Lula tem 45%, vamos dar transparência para ele ganhar no primeiro turno. Isso não é um desabafo, é um alerta à nação brasileira. Podia ter ficado quieto, como quase todos os meus ministros, me aconselham: "fique quieto, fique na tua, calma"
Olha o que aconteceu agora, o 3 a 2. O que nós estamos vendo no dia-a-dia? É para ficar calmo? Vamos esperar acabar o jogo para pedir o VAR? Aqui tem gente que vai votar na esquerda, tenho certeza disso. É um direito teu, parabéns. Mas quem tem que ganhar a eleição é quem tem mais voto. E outra, se houver, se por acaso houver, vai haver só para presidente, ou não vai haver para outros cargos? Por que é que o TSE não fala o seguinte: "Presidente, deixa os técnicos das Forças Armadas virem aqui para dentro do TSE, conversar com o nosso pessoal, debater, e fazer com que não tenhamos quaisquer dúvidas no pleito eleitoral"?. Nada mais justo do que isso. Por que vivemos na incerteza? É um milagre eu estar aqui. Sobrevivi a uma facada. Um milagre minha eleição. Quem eu era? Eu não era nada dentro do Parlamento. Era mais um deputado do baixo clero que discursava para as paredes, como tantos outros discursam lá dentro. Resolvi vir candidato porque, me desculpe, deputado, eu cansei do Parlamento. Eu quero cuidar da minha vida. E falava durante a campanha: Eu tenho duas alternativas, praia ou Planalto. Me dei mal. Vim para o Planalto.

Mas eu entendo, aqui, Otoni, a gente que não podemos medir a fé. Não temos como ter uma fita métrica para isso. A fé está dentro de você. Ou você tem, ou você não tem. Eu aprendi uma coisa ao longo da minha vida. Sou católico, já li a Bíblia quando estava na fronteira. Naquele tempo, não tinha energia elétrica, não tinha celular. Então tinha mais tempo para a família, para ler a Bíblia. E o que eu aprendi? O que for possível fazer, que você faça. O que for impossível, bote nas mãos de Deus. Eu entendo que é dessa forma que devemos agir, e concluo mais uma vez: Não sou mais homem que nenhum dos homens que estão aqui. Somos iguais. Quando tiver um ponto final para cada um de nós, o nosso destino é o mesmo. Se ninguém enterrar, o urubu vai comer. Nada temeis, nem mesmo a morte, a não ser a morte eterna.

Parabéns a todos da secretaria pelo brilhante trabalho que fazem. Não queremos que pessoas, que está viva na memória de nós, voltem a ocupar o lugar que já ocupou a Damares e que ocupa atualmente a Cristiane.

Muito obrigado a todos vocês.

[Grifos do Blog Prontidão Total.]


segunda-feira, 16 de maio de 2022

Alexandre de Moraes tem razão: com ou sem voz na Internet, somos uns imbecis - Gazeta do Povo

Paulo Polzonoff Jr.

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra. (Mateus 5:5)


Alexandre de Moraes, ministro do STF, grão-vizir da Suprema Hermenêutica, czar da Liberdade de Expressão e senhor dos Misteriosos Conluios, subiu em seu trono de ouro no alto da torre de marfim, vestiu a toga de tecido especialíssimo e com poderes inimagináveis, deu um beijo em Têmis, aquela safadinha, e, emulando Umberto Eco (de quem nunca ouviu falar), proclamou majestosa e arrogantemente, como lhe convém: “a Internet deu voz aos imbecis”.

“Espelho, espelho meu. Existe alguém menos imbecil do que eu?”

“Espelho, espelho meu. Existe alguém menos imbecil do que eu?” - Foto: STF

Tem razão, o mais magnânimo entre os magnânimos. Somos mesmo uns imbecis. Uns parvos, um pascácios, uns lerdos, uns palermas, uns tontos, uns bobos, uns néscios, uns idiotas. Uns mansos que, apalermados, assistimos aos arbítrios de autoridades calvas de bom-senso. E no máximo damos uns chiliquezinhos nas redes sociais e voltamos a jantar, ocupados apenas em nascer e morrer.

