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terça-feira, 13 de setembro de 2016

No sermão da missa negra, o Supremo Pregador jurou que só ganhou da OAS e da Odebrecht dois cisnes e dois barquinhos

As empreiteiras já sabem o que Lula quer ganhar no Natal: a casa e um casaco de João Doria

Lula foge de entrevistas de verdade desde dezembro de 2005, quando foi confrontado no programa Roda Viva com perguntas sobre o escândalo do Mensalão ─ e forçado a comentar a descoberta de que o antigo templo das vestais do PT se tornara um bordel infestado de delinquentes loucos por dinheiro. Faz quase 11 anos que só conversa com entrevistadores domesticados, blogueiros estatizados e correspondentes estrangeiros que confirmam o que disse Tom Jobim: o Brasil não é para amadores.

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Lula foge de multidões sem medo desde a cerimônia de abertura do Pan-2007, quando descobriu no Maracanã o que é uma vaia de assombrar Nelson Rodrigues. De lá para cá, o palanque ambulante só desanda na discurseira diante de plateias amestradas, que aprenderam a sublinhar com aplausos até o ponto que encerra a frase sem pé nem cabeça, fingir que ninguém notou o extermínio de mais um plural e cair na gargalhada no meio da piada sempre grosseira e grisalha.

Na sexta-feira, durante o evento promovido pelo PT na Quadra dos Bancários para tentar abrandar a anemia que assola a campanha de Fernando Haddad, constatou-se que também os comícios para milhares de militantes são coisa do passado. Foram trocados por missas negras frequentadas por devotos atraídos sobretudo pelos sermões que Lula improvisa. Os discípulos ouvem a palavra do Mestre com a expressão apalermada de quem vê um imbatível candidato a santo.

Os fiéis contemplaram com salvas de palmas até os disparos verbais que, endereçados aos adversários, acertam o pé do orador e as testas da turma na sacristia. A taxa de entusiasmo cresceu com os tiros pela culatra que povoaram o Sermão da Quadra dos Bancários. E chegou ao clímax quando o Supremo Pregador ergueu com duas frases o imponente monumento à vigarice abaixo reproduzido:
“Imagina o povo que foi induzido pela imprensa a não gostar de mim porque a minha mulher comprou um cisne para o meu filho e vai votar no Doria que mora numa casa que vale 10 milhões de cisnes. Só aquele casaco dele daria para comprar os dois cisnes da Marisa e os dois barquinhos que ela tem”.

É por causa da imprensa, portanto, que o supercampeão das urnas acabou reduzido a um cabo eleitoral capaz de destruir sozinho qualquer candidatura: 73% dos entrevistados pelo Datafolha não votariam de jeito nenhum em alguém apoiado por Lula. A queda não teria acontecido se o povo soubesse a verdade. Marisa Letícia nada mais fez que presentear um filho marmanjo com um pedalinho em forma de cisne que navega no sítio que o ex-presidente possui mas não é dele em Atibaia.

Mais: como a casa de João Doria, na avaliação do PT, vale 50 milhões de reais, basta dividir a quantia por 10 milhões de pedalinhos para saber que o brinquedo custou apenas 5 reais ─ menos que um saquinho de pipoca tamanho mínimo. Na segunda frase, os cisnes já são dois. Mas continuam baratos, garante o sitiante sem escritura. O dinheiro que Doria gasta na aquisição de um casaco bastaria para comprar uma dupla de pedalinhos e uma frota de dois barcos.

Por que Lula não se atreve a recitar tal tapeação num depoimento na República de Curitiba? Talvez por temer que o juiz Sérgio Moro seja tentado a prendê-lo por cinismo ao ouvir que a reforma do sítio, custeada pela OAS e a Odebrecht, foi uma invencionice da imprensa. Talvez porque nem um bebê de colo conseguiria acreditar que as empreiteiras retribuíram os favores bilionários do presidente amigo com dois pedalinhos e dois barquinhos. Haja ingratidão.

O falatório ao menos serviu para revelar o que o camelô de empreiteiras quer ganhar no Natal: a residência de João Doria. Lula ficaria mais feliz ainda se junto com a casa viesse o que chama de “aquele casaco dele”.

