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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Coup D´Presse - Bolsonaro joga pólvora em companheiros de guerra - DefesaNet

Discurso do presidente como resposta à pressão de Joe Biden no problema das queimadas na Amazônia está mais para a história de crises de governo e o anedotário político

  Foi justamente sob o comando de generais dos Estados Unidos que os militares brasileiros tiveram um triunfo aplaudido no País e no exterior. Mais de 25 mil homens da Força Expedicionária Brasileira (FEB) integraram uma divisão do V Exército americano para forjar a saída dos alemães do norte da Itália na 2ª Guerra Mundial. Uma geração de pracinhas oriunda das periferias e dos cafezais enfrentou o gelo e o poder bélico dos nazistas num capítulo surpreendente da história bélica nacional.

O discurso do presidente Jair Bolsonaro de sugerir o uso da pólvora como resposta à pressão do democrata Joe Biden no problema das queimadas na Amazônia está mais para a história de crises de governo e o anedotário político. Posturas diversionistas de autoridades permeiam a trajetória do Exército brasileiro, que, desde o treinamento de um grupo de oficiais no Fort Leavenworth War School, no Kansas, em 1943, nunca deixou de pedir ajuda aos americanos para evoluir na doutrina e na tecnologia de guerra.

A aliança pioneira da turma dos generais Castelo Branco, Henrique Teixeira Lott e Zenóbio da Costa, gente que mandou no País, foi lembrada em março deste ano pelo ministro da Defesa. Fernando Azevedo comemorou, numa viagem de Bolsonaro à Flórida, um dos muitos pequenos acordos de cooperação firmados por governos brasileiros com a maior potência militar do mundo. “Temos os Estados Unidos como um parceiro importante. Estivemos juntos pela democracia e liberdade na Segunda Grande Guerra”, disse na época, um discurso padrão adotado nas últimas décadas.   O conflito mundial citado pelo ministro foi um hiato na história da caserna no Brasil. Antes e depois da presença da tropa na Europa, a cúpula militar só colecionou desgastes públicos nas suas vitórias nos territórios de países vizinhos e mesmo na repressão a populações sertanejas revoltadas.

Num museu no Forte de Copacabana, o Exército destaca os conflitos na Tríplice Fronteira (1864-1870) e em Canudos (1897) como momentos de sua história. Falta espaço para expor o uso político do emprego de tropas tanto no Império quanto na incipiente República. Essas guerras encobriram batalhas fratricidas pelo poder e crises econômicas ao custo de muito orçamento e sangue aqui e lá fora. Em Assunção, os brasileiros são acusados ainda hoje por massacres de crianças e saques – puseram nos navios até móveis de famílias paraguaias.
 
Já no interior baiano, a degola de sertanejos marcou a presença de oficiais na Caatinga. Essa prática seria usada também na Guerra do Contestado (1912-1916), onde os militares combateram caboclos que usavam facões esculpidos na madeira. A propósito, guerras assimétricas, em especial, costumam ser refluxos no tempo por excelência, reais ou imaginárias.

Guerra é um termo genérico, mas pode ser usado para relatar um caso recente em que os americanos jogaram militares brasileiros numa arapuca. O general da reserva Augusto Heleno Ribeiro, atual ministro do Gabinete de Segurança Institucional, conhece essa história. Em 2005, ele comandava a Missão de Paz das Nações Unidas no Haiti. No mês de julho daquele ano, cerca de 440 homens de sua tropa entraram em Cité Soleil, maior favela de Porto Príncipe, para caçar o criminoso Emmanuel Wilmer, o Dread. Heleno vivia pressionado. Os Estados Unidos criticavam uma suposta falta de agressividade no enfrentamento à violência no país caribenho.

 

 [Antes de tudo precisamos considerar que o comentário do presidente Bolsonaro foi mais para descontrair o ambiente - os Estados Unidos da América são aliados tradicionais do Brasil.

Óbvio que a disparidade de forças é enorme, mas cada guerra é uma guerra e a natureza do confronto [caso houvesse um) favorece em muito aos brasileiros - os EUA eram muitas vezes superiores as do Vietnam e eles perderam.

O imenso poderio militar dos norte-americanos jamais seria utilizado em  sua totalidade. Para começar, seriam descartados todo o armamento nuclear. E, por aí vai. Mas, pensar nisso é desperdiçar pensamento.]

Na operação de sete horas, cinco ou seis pessoas morreram, incluindo Dread, na estimativa do Exército Brasileiro. Entidades de direitos humanos ligadas ao ex-presidente Jean Bertrand Aristide, críticas da missão da ONU, calcularam 63 mortes. A agência Reuters estimou 70 vítimas fatais. Heleno contestou os números e reclamou de uma versão, segundo ele, política da história. De forma moderada, observadores internacionais avaliaram que um dos erros da operação foi não monitorar a favela nos dias seguintes. A falta de patrulha teria facilitado um acerto de contas local.

A guerra do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Haiti empoderou uma geração de “oficiais sem espada”. O País não conseguiu maior inserção nos fóruns internacionais, como desejava o governo. Mas os militares saíram de Porto Príncipe com a lição de que o quartel não forma dirigentes especializados em tornar competitiva a economia interna, mudar o jogo diplomático controlado por países desenvolvidos e atrair investimentos externos, preceitos para garantir a paz.