Lula em “modo demolição”
Autonomia universitária é usada como “desculpa” para militância de esquerda                                                                             


E foi mesmo a Internet, essa monstruosidade que uns escrevem com inicial maiúscula e outros com minúscula, essa ágora ruidosa, caótica, confusa e anárquica que nos seduz com sua promessa de informação, amizade e humor, esse sonho que tem seus momentos de pesadelo e esse pesadelo que tem seus momentos de sonho, que deu voz tanto ao suprassumo da Humanidade, personificado em Alexandre de Moraes, quanto à ralé. Isto é, a nós, os imbecis.

Nós, os imbecis
Nós, os imbecis que trabalhamos duro, quando há trabalho, e vemos todos os meses um terço de nosso salário desviado para saciar a fome de lagostas dos privilegiados. Nós, os imbecis que não sabemos, podemos ou queremos usar mesóclise para prender arbitrariamente aqueles que nos contrariam. Nós, os imbecis que não pretendemos ser sumidades em nada e que olhamos para os ícaros togados com o coração na mão, porque sabemos que é uma questão de tempo para eles se darem conta de que chegaram perto demais do Sol.

Polo é carro para homossexuais. E não há nada de mau nisso
Alô, é da livraria? Quero dois livros de negro, um de amarelo e um de branco


Nós, os imbecis que ainda acreditamos em abstrações políticas cada vez mais desprovidas de sentido, porque assim nos foi ensinado e, sinceramente, não há muita alternativa. Nós, os imbecis que insistimos em fazer mesuras a uma democracia em frangalhos. Nós, os imbecis tão imbecis que um dia ouvimos da professora que a República tem três poderes independentes e harmoniosos, decoramos a lição e tiramos 10 na prova. Nós, os imbecis que damos razão ao que dizem os livros, não a realidade.

Nós, os imbecis que em outubro próximo sairemos de casa para votar, débil e imbecilmente crendo que nossa vontade, reduzida a uma dezena digitada numa torradeira de luxo, será de fato respeitada. Nós, os imbecis que ouvimos o pirililili das urnas como quem faz uma oferenda ao Estado. Nós, os imbecis que confiamos porque não temos outra opção. Nós, os imbecis que nos perguntamos agora: "ou será que temos?".

Nós, os imbecis que fingimos viver sob os auspícios do que o sociedade ocidental tem de melhor e que há dois séculos e meio saímos por aí gritando slogans que falam de liberdade, igualdade e fraternidade. Nós, os imbecis que seguimos com a nossa vida, aqui e ali nos desviando de deliciosos pecados. Nós, os imbecis que babamos na camisa para nos dizer livres enquanto somos dia após dia açoitados pelo douto maquiavelismo mau-caráter de um imbecil que não se sabe e assim não se vê, mas que também é. Ah, se é!

Nós, os imbecis que nos sabemos assim, cheios de defeitos, de ignoranças, de lógicas tortas, suscetíveis a falácias e cantos das mais belas sereias - e até de sereias nem tão belas assim. Nós, os imbecis que não queremos deixar de ser, até porque sabemos que é impossível. Nós, os imbecis que nos enganamos e agimos e falamos como se não houvesse morte e fim e Juízo. Nós.

Nós, os imbecis que ainda mantemos uma nesguinha de esperança de ver a torre de marfim em breve ruir, lançando no vazio da história esses homens e mulheres minúsculos que, embriagados de uma sensação falsa e fugaz de grandeza e onipotência, se deixaram seduzir pela lábia demoníaca e sonham controlar essa porção do mundo habitada por nós, os imbecis.
Desculpe, mas deixei de confiar no sistema eleitoral brasileiro

Paulo Polzonoff Jr., colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

domingo, 31 de outubro de 2021

A guilhotina do bem - Revista Oeste

Maurício Souza, campeão olímpico de vôlei | Foto: Reprodução Instagram
Maurício Souza, campeão olímpico de vôlei | Foto: Reprodução Instagram

O rei Luís XVI, condenado à morte por alta traição e crimes contra o Estado, foi enviado à guilhotina. Sua esposa, Maria Antonieta, teve o mesmo destino nove meses depois. Após a execução do rei, a guerra com várias potências europeias e intensas divisões ideológicas conduziram a Revolução Francesa à sua fase mais violenta e turbulenta. Em junho de 1793, os jacobinos tomaram o controle da Convenção Nacional dos girondinos mais moderados e instituíram uma série de medidas radicais, incluindo o estabelecimento de um novo calendário e a erradicação do cristianismo. Aqui, foi desencadeado o sangrento Reino do Terror, um período de dez meses em que os inimigos suspeitos da revolução foram guilhotinados aos milhares.

