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quinta-feira, 14 de outubro de 2021

A terceira via não passa de golpe da esquerda para reedição do “pacto de Princeton” - Sérgio Alves de Oliveira

Apesar de eu não ser “bolsonarista” e nem apoiar esse grupo político que pratica um “conservadorismo/direitismo” com várias deficiências não presentes no Regime Militar de 64, que levou com muita competência e patriotismo o Brasil da “antiguidade” à “modernidade”, na verdade não nos resta qualquer outra alternativa que não a de reconduzir o atual Presidente Jair Bolsonaro nas eleições que se avizinham para outubro de 2022. [Presidente da República Federativa do Brasil, JAIR MESSIAS BOLSONARO - essa frase causa indigestão aos inimigos do Brasil e o pior, para eles, é que terão que ler e ouvir até 1º janeiro 2027 e, com as bênçãos de DEUS, até 1º janeiro 2031.]

São regras do “jogo” estabelecidas pelos políticos, e garantidas pelos tribunais, contra as quais o povo brasileiro não tem qualquer chance de alterar dentro da sua “democracia representativa”deturpada, para as próximas eleições presidenciais.

Devido ao massivo apoio recebido em diversas manifestações pelo Presidente Bolsonaro, ”espertamente” a esquerda está agindo nos porões imundos da política para favorecer a criação de uma chamada “terceira via” que, “teoricamente”,mas somente “teoricamente”, seria uma alternativa à bipolarização das candidaturas de Jair Bolsonaro, pela direita, e do ex-presidiário e condenado Lula da Silva, pela esquerda. Mas que em última instância seria um candidato de direita contra dois de esquerda,apesar dos “enxertos” das outras candidaturas,como sempre foi,mas que que se uniriam num eventual segundo turno de eleições entre a direita e a esquerda.

Mas na verdade o que a esquerda está fazendo com o incentivo “secreto”que dá à criação da tal “terceira via”não passa da fiel reprodução,e “atualização”, com alguns novos “atores”,do PACTO DE PRINCETON,assinado por Fernando Henrique Cardoso,representando na ocasião o “Diálogo Interamericano”,e Lula da Silva,em nome do PT e do Foro San Pablo,nos Estados Unidos,em 1993.

Esse acordo esquerdista de 1993 que foi “cretinamente” mantido em segredo pela grande mídia brasileira,teve inspiração na “Estratégia (ou Política) das Tesouras”, concebida pelas “dialéticas” de Hegel e Karl Marx, inspirada nas duas lâminas de uma tesoura que se deslocam em sentidos opostos, mas que acabam se encontrando no “objetivo”final.

É por esse motivo que todos aqueles que, mesmo avessos à esquerda,  estejam de algum modo descontentes com a Administração Bolsonaro, em vista, certamente, dos boicotes e sabotagens que seu governo tem sofrido a partir dos “progressistas”, e seus capachos e juízes nos tribunais,e por esse motivo optassem nas urnas em outubro de 2022 pela tal “terceira via”,na verdade estariam caindo direitinho na armadilha montada pela esquerda,que concorreria em tal hipótese com dois candidatos, um “radical”, Lula’, e o outro “disfarçado”, ”moderado”,aquele nome que fosse o escolhido para concorrer pela “terceira via”,que provavelmente teria participação,” mais uma vez”,do PSDB e do seu “guru” máximo, FHC, inigualável “expert” nessas falcatruas políticas.

Nessa estratégia fraudulenta a esquerda já governou de 1995 a 2016/18, com dois mandatos consecutivos de FHC, dois de Lula, e um e meio mandatos de Dilma Rousseff, os quais transformaram o Brasil nessa “coisa despedaçada” que aí está,política,moral,social e economicamente, que falsamente atribuem ao Governo Bolsonaro, e que concomitantemente encheram as suas “burras” com dinheiro sujo, na extraordinária roubalheira de 10 trilhões de reais do erário, algo sem equivalente no mundo.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

 

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Chance de TSE cassar Bolsonaro é inexistente

O uso de mensagens de WhatsApp como anabolizante eleitoral constitui um crime. A lei não ampara robôs que disparam material a favor de um candidato ou contra o seu rival. De resto, o pagamento do truque eletrônico, feito por baixo da mesa, sem registro dos patronos na prestação de contas, é tipificado como abuso do poder econômico. No limite, a encrenca pode levar à cassação de mandatos. 

