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sábado, 23 de outubro de 2021

A legítima defesa “eleitoral”da chapa Bolsonaro/Mourão:”matar para não morrer” - Sérgio Alves de Oliveira


Essas duas ações que tramitam no TSE pretendendo a cassação dos mandatos do Presidente Bolsonaro, e do seu vice Mourão, e que tendem a ser julgadas procedentes, por pretensas irregularidades eleitorais relativas às eleições de outubro de 2018, promovidas pela tal coligação “Brasil Feliz de Novo”,dos partidos de esquerda então derrotados e inconformados,certamente tem o potencial requerido para desencadear uma verdadeira “guerra”.Uma “guerra”entre as canetas e as armas.

Nos chamados “estados-democráticos-de-direito”, principalmente nos falsificados, fake news”,como é o caso dessa “coisa”no Brasil,que inclusive os políticos tiveram a cara de pau de fazer uma lei para “proteger”,ou seja,”proteger” o que não existe, a caneta das autoridades judiciárias passou a substituir paulatinamente as armas nos chamados “golpes-de-estado”,e também nos violentos atentados contra a verdadeira democracia.

Com absoluta certeza se operacionaliza aí um sutil acordo entre a esquerda e os “seus” juízes, assentados nos tribunais superiores de Brasilia, principalmente no TSE e no STF. O bem estudado “descarte” do impedimento (impeachment) de Bolsonaro na Câmara e no Senado com certeza se deve ao fato da consequente posse presidencial que haveria nessa hipótese do General Mourão, o que afinal de contas também não seria do agrado das nefastas forças políticas que optaram pela “Justiça” para essa “ingrata”missão, para esse “trabalho sujo”,ficando bem mais fácil para a esquerda “lavar as suas mãos” por essa atitude. Além do mais , Mourão também teria o “cheiro” militar, igual a Bolsonaro,que causa repugnância incontrolável à “esquerdalha”. [o que favorece a maldita esquerda é o fato que o contato prolongado, continuado com um determinado 'cheiro' o torna suportável - e os esquerdopatas, gostando ou não, vão conviver muito tempo com tal 'cheiro'; além do mais, a ação contra a chapa Bolsonaro/Mourão, padece de um mal que afeta todas acusações contra o 'capitão' = padecem da falta de provas.
Terão que conviver com o capitão por mais UM, talvez DOIS, mandatos e...]

É praticamente certo que o Tribunal Superior Eleitoral “baterá o martelo” na cassação do Presidente e Vice, obviamente resguardado”, lá atrás”, pelo Supremo Tribunal Federal, num eventual recurso da chapa cassada, porquanto esses tribunais em última análise são uma “coisa só”,”farinha do mesmo saco”, com o TSE sendo integrado também por Ministros do STF.

Se eu fosse essas autoridades, e para me proteger da “morte” quase certa,  talvez buscasse alguma inspiração para me defender no filme MATAR OU MORRER, um clássico “western”,”bang-bang”, de 1952, dirigido por Fred Zinnemann, considerado um dos melhores de todos os tempos, estrelado pelo “mocinho” Gary Cooper, no papel de Xerife Kane,na pequena cidade de Hadleyville, Novo México, que acabou lhe valendo o “Oscar” de melhor ator, e a religiosa Amy Fowler,interpretada por Grace Kelly, futura Princesa de Mônaco. [mais uma vez o ilustre articulista mostra seu bom gosto pelos bons filmes de 'far-west'; foram os filmes de 'cowboy' que permitiram que programas de TV, quase sempre propiciando aos admirados do gênero rever o que já os tinha deleitado na 'telona',  estilo CINERAMA, tivessem duração de vários anos - isto nos tempos em que emissoras de TV não se dedicavam a contar cadáveres e publicar,  como verdades,  'fake news', desde que contra o governo do presidente Bolsonaro. 
A existência de um juiz fujão no filme citado pelo ilustre escriba Sérgio e menção em outro artigo de sua lavra, não é mera coincidência.
Ao ensejo, expressamos nossa convicção de que a Justiça inocentará a chapa Bolsonaro/Mourão.]

