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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Eleição confirma: o próximo presidente [= Bolsonaro = conservador] vai governar um Brasil conservador

Os governadores reeleitos e a nova composição do Congresso mostram que o pêndulo ideológico do país oscilou para a direita

Em um olhar mais superficial, o resultado da votação de 2 de outubro é muito parecido com o de quatro anos atrás, quando foram para o segundo turno dois candidatos — Jair Bolsonaro e Fernando Haddadalimentados pela força do antipetismo e pela polarização política. A mensagem emitida pelas urnas agora, no entanto, é muito mais profunda e complexa, e vai além da escolha entre Lula e Bolsonaro. Ganhe quem ganhar, o novo presidente governará um país, a partir de janeiro de 2023, em que os conservadores fincaram sua bandeira não só na Praça dos Três Poderes, mas na própria sociedade. Os eleitores mostraram claramente que o pêndulo ideológico, por muito tempo estacionado entre o centro e a esquerda, mudou e oscilou para a direita.

Não foi exatamente uma virada inesperada. O conservadorismo estava latente na alma nacional, mas de forma envergonhada, disfarçado sob a fachada centrista. Não mais. Empurrada por uma série de fatores tanto no cenário doméstico quanto soprados por ventos internacionais, uma multidão de brasileiros postou-se sem filtros à direita do espectro político. “O conservadorismo saiu do armário”, resume a cientista política Camila Rocha, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Conservadorismo

Moldada sobre três bases a católica, a escravagista e a latifundiária —, tripé exposto com genialidade em Casa-Grande & Senzala, livro do sociólogo Gilberto Freyre (1900-1987), a identidade nacional nasceu e cresceu conservadora, cimentada em preceitos religiosos e morais escorados na tradição. A efervescência social associada ao fim da ditadura militar chacoalhou esse estado de coisas — os anos de chumbo foram sepultados por um ambiente progressista como nunca se vira antes, cristalizado na Constituição de 1988, plural e inclusiva. Os conservadores ou se calavam, ou caíam na trincheira da radicalização e eram ridicularizados condição que Bolsonaro, histriônico e boquirroto como parlamentar, conhece muito bem. 
Esse grupo tradicionalista foi remoendo sua insatisfação, alimentada pelos governos reformistas do PSDB e, principalmente, do PT.
 A Operação Lava-Jato serviu de gatilho para a explosão do descontentamento em protestos, já embalados em amarelo, em 2013 e nos meses que antecederam a queda do governo de Dilma Rousseff.

A direita brasileira mais aguerrida, empunhando a bandeira anticorrupção (que não era só dela, mas da qual se apoderou) e impulsionada pela ascensão do nacionalismo radical na Europa e nos Estados Unidos de Trump, em 2017, subiu no palanque e chegou ao poder. Seguiu-se então uma sequência de tropeços e equívocos embalados por um discurso de ódio associado ao negacionismo, atalho para se imaginar que fracassaria na arena política. Ao contrário, os conservadores ganharam tração, expressada na reeleição de nove governadores bolsonaristas no primeiro turno e, mais significativo ainda, na ocupação de quase todas as vagas para o Senado. “Começamos há vinte anos, fazendo reuniões com não mais que trinta pessoas, passando nossos valores adiante”, diz o pastor evangélico Magno Malta (PL), senador eleito pelo Espírito Santo e um dos pilares da muralha conservadora no Congresso.

EMPURRÃO - Manifestação contra o aborto: a onda direitista encampou a rejeição à liberalização dos costumes -
EMPURRÃO - Manifestação contra o aborto: a onda direitista encampou a rejeição à liberalização dos costumes – Sergio Lima/Poder360/.
No caldeirão conservador, o guisado temperado pelo antipetismo foi engrossado pela rejeição ao aborto, aos direitos dos homossexuais, à liberação das drogas e a outras pautas progressistas vistas como um desrespeito aos valores tradicionais
Direitistas extremados sempre foram contra tudo isso, mas agora se sentem à vontade para expor sua opinião na mesa do bar, no jantar em família, na reunião de negócios e, claro, no Congresso. “Antagonizar os progressistas é minha guerra genuína”, avisa, na ágora das redes sociais, Nikolas Ferreira, 26 anos, deputado federal mais votado do Brasil (1,5 milhão de votos). Vereador por Belo Horizonte, ele começou a carreira de influenciador fazendo palestras para grupos de jovens em igrejas evangélicas e batendo numa única tecla: o objetivo da esquerda é destruir a família e a tradição.

