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domingo, 10 de julho de 2022

Banquete de hipócritas - Raul Jafet

O triste episódio que culminou com a morte de Don e Bruno, nos leva a algumas reflexões e tristes conclusões:

O mundo, com sua habitual hipocrisia, chocado, quis associar o crime com a "devastação " da Amazônia. "Caíram do cavalo" diante dos fatos comprovados.

Tentaram politizar o crime e responsabilizar de alguma forma o Presidente, alegando demora nas providências. " Caíram do cavalo", a eficiência da investigação foi surpreendente.

A Polícia Federalao melhor estilo Sherlock Holmes – solucionou rapidamente o caso, encontrando até o barco utilizado pelas vítimas, em plena (assustadora) imensidão da Amazônia, num ambiente hostil, onde não existem Torres de celular e câmeras espalhadas, para ajudar a identificar os agressores.

Enfim, Don e Bruno não morreram pisoteados por girafas e elefantes em fuga das terríveis queimadas, nem soterrados por centenas de toras, fruto da devastação "incontrolada" da Amazônia. 
Frustração total da mídia esquerdista nacional e internacional, das Gretas e DiCáprios de plantão.

Por outro lado cabe as seguintes e trágicas reflexões: Nas cidades brasileiras, para os cidadãos comuns como eu e você, pouco mais de 5% dos crimes são desvendados. As delegacias mais se prestam a anotar boletins de ocorrência, após os queixosos permanecerem por horas em sala de espera.

Crimes que chocaram o país, como os assassinatos de Celso Daniel, Toninho do PT, Marielle, e a facada no então candidato Bolsonaro, não chegaram aos mandantes, "coisa que o povo quer saber"!

Nossas imensas fronteiras, por onde passam toneladas de drogas, armas dos mais grossos calibres e exclusivas das FFAA, permanecem escancaradas pelo difícil controle, apesar de toda tecnologia vigente. São diversas as "forças ocultas e contrárias" à Declaração de Guerra ao crime organizado e desorganizado, aos Exércitos do Tráfico, ao Garimpo, Desmatamento e Pesca ilegais.

Medo das reações estrangeiras? Das ONGS? Da mídia esquerdista? Dos artistas ativistas? Dos Macrons da vida? Dos Tribunais Nacionais e Internacionais?

Me vem a mente uma música do irreverente compositor Zé Geraldo com o qual fecho esse artigo:

"Banquete de hipócritas,

Banquete de hipócritas,

Comeu, comeu,

comeu, comeu,

Quem sobrou fui eu"

*   Raul Jafet é jornalista e empresário.

 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

A PANDEMIA E OS POLÍTICOS - Percival Puggina

O "FENÔMENO" MANDETTA
Tudo começou com Luiz Henrique Mandetta. No início da pandemia, o então ministro da Saúde mudou-se do gabinete de trabalho para o auditório do ministério. Diante dos holofotes, das câmeras, dos flashes e dos microfones estava ele em seu melhor ambiente. Ali, diga-se de passagem, tinha um desempenho brilhante. A nação, temerosa, lhe rendia apreço e confiança. Sabe-se, hoje, que mais desorientou do que orientou, mas fez isso com maestria. Sua suposta ciência e muito jeito convenciam qualquer sujeito. Apesar de tão mal no que era importante, foi tão bem no supérfluo que saiu do ministério e entrou na lista dos presidenciáveis de 2022.

OS APRENDIZES

A dita classe política assistia cada apresentação de Mandetta com olhos e ouvidos de aprendiz. Rapidamente, a moda pegou. Por todos os rincões do país, onde houvesse imprensa, o modelo de aproveitamento político da pandemia se foi reproduzindo e, com igual velocidade, a autoridade se desdobrou em autoritarismo. Seu mais esforçado aluno foi João Dória.