O enredo desse filme se resume na cerimônia de casamento na Igreja local do Xerife Kane com Amy. Durante a cerimônia Kane recebe um telegrama dando conta que Frank Miller, um temido fora da lei que antes Kane havia prendido, foi solto e estava se dirigindo para a cidadezinha para se “vingar” de Kane,acompanhado de outros três perigosos bandoleiros,no  “Trem da Onze”.

O Xerife acabara de devolver a sua “estrela” e iria viajar com a mulher em lua-de-mel.Mas teve uma crise de consciência e resolveu ficar para enfrentar os bandidos.E embarcou a mulher no trem. Kane ”pensou” que teria apoio na comunidade para enfrentar os 4 bandidos. Mas todos recuaram na “hora H”. O próprio juiz local fugiu. E até hoje não o encontraram.

A moral desse filme reside no fato de que o “mito”,o “herói” individual ,só pode aparecer num ambiente de falência moral coletiva ,de covardia da comunidade. E que numa sociedade que prima pelos valores mais altos da dignidade,não há lugar ,nem é preciso ,o surgimento de “mitos”,de “heróis”. A própria sociedade incorpora o papel do herói. Procurando uma analogia entre a situação do Xerife Kane e a situação da “chapa” Bolsonaro/Mourão, não há como fugir de diversos pontos comuns entre as duas situações.

Mas a “caneta” dos juizões tende a anular as eleições de Bolsonaro e Mourão. Mas Bolsonaro também tem o privilégio de poder se defender e usar uma caneta tão ou mais poderosa que as dos juízes que querem derrubá-lo por “frescuras” eleitorais.
Bastaria para tanto assinar um decreto convocando as Forças  Armadas,com base nas claras disposições do artigo 142 da Constituiçao,para “defenderem a pátria” contra inimigos externos infiltrados nos Três Poderes da República,e também para  proteção de um dos poderes da República,o “Poder Executivo”,ameaçado de mutilação pelos outros Poderes.

Talvez estrategicamente o momento mais propício para essa intervenção dos militares,com base na “canetada” de Bolsonaro,fosse após a “batida de martelo” pela cassação da chapa Bolsonaro/Mourão. Mas ANTES da  sua publicação  no Diário Oficial.

A famosa frase de Ruy Barbosa de que a “força do direito deve prevalecer sobre o direito da força” deve ser vista com reservas em determinadas situações, desde o momento em que as “fontes” do direito, ou seja, as leis, a jurisprudência, a doutrina e os costumes, se tornam corrompidas, corrompendo, portanto, por consequência, também o próprio direito,que passa a se tornar,portanto,(anti)direito,um “direito torto”. Nessas situações os fuzis são as únicas armas capazes de restabelecer a ordem,a segurança,a paz,e a implantação de um sadio estado democrático de direito.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo 

 

quarta-feira, 3 de junho de 2020

O mecanismo pretende expurgar Bolsonaro e Mourão - Sérgio Alves de Oliveira

Esse “chove-mas-não-molha” com o impeachment do Presidente Jair  Bolsonaro se deve exclusivamente ao “pavor” que o mecanismo tem só de pensar que no eventual impedimento do “capitão” quem assumiria a Presidência da República, nos termos da Constituição, seria o seu “vice”, General Hamilton Mourão Filho, o  que para o “mecanismo”,e seu consórcio de  “salafrários”, da esquerda , centrão, Congresso , STF , TSE, e  Grande Mídia, significaria uma verdadeira tragédia.Todos têm consciência que o General Mourão não tem“sangue de barata”.

