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sábado, 27 de janeiro de 2018

Até onde Lula vai?


Condenado pela Justiça por corrupção e lavagem de dinheiro, ele será candidato à Presidência por si mesmo e pelo PT. Mesmo se for preso, influenciará o resultado da eleição?

O resultado adverso era esperado havia muito, mas os militantes que lotavam o auditório na sede da Central Única dos Trabalhadores, a CUT, em São Paulo, ainda estavam chorosos. O cansaço do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficava evidente pela voz, que saía ainda mais rouca que de costume. Na sua vez de falar, o ex-ministro Alexandre Padilha, um dos vice-presidentes do PT, apoiou-se na metáfora futebolística, uma marca de Lula em discursos, para dar maior efeito político a sua declaração. “É como campeonato de futebol: se você tem o Pelé, você vai deixar de escalá-lo porque lá na frente ele pode ficar impedido de jogar? Você deixaria de escalar o Pelé?”, disse Padilha. Em outro gesto esperado por todos, Padilha lançava Lula como pré-candidato do PT à Presidência da República em 2018, no dia seguinte à condenação dele a 12 anos de prisão, imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
 
>> Além da apreensão de passaportes, Ministério Público sugeriu a prisão preventiva de Lula

Associar Lula a Pelé é um mantra repetido com frequência. Pega carona numa invenção do dramaturgo Nelson Rodrigues no livro A pátria de chuteiras. “Assim como Michelangelo é o Pelé da pintura, da escultura, Pelé é o Michelangelo da bola.” Lula seria o Pelé da política. Mas Pelé precisa jogar de acordo com as regras. “Vai colocar ele para jogar, mas tem de lembrar que nesse jogo também tem juiz”, afirmou Padilha. Na atual situação, as regras são desfavoráveis a Lula como nunca foram. Lula certamente será impedido pela Lei da Ficha Limpa de concorrer. Lula pode ser preso. A questão é em quanto tempo isso pode acontecer – e o tempo da Justiça corre em velocidade diferente do tempo da política. Nessa seara, persiste a dúvida sobre até quando ele permanecerá na disputa e quanto sua influência resistirá. Pouca gente acredita que Lula acabou.  [não é de espantar; tem idiotas que votaram em Lula e Dilma e muitos ainda são capazes de repetir a estupidez.]  Ninguém sabe quanto fôlego político lhe resta.

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quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

O que faz de Temer campeão em trapalhadas nos ministérios

Cristiane Brasil, Geddel Vieira Lima, Romero Jucá são algumas das nomeações polêmicas do presidente Michel Temer, segundo Augusto Nunes

O colunista de VEJA Augusto Nunes comenta no ‘Estúdio VEJA’ sobre as nomeações feitas pelo presidente Michel Temer que geraram polêmica. A mais recente foi a da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho. “Para um presidente que entende de Congresso, Temer é campeão em trapalhadas nos ministérios”, diz o jornal

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Calendário prejudica votação da reforma da Previdência em 2018

Deputados temem perder eleição se apoiarem mudança na aposentadoria

O possível adiamento da votação da reforma da Previdência para fevereiro praticamente enterra o “sonho” do presidente Michel Temer em aprovar a proposta. Além do medo dos deputados em votar a favor da matéria e perderem a eleição, o calendário conspira contra o êxito da medida. A única janela está na última semana de fevereiro, disse um líder da base, o que é muito apertado. Janeiro será um mês frio, pois há o recesso parlamentar.

Com o feriado do Carnaval no meio de fevereiro, os deputados terão praticamente a última semana para votar a matéria (entre os dias 19 e 28). Eles retornam aos trabalhos na segunda-feira (dia 5) e já na sexta-feira (dia 9), começa a folia, que dura até dia quarta-feira de cinzas (dia 14). Só no dia 19, os parlamentares estarão de volta. Se a votação ficar para março, a situação tende a ficar mais delicada por causa do calendário eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mudanças partidárias
Em março, os parlamentares estarão dedicados às mudanças partidárias para concorrer às eleições. O prazo limite para o candidato estar filiado a um partido é 2 de abril. Além disso, mesmo que a reforma seja votada na Câmara em fevereiro, ainda existe incerteza em relação ao que vai ocorrer quando o texto chegar ao Senado. Os senadores poderão fazer ajustes e devolver a proposta em junho, praticamente, véspera das eleições.  O próprio Palácio do Planalto admite que as dificuldades para aprovar a reforma serão maiores em 2018. Por isso, redobrou os trabalhos nas últimas semanas para tentar votar a proposta ainda este ano.

As declarações feitas pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), no fim da tarde desta quarta-feira, de que a votação da reforma seria adiada para fevereiro derrubaram o ânimo dado pelo PSDB, que decidira na manhã fechar questão a favor da matéria — somando-se a outras legendas da base que também tomaram essa posição (PMDB, PTB e PPS). A expectativa do governo era que outras siglas, como DEM, seguissem o exemplo.

