Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Partido dos Trabalhadores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Partido dos Trabalhadores. Mostrar todas as postagens

sábado, 16 de abril de 2016

Não vai ser golpe - Editorial - Isto É

A mudança necessária

Não vai ser golpe. O impeachment da presidente Dilma Rousseff, que terá seu processo de votação iniciado pela Câmara neste histórico domingo, 17, é fruto de uma árvore de horrores adubada com muita corrupção, crimes, gestões temerárias e fraudes que afundaram o nosso País na mais grave crise moral, política e econômica da história.

As pedaladas fiscais, mais do que evidente crime de responsabilidade, serviram como arma para o governo praticar o estelionato eleitoral derradeiro, nas eleições de 2014. Alguns, oportunisticamente, fecham os olhos para esta óbvia peça do arsenal bélico utilizada pela presidente para se manter no poder. Outros (a grande maioria), integrantes do universo de 54 milhões de brasileiros que Dilma Rousseff vangloria-se de terem votado nela, foram enganados! Porém, agora, podem enxergar a verdade com clareza. Tanto que, apenas um ano e meio após a eleição, a desaprovação a seu governo é quase unânime e o apoio ao impeachment está no mesmo patamar observado às vésperas do impedimento de Collor.
O impeachment, se aprovado ao final deste tortuoso processo, terá cumprido à exaustão todas as etapas constitucionais e será o justo desfecho de uma gestão que se corrompeu de forma nunca antes vista na história deste País e que priorizou amigos e aliados (muitos já presos) em detrimento do povo brasileiro. O governo tenta emular argumentos farsescos de movimentos socias que visam a tumultuar o processo e convulsionar o ambiente. 

 Muitos deles, hoje, são convidados ao Palácio do Planalto para bradar ameaças, diante da mandatária em pessoa, que assiste impassível, como a concordar, sem nem sequer desautorizar a violência. Não é digno de uma chefe da Nação tal papel. A farsa do golpe, arquitetada pela “inteligência” do Palácio do Planalto, nunca se sustentou de pé. Não há o mínimo desvio constitucional ou muito menos conspiração antidemocrática quando os preceitos legais são seguidos à risca.
Existe um vasto conjunto probatório de desvios que maculam o exercício da presidência por Dilma Rousseff. As pedaladas fiscais em si estão descritas e tipificadas como crime de responsabilidade na Constituição. E isso não é pouca coisa. Elas levaram o País à completa desestruturação orçamentária e à ruína das conquistas econômicas e sociais dos últimos 20 anos. Não bastasse o dano dessas operações contábeis ilegais, que levaram boa parte do povo brasileiro à ilusão (para dizer o mínimo), às vésperas das eleições de 2014, a presidente ainda incorreu em inúmeros atos que ferem o decoro do cargo. A nomeação de Lula para o ministério, por exemplo. Ficou ali absolutamente escancarada, a viva voz, uma tentativa de obstrução da Justiça com o claro objetivo de dar foro privilegiado ao seu criador. O STF suspendeu liminarmente a decisão e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a classificou como manobra com “desvio de finalidade” que “ocultava propósito e efeitos contrários ao ordenamento jurídico”. Doações ilegais para a sua campanha apontadas em várias delações, que servem como provas testemunhais e o uso da sede do governo para eventos político-partidários entram no rol de flagrantes crimes da mandatária que tornam insustentável a sua permanência no poder.
Ao longo de todo esse processo, a incansável equipe de jornalistas da Revista ISTOÉ, na sua prática cotidiana de produzir um jornalismo investigativo, responsável e fiscalizador do poder, deu sua contribuição com reportagens exclusivas e decisivas que desnudaram parte das fraudes. Mostramos, em primeira mão, a gênese das pedaladas, em agosto de 2014 — portanto, ainda antes da reeleição de Dilma —, denunciando como o governo retinha recursos e obrigava bancos públicos a arcar com benefícios sociais. Logo a seguir, revelamos com exclusividade o confisco secreto da Caixa Econômica, que encerrou irregularmente mais de 525 mil contas de poupança dos correntistas e usou o dinheiro para engordar o seu lucro em mais de R$ 700 milhões. Foi por meio das páginas da ISTOÉ que, em fevereiro do ano passado, o Brasil soube pela primeira vez dos empréstimos suspeitos que o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo íntimo de Lula, conseguiu junto ao Banco Schahin para repassar ao PT. Na prática, Bumlai foi apresentado aos investigadores da Lava Jato naquela reportagem. Assim também, os leitores de ISTOÉ foram os primeiros a tomar conhecimento das bombásticas denúncias do ex-líder do governo, Delcídio do Amaral, numa reportagem que se converteu em divisor de águas rumo ao impedimento da presidente, quando este arrefecia por conta das inúmeras (e por que não assumir, astutas) manobras do Palácio.
E é pelo conjunto de evidências e provas que gradativamente foram surgindo que hoje a Revista ISTOÉ está plenamente segura ao defender o impeachment de Dilma Rousseff. São incontáveis as demonstrações de que ela e o Partido dos Trabalhadores, que lhe dá sustentação, promoveram e forjaram a imagem de um governo que mirava o desenvolvimento social do País. Cabe dizer que esta revista também acreditou neste discurso, quase que isolada no âmbito da mídia, por tantos e tantos anos, até as evidências não permitirem mais enganos. Almejaram apenas um projeto de perpetuação no poder para os fins já conhecidos por todos os cidadãos brasileiros com amplo acesso à informação.
Virada esta página, para o bem da Nação, é primaz que a limpeza ética tenha continuidade, retirando do protagonismo político outros atores pilhados em desvios, como o próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A necessidade de um pacto de salvação nacional, com forças partidárias e líderes realmente comprometidos com os interesses do País, deve ser priorizada. Não há mais tempo a perder. A mudança, além de importante, é também urgente. O Brasil anseia por ela e espera que os seus parlamentares cumpram com o papel cívico que ganharam nas urnas, atendendo à vontade majoritária dos eleitores, muito mais do que amparados, motivados pela Constituição brasileira. Não vai ter golpe. Não vai ser golpe. 