(...)

UM VOTO DE FÉ - Aos 42 anos, Eliane Hauer, estudante de teologia e evangélica, nunca deu bola para política, até que viu avançar uma agenda progressista, que ela repudia. “Se dormirmos no ponto, os banheiros serão unissex e vão ficar abordando sexo nas escolas”, teme. -
UM VOTO DE FÉ – Aos 42 anos, Eliane Hauer, estudante de teologia e evangélica, nunca deu bola para política, até que viu avançar uma agenda progressista, que ela repudia. “Se dormirmos no ponto, os banheiros serão unissex e vão ficar abordando sexo nas escolas”, teme. – Guilherme Pupo/.
(...)

Comprovando o tamanho de seu impacto nestas eleições, a questão religiosa foi a primeira a pipocar quando se definiram os candidatos ao Planalto no segundo turno. Mal fechadas as urnas, grupos bolsonaristas difundiram um vídeo que associava Lula ao satanismo.

 (...)

Durante a pandemia, a negação da ciência se manifestou, disfarçada de liberdade individual, na forma de minimização do perigo e inaceitáveis campanhas antivacina. O pretexto de levar o progresso a áreas atrasadas serviu para “passar a boiada” sobre os marcos regulatórios e leis de preservação da Amazônia. Os dois ex-ministros de Bolsonaro responsáveis por essas aberrações, Eduardo Pazuello, da Saúde, e Ricardo Salles, do Meio Ambiente, se elegeram deputados federais e levam sua postura nociva para o Congresso. [em que pese a alegada e infundada nocividade ambos foram eleitos e Pauzuello, malhado pela CPI = Circo da Covid-19, foi o mais votado do Rio.]“O que vemos agora no Brasil está mais para reacionarismo do que para conservadorismo, um movimento de transformação estrutural que invalida avanços da democracia e glorifica o passado”, diz o cientista político Pedro Castelo Branco, professor da UERJ.

(...)

A identificação da população brasileira com a direita mais do que triplicou entre 2010 e 2020, segundo o Latino barômetro, pesquisa anual de opinião pública realizada em dezoito países da América Latina. No mesmo período, a afinidade dos eleitores com partidos liberais, cristãos e nacionalistas se ampliou mais de cinco vezes. Em pesquisa recente do Datafolha, um terço dos brasileiros declara-se de direita. Mas a realidade das urnas mostra que a corrente conservadora arrasta uma legião de direitistas enrustidos. “Há uma vergonha no brasileiro em se dizer de direita, palavra vinculada à ditadura e ao autoritarismo, e as pessoas acabam se definindo de centro”, afirma o cientista político Guilherme Casarões.

Damares Alves
Damares Alves – Ton Molina/Fotoarena/.

Damares Alves
Senadora (Republicanos-DF)
714 562 votos
Posição: como ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, martelou uma pauta de costumes antiaborto, contra o casamento gay e a legalização das drogas — bandeiras que pretende agitar no Congresso.

Eduardo Pazuello
Eduardo Pazuello – @generalpazuello.oficial/Facebook

Eduardo Pazuello
Deputado Federal (PL-RJ)
205 324 votos
Posição: o ex-ministro da Saúde deu as costas à ciência quando a pandemia revelava sua face mortal, minimizando os efeitos da vacina, que custou a comprar, e defendendo o inócuo “tratamento precoce”.