Mas, na avaliação de líderes governistas, o fechamento de questão uma das principais apostas do Planalto para vencer a batalha na votação da reforma soa mais como um gesto político, sem força para conquistar votos favoráveis, porque não haverá punição para quem votar contra o projeto. Isso ficou ainda mais fraco com as declarações de Jucá. O PTB foi o único partido que ameaçou punir duramente os infiéis.

No PMDB, por exemplo, dez deputados anunciaram que votam contra a proposta e estão irredutíveis. No PPS, a maioria ainda vota contra e, no PSDB, 40% dos deputados da legenda não apoiam a reforma. No PSD, partido do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sete integrantes da bancada são alinhados ao PT e declararam voto contrário.


Apesar disso, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, havia manifestado otimismo com a adesão do PSDB de outros partidos, como DEM e PSD em fechar posição. Padilha disse ter havido um ganho de cerca de 40% nessa arrancada final e o dia D seria hoje. Temer vai se reunir com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) para anunciar o oficialmente a data da votação da reforma.
Ainda tentando angariar votos, Temer prometeu nesta quarta-feira liberar R$ 2 bilhões para as prefeituras ainda este ano. Em evento com prefeitos no Palácio do Planalto, ele afirmou ter receio que uma eventual não aprovação da reforma da Previdência gere uma reação negativa na economia brasileira.

O Globo


 

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Flagrante moral armado



Só o devido processo legal pode condenar o bandido. Acredito nos ritos — creio que o mundo é melhor, mais seguro, quando respeitados. Não jogo para a galera 

Um leitor me convida a refletir sobre o conjunto de meus artigos no GLOBO — qual seria a natureza da coisa? Tento, então, ensaiar uma resposta, objetivamente impossível, mas que pode encontrar algum caminho no modo como penso haver tratado a crise decorrente das denúncias contra Michel Temer. Era preciso separar o conteúdo indecoroso da gravação feita por Joesley Batista da inexistência de provas que incriminassem o presidente no material. E assim me afastei da histeria; da sanha ceifadora. Sobretudo, era preciso distinguir a possibilidade de que Temer fosse culpado e a evidência de que fora vítima de uma emboscada em que pelas mãos de agentes públicos absolutamente tudo se havia desviado da lei. E assim me afastei da ficção — daquela, fantástica, segundo a qual seria do PMDB o protagonismo num esquema desenvolvido durante os anos de governo petista, conforme nos tentaram enganar os narradores janotistas. 

Oriento-me sob o seguinte norte: não importa a opinião jacobina de procurador nem a capacidade criativa de juiz para acolher acusação sem fundamento, tampouco o consenso, na sociedade, de que fulano é bandido; só o devido processo legal pode condená-lo. Acredito nos ritos — creio que o mundo é melhor, mais seguro, quando respeitados. Não jogo para a galera. E assim me afasto de ser mais um legitimador da cultura do justiçamento pulsante entre nós, tão bem expressa na sentença popular diariamente apregoada nas ruas: “É ladrão. Dane-se a lei.”

Penso sobre se o brasileiro, algum dia, alcançará considerar corrupto um indivíduo como Romero Jucá e, ao mesmo tempo, asqueroso o assédio de que foi vítima, na semana passada, dentro de um avião. Pergunto: haverá ainda quem consiga ter Jucá na pior conta e se abismar com a truculência em que consistiu a blitz daquela senhora? Não é questão particular. Substitua o senador por qualquer homem público. Serve igualmente a Lula, Aécio, Renan etc.

Falo de equilíbrio; de ponderação; de discernimento. Falo sobre a prática corrente — mas peço ao leitor que a projete no futuro. Nem precisa ir longe. Vá até 2018, logo ali, e especule sobre aonde pode chegar essa lavra de honras supliciadas, essa agricultura a que tantos oportunistas e irresponsáveis se lançam lucrativamente, ademais num ano eleitoral que já corre — e que se decidirá — nos tribunais. Que retrato sanguinário se pinta no porvir, não?

Convém medir o grau de acomodação moral (de esgarçamento da compreensão sobre a trama dos direitos individuais, inclusive de calhordas) enunciado em leituras segundo as quais o que se moveu contra Jucá nada mais seria do que livre manifestação de cidadania, um protesto de indignação saudável, a se comprovar na ausência de agressão física. O quê? Ninguém precisa cuspir na cara do outro (né, Jean Wyllys?) para surrar.

É possível — fácil — ser violento à margem de tipificação penal. E é mesmo assustador que se trate por normal o ato calculado de acionar uma câmera e disparar verbo contra terceiros — sejam quem forem. Nada disso, porém, interessa. Este artigo não é sobre casos concretos, mas sobre o espírito do tempo que os embala. Que tal um exame das condições gerais em que essa laia de abordagem se torna frequente e, mais que aceitável, bem-vinda? O estímulo vem de cima. Lembro que este é um país em que o Supremo Tribunal Federal permitiu que a lei retroagisse contra o réu; em que a mesma corte autorizou o cumprimento de pena extrajudicial; e em que se executoua saber ainda se grande ou imensa a participação de membros do Ministério Público um flagrante armado contra o presidente da República.