Eu não poderia deixar de visitar esse período bárbaro da história mundial e, guardadas as devidas proporções, abordar o assunto da semana envolvendo o jogador de vôlei Maurício Souza. Ele foi “cancelado” pela turma da tolerância e do amor por expor sua opinião sobre um desenho em quadrinhos.

O campeão olímpico teve o contrato rescindido unilateralmente pelo Minas Tênis Clube depois que os patrocinadores do time sofreram pressões dos atuais jacobinos virtuais que tentam de todas as maneiras tirar de circulação aqueles que não rezam a cartilha progressista da turba do Beautiful People. Em tempos em que questionar virou crime inafiançável, opinar contra o politicamente correto virou crime hediondo, com pena de prisão perpétua nos calabouços dos revolucionários de butique. E opinar, sem ofensas, foi o que Maurício fez.

Em seu Instagram pessoal, Maurício já havia criticado o uso da chamada “linguagem neutra”, mais uma página rasa da agenda de identidade de gênero que cancela sem dó nossa linda língua portuguesa. Nessa postagem, Maurício colocou na legenda: “O céu é o limite se deixarmos! Está chegando a hora de os silenciosos gritarem”. Na semana passada, alguns dias depois da repercussão do lançamento da história da DC Comics em que o filho do personagem Super-Homem se assume bissexual, o jogador postou: “É só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar…”. Mesmo sendo duramente criticado pelo terrível crime de opinião sobre um desenho — um de-se-nho, vale frisar —, Maurício voltou ao seu perfil e comentou mais um capítulo da agenda nefasta da esquerda radical: a exclusão de mulheres com a inclusão de homens biológicos em esportes femininos. Para isso, Maurício publicou uma foto de Gabrielle Ludwig, atleta transexual que faz parte de uma equipe feminina de basquete universitário. A foto, uma afronta às mulheres, já foi usada por mim em palestras sobre o assunto para mostrar — em claras e gritantes imagens — o absurdo que as mulheres estão sendo obrigadas a suportar caladas para não serem guilhotinadas. Homens biológicos, visivelmente formados com todos os resultados de anos de testosterona, competindo com meninas.

Gabrielle Ludwig, atleta transexual da equipe feminina de basquete, 
nos Estados Unidos -  Foto: Reprodução

LEIA TAMBÉM: este homem é uma lutadora
Diante de tamanha atrocidade protegida por essa política injusta e cruel com as mulheres, Maurício comentou: “Se você achar algum homem nessa foto você é preconceituoso, transfóbico e homofóbico. Mais uma conquista do feminismo para as mulheres!”. Não deu outra. Não foram apenas os jacobinos virtuais que chegaram aos montes à praça das redes sociais, as guilhotinas, compartilhadas por jornalistas e até atletas, formaram um corredor revolucionário “do bem”. Não bastava apenas silenciar o rapaz que pecou contra a agenda jacobina, era preciso mostrar às multidões o que acontece com os transgressores. 
É preciso tirar o sustento de um pai de família, encerrar a carreira de um atleta e destruir seu nome e sua reputação. Mas, claro, tudo em nome do amor ao próximo.

Inicialmente, antes de decidir pela rescisão do contrato do jogador, o Minas Tênis Clube, pressionado por seus dois principais patrocinadores, Fiat e Gerdau, havia apenas afastado e multado Maurício, além de exigir que ele publicasse uma retratação. E assim ele o fez. Publicou um pedido de desculpas àqueles que porventura se sentiram ofendidos, mantendo a defesa sobre a liberdade que todos têm para opinar. Não surtiu efeito. Maurício, campeão olímpico em 2016 e ainda rendendo como atleta de alta performance, teve a cabeça cortada em uma ação injusta, orquestrada milimetricamente.