Fonte:Coluna do Augusto Nunes 
 

terça-feira, 26 de julho de 2016

Mulher de Lula quer grana ou abre o bico contra a Bancoop e OAS



Mulher de Lula cobra R$ 300 mil da Bancoop e da OAS por apartamento no Guarujá
A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva ajuizou ação na 34.ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo contra a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) e a empreiteira OAS cobrando R$ 300.817,37 “em parcela única e imediata”. Os valores, segundo os advogados da mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2010), se referem a restituição sobre cota-parte do apartamento 141 adquirida pela ex-primeira dama no condomínio Mar Cantábrico, atual Solaris, no Guarujá, litoral paulista. 

Marisa, Lula, o filho mais velho do casal Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, e mais 13 investigados são alvo de denúncia do Ministério Público de São Paulo. Lula é acusado de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica por supostamente ocultar a propriedade do tríplex 164-A no Solaris, reformado pela OAS ao custo de R$ 777 mil. O tríplex 164-A é um caso emblemático na mira da Operação Lava Jato. A Polícia Federal e a força-tarefa do Ministério Público Federal atribuem ao petista a propriedade do imóvel. O caso está nas mãos do juiz federal Sérgio Moro. A defesa de Lula afirma que ele não é o dono do tríplex. 

O Solaris era da Bancoop, a cooperativa fundada nos anos 1990 por um núcleo do PT. Em dificuldade financeira, a Bancoop repassou para a OAS empreendimentos inacabados, o que provocou a revolta de milhares de cooperados – eles protestam na Justiça que a empreiteira cobrou valores muito acima do previsto contratualmente. Na ação distribuída para a 34.ª Vara Cível da Capital, Marisa afirma que, em abril de 2005, assinou Termo de Adesão e Compromisso de Participação com a Bancoop e adquiriu “uma cota-parte para a implantação do empreendimento então denominado Mar Cantábrico”. A previsão de entrega, de acordo com a defesa da ex-primeira-dama, era 2007. 

Segundo o documento, subscrito pelos advogados Roberto Teixeira, Cristiano Zanin Martins, Maria de Lourdes Lopes e Rodrigo V. Domingos, a Bancoop reservou previamente uma unidade do edifício que seria construído para Marisa Letícia. “No caso, o apartamento 141 no Edifício Navia, uma unidade padrão, com três dormitórios (um com banheiro) e área privativa de 82,5 metros quadrados”, descreveram os criminalistas. 

Os advogados afirmam que Marisa Letícia pagou a entrada de R$ 20 mil, as prestações mensais e intermediárias até setembro de 2009. Segundo os criminalistas, naquele ano, a Bancoop repassou o empreendimento à OAS e deu duas opções aos cooperados: solicitar a devolução dos recursos financeiros integralizados no empreendimento ou adquirir uma unidade da OAS, por um valor pré-estabelecido, utilizando, como parte do pagamento, o valor já pago à Cooperativa. 

A defesa afirma que Marisa Letícia à época não se manifestou sobre o tema, o fazendo em 2015 quando pediu a restituição dos valores colocados no empreendimento. Os advogados sustentam que, desde então, a Bancoop “não realizou a devolução do valor investido ou forneceu qualquer justificativa”. “Diante disso, esgotados os meios amigáveis e suasórios, a presente ação de restituição de valores tornou-se necessária”, aponta a defesa.
“A autora (Marisa Letícia) chegou, posteriormente, a estudar a possibilidade de adquirir uma unidade no Edifício Solaris usando, como parte de pagamento, os valores que haviam sido pagos à Bancoop. Mas essa hipótese não se transformou em realidade, razão pela qual em 26 de novembro de 2015 a autora solicitou a restituição do valor integralizado no empreendimento ao assinar o Termo de Declaração e Requerimento de Demissão do Quadro de Sócios da Seccional Mar Cantábrico (“Termo de Demissão”).” 

Para os advogados, “ao assumir o empreendimento e comercializá-lo, a OAS se tornou co-responsável pelo ressarcimento da cota-parte dos cooperados”.