PANDEMIA, VACINA E "PAU NO BOLSONARO": JOÃO DÓRIA
O governador de São Paulo percebeu o lugar vago, tomou para seu Butantã a pauta da vacina e rompeu com Bolsonaro. As abelhas do jornalismo brasileiro voaram em enxame para a nova colmeia onde se concentrava o mel de seus noticiários: pandemia, vacina e “pau no Bolsonaro”. João Dória se vislumbrou como futuro presidente.

BOLSONARO E A ANIMOSIDADE COLIGADA

“E o Bolsonaro?”, perguntará o leitor. Pois é, o presidente, sabe-se hoje, estava certo em quase tudo, mas a animosidade estudada e coligada contra ele concentrou-se em alguns erros menores para lhe causar todo dano político possível. O inteiro pacote de factoides da CPI da Covid, ao virar vento e ir para a camada de ozônio, faz prova disso.  
Se há algo de que acusá-lo é de não ter buscado tirar repugnante proveito eleitoral da crise sanitária. 
Manteve e mantém uma retórica teimosa que o prejudicou, mas fez o que tinha que ser feito, forneceu o que tinha que ser fornecido (o Brasil é o 4º país que mais vacinas aplicou) e socorreu as vítimas que os vírus paralelos do “fique em casa” e do “fecha tudo” geraram aos milhões pelo país.

RESUMO E CONCLUSÃO
Mandetta virou presidenciável em abril de 2020, caiu no esquecimento em 2021, tentou voltar ao palco, mas acabou sumindo da lista, por desinteresse dos eleitores. [Mandetta sumiu, por completa e total falta de importância da sua presença, mas continua em atividade nos botecos da vida jogando sinuca.]

O senador José Aníbal, tucano bom de bico, ex-presidente do PSDB, praticamente esfarelou ontem as pretensões eleitorais do saracoteante governador paulista. Numa sucessão de entrevistas, disse que se Dória tivesse um mínimo de bom senso retiraria sua candidatura porque o pré-candidato tucano só tem números grandes em listas que medem rejeição... 
Acrescentou que o eleitor percebeu o uso político do palco para atacar o presidente e tirar proveito eleitoral da pandemia e estava, por tudo isso. perdendo credibilidade. 
São palavras de um derrotado por Dória nas prévias tucanas, mas tudo que ele diz corresponde aos fatos.

Conclusão, também no âmbito da política, a pandemia só fez estragos. Até mesmo para quem, como Bolsonaro, defendeu a liberdade, o direito ao trabalho, ficou rouco e somou inimigos advertindo para a tempestade perfeita que adviria das medidas em execução por estados e municípios (hoje até a OMS admite o erro), já disponibilizou 350 milhões de vacinas e distribuiu centenas de bilhões de reais em auxílios às famílias necessitadas. [o capitão vai se recuperar, com sobras, dos percalços que lhe foram impostos.]

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

sábado, 14 de setembro de 2019

Cuidado! Silvio Santos vem aí - Isto É

Dono do SBT transforma comentários sexistas e atitudes machistas em rotina do seu programa dominical e dá a impressão de que pode falar o que quer sem ser incomodado 

Há algum tempo, o empresário Silvio Santos, de 88 anos, dono do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), está demonstrando posturas sexistas, machistas, racistas e assediando mulheres livremente no palco de seu programa. Sem freios, o apresentador não faz distinção de idade e nem se importa se a pessoa agredida gosta ou não de seus comentários. Seu último abuso ocorreu no domingo 8, tendo como alvo sua assistente de palco Lívia Andrade. “Isso é roupa de vir ao programa?”, perguntou para Lívia. “Você vem aqui só para me provocar. Você está me provocando com essa roupa. Olha a sua roupa aberta desse lado. Isso é roupa que se vista?”, prosseguiu, para, em seguida, tocar no decote da assistente. O constrangimento, claro, foi geral.