O mais preocupante de tudo é que esse não é um caso isolado. É a nova regra, o novo normal que não pode — em hipótese alguma — ser aceito por nós. Em texto publicado no dia 28 de outubro em sua coluna na Gazeta do Povo, J.R. Guzzo foi no coração da questão:A perseguição desencadeada contra o atleta Maurício Luiz de Souza, jogador da seleção brasileira de vôlei, é um escândalo destes tempos em que o totalitarismo, a intolerância e o rancor são impostos à sociedade com violência cada vez maior pelos movimentos ‘politicamente corretos’. Foi um linchamento, puro e simples, da reputação e da carreira esportiva de um cidadão brasileiro que não fez absolutamente nada de errado, e nem outra coisa além de exercer o direito constitucional à expressão do seu próprio pensamento”.

Ainda dentro desse contexto que agitou o noticiário, minha grande decepção foi com o técnico da seleção brasileira masculina, Renan Dal Zotto, exímio ex-atleta que também defendeu o Brasil nas quadras durante anos, e uma pessoa por quem tenho respeito
Infelizmente, Renan não aguentou a pressão das guilhotinas chegando à praça pública. Paralisado com a virulência da movimentação jacobina, ajoelhou-se e beijou os anéis dos supostos novos reis do pedaço e suas cartilhas politicamente corretas. Em entrevista ao jornal O Globo, Dal Zotto afirmou: “É inadmissível esse tipo de conduta do Maurício. Sou radicalmente contra qualquer tipo de preconceito, homofobia, racismo. Em se tratando de seleção brasileira, não há espaço para profissionais homofóbicos. Não posso ter esse tipo de polêmica no grupo”. O técnico marcou pontos gloriosos com a audiência jacobina, o aplauso fácil veio instantaneamente. No entanto, Dal Zotto não mencionou a atrocidade, o crime nem a injúria cometidos por Maurício.

Esse cancelamento faz parte de uma pandemia intelectual de proporções bíblicas

Tive a sorte de ter bons técnicos na minha carreira como atleta profissional. Alguns me marcaram e deixaram lições que carrego até hoje. Além de técnicos, eles eram líderes. Nos erros, nos acertos, na escolha das palavras e nas lições plantadas que, uma vez proferidas e semeadas, não podem mais ser guardadas. Homens firmes, com prudência, zelo, sem menosprezar nem descartar a contribuição que podem deixar na construção do ser humano. Renan não foi capaz de pairar acima das agendas políticas e mostrar a mão de um líder nato. Seitas ideológicas cobram pedágio, e Renan pagou o seu para ser poupado.

Mas não se enganem, esse cancelamento acompanhado de linchamento e perseguição faz parte de uma pandemia intelectual de proporções bíblicas. Os atuais jacobinos, que prometem lutar contra a opressão às minorias, estão, curiosamente, apenas militando em países “opressores” onde há liberdade suficiente para que tanta bobagem seja dita e colocada em prática, como aqui nos Estados Unidos.

Há três semanas, o comediante Dave Chappelle cometeu um crime tão hediondo quanto o do jogador do Minas. Chappelle, em seu novo show na Netflix, disse que “gênero é um fato” e que “cada ser humano nesta sala, cada ser humano na Terra teve de passar pelas pernas de uma mulher para estar na Terra. Isso é fato”. Depois ele condenou o ataque contra as mulheres que não obedecem à teoria de gênero da esquerda. Já escutaram as guilhotinas se aproximando? Sim, elas foram trazidas, e durante duas semanas o comediante negro que ousou desafiar o politburo foi amarrado em praça pública para a exposição que já conhecemos.

Imediatamente, a mesma onda jacobina que pediu a cabeça do Maurício e de tantos outros que não beijam o anel invadiu as redes sociais e um dos prédios da Netflix. O que eles pediam? Um pedido de desculpas? Não. Queriam a cabeça de Chappelle por ele ter dito — o horror! — que gênero é um fato com homens sendo homens e mulheres sendo mulheres. Grupos ativistas como o Glaad (Aliança de Gays e Lésbicas Contra a Difamação, em português) espalharam a falácia de que “o conteúdo anti-LGBTQ” viola a política da Netflix de rejeitar programas que incitam ódio ou violência. A Glaad pediu então aos executivos da Netflix que ouvissem os funcionários LGBTQ, líderes da indústria e o público e se comprometessem a “viver de acordo com os padrões”. 