Com absoluta certeza Mourão não toleraria nem a metade dos desaforos  que fazem com Bolsonaro. Também sabem que o prestígio do General Mourão nas Forças Armadas seria ligeiramente superior ao que hoje tem o seu “Comandante  Supremo”. Como o impeachment se trata fundamentalmente de um julgamento político, antes que jurídico, é evidente que facilmente o quorum de 2/3 dos votos dos congressistas seria atingido para impichar Bolsonaro. Mas isso se   “eles” quisessem”, como antes já aconteceu com Collor e Dilma.  E ... “arriscassem”!!!                            
Mas é justamente aí que que “mora o perigo”. E “eles” sabem disso. Com Bolsonaro impichado, automaticamente Mourão teria que assumir a  Presidência.  O medo e o respeito que nunca  tiveram em relação  ao “capitão” , viria com “juros e correção monetária”, com o “vice” assumindo.    
                                    
Então é o seguinte: têm que sair ambos,  Bolsonaro e Mourão. Mas o problema é que não conseguiriam encontrar nenhum vestígio de crime de responsabilidade para impichar também Mourão. Portanto, ”só” o  “impeachment” de Bolsonaro não serviria. Mourão também deveria  ser riscado do “mapa”,e  na base do “impeachment” não daria. 

Aí tiveram a ideia “genial” de se livrar desses dois “empecilhos” 
concomitantemente, valendo-se da Justiça Eleitoral (TSE), através de uma ação de impugnação de mandado eleitoral, contra a “chapa” Bolsonaro/Mourão, por alegadas  infrações eleitorais “antes” do pleito, somente levantadas agora  no inquérito das “Fake News”, que tramita no Supremo Tribunal Federal, evidenciando-se a montagem de um “baita esquemão”, totalmente manipulado. O Supremo forneceria a “matéria prima”, as provas,e o TSE faria o “trabalho sujo”.


Mas o que ganharia o mecanismo e sua “trupe” com a expulsão de Bolsonaro e Mourão do governo? Ora, ganhariam uma nova eleição presidencial, apostando que acabariam colhendo  todos os  frutos plantados na sobotagem ,boicote,e desgaste  provocado no atual governo ,o que fizeram invariavelmente todos os seus dias. E acima de tudo apostam que elegeriam um dos “seus” como o próximo Presidente, reativando,assim,a desgraça política que fincou raízes fundas no país, a partir da “Nova República”,instalada em 1985,e que perdurou até 31 de dezembro de 2018.É isso que o mecanismo quer.

Tanto  motivos para impichar Bolsonaro, quanto  outros para dispensá-lo, juntamente com Mourão, pela via da impugnação de mandato  eleitoral, com absoluta certeza seriam facilmente  encontrados, até mesmo pela via da “suprema manipulação”. Tudo só dependeria, em última análise, da “vontade política” dos membros do  TSE,  um“puxadinho” do STF.     

Na ação de impugnação dos mandatos de Dilma e Temer, por exemplo, em 2017,com Dilma já impichada, onde “pouparam” Temer, deu para perceber claramente como tudo foi ,e poderia novamente ser “tapeado”.
A Rede Globo , grande “interessada” no assunto,já se encarregou de  preparar o pedido de impugnação eleitoral da “chapa” Bolsonaro - Mourão, no TSE. Só não assinou  a petição por não estar inscrita na OAB. [por não confiar no êxito da 'solução' TSE, a turma do mecanismo, tenta emplacar uma PEC buscando impedir que em caso de afastamento definitivo do presidente da República, por qualquer motivo, o vice-presidente só assuma, se nos primeiros dois anos, por no máximo 90 dias - até a realização de eleições - ocorrendo o afastamento nos dois últimos anos, o vice-presidente assumirá por apenas 30 dias e o novo presidente será eleito diretamente pelo Congresso. Confiram aqui. - MATÉRIA COMPLETA.]

O Capitão Bolsonaro e o General Mourão devem ficar preparados, mesmo de “prontidão”, contra os iminentes ataques “arranjados” que surgirão contra os seus mandatos nos próximos dias.  E para que evitem um “nocaute” jurídico dos seus mandatos, a única saída que terão   está bem clara na Constituição. Seria uma medida plenamente constitucional, com força para mandar para a cadeia toda essa rede de malfeitores que criminosamente conspiram contra os seus legítimos mandados.