Fonte: Isto É

sábado, 7 de maio de 2016

O que falta para Lula ser preso - é praticamente certo que junto com Lula seus filhos e esposa também serão presos

Denunciado pela Procuradoria da República e com pedido de prisão nas mãos de Sérgio Moro, o ex-presidente nunca esteve tão perto da cadeia

Nos últimos dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desabou. Não seria a primeira recaída desde o início das investigações do Petrolão, responsáveis por tisnar sua imagem de homem probo semeada desde os tempos do sindicalismo no ABC Paulista. Mas ao contrário dos outros momentos de fragilidade, Lula desta vez expôs um sentimento insólito a companheiros de longa data: o de culpa. Pela primeira vez, pôs em xeque o próprio faro político – considerado indefectível no seio do petismo. Em uma longa conversa, em Brasília, com um amigo, o ex-presidente lamentou em tom de desabafo, depois de fazer uma breve retrospectiva de sua vida pública: “Não me perdôo por ter feito a escolha errada”. O petista se referia ao fato de ter apostado todas suas fichas e ter feito de Dilma Rousseff sua sucessora. O arrependimento, porém, tem pouco a ver com o desastre político-econômico provocado pela gestão da pupila. Lula é um pote até aqui de mágoas porque, em sua avaliação, ela nada fez para blindá-lo e o seu partido das garras afiadas da Lava Jato. 
  ''Não me perdôo por ter feito a escolha errada''  disse o ex-presidente Lula sobre Dilma

Para Lula, Dilma queria entrar para a história como a presidente do combate à corrupção – mesmo que, para isso, tivesse de sacrificar o próprio criador. Não logrou êxito, e é isso que emputece Lula. Hoje, ambos rumam para um abraço de afogados. Dilma está à beira de deixar o comando do País, alvo de um processo de impeachment, e na iminência de ser investigada pelo crime de obstrução de justiça – a solicitação, feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na semana passada, depende apenas do aval do STF. Ele, Lula, enfrenta o mais tenebroso inverno de sua trajetória pública. Atingido em cheio pela Lava Jato, o ex-presidente nunca esteve tão próximo de voltar à cadeia. Em 1980, o então líder sindical foi detido em sua residência pelo DOPS, a polícia política do regime militar. Permaneceu preso por 31 dias, chegando a dividir cela com 18 pessoas. Agora, o risco de outra prisão desta vez em tempos democráticos e por um temporada provavelmente mais longa é iminente. [pelos 31 dias presos Lula foi devidamente indenizado, não foi investigada a tentativa de estupro intentada por ele contra um colega de cela.
Agora será diferente: não vai haver indenização - caso saia vivo da cadeia, Lula sairá alquebrado, afinal já é um criminoso setentão.]
''Não me perdôo por ter feito a escolha errada''  disse o ex-presidente Lula sobre Dilma

São pelo menos sete frentes de investigação contra Lula, na primeira instância e na Suprema Corte. Lula é acusado de liderar o comando da quadrilha, que desviou milhões da Petrobrás, participar da tentativa de comprar o silêncio do delator Nestor Cerveró, ex-diretor da estatal, obstruir a Justiça ao ser nomeado na Casa Civil para ganhar foro privilegiado, receber favores de empreiteiras ligadas ao Petrolão em reforma de um sítio em Atibaia, frequentado pela família; ocultar patrimônio e lavar dinheiro por meio de um apartamento tríplex no Guarujá, – que Lula jura não ser dele – , e de receber dinheiro de propina, por meio de empreiteiras, por palestras realizadas no Brasil e no exterior.

 Além disso, ele ainda pode ser encrencado na Operação Zelotes, que apura suspeita de venda de medidas provisórias com suposto beneficiamento de seu filho Luís Cláudio Lula da Silva. No pedido para incluir Lula no chamado inquérito-mãe da Lava Jato, Janot foi contundente ao dizer que o petista foi peça-chave no esquema: “Essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela participasse”. O procurador-geral da República também denunciou o ex-presidente, com base na delação do senador Delcídio do Amaral, – revelada com exclusividade por ISTOÉ por participar da trama para tentar comprar o silêncio do Néstor Cerveró, ex-diretor da Petrobras envolvido nas traficâncias da estatal. Um total de R$ 250 mil teria sido repassado pelo filho do pecuarista e amigo do ex-presidente, José Carlos Bumlai, Maurício Bumlai, para o advogado de Cerveró. 