Por:  Caco Alzugaray


quarta-feira, 16 de março de 2016

Gilmar Mendes diz que STF pode suspender foro privilegiado de Lula

Ex-presidente, investigado da Lava-Jato, vai assumir a Casa Civil; 

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), avaliou nesta quarta-feira que, mesmo com nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser ministro do governo Dilma Rousseff, existe a possibilidade de a investigação aberta contra ele na Operação Lava-Jato ser mantida na primeira instância, sob os cuidados do juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal de Curitiba. Ministros de Estado tem foro privilegiado para serem julgados no STF. — Se o tribunal, numa questão de ordem, puder chegar à conclusão de que, para esses fins, a nomeação não é válida, mantém-se o processo no âmbito do primeiro grau — afirmou Gilmar, que costuma ter posição crítica em relação ao governo.


Questionado se a nomeação de Lula é uma burla ao princípio do juiz natural, ou seja, uma tentativa de escapar de Sérgio Moro, Gilmar Mendes respondeu: — Vamos analisar. Eu acho que é um assunto digno de preocupação para o tribunal. Imaginem os senhores que daqui a pouco a presidente da República decida nomear um desses empreiteiros que está preso em Curitiba como ministro do Transporte ou da Infraestrutura. Nós passamos a ter uma interferência muito grave no processo judicial. Precisamos meditar sobre isso.
Pouco depois, ele voltou ao assunto.
— Se amanhã houvesse a designação de um empreiteiro como ministro do Transporte, um empreiteiro preso, teríamos a cessação da competência do juiz Moro? Essa é a pergunta que nós temos que nos fazer — disse Gilmar.

Ao ser lembrado que Lula não está preso, o ministro respondeu: — Mas está sendo investigado. E está sendo investigado como chefe desse grupo.


Ministro comparou o caso de Lula ao de deputados que renunciam ao mandato para deixarem de ser julgados pelo STF e assim atrasar o processo.  — Já temos jurisprudência de que as renúncias de parlamentares para fugir ao foro seriam consideradas inválidas. Precisamos fazer essa avaliação também aqui — disse Gilmar.