Por sua vez, Bolsonaro alimenta uma guerra permanente para encobrir questões políticas e familiares e salvar seu governo  – é o caso das rachadinhas, que envolve o filho e senador, Flávio (Republicanos-RJ).  O discurso da pólvora, uma das batalhas desse conflito travado pelo presidente, foi recebido com deboche pelo embaixador americano. Todd Chapman, nomeado por Donald Trump, divulgou vídeo do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos para lembrar que a força está de prontidão em tempos de crise. Numa interpretação livre, evidenciou que, antes de uma suposta relação de amizade de seu chefe e Bolsonaro, existem interesses históricos. A embaixada afirmou que o vídeo estava sendo preparado havia uma semana e não tem relação com o presidente.

É, dentro desses limites, que os militares brasileiros tentam há décadas ter proveitos da parceria com Washington e expandir a indústria de defesa nacional como um aliado preferencial da OTAN, a Organização do Tratado do Atlântico Norte.  No front imaginário do presidente, a prioridade nos interesses particulares é pólvora que só chamuscou mesmo as fardas dos militares do lado de cá do campo de guerra, que chancelam o seu governo. No rastilho da semana, Bolsonaro ainda atacou a vacina da covid-19 e ironizou os brasileiros preocupados com a pandemia. Até o momento, pelo menos 163 mil pessoas morreram vítimas da doença. 

Coup D´Presse - DefesaNet - MATÉRIA COMPLETA

domingo, 15 de novembro de 2020

Sim, o sistema eleitoral americano é suscetível a fraudes

André Uliano - Vozes 

Dezenas de pessoas pedem o fim da contagem de votos na Pensilvânia, devido à suposta fraude contra o presidente Donald Trump, em 5 de novembro|. Durante os últimos dias, após as projeções dos resultados eleitorais em vários estados americanos chaves apresentarem movimentos bastante inesperados, o Presidente Donald Trump e inúmeros grupos preocupados com a integridade do processo eleitoral nos Estados Unidos passaram a levantar suspeitas de fraude nas eleições americanas.

A defesa jurídica do Presidente afirma já ter provas contundentes. Recentemente, Trey Trainor, membro da Federal Election Comission, uma agência independente dos Estados Unidos afeta à matéria eleitoral, afirmou acreditar que houve fraudes nas votações em alguns lugares e que isso compromete a legitimidade das eleições. Curiosamente, essa forte declaração não tem recebido cobertura por parte da imprensa. O site “EveryLegalVote” tem buscado reunir notícias de fraudes, as ações que já foram tomadas, o impacto na campanha e no resultado eleitoral etc. O âncora do canal Fox News Tucker Carlson também tem divulgado alguns fatos, como votos efetuados em nome de pessoas já falecidas ou não habilitadas para votar (por exemplo, por não serem cidadãs ou morarem em outros estados).

Se houve fraude em dimensões capazes de prejudicar o resultado das eleições, será algo que as Cortes americanas e a história debaterão por algum tempo ainda. A questão inclusive mantém o resultado da eleição em aberto. Ao contrário do que grande parte da mídia tem divulgado, inexiste vitória oficial do candidato do Partido Democrata, visto que o número de Estados em contencioso (recontagem administrativa ou questionamento judicial) resulta numa quantidade de votos suficiente para alterar o resultado das eleições. Assim, ainda que parte da imprensa esteja projetando Joe Biden como provável eleito, a eleição pelo Colégio Eleitoral ocorrerá apenas dia 14 de dezembro. Pela lei americana, até seis dias antes (isto é, até dia 8 daquele mês), é possível questionar os resultados das eleições populares nos Estados.

Mas nosso tema aqui não será a corrida de 2020 especificamente. Faremos um outro texto sobre isso. Gostaríamos de abordar a questão sob um enfoque mais amplo: os indícios de fragilidade do sistema eleitoral americano.

Contudo, antes é importante fazer uma ressalva: grande parte da legislação eleitoral naquele país é de competência dos Estados-membros. Qualquer tema sob competência estadual nos Estados Unidos gera duas complicações: em primeiro lugar, uma enorme dificuldade em levantar dados precisos, pois o exame do grau de segurança que a legislação confere às eleições exige o estudo das leis dos 50 Estados americanos; em segundo lugar, o risco de que conclusões extraídas da realidade de alguns Estados sejam aplicadas ao país todo.


Dito isso, vamos aos dados. Um levantamento feito pela Heritage Foundation, respeitável entidade conservadora dos Estados Unidos, que tem apresentado vários projetos de reforma para fortalecer a integridade das eleições americanas, levantou alguns dados preocupantes:

1) Dos 50 estados, apenas 34 exigem documento de identificação (ID) para votar. Dentre esses, só metade exige documento com foto. Estados enormes como Califórnia e NY não fazem esse tipo de exigência.

(.........)

 Não deixa de ser curioso: por que tanto interesse em manter a legislação frágil? É comum alegarem que exigir documentos pode impedir o voto de grupos mais pobres. Mas a alegação parece absurda, visto que no Brasil, um país em que a classe pobre é bem mais pobre do que os pobres americanos, exige-se inclusive biometria, e as classes mais carentes têm papel decisivo no processo eleitoral.

2) Ademais, mesmo nos estados que exigem documentação, muitos deles não o fazem para voto por correio. O voto pelo correio nos Estados Unidos, aliás, parece ser o fator mais preocupante em relação à prática de fraudes. E esse mecanismo foi enormemente ampliado nas eleições de 2020, sob alegação de combater o COVID.