A procuradoria identificou, entre outros elementos contra o petista, um e-mail que comprova um agendamento de reunião entre Lula e Delcídio no dia 8 de maio do ano passado no Instituto Lula, além de uma passagem aérea provando que ele viajou naquela data. Disse Delcídio a respeito do encontro: “Fui chamado por Lula, em meados de maio de 2015, em São Paulo para tratar da necessidade de se evitar que Néstor Cerveró fizesse acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal”, disse o parlamentar. Mas o que mais atormenta Lula é o pedido formal de prisão preventiva, formulado pelo Ministério Público de São Paulo no caso da compra do tríplex do Guarujá, hoje nas mãos do juiz Sérgio Moro. Segundo apurou ISTOÉ junto a fontes da Lava Jato, Moro aguarda apenas o afastamento de Dilma na quarta-feira 11 para se debruçar sobre o pedido de prisão.

O juiz não queria analisar o caso antes do encerramento do imbróglio jurídico envolvendo a nomeação de Lula no STF. Com a saída de Dilma esta semana, o mandado de segurança em discussão no Supremo perde objeto e o caminho para uma possível prisão de Lula estará aberto. Caso seja novamente preso ou mesmo vire réu no Supremo, algo inédito para uma figura política de sua estatura, os estragos políticos serão irreparáveis. A mácula indelével abreviaria sua carreira pública de maneira inequívoca e sepultaria eventuais chances de retorno à Presidência em 2018. A morte política do seu maior líder decretaria o fim do PT.

Os primeiros indícios do envolvimento do ex-presidente Lula no Petrolão surgiram com os depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Após firmar acordo de colaboração com o Ministério Público Federal no segundo semestre de 2014, Costa e Youssef detalharam aos investigadores no Paraná como funcionava a quadrilha que agia na estatal. Ambos fizeram menção a Lula, declarando acreditar que o Palácio do Planalto, o que incluiria o ex-presidente, tinha conhecimento das irregularidades. A dupla não dispunha de provas contra o petista, mas forneceu informações cruciais para que a força-tarefa da Lava-Jato avançasse sobre as empreiteiras envolvidas no escândalo. Batizada de Juízo Final, essa fase da operação confirmou que as acusações de Costa e Youssef procediam. Ao quebrar o sigilo da Camargo Corrêa, uma das empreiteiras investigadas, as autoridades descobriram valores significativos transferidos à LILS, a empresa da qual Lula é sócio e pela qual promove suas palestras. 

Outras construtoras envolvidas no Petrolão também transferiram milhões de reais ao ex-presidente, um soma superior a R$ 10 milhões entre 2011 e 2015. Embora o ex-presidente tenha negado irregularidades nos valores recebidos das companhias, a Polícia Federal e o Ministério Público passaram a esquadrinhar tais repasses. Trabalham com a tese de que os valores recebidos por Lula seja dinheiro de corrupção. Essa apuração está em curso tanto em Brasília quanto em Curitiba. No Paraná, os investigadores estão fazendo uma comparação entre os valores repassados pelas empreiteiras à LILS e pedindo para que elas apresentem documentos que comprovem a realização das tais palestras. A Andrade Gutierrez foi a única que conseguiu provar todas. As outras empresas não foram bem sucedidas nesse intento. Entre as pontas soltas está uma suposta apresentação do ex-presidente na Venezuela, ainda sem comprovação, o que complica a defesa do petista.