O ministro da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, expressou opinião diferente. Segundo ele, Lula aceitou ser ministro para ajudar o governo, não para escapar de Moro. — Eu acho que esse argumento de alguns setores oposicionistas é muito ruim, porque, em primeiro lugar não é essa a razão pela qual ele irá compor o governo. E mesmo que porventura você tenha o deslocamento de foro, imaginar que uma investigação se paralisa porque o Supremo vai apreciar é uma depreciação da suprema corte. Esse argumento que alguns oposicionistas utilizam chega até incomodar as pessoas que sabem que Supremo Tribunal Federal é uma corte de excelência, uma corte importante. Não é porque alguém vai ser julgado aqui e não lá que a Justiça não será feita — disse Cardozo.

Questionado se Dilma virou uma rainha da Inglaterra, ou seja, uma figura decorativa que não governa, Cardozo respondeu: — Em hipótese nenhuma. Ela é a presidente eleita, tem uma equipe de ministros e conta um ministro agora que tem uma experiência, um reconhecimento internacional que nenhum governo pode prescindir.

CRÍTICAS A DILMA E LULA
Durante o julgamento dos recursos para rever a decisão do STF que definiu o rito do processo de impeachment, Gilmar Mendes fez duras críticas a Dilma e Lula. Afirmou inclusive que Lula está fugindo de Moro.
— E vem também para fugir da investigação de Curitiba, deixando o tribunal muito mal no contexto geral. É preciso muita desfaçatez para manobrar assim as instituições. É preciso ter perdido aquele limite que distingue civilização de barbárie — disse Gilmar.

Gilmar foi voto vencido em dezembro, quando foram derrubadas regras que levariam a uma maioria pró-impeachment em comissão formada na Câmara. — No julgamento, eu chamei atenção e vou chamar, porque a crise política, a despeito da proteção que o tribunal deu, atendendo a pedido feito pelo Partido dos Trabalhadores, só piorou, só se agravou, a ponto de a presidente buscar agora um tutor para colocar no seu lugar de presidente e ela assume aí outro papel. Eu disse naquele momento que não se salva quem não merece ser salvo. E um tutor que vem com problemas criminais muitos sérios, mudando inclusive a competência do Supremo Tribunal Federal, tema que vamos ter que discutir — disse Gilmar.

O ministro criticou o governo por dar a Lula foro privilegiado. -  Como último lance talvez, busca-se o ex-presidente em São Bernardo para assumir a chefia da Casa civil, a pretexto de dar sobrevida ao governo e de lhe dar algum conforto no foro privilegiado, causando-nos um grande desconforto. É quase uma acusação de que esta corte será complacente, compreensiva com os mal-feitos.


Fonte: O Globo
 

domingo, 21 de fevereiro de 2016

"AS PROVAS DO CRIME ELEITORAL NA CAMPANHA DE DILMA "

Chegou às barras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o mais contundente conjunto de provas notas fiscais, registros de transferências bancárias e recibos eleitorais – de que se tem notícia para demonstrar claramente como dinheiro de origem criminosa irrigou as campanhas do PT, especialmente a da chapa presidencial vitoriosa de Dilma e Temer, nas ultimas eleições. São documentos e testemunhos que não deixam dúvidas sobre a ilicitude dos meios adotados pelo Partido para se manter no poder, garantindo um segundo mandato a presidente. No entender do juiz Sergio Moro, que conduz a operação Lava-Jato e encaminhou ao TSE o calhamaço de apurações, “o fato comprovado revela um aspecto perverso do esquema criminoso que afetou a Petrobras: a utilização de dinheiro de propina para financiar atividades político-partidárias, com afetação do processo político democrático”. 