3) Outro ponto relevante: como as eleições são organizadas pelos estados, as listas de eleitores registrados são estaduais. E os estados não possuem uma forma eficiente de cruzamento para evitar duplicidade de votos pelo mesmo eleitor. Em 2005, Kansas e outros Estados instituíram um sistema de exame cruzado das listas de votantes (Interstate Voter Registration Crosscheck Program), exatamente para verificar votos duplos pela mesma pessoa em mais de uma jurisdição. Esse sistema foi suspenso em 2019 por uma ação judicial promovida novamente por grupos próximos ao Partido Democrata.

4) Nos Estados Unidos, há um número muito elevado de eleitores registrados de modo inválido ou incorreto. 

(.........)

5) A situação que já era muito ruim, foi piorada nas eleições de 2020. Em geral, governos ligados ao Partido Democrata, usando a pandemia, defenderam leis para tornar o sistema ainda mais frágil: registros automáticos (sem pedido do eleitor) a partir de bancos de dados de outros órgãos públicos; registros no próprio dia da eleição, o que impede a conferência dos dados;
-envio automático de cédulas para todos os eleitores registrados, o que resulta no envio inclusive para esses "eleitores" irregularmente cadastrados como vimos acima. O envio em massa de cédulas também gera maior risco de furto, como foi registrado na Califórnia. O Partido Democrata também defendeu ampla votação pelo correio, o que em si amplia os riscos de fraude.

Hoje é inviável negar a existência de fraudes nas eleições americanas. Um banco de dados organizado pelo Heritage Foundation já reúne centenas de casos no país. A grande questão é: qual foi a extensão das fraudes praticadas em 2020.Uma última questão a ser esclarecida. Várias pessoas têm levantado o seguinte ponto: o sistema brasileiro é puramente digital e falam de risco de fraude; agora o sistema americano possui cédulas e também suscitam esse problema. Afinal de contas: Querem voto digital ou por cédula?

Na verdade, esse é um falso dilema. Uma coisa é o problema do registro do voto; outra coisa é a segurança quanto à identidade do eleitor e à vedação de multiplicidade de votos pela mesma pessoa.
O problema brasileiro, de fato, decorre de ele ser totalmente virtual, o que impede que o resultado eleitoral seja auditado. Quanto à vulnerabilidade das urnas, o número de matérias e trabalhos a esse respeito é interminável. Salientamos, apenas a título ilustrativo, as constatações dos seguintes pesquisadores:
a) Diego Aranha: conforme notícia constante do site do Senado, o professor da UNICAMP, demonstrou que as urnas são suscetíveis a fraudes no voto e também à quebra do sigilo;

b) Pedro Rezende: segundo reportagem da Gazeta do Povo, o professor de segurança de dados da Universidade de Brasília (UnB), afirma que as urnas são vulneráveis. O especialista foi recebido pelo então Presidente do TSE, Luiz Fux, para discutir mecanismos de incremento da segurança das urnas;

c) Amílcar Brunazo Filho: engenheiro, coordena o Fórum do Voto eletrônico, autoridade em segurança de dados, conclui que nosso modelo de urnas é ultrapassado e inseguro.

Já no caso dos Estados Unidos o problema não é a inviabilidade de auditar o resultado. Pelo contrário, o sistema permite que isso seja feito, e recontagens são até comuns no país. O problema americano concentra-se na ausência de requisitos que assegurem a identidade e habilitação legal do eleitor, especialmente, pela baixa exigência de documentos de identificação e pela admissão do voto pelo correio. Esse problema foi ainda maior neste ano, pelo grande uso dessa sistemática.

Se nos Estados Unidos houvesse biometria em todos os Estados e o voto fosse necessariamente presencial, creio que o sistema seria bastante íntegro. Assim, como também ocorreria no Brasil caso adotássemos o comprovante impresso do voto digital ou algum mecanismo que permitisse que o resultado eleitoral fosse auditado, o que foi lamentavelmente derrubado pelo STF sem razões jurídicas para isso.

MATÉRIA COMPLETA - André Uliano, colunista - Gazeta do Povo - Vozes 

 

domingo, 20 de setembro de 2020

Senhor da guerra - Nas entrelinhas

Mike Pompeo, o secretário de Estado norte-americano não deixou dúvida de que sua visita teve como objetivo trabalhar pela derrubada do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro

A inusitada visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, a um campo de acolhimento de venezuelanos refugiados em Boa Vista (RR) foi uma evidente provocação política, cujo objetivo é escalar as tensões entre a Venezuela e seus vizinhos. E, com isso, dar uma mãozinha para a campanha eleitoral do presidente Donald Trump, que está perdendo a reeleição para o candidato do Partido Democrata, Joe Biden. O Brasil armou o circo porque interessa ao presidente Jair Bolsonaro a vitória de seu amigo republicano. [Interessa ao presidente Bolsonaro,  ao Brasil e ao mundo - com a desorientação, a desorganização, que assola o planeta, os democratas ganhando nos EUA será o passo inicial para a catástrofe.

Sob um eventual governo do partido democrata, será fomentado nos Estados Unidos e a partir de lá em todo o mundo, o predomínio do maldito 'politicamente correto' que traz a reboque tudo que não presta.

Será o inicio do FIM para  todos os valores que as pessoas de BEM cultuam e tentam preservar.] A eleição de um democrata provocaria o colapso da política externa desenvolvida pelo chanceler Ernesto Araújo, considerada um desastre por seus colegas mais experientes do Itamaraty.