À medida que as investigações avançam, o papel de Lula na organização criminosa do Petrolão fica cada vez mais evidente para a Procuradoria-Geral da República. No mensalão, o petista recorreu ao mantra do “eu não sabia” para se dizer alheio ao que acontecia ao seu redor. Agora, está claro que aquele era um apêndice do esquema de maior capilaridade, desvendado pela Lava Jato. Ao dizer que o Petrolão não poderia ter funcionado sem a participação decisiva de Lula, Janot uniu o petista a dezenas de deputados e senadores que figuram na investigação conhecida como “quadrilhão”, destinada a apurar o funcionamento da engrenagem que desviou recursos da Petrobras. Em seu despacho, o procurador-geral escreveu: “Embora afastado formalmente do governo, Lula mantém o controle das decisões mais relevantes, inclusive no que concerne às articulações espúrias para influenciar o andamento da Lava Jato, à sua nomeação ao primeiro escalão, à articulação do PT com o PMDB.” E continuou em outro trecho: “Já no âmbito dos membros do PT, os novos elementos probatórios indicam uma atuação da organização criminosa de forma verticalizada, com um alcance bem mais amplo do que se imagina no início e com uma enorme concentração de poder nos chefes da organização”.

Outra frente de problemas para o morubixaba petista é a investigação sobre o sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no interior de São Paulo. Há fortes indícios de que as construtoras Odebrecht e OAS pagaram pela reforma com dinheiro desviado da Petrobras, configurando, nesse caso, crime de corrupção. O terreno está em nome de dois sócios de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do Lula. Há uma série de indicativos de que o verdadeiro dono seja o ex-presidente. Conforme apurou ISTOÉ, a confirmação poderá vir da delação premiada do executivo da Odebrecht, Alexandrino Alencar. No roteiro da delação, Alexandrino prometeu entregar detalhes e provas que incriminariam Lula. A expectativa é que os executivos da OAS também colaborem sobre o mesmo tema.

Assim como o sítio de Atibaia, a força-tarefa da Lava-Jato no Paraná analisa denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo contra Lula no que concerne ao tríplex no Guarujá. Os promotores acusam o petista de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Para a MP, a família Lula era a proprietária, de fato, do imóvel. No papel, o apartamento pertence à empreiteira OAS, envolvida no Petrolão. O MP desmontou os argumentos do ex-presidente de que teria apenas uma cota de outra unidade no prédio. Entre as provas apresentadas pelos promotores estão relatos de funcionários e ex-moradores que confirmam que a ex-primeira-dama Marisa Letícia, Lula e um dos filhos do casal vistoriaram as reformas do imóvel. Obras que custaram mais de R$ 700 mil. Pagas pela OAS e feitas ao gosto da família Lula. Chamou a atenção das autoridades que uma das visitas ao apartamento foi acompanhada pelo presidente da OAS, Leo Pinheiro. O executivo chegou a ser preso no Petrolão e negocia acordo de delação premiada. O caso estava sob a responsabilidade da juíza Maria Priscilla Ernandes, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, mas na semana passada, o inquérito foi remetido ao juiz Moro, incluindo o pedido de prisão preventiva contra Lula formulado pelo MP paulista.

Um pedido como este nas mãos do ágil juiz Sérgio Moro era tudo o que o Dilma e Lula tentaram evitar a todo custo. A ponto de ensejar sobre eles uma possível investigação pelo crime de tentativa de obstrução do trabalho da Justiça. A linha de investigação leva em consideração o ato de nomeação do ex-presidente para a Casa Civil, iniciativa cujo único propósito foi o de livrar o petista da competência do juiz de Curitiba. Foi um duplo tiro no pé. Agora, além de Lula ser alvo de um pedido de investigação por tentar atrapalhar o trabalho da Justiça, crime tipificado na Constituição no inciso 5 do artigo 6º da Lei 1.079/1950, o destino político do ex-presidente está definitivamente nas mãos do seu principal algoz. 