Moro informou ao TSE que “reputou-se comprovado o direcionamento de propinas...para doações eleitorais registradas”. Em outras palavras, ficou claro que as últimas eleições foram usadas pelo Partido dos Trabalhadores para lavar o dinheiro da corrupção na estatal. O que, na prática, deveria invalidar o mandato presidencial vigente, impugnando a chapa eleita. Com o atestado apresentado por Moro, e seguindo ao pé da letra os artigos constitucionais, a eleição de Dilma configurou-se como ilegal. Resta agora uma decisão eminentemente política a ser votada pelo colegiado de ministros do TSE. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse não estar ‘convencido’ da gravidade necessária para imputar a perda do mandato de Dilma e encaminhou essa sua avaliação ao TSE. [o Janot já tentou arquivar este processo contra Dilma, chegando ao desrespeito de desobedecer ordem do ministro Gilmar Mendes; só que foi devidamente enquadrado, levou um pito e teve que executar exatamente o que o ministro ordenou.
Gilmar agora preside do TSE e saberá enquadrar o Janot.] Nela, alega que para tal cassação são exigidas “condutas, já à primeira vista, gravíssimas”, que ele a princípio não enxerga. Como jurista, Janot inova na interpretação da lei. Por essa sua linha de raciocínio, muito em voga fora dos meios legais, existiriam, por assim dizer, ladrões e ladrões. 

 Aquele que rouba galinhas mereceria pena mais branda que o assaltante de bancos, ou até o perdão. Por caminhos tortos, o conceito seria aplicado à condição da presidente eleita. Na verdade, o que está em jogo não é o tamanho do crime praticado, mas quem o praticou. Em se tratando de uma presidente da República, muitos especialmente simpatizantes e aliados - consideram que ela deveria ter um julgamento mais condescendente. Um equívoco legal grotesco, se assim for. 

Afinal, como princípio universal, todos são iguais perante a lei. Se as provas em questão já serviram para condenar réus que atuaram como atravessadores do esquema, por que não serviriam para condenar aqueles que foram os beneficiários finais da engrenagem criminosa? Em causas menores e passíveis de uma maior compreensão por parte da sociedade – mães que roubaram alimentos para dar de comer a seus filhos não tiveram a mesma sorte e foram parar atrás das grades. Eram pobres, naturalmente, e sem recursos não tinham alcance ao aparato de juristas do porte do senhor Janot, letrados nas brechas dos códigos penais. Dilma, ao contrário, pode contar não apenas com uma poderosa bancada de advogados, como também, eventualmente, com a benevolência dos togados, para a perplexidade geral. Que esse não seja o mau exemplo a ser dado pelo poder judiciário brasileiro e que, acima das pressões e conluios, prevaleça a letra da lei a reger igualmente o destino de todos. 

Fonte: Editorial - Isto É -   Carlos José Marques, diretor editorial

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Petelândia ameaça abandonar Dilma, se Presidenta não fizer defesa intransigente de Lula

Não bastassem os problemas econômicos e o permanente risco de impeachment (mais fraco agora, porém ainda presente no horizonte), a Presidenta Dilma Rousseff agora recebe mais uma ameaça. A cúpula da Petelândia avisa, abertamente, que ela tem o dever de sair em socorro de Luiz Inácio Lula da Silva da maneira mais incisiva possível. Dilma já recebeu um recado de que, se fingir que o problema de Lula não é com ela, terminará, fatalmente, abandonada pelo PT.

Lula tem três claros objetivos imediatos: salvar sua biografia, recuperar a imagem do Partido dos Trabalhadores e, só então, no final e se conseguir as duas missões impossíveis anteriores, resgatar do limbo o governo da Presidenta. Dilma sabe, claramente, que a prioridade de Lula é cuidar de si mesmo e do partido. Tanto que já vazou a informação de que, no ápice da crise do risco de impedimento, ela cogitou até se licenciar do PT, para tentar formar uma base suprapartidária que lhe permitisse governar em paz.

Nem a incrédula Velhinha de Taubaté deixa de ter certeza que existe uma operação muito bem articulada para comprometer a imagem de Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de impedir sua candidatura presidencial em 2018. A pergunta que a Petelândia deveria fazer, em ritmo de autocrítica, é: quem sempre agiu assim com os inimigos ou adversários não merecia, alguma hora, provar do próprio veneno? O mais grave, no entanto, é o conflito permanente de interesses entre Lula e Dilma.