Quando o especial de Chappelle foi lançado em massa, o grupo disse que a “marca do comediante se tornou sinônimo de ridicularizar pessoas trans e outras comunidades marginalizadas”. Como outros artistas da Netflix, Jaclyn Moore, que foi roteirista e produtora do programa da Netflix Dear White People, foi até as redes sociais inflamar a militância com comentários do tipo: “Não vou trabalhar com eles (Netflix) enquanto eles continuarem a lançar e lucrar com conteúdo transfóbico descarada e perigosamente”.

Bem, praça cheia, guilhotina a postos, jacobinos babando por sangue. Vamos! O que estamos esperando? Faltou combinar com Chappelle, que não estava muito disposto a entregar sua cabeça. Quando perguntado sobre uma greve de funcionários transgêneros na Netflix depois de o conteúdo de seu show ter viralizado, ele disse: “Para a comunidade transgênero, estou mais do que disposto a lhe dar uma audiência, mas você não vai me convocar. Encontro com vocês nos meus termos, onde eu quiser e quando eu quiser. Não vou ceder às exigências de ninguém”.

Caitlyn Jenner, hoje transexual e que já foi campeão olímpico no decatlo masculino em 1976, está apoiando Dave Chappelle em meio à polêmica em torno dos comentários que ele fez sobre a comunidade transgênero em seu especial da Netflix, The Closer:Dave Chappelle está 100% certo”, tuitou Jenner. “Não se trata do movimento LGBTQ. É sobre a cultura do politicamente correto, do cancelamento. Cultura enlouquecida que tenta silenciar a liberdade de expressão. Nunca devemos ceder ou nos curvar para aqueles que desejam nos impedir de falar o que pensamos.

Diante da postura de Chappelle, o codiretor-executivo da Netflix, Ted Sarandos, acabou usando o bom senso e defendeu o especial de Chappelle em vários memorandos para funcionários da Netflix escrevendo: “Embora alguns funcionários discordem, temos uma forte convicção de que o conteúdo (do show) não se traduz diretamente em danos no mundo real”.

Quem me acompanha em outras plataformas sabe da minha admiração pelo psicólogo canadense e grande pensador contemporâneo Jordan Peterson. Peterson também já sofreu inúmeras tentativas de assassinato de sua reputação por parte dos jacobinos do bem. Para isso, ele tem o seguinte conselho: “Nunca peça desculpas a uma multidão sedenta de sangue. Você não está lidando com pessoas com quem pode restabelecer um relacionamento. Você está lidando com uma ideia sem alma que possui pessoas”.

Milhares das mortes na guilhotina que foram realizadas durante a Revolução Francesa aconteceram sob as ordens de Robespierre. No entanto, o francês revolucionário, que queria impor suas ideias com violência e brutalidade, jamais imaginou que seus métodos alcançariam exatamente o seu pescoço. 
Robespierre, que dominou o draconiano Comitê de Segurança Pública, foi executado em 28 de julho de 1794.

A Revolução Francesa se tornou modelo para outras revoluções nos séculos seguintes, e, como ela, esse tipo revolução consome seus próprios filhos. O Comitê de Segurança foi levado ao seu fim vergonhoso tanto por aqueles que não achavam que Robespierre era radical o suficiente quanto pelos moderados que denunciaram a violência em primeiro lugar. No final, a guilhotina também foi seu destino.

 Leia também: É desproporcional o que fizeram com Maurício Souza, afirma Janaina Paschoal

Deputada não aprovou a demissão do jogador de vôlei pelo Minas Tênis Clube

 “Este homem é uma lutadora”

Ana do vôlei - Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste


domingo, 24 de outubro de 2021

STF reserva um Natal turbulento para aliados de Bolsonaro - Blog Radar

A prisão do blogueiro Allan dos Santos foi apenas um passo no roteiro das investigações em curso na Corte contra aliados do Planalto [atualizando: a prisão do jornalista Allan dos Santos foi decretada, mas ainda não foi efetuada, devido o mesmo estar nos Estados Unidos e ainda não foi localizado pela Interpol.]