Fonte: Revista Isto É 
http://www.istoe.com.br/reportagens/452700_O+QUE+FALTA+PARA+LULA+SER+PRESO?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage
 

sábado, 23 de abril de 2016

Sítio de Atibaia será 1ª acusação a Lula na Lava Jato

A força-tarefa da operação considera ter elementos para levar o ex-presidente ao banco dos réus

A força-tarefa da Operação Lava Jato considera ter elementos para levar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao banco dos réus, acusado de envolvimento com a organização criminosa que corrompeu e lavou dinheiro desviado da Petrobras - independente de qual instância ele será processado. O inquérito sobre a compra e reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), será a primeira acusação formal entregue à Justiça.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá ainda se Lula pode assumir o cargo de ministro da Casa Civil e se ele será denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR), considerando o direito ao foro especial por prerrogativa de função, ou se as acusações poderão ser apresentadas pela Procuradoria, em Curitiba, diretamente ao juiz federal Sérgio Moro - dos processos em primeiro grau da Lava Jato.

Alvo em Curitiba de três frentes de apuração na Lava Jato - as outras duas envolvem o tríplex 164 A, da OAS, no Guarujá, e os pagamentos e repasses para o ex-presidente via sua empresa de palestras, a LILS, e para o Instituto Lula -, a que envolve o sítio de Atibaia é a mais robusta, na avaliação dos investigadores. Os inquéritos estão suspensos depois que ele foi nomeado ministro da Casa Civil pela presidente Dilma Rousseff, no dia 17, e o tema foi levado ao Supremo.

A peça apontará a família do ex-prefeito de Campinas (SP) e amigo de Lula Jacó Bittar (PT) como "laranjas" na ocultação da propriedade, adquirida em 2010 pelo valor declarado de 1,5 milhão de reais. Os registros de escritura em nome dos donos oficiais, um "contrato de gaveta" em nome do ex-presidente e da mulher, Marisa Letícia, encontrado nas buscas e depoimentos dos investigados farão parte da acusação.

O compadre e defensor jurídico do ex-presidente Roberto Teixeira também será citado como parte da operação de formalização do negócio. Oficialmente a propriedade está registrada em nome de um dos filhos de Bittar, Fernando Bittar, e do empresário Jonas Suassuna - ambos sócios do filho de Lula. O registro de compra do imóvel foi realizado pelo escritório de Teixeira.

Com base nas notas fiscais localizadas nas buscas e apreensões, depoimentos colhidos e movimentações bancárias analisadas, a Lava Jato também vinculará os desvios de recursos na Petrobras à reforma executada no sítio e a manutenção de bens referentes a Lula. OAS, Odebrecht e o pecuarista José Carlos Bumlai serão vinculados aos serviços executados, como compensação por obras loteadas pelo cartel. Em documento enviado ao STF, a defesa de Lula sustenta que o sítio foi comprado pelo amigo Jacó Bittar para convívio das duas famílias, após ele deixar a presidência, em 2011.

O defensor de Lula Cristiano Zanin Martins informou que o "MPF tem conhecimento, em virtude de provas documentais, de que (i) o sítio foi comprado com recursos provenientes de Jacó Bittar e de seu sócio Jonas Suassuna; (ii) que Fernando Bittar e Jonas Suassuna custearam, com seu próprio patrimônio, reformas e melhorias no imóvel; (iii) que Fernando Bittar e sua família frequentaram o sítio com a mesma intensidade dos membros da família do ex-presidente Lula, estes últimos na condição de convidados".

Fonte: Estadão Conteúdo


 

terça-feira, 19 de abril de 2016

Lula vira ministro, e família vai para a cadeia?

Lula tem certeza absoluta que, nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal o libera para assumir a Casa Civil, ratificando seu foro privilegiado para responder pela Lava Jato no próprio STF. No entanto, Lula recebeu a informação que, depois do feriadão, corre o risco de que o juiz Sérgio Moro acate pedido da Força Tarefa para que a Polícia Federal promova a prisão preventiva ou provisória de um de seus filhos ou até da esposa Marisa Letícia - que não contam com o supremo privilégio de defesa. A eventual ação contra a família Lula da Silva deve ter um efeito de imagem mais devastador que a recente divulgação do conteúdo pornopolítico de gravações telefônicas.