O que o Brasil ganhará em troca? Em princípio, 30 moedas, ou seja, US$ 30 milhões para auxiliar a assistência social aos imigrantes. Não chega nem perto do que estamos perdendo em investimentos em razão da política ambiental de Bolsonaro, embora o presidente da República diga que é a melhor do mundo. Só no Fundo da Amazônia, Noruega e Alemanha, que suspenderam seus investimentos, foram responsáveis por 99% dos R$ 3,3 bilhões destinados à proteção da Amazônia. Voltemos à visita de Pompeo. O secretário de Estado norte-americano não deixou dúvida de que sua visita teve como objetivo trabalhar pela derrubada do presidente Nicolas Maduro. Todo presidente dos Estados Unidos que está perdendo as eleições gosta de exibir seus músculos na política externa.

Do Brasil, Pompeo viajou para a Colômbia, cuja fronteira com a Venezuela é o ponto mais quente das tensões na América do Sul. O presidente Ivan Duque é outro aliado incondicional de Trump, que mantém assessores e aviões norte-americanos em território colombiano. Antes, Pompeu havia estado no Suriname e na Guiana, que também vive um estresse com a Venezuela, com o agravante de que sua fronteira nunca foi reconhecida pelos venezuelanos. Na Guiana, Pompeo voltou a criticar Maduro: “Sabemos que o regime de Maduro dizimou o povo da Venezuela e que o próprio Maduro é um traficante de drogas acusado. Isso significa que ele tem que partir”, afirmou. Para a situação política no país vizinho, a provocação só teria consequência prática se houvesse uma intervenção. Afora isso, fortalece a unidade das Forças Armadas venezuelanas e endossa a narrativa de Maduro para reprimir a oposição.

Operação Amazônia
Entretanto, vejam bem, a declaração que Pompeo deu em Boa Vista (RO) foi enigmática quanto ao que os Estados Unidos pretendem realmente fazer. Questionado sobre quando o ditador Nicolás Maduro deixará o poder, respondeu que em casos como a Alemanha Oriental, Romênia e União Soviética, todo mundo fazia a mesma pergunta. “Quando esse dia vai chegar? Ninguém imaginava, mas aconteceu”. Pompeo é ex-diretor da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, que se especializou em fomentar conflitos entre países vizinhos e guerras civis.

Republicano, Pompeo é um político reacionário do Kansas, que se destacou no Congresso norte-americano por combater o movimento LGBTQIA+.                                                                                        Também foi um dos proponentes de um projeto de lei que proibiria o financiamento federal de qualquer grupo que realizasse abortos, e outro que incluiria nascituros entre os categorizados como “cidadãos” pela 14ª Emenda. Ele também votou a favor da proibição de informações sobre o aborto em centros de saúde escolares e pela proibição de financiamento federal à Planned Parenthood e ao Fundo de População das Nações Unidas. [votos que representam pontos de vista que podem ser livremente expressos em um país que está a frente do mundo.]

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em razão das declarações de Pompeo, emitiu uma nota com duras críticas à visita do secretário de Estado. Deve saber de mais coisas sobre a conversa entre secretário norte-americano e o chanceler brasileiro. A visita também coincide com a mobilização de tropas, equipamentos e armamentos para a Operação Amazônia, que faz parte do Programa de Adestramento Avançado de Grande Comando (PAA G Cmdo), envolvendo mais de 3.000 militares, de cinco comandos diferentes. A operação será realizada nas proximidades de Manaus, até 23 de dezembro, portanto, bem longe da fronteira com a Venezuela.  [os países contrários a uma política hegemônica do Brasil, precisam ter ciência de que o Brasil está a frente entre todos os países da América do Sul.

E a Operação Amazônia, mostra também a países de outros continentes, com ideia de internacionalizar à Amazônia, que fracassarão em qualquer tentativa.

De nada adiantará mobilizarem milhares de soldados na Europa ou em qualquer outro continente para invadir a Amazônia - não conseguirão. O exemplo da Argentina, quando foi agredida pelos ingleses, não se repetirá no Brasil.

Aliás, quem quiser pode comprovar, a França apesar de vender armas para os hermanos, passava o código operacional para os ingleses. ]

O Ministério da Defesa e os comandos de Exército, Marinha e Aeronáutica nunca foram favoráveis à escalada de tensões com a Venezuela, embora tenhamos mais homens, tanques, embarcações e aviões do que o país vizinho. As vantagens venezuelanas são os 24 caças SU-30, os helicópteros Mi-17, os tanques T-92 e os mísseis S-300, capazes de atingir com precisão alvos a 250km, todos de fabricação russa e entre os melhores do mundo. [ao que se sabe não serão pilotados pelos russos e até os melhores caças, para serem eficientes, precisam de bons pilotos.

O que vale para caças, vale também para misseis e equipamentos  terrestres - sem bons operadores, nada são.] Mas, o grande trunfo de Maduro é o apoio ostensivo do presidente Vladimir Putin, da Rússia, que adora jogar uma boia para ditadores que estão se afogando, e a discreta, mas robusta, ajuda econômica da China. Na proposta de atualização da Política Nacional de Defesa, enviada pelo governo ao Congresso, pela primeira vez, desde a Guerra das Malvinas, o Brasil admite a possibilidade de um confronto militar com um país vizinho. [O período sem propostas de atualização se explica por todos os presidentes da famigerada 'nova República', tinham como meta acabar com as FF AA do Brasil.

Notem que o Collor, apesar da aparência de militarista, na primeira oportunidade golpeou de morte tudo que dizia respeito às pesquisas da 'Serra do Cachimbo".]