Talvez Bolsonaro e Mourão enxergassem  as suas situações políticas com mais clareza  se tivessem a inciativa  de assistir  o clássico    western (de “Oscar”),  MATAR OU MORRER, de  1952, estrelado por Gary Cooper (xerife Kane) e Grace Kelly (Amy). [nesses tempos de pandemia,  tive a oportunidade de assistir mais uma vez esse excelente filme.] 

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


segunda-feira, 4 de novembro de 2019

“Matar ou morrer” é o dilema de Bolsonaro - Sérgio Alves de Oliveira




Vai ser preciso um pouquinho de paciência para ler e  perceber que a introdução desse texto relativa a um  filme  “bang-bang” que marcou época  tem muito a ver com as  pressões que estão sendo desencadeadas pela oposição política e ideológica, reforçada  pelos seus  idiotas úteis, para derrubar o Presidente Jair Bolsonaro, democraticamente eleito e  recém iniciando o seu governo.

Os protestos  contra o Governo Bolsonaro ,eclodidos em todo o país, passaram de todos os limites da razoabilidade, com os  estúpidos manifestantes “cobrando” do novo governo, empossado há  pouco mais de 10 meses, as nefastas consequências dos   desgovernos brasileiros instalados durante 34 anos,  de 1985 a 2018,  tempo todo esse em que nada “cobraram”, ou seja ,uma “dívida” acumulada  que não foi causada por esse  Governo, e sim por  outros, que “quebraram o país”, pelos aspectos morais, políticos, econômicos e sociais. No tempo em que as produções cinematográficas de Hollywood  tinham  enredos com  início, meio e fim, grandes clássicos foram produzidos, muitos dos quais considerados até hoje  os melhores.
                                                   
Um desses clássicos foi o “western MATAR OU MORRER, de 1952, dirigido por Fred Zinnemann,  considerado um dos melhores  de todos os tempos, estrelado   pelo “mocinho” Gary Cooper, fazendo o papel  do xerife  Will Kane, da pequena cidade de Hadleyville, Novo México - e que lhe valeu o “Oscar” de “melhor Ator”-  e a religiosa Amy Fowler, interpretada pela atriz  Grace Kelly.

Resumidamente, o enredo desse filme  trata da cerimônia de casamento  na Igreja  local do xerife  Kane com Amy, durante o qual o noivo  recebe um telegrama dando notícia  que Frank Miller, um temido fora da lei , que Kane havia prendido algum tempo atrás, foi solto e  estava chegando  dentro de uma hora ,  no trem da “onze” ,disposto a vingar-se dele, contando com a cumplicidade  de três outros bandoleiros comparsas.

O xerife  acabara  de entregar a estrela da sua autoridade  em  Hadleyville, e iria viajar com a  sua mulher  em   lua-de-mel”. Mas de repente teve uma crise de consciência e resolveu ficar, não se acovardando com a chegada dos quatro bandidos. E mandou a mulher embarcar. Mas equivocadamente prevendo que iria encontrar na comunidade local  gente  solidária com  a sua “causa”, disposta a ajudá-lo  a  enfrentar os bandidos que estavam chegando, para sua surpresa  todos “correram da briga”, inclusive o juiz local que fugiu e ninguém mais o viu.

A grandiosidade da “moral” desse filme reside na idéia de que só pode surgir o mito do  “herói” individual num ambiente de  “falência do coletivo”, de covardia da comunidade. Numa sociedade que prima pelos valores mais altos da dignidade, não há lugar e nem é preciso  o surgimento de heróis. A própria sociedade incorpora em si  e desempenha a figura do “herói”, dispensando o “individual”. Procurando fazer uma analogia entre o enredo do filme “Matar ou Morrer”, e a situação do Governo Bolsonaro frente às suas violentas oposições, não há como fugir da conclusão sobre a espantosa semelhança da situação do Xerife Kane frente aos 4 bandidos que queriam matá-lo, e a de Bolsonaro face à sua furiosa oposição, tendo como palco  uma sociedade omissa e acovardada,  que a tudo assiste de camarote  a nada faz de efetivo para ajudá-lo a combater essa “praga” política  que  desgraça  o Brasil desde 1985.