Avolumam-se os indícios de que a campanha de Jair Bolsonaro encostou sua estratégia na mágica do WhatsApp. Entretanto, ainda que se comprovasse a influência do expediente no sucesso do capitão, a chance de a Justiça Eleitoral cassar os mandatos do presidente e do vice Hamilton Mourão seria inexistente. O poder do Tribunal Superior Eleitoral para punir transgressões do gênero morreu em 2017. A causa da morte foi suicídio.

Deu-se no julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma Rousseff—Michel Temer. Reuniram-se provas testemunhais e documentais que tornaram irrefutável a conclusão de que dinheiro sujo da Odebrecht irrigara a caixa registradora do comitê petista. Mas a maioria dos ministros do TSE decidiu, por incompreensíveis razões processuais, que as provas deveriam ser enterradas. Relator do processo, o ministro do STJ Hermann Benjamin, que à época fazia hora-extra no TSE, deu de ombros para a posição da maioria. Embora soubesse que o suicídio do tribunal tornara-se inevitável, recomendou a cassação da chapa Dilma—Temer. As frases de Benjamin tiveram o peso de uma lápide: "Eu, como juiz, recuso o papel de coveiro de prova viva. Posso até participar do velório. Mas não carrego o caixão."

Para impor eventual punição à chapa encabeçada por Bolsonaro, o TSE teria de ressuscitar. E não há vestígio de que a Corte máxima da Justiça Eleitoral cogite retirar da sepultura seus poderes punitivos. A ação aberta há oito meses contra Bolsonaro a pedido do PT não saiu do lugar. O capitão já nem se dá ao trabalho de negar eventual transgressão. Limita-se a alegar que seu adversário também foi beneficiado por disparos massivos via WhatsApp. Quer dizer: não é que o crime não compensa. É que quando compensa ele muda de nome. Chama-se esperteza eleitoral.



[um pequeno comentário sobre o súbito empoderamento do Congresso Nacional, no caso o Senado Federal: 

o nosso presidente Bolsonaro, movido a uma teimosia incompreensível e insustentável, insiste em modificar mediante decreto regramento estabelecido por lei;
um decreto presidencial tem como função primeira a de esclarecer pontos da lei que se apresentam, no texto original, confusos, permitindo interpretações diversas.
Na realização de tal função NÃO PODE modificar a lei - seja acrescentando, ou reduzindo, disposições existentes no texto que regulamenta.

E no chamado 'decreto das armas', Bolsonaro faz diversos acréscimos, reduções, sugestões, etc.

Por razões que só Deus e Bolsonaro sabem, nosso presidente insiste em manter o tal decreto - mesmo tendo ciência de que será derrubado pelo STF, por inconstitucionalidade, e neste caso o Supremo não estará legislando.  
Os parlamentares, entre eles Maia, o 'amigão' de Bolsonaro, sabem disso, o que os leva a esse arroubo de poder.]


O uso de mensagens de WhatsApp como anabolizante eleitoral constitui um crime. A lei não ampara robôs que disparam material a favor de um candidato ou contra o seu rival. De resto, o pagamento do truque eletrônico, feito por baixo da mesa, sem registro dos patronos na prestação de contas, é tipificado como abuso do poder econômico. No limite, a encrenca pode levar à cassação de mandatos. Avolumam-se os indícios de que a campanha de Jair Bolsonaro encostou sua estratégia na mágica do WhatsApp. Entretanto, ainda que se comprovasse a influência do expediente no sucesso do capitão, a chance de a Justiça Eleitoral cassar os mandatos do presidente e do vice Hamilton Mourão seria inexi...... - Veja mais em https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/06/18/chance-de-tse-cassar-bolsonaro-e-inexistente/?cmpid=copiaecola

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A façanha de errar de véspera

Explicações de Jair Bolsonaro & família, em vez de esclarecer, geram mais suspeitas

[o que existe até agora sobre o relatório do Coaf e que possa implicar Bolsonaro?