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense


segunda-feira, 20 de julho de 2020

Cão foge e percorre 80 km até sua antiga casa - Época

O labrador Cleo sumiu no dia 12 de julho no estado americano do Kansas e apareceu vários dias depois na residência onde viveu com seu dono há quase dois anos no Missouri

Labrador Cleo, de 4 anos, foi encontrado a mais de 80 km de casa na antiga residência onde viveu com seu dono há cerca de dois anos Foto: Reprodução
Labrador Cleo, de 4 anos, foi encontrado a mais de 80 km de casa na antiga residência onde viveu com seu dono há cerca de dois anos Foto: Reprodução 

Um cachorro desaparecido no estado americano do Kansas no início do mês foi encontrado a cerca de 80,5 quilômetros na antiga casa de seu dono. O labrador Cleo, de quatro anos, sumiu em 12 de julho na cidade de Olathe e parou na varanda de seu lar anterior em Lawson, no Missouri.
"Eu e minha esposa tínhamos acabado de chegar em casa do trabalho. Cleo estava deitado na varanda da frente, parecia que estava esperando alguém", disse o atual proprietário da residência, Colton Michael, à CNN.
Ele relatou à imprensa local que descobriu de quem era o cachorro perdido por meio das informações que constavam em um microchip, usado para que os animais de estimação possam ser rastreados nesses casos.

A esposa de Michael foi quem associou o nome do dono de Cleo ao antigo morador de sua casa. Ele havia feito inclusive um post no Facebook uma semana antes, para que o ajudassem a encontrar seu cão de estimação.   casal que agora reside no local havia se mudado para lá há quase dois anos. Quando informaram ao dono que estavam com seu cachorro, disseram à CNN, ele ficou "sem palavras""É a história mais bizarra, mas é muito bom estarmos juntos de novo Realmente, ela é tudo para nós", disse o dono Drew Feeback à emissora KMBC. Cleo teria percorrido mais de 90 km da sua atual casa no Kansas até o Misso uri. Para isso, acredita-se que o labrador passou por ruas movimentados e cruzou inclusive um rio. No entanto, ainda é um mistério para todos como o cachorro realizou essa viagem.
"Agora que sabemos a quem ela pertence, se ela aparecer novamente, sabemos para quem ligar", afirmou Michael. 

Revista Época



sábado, 29 de setembro de 2018

A eleição esquecida e J.R. Guzzo sobre a eleição presidencial: “Nunca vi nada parecido”

Um evento-chave na política brasileira, foi empurrada para as sombras

Publicado na edição impressa de VEJA São Paulo

Você sabia que há uma eleição para governador do Estado de São Paulo sendo disputada neste momento? Pode acreditar que sim, e fique sabendo, mais ainda, que esta eleição já está aí, a menos de uma semana. Quem diria, não? Provavelmente você nunca ouviu falar tanto de política e eleição como hoje — mas quase nada tem a ver com o estado em que você mora, trabalha, e que, no fim das contas, mais importa para a sua vida prática. Os paulistas estão esmagados, literalmente, pelo noticiário político nacional, e parece não ter sobrado tempo para mais nada. Quem vai ser o próximo presidente do Brasil? Ninguém tem a menor ideia, e, quanto menos se sabe a respeito, mais se discute o assunto. Teria o deputado Jair Bolsonaro, sim ou não, chegado ao seu “teto” de votos? 

João Amoêdo vai passar dos 5%? E o ex-presidente Lula, então: alguém, mesmo sendo advogado, saberia dizer ao certo quantos recursos, apelos, embargos, agravos etc., etc., ele apresentou ao Supremo Tribunal Federal nos últimos meses, na sua tentativa de sair do xadrez onde está preso por corrupção e lavagem de dinheiro, em Curitiba, e conseguir um indulto? Tivemos também processos de tudo quanto é tipo que ocuparam semanas valiosas de debate no Tribunal Superior Eleitoral, no Superior Tribunal de Justiça, na ONU, no Vaticano, na associação de caça e pesca — diga um lugar qualquer, e é certo que estiveram discutindo ali se Lula seria ou não “candidato”. Quando o ex-governador paulista Geraldo Alckmin vai reagir? Ele vai reagir? E “as pesquisas de intenção de voto”, que se embaralham uma com as outras a cada quinze minutos? É melhor nem falar das pesquisas de intenção de voto.

O fato é que a eleição para governador de São Paulo, um evento-chave na política brasileira, foi empurrada para as sombras. É um equívoco político sério. Nada se faz no Brasil, há muito tempo, sem a participação decisiva de São Paulo — a grande força de equilíbrio, ou de contenção, para um poder central que suga cada vez mais os recursos do Brasil, quer mandar cada vez mais no país todo e dividiu a sociedade brasileira em duas classes opostas. Uma, como a nobreza e o clero antes da Revolução Francesa, é formada pelos que vivem direta e indiretamente às custas do Estado. A outra é formada pelos que trabalham para sustentar a primeira — e é no Estado de São Paulo, mais que em qualquer outro lugar do Brasil, que ela existe. É aqui, com sua energia política, sua força econômica e sua densidade social, que o Brasil do trabalho enfrenta o Brasil dos nobres. É aqui que se concentram as chances do progresso contra o atraso. Mas nada disso parece ter a mais remota conexão com a alucinada discussão política do momento nem com seus personagens. A candidata Marina Silva não sabe onde fica o Viaduto do Chá. Jair Bolsonaro não conseguiria distinguir Jundiaí de Presidente Prudente. Ciro Gomes acha que São Paulo fica na Inglaterra. Está na cara que há algo profundamente errado com isso tudo.