Mas Bolsonaro também não tem o direito de se acovardar.  Só ele tem todas as armas capazes de vencer o boicote escancarado que estão fazendo a seu governo. E essas armas que ele tem na mão  para defender-se  não são armas de fogo, nem os militares  que estão à sua volta,, porém a “caneta” , que pode ser até a “bic” que ele usa. Desse modo tenho um “tsunami” de verdade  para sugerir ao Presidente ,livrando-o  do maldito “bombardeio”  da sua oposição politica. Bastaria ele ouvir os órgãos governamentais e de segurança nacional competentes e, caso aprovassem essa medida, nos exatos termos da Constituição,  mandasse  redigir  e assinasse  sem titubear um DECRETO de “ESTADO DE SÍTIO/INTERVENÇÃO”, cada  qual  com objetivos diferentes dentro dos seus limites.

Tudo leva a crer que essa  seria a única maneira do Governo Bolsonaro “NÃO MORRER”, já que ele não tem contado com o apoio que seria de se esperar da maioria da sociedade brasileira que votou nele na busca de  mudanças ,mas que  na hora “h” se omite de participar ativamente nessa empreitada, não se opondo , na medida necessária, ao mesquinho e violento boicote ao efetivo desenvolvimento econômico e social do país.


Sérgio Alves de Oliveira - farraposergio@gmail.com
Advogado e Sociólogo        




quarta-feira, 17 de outubro de 2018

"Morrer ou morrer” e outras notas de Carlos Brickmann

Haddad, quem diria, tem suas semelhanças com Alckmin. Para quem acha picante demais o Picolé de Chuchu original, ele é o Picolé de Chuchu light


Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

Numa pequena cidade americana, o xerife, o herói que prendeu os principais bandidos da região, está se casando e, em seguida, viajará em lua de mel. Soube-se então que o pior dos bandidos foi solto e chegará em pouco mais de uma hora, com mais três de seu bando, para matar o xerife. Imediatamente, o herói da cidade é abandonado: ninguém está disposto a ajudá-lo no duelo mortal. No máximo, seus melhores amigos e aliados lhe sugerem que fuja. Ele não foge – e até sua noiva o abandona naquela hora.

É um dos maiores filmes da história do cinema: Matar ou Morrer, com Gary Cooper e Grace Kelly, direção de Fred Zinneman. À medida que o tempo passa, Cooper vai ficando mais só, diante dos quatro bandidos. Ele os enfrenta; e, claro (é o mocinho), vence. Quando o último bandido é morto, a cidade volta a festejar seu herói. Então é ele que decide ir embora.O que o filme mostra com mais clareza é que, na hora da festa, todos se juntam. Na hora da tristeza, é cada um por si. Tivesse o bandido sido vitorioso, a vida na cidade continuaria igual, sob nova direção.

Cid Gomes disse aos petistas que Haddad, seu aliado, vai perder feio. Ciro Gomes foi passear na Europa. A senadora Ana Amélia, vice de Alckmin, optou por Bolsonaro. Euclides Scalco, respeitado fundador do PSDB, disse que o importante é derrotar o PT. Não dá para dizer quem vai ganhar a eleição. O que se sabe é que quem está ficando sozinho é Haddad.

Vale a pena ver de novo
O filme ganhou quatro Oscars, lançou Grace Kelly como atriz, sua trilha sonora é excelente. Pode ser visto no Google, na íntegra, e vale a pena. É cultura popular na veia: se os ratos vão embora, o navio está afundando.

Chuchuzão
Haddad, quem diria, tem suas semelhanças com Alckmin. Ambos levam jeitão de tucano. Alckmin nunca soube como deveria ser chamado, Geraldo ou Alckmin; Haddad não sabe se ainda é Lula ou se Lula não é mais, se é vermelho ou verde-amarelo, se é católico de ir à missa ou se isso é o ópio do povo. Em comum, ambos têm aquele charme eleitoral de dar inveja ao Chama o Meirelles. Haddad, aliás, extrapola: para quem acha picante demais o Picolé de Chuchu original, ele é o Picolé de Chuchu light.