Na frente das câmeras, Silvio tem ultrapassado os limites não é de hoje. A impressão que dá é que, por causa da idade e do poder econômico, pode fazer e falar o que quer na TV. Há uma evidente conivência com seus atos, explicável pelo fato de ele ser o patrão do SBT. “Essa postura de Silvio Santos é misógina e rebaixa a condição da mulher, dentro de um ciclo de cultura de violência, preconceito e objetificação do corpo, deixando-a, simplesmente, como um objeto de prazer para o homem”, afirma a advogada Vivian Lopez Valle, professora da Escola de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. “Ele presta um desserviço à sociedade ao dar esse tipo de incentivo, prejudicando a luta pela igualdade e a valorização da mulher” Segundo ela, o artigo 220 da Constituição, que regula a comunicação social, traz valores que são incompatíveis com a conduta de Silvio. Em alguns casos, como quando fez comentários depreciativos para a apresentadora infantil Maisa Silva, em 2017, as palavras do dono do SBT feriram, inclusive, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Comparando a menina Maisa, que acabava de completar 15 anos com uma foto de uma mulher adulta, ele disparou: “Quando você vai ter um corpão desses?”.



[apesar da presente matéria não ser tema do Blog Prontidão Total, optamos por transcrevê-la e ao mesmo tempo apresentar fundadas razões para o comportamento inadequado do conhecido apresentador, ser tolerado;

1º - inexiste no Brasil a CENSURA que é algo necessário, especialmente para programas de grande audiência, exibidos em horários vespertinos ou no inicio da noite, o que faz com que sejam vistos por crianças. A CF 88 - a constituição 'cidadã' , a constituição dos direitos sem sem a contrapartida dos deveres proibiu a censura e com isso liberou geral.
Nos dias atuais se tornou comum que qualquer lixo, qualquer pornografia, qualquer programa inconveniente, possa ser veiculado, vendido, doado, imposto nas escolas, sem nenhum freio;
Faz falta no Brasil um órgão nos moldes do saudoso DCDP/DPF - Divisão de Censura e Diversões Públicas, vinculado ao Departamento de Polícia Federal.

2º - as emissoras de TV e outros meios de diversão, incluindo teatros, no afã de faturar e para tanto índices elevados de audiência/frequência são essenciais, se valem do fato de que são as TVs, teatros, casas de show, etc, que estabelecem os limites de idade e horário para os seus programas, eles apelam para horários e faixas de idade que representam uma permissividade total - se alguma autoridade tentar impor limites, é execrada, a Justiça (sujeita às normas constitucionais) libera geral e com isso os mais caros VALORES são pisoteados;

3º - no caso específico do Silvio Santos, conforme citado no segundo parágrafo da matéria, por ter 88 anos, nos parece que suas inconveniências são consideradas mero folclore - apesar de ser responsabilidade da direção da emissora conter os ímpetos dos seus apresentadores, ainda que sejam os proprietários - mas o dito no primeiro comentário (inexistência de limites, de censura) libera geral.
Jovens com idade inferior a 18 anos não podem dirigir, tirar CNH,  e um dos motivos é que são inimputáveis.
Se indivíduos com mais de 85 anos são também inimputáveis, não se pode permitir que tenham acesso a qualquer forma de cometer crimes;

4º - aqui, se dissesse em um palco, certamente me linchariam: não estou entre os que atribuem a culpa do estupro às mulheres pela forma como se vestem ou devido ao comportamento, mas, se a pessoa sabe que ao comparecer a determinado programa de TV, corre risco de ser humilhada, desacatada, não vá - já que o autor das inconveniências, é o dono da emissora, e por não existir ordenamento legal no Brasil que controle o que é veiculado em programa de auditório, ele não é punido.
Se vão, além do constrangimento, devem estar ganhando alguma coisa.]