A uma semana da eleição, a mídia ainda não percebeu que São Paulo está no jogo, e a opinião pública parece anestesiada com as polêmicas da campanha presidencial, entre Bolsonaro e o PT, que lhe são servidas todos os dias nos meios de comunicação. Pouco se discutem os candidatos e menos ainda seus projetos. Quem seria capaz de diferenciar um governo João Doria de um governo Paulo Skaf, os dois candidatos que estão à frente? Doria foi prefeito de São Paulo, levado numa onda de entusiasmo, mas não se interessou em cumprir o mandato para o qual tinha sido eleito. Skaf simplesmente não se sabe quem é — vive há anos nesse mundo escuro do empresariado biônico, essa gente das Fiesps, e Ciesps e Sesis e Senais, nebulosas onde entram e de onde saem bilhões de reais em dinheiro público que mantêm vivo o exótico sindicalismo empresarial brasileiro, contraponto ao sindicalismo das CUTs e similares. Os demais candidatos são nulidades sem a menor possibilidade de conseguir alguma coisa — é a turma que só existe por causa das verbas do “fundo partidário”. Um deles, o do PT que pretende governar o Brasil, não conseguiu eleger nem o prefeito da própria cidade, São Bernardo, na última eleição municipal. [e o laranja poste petista Haddad - que se apresenta como candidato petista - perdeu a eleição de 2016, no primeiro turno, para João Doria.]

Trata-se de um perfeito despropósito para um estado que tem um PIB anual de 2 trilhões de reais — isso mesmo, 2 trilhões de reais —, que coloca São Paulo ali pelos vinte maiores países, acima da Suécia. São Paulo, na América do Sul, não é apenas maior que a Argentina. É maior que a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e a Bolívia somados. Com 45 milhões de habitantes, é o lar de um em cada cinco brasileiros — e o terceiro maior país da América do Sul, logo após o Brasil e a Colômbia. São Paulo está entre as dez maiores áreas metropolitanas do mundo; é, de longe, a mais cosmopolita de todas as cidades brasileiras. É daqui que saem 35% de tudo o que o Brasil produz. São Paulo tem o primeiro IDH do país — na tabela oficial fica atrás de Brasília, mas Brasília não existe no mundo das realidades econômicas. O índice de homicídios de São Paulo, de 3,8 por 100 000 habitantes, é equivalente hoje ao do Estado do Kansas, nos Estados Unidos — um progresso absolutamente extraordinário. Trata-se de um quarto da taxa média do Brasil, o que faz de São Paulo, de longe, o lugar mais seguro do país. É aqui que estão a melhor polícia, as melhores autoestradas, as melhores ferrovias, os melhores hospitais e as melhores escolas do Brasil — além da sede da maioria das 500 mais possantes multinacionais do mundo.

Mais importante que tudo, talvez, São Paulo é o mais brasileiro de todos os estados do Brasil um resumo, melhor do que qualquer outro, de tudo aquilo que este país tem para apresentar. É sintomático. São Paulo é o estado mais odiado pelos políticos das outras unidades da federação, sobretudo as que são mais atrasadas e desiguais do ponto de vista social. É visto como uma “ameaça” — e talvez seja mesmo, porque aqui está a amostra do que poderia ser um Brasil mais moderno, mais progressista e mais justo. Ao mesmo tempo, é o estado mais amado pelos cidadãos comuns, principalmente pelos milhões que ao longo das décadas têm vindo para cá em busca de trabalho, de realização e de projetos de melhoria em sua vida. É o lugar procurado pelos que não se conformam com o Brasil dos coronéis, do atraso e da adoração ao governo — pelos que não querem passar uma vida de dependência da “autoridade” e de sujeição aos que mandam. São Paulo é o estado dos brasileiros que acreditam no mérito individual, na recompensa pelo esforço, trabalho e talento, e na autodeterminação das pessoas. É o contrário do Bolsa Família. É o contrário de Brasília.

É uma pena que nada disso esteja em discussão nestas eleições.

  “Nunca vi nada parecido”



Uma aguda recessão econômica, o maior esquema de corrupção da história da administração pública mundial, o aparelhamento político do Estado, taxas de desemprego assustadoras, um ex-presidente e ex-ministros presos, fora o resto. Mesmo assim, o candidato do partido responsável por tais calamidades está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto. “Nunca vi nada parecido”, resumiu José Roberto Guzzo no programa Perguntar Não Ofende.

Um dos mais importantes jornalistas brasileiros, Guzzo acredita que Jair Bolsonaro lidera as pesquisas eleitorais porque faz uma oposição real ao PT, ao contrário de candidatos como Geraldo Alckmin. “Para enfrentar o PT você precisa jogar pesado e jogar com as mesmas regras deles”, disse.Só ganha do Lula um cara como Bolsonaro, que chama de ladrão, diz que prefere o cemitério cheio de bandidos e não de cidadãos honestos. Essa é a linguagem para enfrentar o Lula. Não dá falar de transporte intermodal, como faz o Alckmin. Para enfrentar o PT, é briga de rua. E o único cara que sabe fazer isso hoje é o Bolsonaro”.

Guzzo ressalta a tibieza dos partidos de oposição durante os 13 anos de governo petista. “Assim que o Lula assumiu, na primeira crítica que o PSDB fez, o PT rebateu dizendo que eles não se conformavam com a derrota, que queriam o terceiro turno, sendo que os caras estavam apenas fazendo oposição”, observa. “Em vez de continuarem, eles se recolheram”.