Até Dilma Rousseff, candidata a ser impedida, foi obrigada a falar a correspondentes estrangeiros sobre os efeitos da Lava Jato. A Presidanta respondeu à obvia pergunta sobre seu conhecimento acerca dos fatos graves de corrupção: "Você me pergunta uma coisa interessante. Você me pergunta se eu não sabia. Tão perto e não sabia. Foi preciso a delação premiada, foi preciso o reconhecimento da independência dos procuradores, do Ministério Público, uma atitude em relação à Polícia Federal. Foi preciso um conjunto de leis para que isso fosse descoberto. Agora, o que é próprio da corrupção: ser feito às escuras. Ser escondido. Ela tem que ser investigada. Não acredito que a Lava-Jato é um raio em céu aberto. Hoje eu não acredito. Antes estava tudo debaixo do tapete. Ainda tem muita coisa que não se sabe. Não vamos acreditar que está tudo escancarado, não é?".

O próximo passo da Lava Jato - numa operação que poderia ser batizada de "Famíglia" - é a preocupação imediata de Lula. Atingir Michel Temer é outra prioridade de Lula, prestes a passar de acuado a acusado. Não foi à toa a ordem dada hoje pela manhã para que a petelândia promova a "deslegitimação" do "traidor" Michel Temer. O vice-presidente, que agora adota oficialmente a tática do silêncio, principalmente para não assumir compromisso de falar sobre a Lava Jato, encontra dificuldades para definir a equipe econômica de seu eventual mandato. Reunir 54 votos no Senado, para impedir Dilma, parece menos complicado que escalar um ministério que nasce com a hegemonia de Wellington Moreira Franco.

A cúpula do PT, embora discurse com o triunfo mentiroso de sempre, já dá como "inevitável" a derrota pelo impeachment. Tanto que a tática nazicomunopetista se resume a esculhambar Temer, chamando-o de traidor e golpista, enquanto torce para que dê certa a operação tartaruga, arquitetada pela dupla Renan Calheiros e Ricardo Lewandowski. O Presidente do Senado já sinalizou que apenas no dia 17 de maio, uma terça-feira, deverá acontecer a votação da admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Basta um mínimo de 41 votos para que ela seja afastada por 180 dias, com direito a "exílio" no Palácio da Alvorada. O julgamento final dela, no plenário, não tem data para acontecer. São necessários pelo menos 54 votos dos 81 senadores para Dilma ser impedida definitivamente.

Em entrevista a correspondentes estrangeiros nesta terça-feira, Dilma insistiu na retórica de que sofre um golpe: "A conspiração se dá pelo fato que a única forma de chegar ao poder no Brasil é utilizando de métodos, transformando e ocultando o fato que esse processo de impeachment é uma tentativa de eleição indireta, de um grupo que de outra forma não teria acesso pelo único meio justificável, que é o voto direto. O Brasil tem um veio que é adormecido. Um veio golpista adormecido. Se acompanharmos a trajetória dos presidentes no meu país, no regime presidencialista, a partir de Getúlio Vargas, vamos ver que o impeachment, sistematicamente, se tornou um instrumento contra os presidentes eleitos. Eu tenho certeza de que não houve um único presidente depois da redemocratização do país que não tenha tido processos de impedimento no Congresso Nacional. Todos tiveram. TodosO que eu chamo de veio? É essa possibilidade nunca afastada".

Será este o troco da mal escrita e contada História brasileira na guerrilheira Dilma - que no passado da luta armada para implantar uma ditadura comunista no Brasil não teve apreço algum pela democracia?

Talvez o soldado Mário Kozel Filho, vítima fatal das ações do grupo terrorista de Dilma, possa responder, se a consciência verdadeira iluminar o cérebro da maioria dos brasileiros...

Enquanto nada se decide de verdade, começa a crescer a tese democrática do "Fora, todos"...