Muy amigo
Quando pediu o apoio de Ciro Gomes (e de seu irmão, Cid), o PT não se lembrou de um pequeno detalhe: na ausência de Lula, preso e inelegível, Ciro propôs uma chapa única dos partidos que apoiaram Dilma, tendo-o como candidato à Presidência e Fernando Haddad (ou Jaques Wagner) na vice. Lula vetou a ideia, por dois motivos: primeiro, porque queria fazer o papel de perseguido político, tentando sem êxito, diante da pressão da burguesia e duzianqui, sair como presidente; segundo, porque dar a Ciro a cabeça de chapa equivaleria a colocá-lo no comando geral da esquerda. Lula sabotou Ciro ao máximo. Desistiu até de seu candidato ao Governo de Pernambuco para apoiar o socialista Paulo Câmara, para evitar o apoio do PSB a Ciro. No fim de tudo, pediu o apoio dos Gomes a Haddad. Conseguiu. Mas Ciro viajou e Cid é que vai aos comícios do PT. Horror!

O aliado
Algumas frases de Cid aos petistas: “Fizeram muita besteira, porque aparelharam as repartições públicas, porque acharam que eram donos do país. E o Brasil não aceita ter dono…” Diante dos petistas que cantavam “olê, olá, Lula, Lula”: “Lula o que? O Lula está preso, babacas! O Lula está preso e vai fazer o que? Deixa de ser babaca, rapaz, tu já perdeu a eleição”.
Bolsonaro tem um vice que adora falar, seja o que for, seja sobre o que for, mas que repercussão isso tem diante dos aliados de seu adversário?

Paga e não bufa
Neste momento, faltando menos de 15 dias para o segundo turno, as campanhas custaram R$ 3,3 bilhões (dinheiro público, ou melhor, nosso). Os candidatos puseram algum dinheiro deles, mas nada excessivo: no total, uns R$ 700 milhões. MDB, PT e PSDB foram os maiores beneficiários de dinheiro público: R$ 616,5 milhões, no total. E tomaram uma surra de criar bicho. Quem gastou mais dinheiro privado foi o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles: R$ 54 milhões. E tomou uma surra de criar bicho.

E, por falar em bicho
O macaco Kaio, filho de pais recolhidos por sofrer acidente, vivia há seis anos numa família humana. O Governo decidiu que, sendo silvestre, deveria ser tirado da família e enjaulado em Florianópolis. Está lá há um ano: não pode receber visitas de pessoas (porque seria violar a lei) nem de macacos (que o matariam por não ser do bando). Kaio nunca será de outro bando, só o de sua família humana. Portanto, a menos que a Justiça se manifeste, ficará enjaulado até a morte. Maltratar os animais não é o espírito da lei – então, por que não devolvê-lo à sua família humana?

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Marcela Temer: bela, recatada e “do lar”

Marcela Temer é uma mulher de sorte. Michel Temer, seu marido há treze anos, continua a lhe dar provas de que a paixão não arrefeceu com o tempo nem com a convulsão política que vive o país - e em cujo epicentro ele mesmo se encontra. Há cerca de oito meses, por exemplo, o vice-presidente, de 75 anos, levou Marcela, de 32, para jantar na sala especial do sofisticado, caro e badalado restaurante Antiquarius, em São Paulo. Blindada nas paredes, no teto e no chão para ser à prova de som e garantir os segredos dos muitos políticos que costumam reunir-se no local, a sala tem capacidade para acomodar trinta pessoas, mas foi esvaziada para receber apenas "Mar" e "Mi", como são chamados em família. Lá, protegido por quatro seguranças (um na cozinha, um no toalete, um na entrada da sala e outro no salão principal do restaurante), o casal desfrutou algumas horas de jantar romântico sob um céu estrelado, graças ao teto retrátil do ambiente. Marcela se casou com Temer quando tinha 20 anos. O vice, então com 62, estava no quinto mandato como deputado federal e foi seu primeiro namorado.