Quem parece sobreviver à fantástica máquina de assassinar reputações é Eduardo Cunha. Aparentemente, o Presidente da Câmara retoma hoje a rotina parlamentar em situação menos ruim que no começo do recesso do Congresso, no fim do ano passado. O plano de Cunha, agora, é induzir seus aliados a partirem para a ofensiva contra quem tentou prejudicá-los. Os alvos diretos são o PT, Lula e Dilma. Os próximos lances de baixaria prometem fazer jus à qualidade da politicagem tupiniquim.

Enquanto os políticos se matam, o Brasil segue em ritmo de quebradeira, com carestia, desemprego, inflação e juros sempre altos...   

Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Uma aventura insólita na Coreia do Norte


No país isolado, turistas seguem regras rígidas, e presença do Estado é forte no dia a dia dos cidadãos

[não pode ser esquecido que maus brasileiros - incluindo Dilma Rousseff, Zé Dirceu, Genoíno, Pimentel - pretendiam transformar o nosso Brasil em um misto de Coreia do Norte e Cuba.
FRACASSARAM. Graças a coragem dos brasileiros do BEM, especialmente os militares, que estabeleceram em 1964 o Governo Militar e sem vacilar cumpriram com o DEVER e derrotaram a corja de traidores.
Entre estes brasileiros, verdadeiros HERÓIS, figura o nome do coronel Carlos Alberto Brilhante USTRA.]
Um barulho alto mas não histérico, como uma espécie de sirene afônica, me acordou antes das 7h. Em qualquer outro hotel do mundo, eu teria ligado para a portaria, com mais curiosidade do que apreensão, para saber do que se tratava; mas eu estava no Yangakddo, no coração de Pyongyang — e, na Coreia do Norte, qualquer barulho fora do normal ativa sinais de alarme. Abri a porta do quarto — tudo parecia tranquilo no corredor. O vizinho do lado também pôs a cara para fora. Esperamos para ver o que acontecia, mas depois de alguns minutos o barulho diminuiu. Quando acabou, sem que nada de excepcional houvesse ocorrido, nos despedimos como velhos amigos e voltamos cada qual para a sua toca, para dormir os últimos momentos de um dia que prometia ser cheio.


Smartphone limitado. Militar checa o telefone: o país tem - Picasa / Cora Ronai

ÁRDUO TRABALHO DE OBTER VISTO
ADVERTISEMENT
Dez de outubro é o aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores, e a septuagésima comemoração da data seria feita em grande estilo. Haveria uma gigantesca parada militar, festas populares, um show inédito nas águas do Taedong. Desde o dia anterior, grupos de crianças e adultos ensaiavam movimentos coreografados nas praças pelas quais passávamos. Excepcionalmente, a cidade estava cheia de estrangeiros, vários deles jornalistas, convidados pelo governo para os festejos. Não era o meu caso: eu era apenas uma turista em férias.
 
Chegar à Coreia do Norte é relativamente fácil para a maioria dos viajantes, mas quase impossível para sul-coreanos e jornalistas. O visto é obtido pela internet através da meia dúzia de agências que organizam viagens ao país, mas todas avisam, de saída, que não atendem a jornalistas. Mandei muitos e-mails para cá e para lá até convencer a Koryo Tours a abrir exceção para uma colunista de tecnologia que, às vezes, atua como cronista de viagens. No fim consegui o visto como travel writer, mas para isso precisei me comprometer a falar apenas da minha experiência como turista, e a manter meu texto dentro de linhas gerais mais ou menos bem comportadas.

A Coreia do Norte se preparou com esmero para receber as visitas. Todos os edifícios de Pyongyang, e todos os prédios e casas das estradas pelas quais fomos autorizados a passar, receberam uma mão de tinta. Na capital, centenas de árvores foram plantadas nas ruas, novos parques foram criados e uma loja de departamentos e um bateau mouche foram inaugurados pelo comandante supremo Kim Jong-un. Ficamos sabendo disso ainda no avião da Koryo Air através do “Pyongyang Times", jornal em língua inglesa para visitantes.