 

Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão
 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Alivio de Lula sobre as investigações do triplex foi temporário; Conselho do MP autoriza retomada de investigação, assim, mais arrocho sobre o estrupício e a ex-primeira dama



CNMP mantém promotor que investiga Lula e o tríplex no Guarujá
Conselheiro havia suspendido depoimento do ex-presidente e ex-primeira dama
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu por unanimidade manter o promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, à frente das investigações sobre os vínculos entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um apartamento tríplex da empreiteira OAS, no condomínio Solaris, no Guarujá. Para o conselho, a decisão de Conserino de abrir uma investigação sobre ligação entre Lula e o imóvel está dentro das normas estabelecidas pelo Ministério Público de São Paulo e pelo próprio CNMP, mesmo que ele não seja o promotor natural do caso. Com a decisão, Lula deverá ser ouvido por Conserino. [Lula não adianta você mandar o pau mandado daquele deputado petista – não sei o o primeiro nome..........que Teixeira tentar te livrar... você vai ser ouvido e é bom que aquele deputado se lembre do Delcídio e não caia na tentação de te aconselhar a fugir. ]

Todos os conselheiros presentes em plenário concordaram com o voto do relator, Valter Shuenquener, o mesmo que concedeu liminar suspendendo o depoimento de Lula e da mulher dele, Marisa Letícia. Shuenquener votou pelo arquivamento do pedido de instauração de processo disciplinar para aplicar sanção ao promotor que investiga o ex-presidente. [cuidado !!! Esse promotor Shuenquener está fazendo jogo duplo.]

Mesmo assim, o conselheiro do CNMP votou pelo envio do processo à Corregedoria Nacional do MP, “a fim de que possa supervisionar a tramitação do processo disciplinar já instaurado no âmbito da Corregedoria local para apurar se houve excessos do requerido nas suas manifestações perante a imprensa”. Conserino deu entrevista à revista “Veja” dizendo que irá denunciar Lula por ocultação da propriedade do apartamento no Guarujá.

Presente no CNMP, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, disse que deverá recorrer à Justiça contra a decisão: — O debate foi importante, e expôs a indefinição sobre a investigação. Se for o caso, submeteremos o caso ao Poder Judiciário. Aguardamos o acórdão para decidir o próximo caminho. Continuamos entendendo que a situação é ilegal.
Também presente na votação, o procurador-geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, disse que as investigações sobre Lula e o tríplex seguirão normalmente a partir de agora, inclusive com o depoimento do ex-presidente.  O procedimento será retomado, e o depoimento, remarcado. A decisão do CNMP reconheceu a capacidade do MP de investigar. Reafirmou o poder investigativo e a correção dos procedimentos — disse o procurador-geral.

A decisão do conselho, depois de quatro horas e meia de discussão, representa uma derrota para Lula num momento em que o ex-presidente se vê as voltas com investigações no âmbito da Operação Lava-Jato, em Curitiba, e de suas relações com a Odebrecht e o BNDES, na Procuradoria da República, em Brasília. O Conselho aprovou a permanência de Conserino à frente das investigações sobre Lula e o tríplex com base no voto do relator Valter Shuenquener que, na semana passada, suspendera a atuação do promotor no caso.

Shuenquener defendeu o princípio do promotor natural e a distribuição aleatória dos procedimentos criminais. A regra estaria contemplada na Constituição. Seria um mecanismo de garantia da independência dos integrantes do Ministério Público e uma proteção da sociedade contra o que ele chamada de "promotor de encomenda". Mas, mesmo com este ponto de vista, o conselheiro entendeu que a decisão de Conserino está amparada pela resolução 13, aprovada em 2006 pelo CNMP.

Também estaria ancorada na portaria 10.941, editada pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo ano passado. Pelo parágrafo quarto do artigo terceiro da resolução 13 do CNMP, "no caso de instauração de ofício, o membro do Ministério Público poderá prosseguir na presidência do procedimento investigatório criminal até a distribuição da denúncia ou promoção de arquivamento em juízo".

CONFRONTO NO DIA DO DEPOIMENTO
No dia depoimento do ex-presidente ao Ministério Público de São Paulo, manifestantes pró e anti-Lula entraram em confronto em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda. A Polícia Militar interveio com cassetete, bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral para tentar conter o tumulto. Manifestantes trocaram insultos, empurrões e arremessaram objetos uns nos outros. A entrada principal do fórum foi bloqueada devido à confusão do lado de fora. A manifestação durou cerca de quatro horas.


Fonte: O Globo