NADA.

Tudo que existe é um relatório daquele órgão informando a existência de uma movimentação atípica (movimentação atípica não é, necessariamente, um crime), realizada por um ex-assessor de um dos filhos de Bolsonaro.

Até o momento, a movimentação não envolve sequer o filho de Bolsonaro - o que era assessorado pelo 'movimentador'.

Quando, e se, surgir prova ou fundado indício de algum ato ilícito praticado pelo ex-assessor e este ato implicar o presidente Bolsonaro, ou mesmo um dos seus familiares, o caso pode tomar outro rumo.]

Bolsonaro foi eleito agora. Já querem derrubá-lo. Vamos permitir? NÃO

O governo de Jair Bolsonaro & família ainda não começou, mas tem conseguido a façanha de errar antes da estreia, com explicações que, em vez de explicarem e esclarecerem, geram mais suspeitas. É lamentável o modo como Jair Bolsonaro e sua equipe vêm tratando o caso relativo ao ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente eleito.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou movimentação atípica, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, no valor de R$ 1,2 milhão, feita por Fabrício Queiroz, policial militar que, até 15 de outubro, estava lotado no gabinete de Flávio Bolsonaro. 

 MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

terça-feira, 14 de março de 2017

O verdadeiro legado de Lula

Lulopetismo deixou para o País a pior recessão econômica desde 1948, quando o PIB passou a ser calculado pelo IBGE, e uma rede de corrupção sem precedente.

No mesmo dia em que tomou conhecimento do escabroso volume de dinheiro sujo usado pela Odebrecht para, no dizer do ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “apropriar-se do poder público”, o País foi apresentado ao resultado negativo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016. Poderiam ser dois dados estanques que apenas por uma infeliz coincidência vieram à luz ao mesmo tempo. Mas não são. Está-se diante do mais eloquente painel do desastre que representou o governo do ex-presidente Lula da Silva, um tétrico quadro dos males infligidos aos brasileiros pelo lulopetismo.

É este o verdadeiro legado de Lula – a pior recessão econômica desde 1948, quando o PIB passou a ser calculado pelo IBGE, e uma rede de corrupção sem precedentes, cuja voracidade por dinheiro público parece não ter deixado incólume sequer uma fresta do Estado Democrático de Direito.  Em depoimento prestado ao TSE no processo que apura o abuso de poder econômico da chapa Dilma-Temer na última eleição presidencial, Hilberto Mascarenhas Filho, ex-executivo da Odebrecht, afirmou que entre 2006 e 2014 a empreiteira destinou US$ 3,4 bilhões – mais de R$ 10 bilhões – para o financiamento de campanhas eleitorais por meio de caixa 2 e para o pagamento de propinas, no Brasil e no exterior, como contrapartida ao favorecimento dos negócios da empresa por agentes públicos.

Igualmente grave foi a divulgação da queda de 3,6% do Produto Interno Bruto no ano passado, embora este resultado já fosse previsto pelo mercado. Em 2015, a retração da atividade econômica havia sido ainda mais expressiva – 3,8% –, de modo que os dois últimos anos representaram um encolhimento de 7,2% da economia brasileira. Considerando o crescimento da população no período, em média, os brasileiros ficaram 11% mais pobres no último biênio.

Alguns analistas atribuem parte da responsabilidade pelo resultado negativo de 2016 ao presidente Michel Temer, tendo-se em vista que em maio do ano passado ele assumiu o governo após a aceitação, pelo Senado, da abertura do processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff. É caso de desinformação, uma absoluta ignorância da dimensão do dano causado às contas públicas por seus antecessores, ou simplesmente malícia. Aqueles que não deixam a catarata ideológica obnubilar a clareza dos números não têm maiores dificuldades em responsabilizar os que, de fato, devem ser responsabilizados. A profunda crise econômica por que passa o País é resultado direto da mais nociva combinação de atributos que pode se esperar em um governante: inépcia e má-fé.