A viagem para a Coreia do Norte é ao mesmo tempo curiosa e frustrante. O turista tem acesso, afinal, a um país sobre o qual pouquíssimo se sabe, e vive, em primeira mão, experiências relativamente raras num mundo em que cada vez mais gente disputa as mesmíssimas vistas e selfies. Por outro lado, nenhuma viagem é tão controlada e vigiada.

Quem acha que chegando a Pyongyang vai desvendar o mistério norte-coreano e descobrir toda a verdade sobre o país engana-se redondamente. Ainda em Pequim, recebemos instruções minuciosas sobre o que fazer e, sobretudo, sobre o que não fazer — não fotografar nada que não seja expressamente permitido, por exemplo, é uma instrução várias vezes repetida. Os grupos de turistas, em geral entre 15 e 20 pessoas, ficam sob vigilância constante: não é possível nem ir ao banheiro sem um guia atrás. A primeira consequência disso é que passamos a desconfiar de tudo o que nos é mostrado, e lendas urbanas acabam colorindo a realidade mais prosaica. 
 Turistas seguem regras rígidas no país - Picasa / Agência O Globo
O dia da grande parada foi uma aula de campo sobre os meandros da misteriosa burocracia do regime. Saímos do hotel sem destino certo e sem saber se poderíamos ou não assistir ao desfile; nossa sorte dependia de telefonemas aflitos que os guias davam e recebiam. Mas nem eles sabiam com certeza a que horas começaria o espetáculo. O dia amanhecera chuvoso, e as autoridades estavam esperando o tempo melhorar. 

Fomos levados a uma exposição de flores e a um parque aquático, demos voltas intermináveis de ônibus e, no fim, passamos a tarde em pé, enregelados, numa esquina por onde passaria a dispersão, junto com todos os outros 300 turistas que estavam na cidade. Do outro lado, uma multidão de coreanos esperava também. Já era noite fechada quando, enfim, os primeiros tanques apareceram no horizonte.

‘SIRENE’ ERA APENAS ÁGUA NOS CANOS
Durante mais de uma hora, a terra tremeu sob os nossos pés, enquanto uma banda tocava e o cheiro da fumaça do escapamento das máquinas empesteava o ar. Para quem esperava ver a maior parada militar do mundo, foi uma decepção só; mas o que vimos foi, apesar de tudo, uma cena única, que rendeu lembranças inusitadas e belas fotos.

Mais tarde, de volta ao Yangakddo, um funcionário nos explicou o que havia sido a estranha sirene que nos acordara pela manhã. Era a água correndo pelos velhos canos do hotel, reclamando de tantos turistas tomando banho ao mesmo tempo.

Por:  Cora Rónai - O Globo

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

PT-SP informa que sede do partido foi invadida



Novo ataque ao PT? É mesmo? O partido nem vai mudar a pauta nem vai deter a marcha dos pacíficos
O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota, nesta segunda-feira, afirmando que a sede do partido em São Paulo, localizada no centro da cidade, teria sido invadida nesta madrugada. Segundo a nota assinada pelo presidente do Diretório Municipal do PT-SP, Paulo Fiorilo, nenhum objeto foi roubado, mas gavetas e armários foram vasculhados. O Boletim de Ocorrência foi registrado no 1º Distrito Policial da Sé e ainda não há informações de suspeitos. 

O PT da cidade de São Paulo diz agora que a sua sede foi invadida. Vamos ser claros? A quem interessa atacar as dependências do partido? Aos movimentos de oposição? Aos milhares de pacíficos que já fizeram as três maiores manifestações da história do país sem um único ato de violência? À extrema direita? Mas onde está a extrema direita? Cadê?

Vamos parar com essa palhaçada, eis a minha recomendação!

Por mim, José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, designa verdadeiros esquadrões da PF para proteger o patrimônio petista, antes que ocorra o incêndio ao Reichstag dos companheiros e eles saiam acusando os que pedem o impeachment de Dilma. Que fique claro: os únicos que falaram até agora em violência — em resistência armada — foram os petistas.

O PT não vai mudar a pauta dos pacíficos. O PT não vai deter a marcha dos pacíficos.

Fonte: Blog do  Reinaldo Azevedo