O programa também tratou do atentado contra Jair Bolsonaro, do comportamento da mídia na campanha, do apoio de artistas e intelectuais a candidatos da chamada esquerda e da enxurrada de pesquisas eleitorais. “O mesmo instituto chega a divulgar duas pesquisas num mesmo dia e com números diferentes”, estranha Guzzo. “Não é isso que definirá a eleição. O que vai decidir é o voto do eleitor, no dia 7 de outubro”.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Pouca vergonha que pretendem implantar no Brasil

Transexuais e a ‘batalha dos banheiros’: 11 estados recorrem à Justiça

[você aceita que sua esposa, sua filha, esteja utilizando um banheiro e um elemento doente, com os 'documentos' de homem, entre no banheiro saque os documentos na frente de sua esposa ou filha?

É isso que motiva a batalha nos EUA! Aqui,  na ainda república bananeira, já existe em alguns estados e é questão de tempo suas Excelências  do Supremo liberar os banheiros unissex em todo o Brasil.

Quando falo ELEMENTO DOENTE no primeiro parágrafo não me refiro a anormalidade do indivíduo ter um corpo de homem e se sentir mulher ou vice-versa - isso está acima de minha compreensão; confesso que apesar de possuir alguns milhões de neurônios, não consigo entender - chamo de doença a pouca vergonha dele usar eventual distúrbio para se exibir diante de mulheres e até mesmo de meninas.

Falando em neurônios, Dilma, a Afastada, possui apenas um e mesmo assim foi eleita e reeleita presidente da República e deu a m ... que deu.]

Texas e outros dez estados entraram na “batalha dos banheiros” que agita os Estados Unidos, recorrendo à Justiça contra o governo Barack Obama por suas medidas contra a discriminação das pessoas transexuais. As ações judiciais foram apresentadas pelo procurador-geral do Texas, Ken Paxton, e por outros dez estados, republicanos em sua maioria, segundo documentos consultados pela AFP.

Os demandantes contestam uma circular distribuída em 13 de maio pelo governo Obama ao sistema educacional. O memorando afirma que o acesso aos banheiros deve ser feito de acordo com o sexo com o qual o aluno se identifica, e não pelo sexo de nascimento.  Eles acusam as autoridades federais de tentarem “transformar os locais de trabalho e de ensino em gigantescos laboratórios de experimentação social, ludibriando a via democrática e depreciando medidas de senso comum que protegem as crianças e os direitos fundamentais”.

Os estados de Alabama, Wisconsin, Virgínia Ocidental, Tennessee, Oklahoma, Louisiana, Utah e Geórgia, assim como as autoridades da área de Educação do Arizona e o governador do Maine, somaram-se à ação movida pelo Texas.  As diretrizes foram publicadas pelo governo federal em resposta a uma lei da Carolina do Norte que obriga as pessoas transgênero a usarem os banheiros de acordo com seu sexo de nascimento.
A legislação da Carolina do Norte foi considerada discriminatória por várias personalidades da sociedade civil e por lideranças do Partido Democrata.

Para a ala mais conservadora da direita americana, a polêmica é uma oportunidade de abrir uma nova frente de batalha contra o governo de Barack Obama, que está em seu último ano de poder.  Antes de apresentarem a ação nesta quarta-feira, outros estados, como Kansas e Mississipi, se uniram à Carolina do Norte e asseguraram que não aplicariam as diretrizes federais sobre as pessoas transexuais.

Os partidários desta posição especificam dois argumentos principais: um religioso e outro sobre a segurança. “Não aos homens nos banheiros das meninas”, insistem nas redes sociais ou nas mobilizações.  Donald Trump, virtual candidato presidencial republicano, considerou que a decisão de aplicar ou não a norma deveria recair sobre cada estado.  A diretriz do governo Obama não é uma lei, mas serve de advertência às instituições educacionais locais que correm o risco de perder seu subsídio federal se não a aplicarem.

Fonte: AFP
 

terça-feira, 30 de junho de 2015

Porte de armas irrestrito, os profetas do apocalipse e a síndrome de vira-latas




Então o que me dizem do Paraguai? Lá, qualquer um compra e porta armas de fogo e o país possui três vezes menos homicídios que o Brasil.

Acabo de ver a notícia no portal da NRA que o Kansas adotará nesta quarta-feira (01/07) o porte de armas independente de autorização estatal ou treinamento. Os profetas desarmamentistas já estão com sua histeria habitual clamando o final dos tempos!  Pai Dito, este humilde brasileiro, que não tem nada de paranormal - no máximo ouve de vez em quando um "para, anormal" -, prevê que nada acontecerá!

O Kansas não é o primeiro estado a aprovar o porte ilimitado, ou seja, se você pode comprar uma arma, você pode portá-la sem que o papai estado tenha que ser consultado. Nos outros o que aconteceu? Nada! Absolutamente nada! Nada de balas perdidas, nada de tiroteios, nada de bang-bang  Essa é a inteligência americana, o pensamento legislativo coerente e com o propósito de simplificar a vida do cidadão que não é tratado como um débil mental incapaz de assumir responsabilidades. [detalhe: aqui no Brasil os desarmamentistas consideram o cidadão um débil mental incapaz de  assumir suas responsabilidades com alguma lógica: não todos, mas pouco menos de 50% demonstraram nas quatro últimas eleições não terem, as condições necessárias para exercer a cidadania, tanto que elegeram e reelegeram um estrupício quanto o Lula para o antes nobre cargo de presidente da República e para completar a c ... elegeram e reelegeram uma criatura chamada Dilma para o mesmo cargo.
A essas pessoas é temerário liberar a posse e porte de armas, com a agravante que grande parte dos distintos são portadores de uma incontrolável propensão ao crime.]