Num evento do Planalto com Luiz Fux, do STF, Jair Bolsonaro celebrou outro dia estar “entre amigos”.

Essa fraternidade deve durar pouco. O fim de ano na Corte, diz um colega de Fux, será desgostoso para amigos do Planalto. [será? ser apoiador do presidente Bolsonaro se tornou crime?

Necessário se faz distinguir se o apoiador comete crimes na prestação do apoio ou apenas apoia por opiniões e comentários.]

Blog Radar - Revista VEJA


terça-feira, 1 de outubro de 2019

SUPREMO NA BERLINDA - Alexandre Garcia




Um jornalista sério e equilibrado tuitou nesse fim de semana adjetivos sobre o Supremo, tão agressivos que eu não seria capaz de reproduzir aqui. Na segunda-feira, ouvi o mesmo do dentista, do garçom, da balconista e do policial. Eu nunca percebera antes tanta raiva e tanta descrença contra a nossa corte suprema.

A Constituição segue Montesquieu e, já no segundo artigo, diz que os poderes são “independentes e harmônicos entre si”. É óbvio que os três poderes têm que estar em primeiro lugar harmônicos com as aspirações do povo, pois o primeiro artigo da Constituição estabelece que “todo o poder emana do povo”. Assim, o Poder Judiciário, embora não seja escolhido pelo voto popular, igualmente emana do povo, com escolhidos pelos representantes eleitos.

Não estaria o Supremo, portanto, que estar em harmonia  com as aspirações do povo, como a de combater a corrupção, punindo os corruptos? Claro, o Supremo não pode ser um tribunal de exceção, tampouco pode ficar sob a tutela de emoções expressas nas ruas ou nas redes sociais. Mas não pode ficar numa torre de marfim, acima e distante da sociedade em que jurisdiciona Justiça em última instância. Entre Robespierre e Salomão, melhor pender para a sabedoria salomônica, ainda que o jacobino fosse de “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”.

Nesta semana, o Supremo terá que ser salomônico, na decisão sobre um habeas corpus em que o réu não foi ouvido de novo após o depoimento de colaborador premiado que o acusa. Sem regra escrita sobre isso no Código de Processo Penal nem na Lei da Colaboração Premiada o sensato é que valha após a manifestação do Supremo; não antes. [com todas as vênias o mais sensato seria o assunto ser tratado pelo Congresso,na forma de Lei - projeto de um congressista ou do Poder Executivo;  
Não tem sentido, sendo uma agressão ao princípio de INDEPENDÊNCIA e HARMONIA entre os Poderes, uma manifestação do Supremo se tornar lei.
Por se tratar de decisão exarada em cima de um habeas corpus não terá efeito vinculante mas será lei.] Diz-se que se retroagir em benefício dos réus, prejudicaria 32 sentenças da Lava-jato, com 143 condenados. Seria um tiro de bala de prata na grande operação contra a corrupção. A conferir.

Ainda atingindo o Poder Judiciário, parece não haver harmonia dentro dele próprio.  O mais ativo dos acusadores, como chefe da Procuradoria-Geral, Rodrigo Janot, revelou que estava disposto a matar o Ministro Gilmar Mendes dentro do Supremo, e suicidar-se em seguida. E que usava bebidas alcoólicas no seu gabinete, para aliviar as tensões.

Mesmo sem crime cometido, o Supremo reagiu como histórias de ficção: cassou-lhe o porte de arma, aprendeu-lhe a pistola, retirou de seus escritório e apartamento computadores e celulares, criando a figura de crime de pensamento, que até agora só existia na lista de pecados religiosos. E é bom constatar que tudo isso é porque o Supremo virou tribunal penal de primeira instância para uma multidão de privilegiados, pela Constituição de 1988. [até banheiro público unissex se tornou assunto a ser decidido - por enquanto, está na fase de pedido de vista - pela Suprema Corte.] Quando foi promulgada, o então Presidente da República, José Sarney, declarou: “Com esta Constituição, o país fica ingovernável”.

Alexandre Garcia, Gazeta do Povo