Lula é corresponsável pelos crimes cometidos por Dilma Rousseff, que, com justiça, lhe custaram o cargo. Mais do que uma escolha, Dilma foi uma imposição de Lula ao PT como a candidata do partido nas eleições de 2010. Jactava-se Lula de ser capaz de “eleger até um poste”. De fato, elegeu um, que tombou deixando um rastro de destruição.

Estivesse verdadeiramente imbuído do espírito público que anima os estadistas que escrevem as melhores páginas da História, Lula poderia ter conduzido o País na direção daquilo que por muito tempo não passou de sonho. Nenhum governante antes dele reuniu apoio popular, apoio congressual – hoje se sabe a que preço –, habilidade política e uma conjuntura internacional favorável, tanto do ponto de vista macroeconômico como pessoal. O simbolismo de sua ascensão ao poder era, a priori, um fator de boa vontade e simpatia. Todavia, apresentado aos caminhos históricos que poderia trilhar, Lula optou pelo próprio amesquinhamento, para garantir para si, sua família e apaniguados uma vida materialmente confortável.

Cada vez mais enredado na teia da Operação Lava Jato, Lula apressa-se em lançar sua candidatura à Presidência em 2018. Como lhe falta a substância da defesa jurídica bem fundamentada tão fortes são os indícios de crimes cometidos por ele apurados até aqui –, resta-lhe o discurso político como derradeiro recurso.   Se condenado em segunda instância, Lula ficará inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Mas se o tempo da Justiça não for o tempo da próxima eleição, que a retidão dos brasileiros genuinamente comprometidos com a construção de um País melhor seja implacável no julgamento das urnas.


Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo

 

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Falta Dilma

Perplexos e assustados, deputados, senadores e juristas se indagavam ontem à noite em Brasília em diversas rodas de conversas: o que mais poderá acontecer depois da mais contundente e arrasadora denúncia jamais oferecida pelo Ministério Público Federal contra um político?
 
Referiam-se menos à denuncia por corrupção contra Lula, e mais, muito mais, aos termos empregados pelos procuradores da República no ato de apresentá-la. Estavam chocados. E propensos a acreditar que a Lava Jato atingiu seu cume.  Foi um espetáculo digno de ser encenado na Praça da Apoteose do Sambódromo, no Rio de Janeiro. Depois dele, por mais que a Lava Jato ainda posse durar, a tendência é de que ela se esgote. E que os procuradores de dispersem aos gritos de “já ganhou, já ganhou”.

Talvez não seja assim. Falta alguém em Curitiba. E esse alguém pode ser a ex-presidente Dilma Rousseff. Ela já foi citada por delatores. E por mais que se diga honesta, honestíssima, e por mais que ninguém tenha ousado até aqui duvidar de sua honestidade, ela está sendo investigada. Não só pelos procuradores acampados em Curitiba, mas também por aqueles que obedecem às ordens de Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República. Ela e Lula, por exemplo, foram denunciados por Janot por tentativa de obstrução da Justiça.

Segundo Janot, esse é o crime no qual eles incorreram quando Dilma, às pressas, nomeou Lula ministro-chefe da Casa Civil da presidência da República para livrá-lo de uma eventual prisão decretada por Moro. Na denúncia, Janot aponta Lula como o líder de uma organização criminosa. De Dilma, na delação premiada que negociou, o marqueteiro João Santana disse que ela sabia, sim, que dinheiro desviado do saque à Petrobras pagara despesas de sua campanha à reeleição. Marcelo Odebrecht está disposto a confessar que pagou despesas de Dilma com dinheiro sujo.

O ex-senador Delcídio Amaral, então líder do governo no Senado, contou que advertira Dilma sobre o uso de dinheiro ilegal em sua campanha. E que a pedido dela, peitou um ministro do Superior Tribunal de Justiça para votar a favor da libertação de Odebrecht. A compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, causou grave prejuízo à Petrobras, bem como a compra de plataformas para extrair petróleo do fundo do mar. Dilma era presidente do Conselho de Administração da Petrobras quando parte desses negócios foi feita.

Ela de fato ignorava que esses e outros negócios serviram para irrigar os bolsos de diretores da empresa e de políticos, e os cofres de partidos? Ela era tão desinformada assim, logo ela dada a minúcias e a meter-se com tudo, que simplesmente não sabia o que se passava ao seu redor?