Marcela, mulher do vice, Michel Temer: jantares românticos e apelidos carinhosos(Bruno Poletti/Folhapress)

Michelzinho, de 7 anos, cabelo tigelinha e uma bela janela no lugar que abrigará seus incisivos centrais, é o único filho do casal (Temer tem outros quatro de relacionamentos anteriores). No fim do ano passado, Marcela pensou que esperava o segundo filho, mas foi um alarme falso. "No final, eles acharam que não teria sido mesmo um bom momento para ela engravidar, dada a confusão no país", conta tia Nina, irmã da mãe de Marcela. Ela se refez do sobressalto, mas não se resignou - ainda quer ter uma menininha. No Carnaval, Marcela planejou uns dias de sol e praia só com o marido e o filho e foi para a Riviera de São Lourenço, no Litoral Norte de São Paulo. Temer iria depois, mas, nos dias seguintes, o plano foi a pique: o vice ligou, dizendo que estava receoso de expor a família, devido aos ânimos acirrados no país. Pegou Marcela, Michelzinho, e todo mundo voltou para casa.

Bacharel em direito sem nunca ter exercido a profissão, Marcela comporta em seu curriculum vitae um curto período de trabalho como recepcionista e dois concursos de miss no interior de São Paulo (representando Campinas e Paulínia, esta sua cidade natal). Em ambos, ficou em segundo lugar. Marcela é uma vice-primeira-dama do lar. Seus dias consistem em levar e trazer Michelzinho da escola, cuidar da casa, em São Paulo, e um pouco dela mesma também (nas últimas três semanas, foi duas vezes à dermatologista tratar da pele).

Por algum tempo, frequentou o salão de beleza do cabeleireiro Marco Antonio de Biaggi, famoso pela clientela estrelada. Pedia luzes bem fininhas e era "educadíssima", lembra o cabeleireiro. "Assim como faz a Athina Onassis quando vem ao meu salão, ela deixava os seguranças do lado de fora", informa Biaggi. Na opinião do cabeleireiro, Marcela "tem tudo para se tornar a nossa Grace Kelly". Para isso, falta só "deixar o cabelo preso". Em todos esses anos de atuação política do marido, ela apareceu em público pouquíssimas vezes. "Marcela sempre chamou atenção pela beleza, mas sempre foi recatada", diz sua irmã mais nova, Fernanda Tedeschi. "Ela gosta de vestidos até os joelhos e cores claras", conta a estilista Martha Medeiros.

Marcela é o braço digital do vice. Está constantemente de olho nas redes sociais e mantém o marido informado sobre a temperatura ambiente. Um fica longe do outro a maior parte da semana, uma vez que Temer mora de segunda a quinta-feira no Palácio do Jaburu, em Brasília, e Marcela permanece em São Paulo, quase sempre na companhia da mãe. Sacudida, loiríssima e de olhos azuis, Norma Tedeschi acompanhou a filha adolescente em seu primeiro encontro com Temer. Amigos do vice contam que, ao fim de um dia extenuante de trabalho, é comum vê-lo tomar um vinho, fumar um charuto e "mergulhar num outro mundo" - o que ocorre, por exemplo, quando telefona para Marcela ou assiste a vídeos de Michelzinho, que ela manda pelo celular. Três anos atrás, Temer lançou o livro de poemas intitulado Anônima Intimidade. Um deles, na página 135, diz: "De vermelho / Flamejante / Labaredas de fogo / Olhos brilhantes / Que sorriem / Com lábios rubros / Incêndios / Tomam conta de mim / Minha mente / Minha alma / Tudo meu / Em brasas / Meu corpo / Incendiado / Consumido / Dissolvido / Finalmente / Restam cinzas / Que espalho na cama / Para dormir".
Michel Temer é um homem de sorte.

Fonte: Revista VEJA