Ofensa a crianças
Em outra ocasião, Silvio trouxe ao palco crianças acompanhadas de suas mães para uma competição de um quadro do programa. Ao premiar uma criança com dinheiro, proferiu mais um impropério. “O que você prefere: dinheiro, poder ou sexo?”, perguntou. A menina e sua mãe ficaram sem ação. Num programa anterior também com crianças, desta vez que iriam participar de um concurso de calouros, ele teceu uma observação com clara conotação racista. Dirigindo-se a uma das integrantes de um trio musical, uma menina negra, perguntou o que ela queria ser quando crescer. A resposta foi básica. “Quero ser cantora”, respondeu. Silvio Santos não se deu por satisfeito: “mas com esse cabelo?”. As declarações do patrão arrancaram aplausos da platéia e risadas múltiplas. “No geral, ele presta um desserviço a população brasileira. Tudo isso fere o ordenamento jurídico em diferentes aspectos. O Ministério Público deveria agir”, diz Vivian.

A falta de cuidado, respeito e empatia e tantos outros sentimentos na postura do apresentador e dos que o rodeiam é clara. O fato de a programação televisiva influenciar diretamente a sociedade, gerar debates e discussões intermináveis, torna a responsabilidade do apresentador muito maior. Mas Silvio elegeu o sexo, tratado de forma grosseira, como seu assunto preferido. A modelo e apresentadora Fernanda Lima, que está à frente do programa Amor e Sexo, na rede Globo, foi caracterizada por Silvio como uma mulher de “pernas finas e cara de gripe". As funcionárias do SBT, como Lívia e Helen Ganzarolli, são alvos frequentes da fúria libidinosa do apresentador. A velhice, o show de palco, o fato de ser considerado um mito da televisão lhe dão uma espécie de salvo conduto para fazer o que bem entende.

Os vitupérios do apresentador
Helen Ganzarolli
“Quantos anos você foi amante do Gugu? Estou no crepúsculo da minha vida, a coisa que eu mais quero antes de entrar pro buraco é ter você como a última das minhas pulações de cerca.

Annita
Ao ser convidado a dançar pela cantora, Silvio Santos afirmou, “não vou dançar com você porque vou ficar muito excitado”


Maísa Silva
“Quando você vai ter um corpão desses?” Isso foi dito em comparação com uma foto de uma mulher adulta. Maísa estava sendo homenageada. Na época ela completava 15 anos


Claudia Leite
“Esse negócio de ficar dando abraço me excita e eu não gosto de ficar excitado”. O comentário foi proferido durante a apresentação do programa especial Teleton


Simaria
Depois de analisar o bumbum e a vestimenta das cantoras Simone e Simaria, Silvio afirmou: “estou desconfiado de que isso é um travesseiro”


Fernanda Lima
Quando tomou conhecimento do programa apresentado por Lima, Amor e Sexo, Silvio Santos teceu esse comentário: “Com essas pernas finas e essa cara de gripe, ela não teria nem amor nem sexo”


Em IstoÉ, MATÉRIA COMPLETA, incluindo fotos




 

segunda-feira, 23 de julho de 2018

INsegurança Pública no DF - Criação do Centro de Gestão Integrada do DF vira projeto fantasma

Negócio firmado em 2013, pela gestão de Agnelo Queiroz (PT), e extinto pelo governo no fim do ano passado, é motivo de uma briga judicial que se arrasta há cinco anos. 

Ideia era criar o Centro de Gestão Integrada do DF

Um contrato bilionário firmado pelo governo local em 2013 e posteriormente anulado pela Justiça, está no centro de uma longa queda de braço entre o GDF e a concessionária vencedora da licitação. O projeto de criação do Centro de Gestão Integrada (CGI), que visava interligar os sistemas de informação do Executivo, foi licitado há cinco anos, mas o edital de concorrência se tornou alvo de questionamentos do Tribunal de Contas (TCDF), do Ministério Público e de empresas do setor.

Em 2016, a Justiça anulou a licitação por violações ao edital e o processo se arrastou em várias instâncias. No fim de 2018, o GDF anulou o negócio por conta de irregularidades contratuais. Agora, o governo criou um grupo para avaliar as consequências da extinção da concessão, quantificar os prejuízos causados e subsidiar a instauração de tomadas de contas. Semana passada, o TCDF decidiu aguardar o trânsito em julgado das ações envolvendo o caso, para se posicionar sobre a legalidade da contratação.