Há outros vários exemplos. Mas a ideia o conceitode flagrante armado é chave. Esse composto de desarranjos institucionais é o vírus que infectou o Brasil, país cuja grave doença, chaga na medula da integridade, tem como sintomas ataques como o da senhora a Jucá: um — atenção — flagrante moral armado. O exemplo vem de cima. É o Estado que empodera o cidadão a que faça justiça com as próprias mãos. Se a combinação industrial entre denuncismo e vazamento seletivo de conteúdos sigilosos criminaliza e condena, com chancela oficial, à revelia de qualquer processo judicial, por que não posso eu e meu celular?

Lembro que este é um lugar em que já existe licença, festejada, a que se afogue a Constituição se para pegar aqueles que temos certeza – são criminosos. Refiro-me ao deputado Jorge Picciani e quadrilha, ilegalmente presos em flagrante aí, sim — de desrespeito à combinação de dois artigos constitucionais. “É vagabundo. Dane-se a lei.”
Sim, este é o país do linchamento; de uma gente capaz de perseguir por anos um jogador de futebol em cujo carro, sob sua direção leviana, pessoas morreram em decorrência de um acidente. Ou o leitor não se lembra de Edmundo e dos gritos de “assassino” que o acompanhariam pelo resto da carreira? Ali e em outros tantos casos, contudo, exprimia-se a massa — a própria covardia acéfala.

Ocorre que a covardia perdeu o caráter difuso e irracional. Tornou-se valente e premeditada. E, quando há um covarde animoso e com método, creia: fascismo haverá. Fascismo há. Fascismo houve – foi fascismo o que se investiu contra Jucá. E vai piorar. Os princípios ancoradouros da civilização suplicam por que combatamos a satisfação íntima ante o empastelamento daqueles de que não gostamos. Em vão. Vai piorar.

Carlos Andreazza, editor de livros


terça-feira, 17 de outubro de 2017

Senado da República resgata independência dos Poderes e consolida o Estado Democrático de Direito

Senado derruba decisão do STF, e Aécio pode retomar mandato

Foram 44 votos contra as medidas cautelares determinadas pela Corte

[decisão do Senado estabelece a saudável prática democrática de mostrar que qualquer um dos Poderes da República, é independente para adotar determinada decisão, devendo ter como preocupação o que diz a CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA e não o que outro Poder vai pensar.] 

— O Senado decidiu nesta terça-feira derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar do mandato o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Deste modo, o tucano também fica liberado do recolhimento domiciliar noturno. Foram
Para manter ou derrubar a decisão da Corte, eram necessários 41 votos (maioria absoluta), segundo novo entendimento do parágrafo 2º do artigo 53 da Constituição. Caso não fossem obtidos os 41 votos, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, avisou que convocaria nova sessão para votação do caso. A manobra que poderia ajudar Aécio foi discutida nos últimos dias. [os 44 votos favoráveis ao senador Aécio Neves sepultaram a mentira divulgada de armação para favorecer o tucano.
44 votos são bem mais que a metade dos 81 votos totais do Senado.]

 Tudo que pesa contra o senador Aécio Neves - que sequer é réu - é uma gravação entregue por um bandido que atualmente está encarcerado na Penitenciária da Papuda

O entendimento é diferente do que foi adotado na votação que cassou o ex-senador Delcídio Amaral, no ano passado. Naquela ocasião, a maioria absoluta — ou seja, os 41 votos — era necessária apenas para derrubar a decisão do Supremo de prender Delcídio. Não foi exigido o número mínimo de votos para manter a prisão do ex-senador.  O presidente do Senado, Eunício de Oliveira, prolongou o tempo de votação para que o líder do PSDB, Paulo Bauer (SC) - um dos principais articuladores da defesa de Aécio - pudesse chegar ao plenário para votar a favor do aliado. Bauer foi hospitalizado hoje após ter um pico de pressão ao sair de uma reunião na casa do presidente do Senado.

Após passar duas semanas internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, por uma diverticulite aguda, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), interrompeu a licença médica para votar a favor de Aécio. Na tribuna, Jucá disse que não existe democracia sem um “mandato inviolável” dos parlamentares.

— Quis Deus que tivesse a saúde, para depois de operado, estivesse aqui para falar como último orador. O primeiro orador, Jader, registrou o dever que tinha como senador da República de se posicionar. Temos o direito de fazer isso por privilégio? Não. Temos o direito de fazer isso pela democracia, pela defesa do mandato inviolável. Sem mandato inviolável, não há democracia que se sustente. E a democracia é o regime dos direitos — disse Jucá, ressaltando: — Não estaremos passando a mão na cabeça de ninguém. Só queremos dizer que o senador Aécio não pode ficar afastado do seu mandato por uma decisão de três, de uma Turma (do Supremo).

[vamos aguardar o que o senador da Rede, acho que do Amapá ou Acre, vai alegar para tentar condenar um senador da República que sequer é réu.]

Fonte: O Globo