Tenho certeza que alguns, ou muitos, estão nesse momento pensando: no Brasil isso nunca daria certo! Viraria um bang-bang! O brasileiro não tem cultura para isso! Blá, blá, blá... Pois bem, vejamos então uma resposta para os portadores do que Nelson Rodrigues batizou de síndrome de vira-latas.

Primeiramente, gosto de lembrar aos mais novos que o Brasil já foi praticamente assim! Até 1997, quando o "direitista" FHC transformou em crime o porte ilegal de armas, praticamente qualquer um podia andar armado, normalmente apenas com o registro pois a pena era apenas uma multa e a apreensão da arma que era rapidamente devolvida com uma simples petição ao juiz. Bolsas masculinas vinham de fábrica - TODAS ELAS! - com coldres. Outro ponto importante é que muitos brasileiros acham que o americano típico é aquele cara cool (eu não disse cara de c... ok?) de NY ou San Francisco. O americano médio é o Homer Simpson! O Kansas é lotado dos chamados (pejorativamente) de rednecks, um tipo de caipirão, com alguns dentes faltando na boca, um pickup gigantesca na garagem, participando de campeonato de cuspe à distância, com uma .45 na cintura e um fuzil do lado da cama ou dentro do carro. E ninguém atira em ninguém.

Mesmo assim não dá para comparar? Lá não tem impunidade (tem sim, mas não falarei disso agora), a justiça funciona, o Estado é eficiente para punir qualquer um que fizer a coisa errada com a arma... Bom, imaginemos que isso é verdade. Então o que me dizem do Paraguai? Lá, qualquer um compra e porta armas de fogo e o país possui três vezes menos homicídios que o Brasil, isso levando-se em conta que a taxa nacional sofre elevação por conta da área fronteiriça com o... Brasil! Na maioria das cidades Paraguaias a taxa de homicídios é próxima das taxas médias da Europa! Oh! Armas malvadas não matam paraguaios, só brasileiros depois que atravessam a fronteira em forma de contrabando.

Duas decisões judiciais tiveram grande destaque em Porto Rico. A primeira foi que aquele estado não pode impedir que seus cidadãos possuam e usem armas de fogo. A segunda, com repercussão mundial, foi que a Suprema Corte Americana sentenciou que nenhum estado americano ou seus territórios podem proibir a união civil entre homossexuais, decisão que no Brasil aconteceu em 2013, mas parece que ninguém lembra...

 [epa... ninguém lembra não... apenas é complicado cumprir e lembrar de algo que não se pode cumprir torna fingir não lembrar bem mais cômodo e prático.... nos Estados Unidos da América a Constituição não determina que FAMÍLIA é formada pela união estável entre um homem e uma mulher... essa lacuna permitia que cada estado americano decidisse se o casamento fora da realidade, homem x mulher, era válido ou não.

A Suprema Corte dos EUA apenas chamou a si a palavra final sobre o tema e decretou que qualquer casamento fora da normalidade era válido.

No Brasil, a situação é bem diversa. A nossa Carta Magna determina no parágrafo 3 do artigo 226, que a FAMÍLIA é constituída pela união estável entre um homem e uma mulher. Fim do assunto – estava lá antes da decisão do Supremo e  agora, mesmo após decisão do Supremo continua  o mesmo texto.... invicto. 

Assim, está em plena vigência dispositivo da Constituição Federal do Brasil dizendo o que é FAMÍLIA.

Só que os membros do  Supremo se reuniram e decidiram liberar o casamento fora da realidade normal em qualquer parte do mundo -  incluindo o Brasil, sendo que aqui esta avaliação é convalidada pelo texto constitucional – mas, não decretaram a retirado da norma citada do texto constitucional;

Também não declararam inconstitucional aquele trecho e se omitiram não remetendo o texto ao Congresso Nacional para adaptar à Constituição Federal  ao decidido pelos excelentíssimos ministros do Supremo Tribunal Federal.
Temos uma decisão do Supremo determinando uma situação e um texto constitucional mantido pelo Supremo e pelo Congresso Nacional determinando outra.
A quem seguir?]

Imediatamente o governador desse território, Alejandro García-Padilla do Partido Popular Democrático (Oh! Que surpresa!), comemorou uma e disse que recorrerá contra a outra... Nem preciso dizer de qual ele recorrerá, não é mesmo?

Pois bem, tudo ótimo, tudo lindo e os "liberals", a esquerda americana, comemoraram efusivamente essa vitória que na realidade já era realidade em 36 estados americanos... Tudo eram flores até que o Bob Owens, editor da BearingArms.com, levantou uma questão mais do que pertinente: se o casamento gay deve ser respeitado em todos os estados com base na 14a. Emenda, o porte de armas também!  

Ou seja, estados como a Califórnia terão obrigação de aceitar uma licença para portar armas expedida pelo Texas,  por exemplo! Allen West, um dos mais conceituados republicanos, já abraçou a tese e discorreu sobre ela em seu site. Quero ver agora os tais "defensores das liberdades individuais" engolirem essa... Ah! Lembrando que semana passada um grupo de libertários gays foi expulso de uma passeata gay por estarem armados! Mas assim é a esquerda mesmo: liberdade que vale é só a minha!

Por: Bene Barbosa preside o Movimento Viva Brasil - http://mvb.org.br