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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Contra a polarização - Merval Pereira

 O Globo

Soluções para evitar a polarização

A busca de uma solução para que a máxima da democracia representativa, “um homem, um voto”, leve ao Congresso um espelho cada vez mais fiel do pensamento médio do cidadão eleitor, e não seja distorcida por  polarização política que leve à radicalização, tem dominado o debate partidário em vários países. Aqui, diante da possibilidade de reeditarmos em 2022 a polarização entre petistas e anti-petistas, o ex-deputado federal Miro Teixeira, um dos mais experientes políticos brasileiros propôs, em entrevista a Roberto D’Avila na Globonews, que o segundo turno das eleições seja disputado pelos três candidatos mais votados, e não apenas dois.

Nos Estados Unidos, a cidade de Nova York, a mais populosa do país, acaba de aprovar por vasta maioria o voto ranqueado (Ranking Choice Voting), que dá mais peso ao desejo de cada eleitor, que pode escolher cinco candidatos, dando uma classificação para cada uma de suas escolhas. O balanço final determina quais os escolhidos para o Congresso, para prefeito como ocorreu no Maine, ou, quem sabe, para a presidência da República. Os dois sistemas substituem com vantagens o voto útil como o conhecemos, pois permitem que o eleitor vote em vários candidatos dando um peso especifico a cada um deles, e o melhor ranqueado leva, em vez o vencedor leva tudo, como fazemos no voto majoritário.

No voto ranqueado, candidatos que conseguem ter uma maior pontuação de primeiras escolhas, mas também aparecem como a segunda escolha dos eleitores, ou terceira, têm maior chance de se eleger. Se um candidato receber a maioria de votos de primeira escolha, está eleito. Caso contrário, o candidato com o menor número de primeiras escolhas é descartado, e seus votos redistribuídos. Esse processo continua até que algum candidato tenha a maioria. No caso da proposta de Miro Teixeira, assim como no voto ranqueado, a radicalização da campanha cai drasticamente, deixa de ser uma arma eleitoral, pois desencoraja a campanha negativa. [ao nosso ver, o melhor método é o segundo turno, com os dois primeiros colocados disputando em nova votação a preferência dos eleitores.]


Candidatos que pretendem ter o segundo ou terceiro votos do eleitor
, terão que moderar a campanha, tornando-a mais abrangente e menos radicalizada. O voto ranqueado, segundo seus adeptos, promove o apoio da maioria, dá ao eleitor uma maior variedade de opções. Os eleitores também têm menos estímulos para não votar, pois podem dar a primeira escolha para seu candidato, mesmo que ele tenha poucas chances de ganhar, mas colocar os demais votos estrategicamente para barrar um candidato, ou fazer com que sua segunda escolha saia beneficiada.

 Vinte cidades dos Estados Unidos, como Minneapolis, São Francisco, Santa Fé já estão adotando o ranqueamento, que permite que os eleitores, em vez de votar contra alguém, possam votar naqueles que realmente refletem seu desejo, acabando com o voto útil, quando se escolhe o “mal menor”, como vimos nas últimas eleições.   O voto ranqueado começará a valer em Nova York em 2021, nas primárias locais e eleições especiais. Seus opositores alegam que o resultado às vezes pode demorar muito, o que levaria a uma insegurança sobre a apuração. No caso da proposta do ex-deputado Miro Teixeira, a apuração dos votos seria a mesma da atual, não havendo esse perigo.

Caso o ranqueamento dos votos viesse a ser adotado no Brasil, o sistema de votação teria que ser alterado. O ideal é que fossem testadas as diversas formas em eleições municipais, o que não será mais possível para as de 2020, pois a legislação só pode ser alterada no máximo um ano antes da eleição, prazo que expirou em outubro.   Há ainda uma proposta já em tramitação no Congresso para implantar o sistema de voto distrital, começando por municípios com mais de 200 mil eleitores. As eleições de 2024 podem se transformar em um grande laboratório em busca de uma representatividade mais exata do eleitorado.


Merval Pereira, colunista - O Globo 

 

terça-feira, 16 de julho de 2019

Paranoia conspiratória - Nas entrelinhas:

A indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada em Washington seria uma espécie de blindagem junto ao presidente norte-americano Donald Trump”
 
A possível indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o cargo de embaixador nos Estados Unidos não é apenas um caso de nepotismo explícito, um capricho de pai superprotetor para com o filho pródigo, é muito mais do que isso. É uma reação do presidente Jair Bolsonaro contra o que poderia vir a ser uma suposta conspiração para afastá-lo do cargo em razão das investigações a respeito de movimentações bancárias suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, que serão retomadas após o recesso do Judiciário. O caso virou paranoia no clã presidencial.

Bolsonaro foi convencido pelo filho Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro, de que houve uma conspiração para cassar o mandato de Flávio Bolsonaro no Senado e afastá-lo da Presidência em razão de supostas ligações com os milicianos do Rio de Janeiro, suspeitos de matarem a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL). Essas suspeitas de conspiração já provocaram duas baixas no Palácio do Planalto, a do ex-secretário-geral da Presidência Gustavo Bebianno e a do ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo Santos Cruz. O primeiro foi presidente interino do PSL durante a campanha e um dos coordenadores de campanha de Bolsonaro; o segundo, um general de divisão respeitadíssimo no Exército por sua atuação à frente de tropas da ONU no Haiti e no Congresso, colega de Bolsonaro na Academia Militar de Agulhas Negras.

A indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada em Washington seria uma espécie de blindagem junto ao presidente norte-americano Donald Trump, que chegou a sugerir a indicação de seu filho Eric para a embaixada dos Estados Unidos no Brasil, em retribuição. Bolsonaro vê a política internacional pela ótica da antiga “guerra fria”e não será o primeiro presidente da República a indicar um embaixad
or em Washington com o propósito de se blindar contra qualquer conspiração que possa envolver os norte-americanos. Assim fez Getúlio Vargas durante o Estado Novo, ao indicar Oswaldo Aranha, que conspirou para o Brasil entrar na Segunda Guerra Mundial contra a Alemanha, e Juscelino Kubitscheck, após a tentativa de golpe militar para impedir a sua posse, indicando para o posto o senador Amaral Peixoto, um dos que trabalharam pela aliança com Franklin Delano Roosevelt durante a guerra.

Há toda uma discussão sobre a qualificação de Eduardo Bolsonaro para o cargo não basta falar um inglês cucaracha e ter fritado hambúrgueres no Maine —, o que representa uma humilhação para o Itamaraty, onde a meritocracia é um valor consolidado, ainda mais para posições de extrema relevância. Mas esse critério também não foi adotado para a escolha do chanceler Ernesto Araújo, que “caroneou” todos os embaixadores em atividade quando foi nomeado ministro de Relações Exteriores, com motivação claramente ideológica, justamente por indicação de Eduardo Bolsonaro, que é deputado federal eleito por São Paulo com R$ 1,8 milhão de votos. O filho do presidente da República preside a Comissão de Relações Internacionais da Câmara e utiliza o posto com o objetivo de organizar um movimento internacional de direita, cujo congresso seria aqui no Brasil.


Nas Entrelinhas - Correio Braziliense - Luiz Carlos Azedo

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Pouca vergonha que pretendem implantar no Brasil

Transexuais e a ‘batalha dos banheiros’: 11 estados recorrem à Justiça

[você aceita que sua esposa, sua filha, esteja utilizando um banheiro e um elemento doente, com os 'documentos' de homem, entre no banheiro saque os documentos na frente de sua esposa ou filha?

É isso que motiva a batalha nos EUA! Aqui,  na ainda república bananeira, já existe em alguns estados e é questão de tempo suas Excelências  do Supremo liberar os banheiros unissex em todo o Brasil.

Quando falo ELEMENTO DOENTE no primeiro parágrafo não me refiro a anormalidade do indivíduo ter um corpo de homem e se sentir mulher ou vice-versa - isso está acima de minha compreensão; confesso que apesar de possuir alguns milhões de neurônios, não consigo entender - chamo de doença a pouca vergonha dele usar eventual distúrbio para se exibir diante de mulheres e até mesmo de meninas.

Falando em neurônios, Dilma, a Afastada, possui apenas um e mesmo assim foi eleita e reeleita presidente da República e deu a m ... que deu.]

Texas e outros dez estados entraram na “batalha dos banheiros” que agita os Estados Unidos, recorrendo à Justiça contra o governo Barack Obama por suas medidas contra a discriminação das pessoas transexuais. As ações judiciais foram apresentadas pelo procurador-geral do Texas, Ken Paxton, e por outros dez estados, republicanos em sua maioria, segundo documentos consultados pela AFP.

Os demandantes contestam uma circular distribuída em 13 de maio pelo governo Obama ao sistema educacional. O memorando afirma que o acesso aos banheiros deve ser feito de acordo com o sexo com o qual o aluno se identifica, e não pelo sexo de nascimento.  Eles acusam as autoridades federais de tentarem “transformar os locais de trabalho e de ensino em gigantescos laboratórios de experimentação social, ludibriando a via democrática e depreciando medidas de senso comum que protegem as crianças e os direitos fundamentais”.

Os estados de Alabama, Wisconsin, Virgínia Ocidental, Tennessee, Oklahoma, Louisiana, Utah e Geórgia, assim como as autoridades da área de Educação do Arizona e o governador do Maine, somaram-se à ação movida pelo Texas.  As diretrizes foram publicadas pelo governo federal em resposta a uma lei da Carolina do Norte que obriga as pessoas transgênero a usarem os banheiros de acordo com seu sexo de nascimento.
A legislação da Carolina do Norte foi considerada discriminatória por várias personalidades da sociedade civil e por lideranças do Partido Democrata.

Para a ala mais conservadora da direita americana, a polêmica é uma oportunidade de abrir uma nova frente de batalha contra o governo de Barack Obama, que está em seu último ano de poder.  Antes de apresentarem a ação nesta quarta-feira, outros estados, como Kansas e Mississipi, se uniram à Carolina do Norte e asseguraram que não aplicariam as diretrizes federais sobre as pessoas transexuais.

Os partidários desta posição especificam dois argumentos principais: um religioso e outro sobre a segurança. “Não aos homens nos banheiros das meninas”, insistem nas redes sociais ou nas mobilizações.  Donald Trump, virtual candidato presidencial republicano, considerou que a decisão de aplicar ou não a norma deveria recair sobre cada estado.  A diretriz do governo Obama não é uma lei, mas serve de advertência às instituições educacionais locais que correm o risco de perder seu subsídio federal se não a aplicarem.

Fonte: AFP