Foi Lula que nomeou os diretores da Petrobras personagens do petrolão. Dilma não sabia a quem eles serviam, e para o quê? O cortejo da Lava-Jato ainda está distante da Praça da Apoteose.

Fonte: Blog do Noblat - Ricardo Noblat
 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Ex-ministro de Dilma perdeu cargo porque 'roubava só para si', diz delator



Funcionário de Youssef afirmou à Lava Jato que ouviu do doleiro que Mário Negromonte era o 'mais achacador' dos políticos envolvidos no petrolão

O delator da Lava Jato Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, afirmou em depoimento que o ex-deputado Mario Negromonte (PP) perdeu o cargo de ministro das Cidades no primeiro governo da presidente Dilma Rousseff porque estaria "roubando apenas para ele próprio". Ceará foi descrito pela força-tarefa do petrolão como um dos responsáveis por distribuir propina a políticos a mando do doleiro Alberto Youssef. Ele afirmou à força-tarefa da Lava Jato que Youssef classificava Negromonte como o "mais achacador" dos políticos envolvidos no esquema. Ainda segundo ele, o ex-ministro cobrava propina insistentemente e teria perdido o cargo no primeiro escalão no governo petista porque não repassava a propina que, no esquema criminoso, deveria ser enviada a políticos do Partido Progressista.

Segundo relato do delator, Negromonte teria recebido 5 milhões de reais em propina durante a campanha eleitoral de 2010. Repasses de dinheiro, conforme Ceará relatou ter ouvido de Youssef, eram feitos pelo próprio irmão do ex-ministro, Adarico Negromonte, inocentado pelo juiz Sergio Moro na Lava Jato, e por Rafael Ângulo Lopes, delator e carregador de propina do doleiro. Entre os destinatários que receberam propina das mãos de Ceará estão os ex-deputados federais João Pizzolatti (PP-SC), Pedro Correa (ex-PP-PE) e Luiz Argôlo (ex-PP-BA), todos investigados ou já condenados no escândalo do petrolão. Também recebeu propina, conforme Ceará, o filho do deputado federal Nelson Meurer (PP-PR).

"Alberto Youssef comentava com o declarante que Mário Negromonte, entre os políticos, era 'o mais achacador'. Alberto Youssef inclusive disse que Mário Negromonte perdeu o cargo de Ministro das Cidades, em 2012, porque não estava 'fazendo caixa' para o Partido Progressista, uma vez que estaria 'roubando apenas para ele próprio'", diz trecho da delação premiada de Ceará. Na versão apresentada pelo delator, Youssef e o ex-ministro tinham um telefone específico para se comunicarem.

O fluxo de dinheiro sujo no PP era tamanho que, sempre conforme Ceará, Youssef chegou a apelidar o esquema de "mensalão do PP". A participação do doleiro Alberto Youssef na distribuição de propina a políticos ganhou força por volta de 2009. Por meio do carregador de malas, eram transportadas quantias de 150.000 reais a 300.000 reais. Em troca, Ceará recebia uma remuneração que variava de 1,5% a 3,0% do dinheiro transportado em viagens nacionais. No caso de transações internacionais, era cobrada comissão de 4% sobre a cifra transportada.

Em depoimento ao juiz Sergio Moro, o próprio Youssef havia confirmado que políticos do PP receberam repasses mensais de até 750.000 reais em propina, a partir de dinheiro desviado na Petrobras, durante a campanha eleitoral de 2010. Youssef citou quatro beneficiários preferenciais da propina do PP - o atual deputado federal Nelson Meurer, o ex-ministro das Cidades Mario Negromonte e os ex-deputados Pedro Corrêa e João Pizzolatti.

Os quatro eram, na versão do doleiro, os principais beneficiários da propina enviada ao partido depois da morte do ex-deputado José Janene, parlamentar responsável pela indicação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras. Nos repasses de dinheiro sujo, houve remessas de dinheiro para lideranças do partido e até na casa de Negromonte na época em que ele ocupava a pasta das Cidades, no primeiro mandato do governo Dilma Rousseff.

Fonte: Veja OnLine