Ricardo Salles
Ricardo Salles – @ricardosallesmma/Instagram

Ricardo Salles
Deputado Federal (PL-SP)
640 918 votos
Posição: o ex-ministro bateu na tecla de menos regras e mais flexibilização na área ambiental enquanto, sob sua gestão, o desmatamento na Amazônia registrava o maior índice em uma década.

Nikolas Ferreira
Nikolas Ferreira – @nikolasferreiradm/Facebook

Nikolas Ferreira
Deputado Federal (PL-https://veja.abril.com.br/politica/eleicao-confirma-o-proximo-presidente-vai-governar-um-brasil-conservador/MG)
1,5 milhão de votos
Posição: o influencer, de 26 anos, o mais votado no país para a Câmara Federal, diz que antagonizar com a esquerda é sua “guerra genuína” e acredita que cristianismo e política devem caminhar juntos.

Publicado em VEJA,  edição nº 2810,  de 12 de outubro de 2022

Política - Revista VEJA - MATÉRIA COMPLETA 

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Chute nos aliados

E se Bolsonaro quiser ser abandonado por todo mundo para governar 'com o povo'?

Os aliados de Jair Bolsonaro na campanha eleitoral deviam ter desconfiado quando, assim que foi empossado, ele jogou no mar seu amigo, seguidor e devoto Magno Malta. Todos se lembram da importância de Magno Malta, então senador pelo Espírito Santo, na vida do candidato. Quando Bolsonaro levou a facada em Juiz de Fora, foi Magno Malta quem se debruçou sobre ele no leito do hospital, quase o asfixiando, e fez uma reza braba —digo, oração— pela sua recuperação. O país inteiro assistiu. Magno Malta olhou para o teto em busca de Deus e, com seus poderes de pastor evangélico e cantor de pagode gospel, só faltou ordenar a Bolsonaro: “Levanta-te e anda! Levanta-te e anda!”.

Seja como for, deu certo. Bolsonaro levantou-se, andou e, um ou dois dias depois da posse, chutou Magno Malta de volta para o limbo de onde ele nunca devera ter saído — sem mandato, por não ter sido reeleito senador por seu estado, e sem o ministério que esperava ganhar por sua devoção. Dura perda para quem, um dia, sonhara até ser o vice de Bolsonaro.

Para Bolsonaro, aliado de campanha é uma coisa e, no governo, outra. E isso vale para todos os escalões. Sergio Moro e Paulo Guedes, por exemplo, eram decisivos para elegê-lo, daí os epítetos de superministro para o primeiro e de Posto Ipiranga para o segundo. Na prática, Bolsonaro tem se dedicado, com sucesso, a sabotar um e outro, com declarações que atrapalham que realizem seus projetos. Bolsonaro não vê a hora em que eles, tristinhos, peçam demissão.

Bolsonaro parece trabalhar contra si próprio, ao deixar que o Congresso derrube seus decretos, o Judiciário lhe faça cara feia e os militares se magoem com os insultos que recebem. Mas só parece. O que ele quer é que todos saiam da sua frente para que, dizendo-se incompreendido, possa governar com os filhos e “com o povo”, através das redes sociais.

Resta ver se combinou com o povo.
 
 

sexta-feira, 29 de março de 2019

Trapalhadas do capitão

O dito pelo não dito


Onde se leu: o presidente Jair Bolsonaro ordenou ao Ministério da Defesa que comemore em todos os quartéis do país a passagem de mais um aniversário do golpe militar de 64; Leia-se agora: não foi comemorar. Foi rememorar, rever o que está errado, o que está certo e usar isso para o bem do Brasil no futuro, disse Bolsonaro, corrigindo seu porta-voz.

Onde se leu: Bolsonaro atribui a “problemas pessoais” a irritação com ele do presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, que respondeu mandando que ele parasse de brincar de presidir o país; Leia-se agora: "o desentendimento entre os dois foi uma passageira chuva de verão” e é “página virada”, como afirmou Bolsonaro.

Onde se leu: Bolsonaro irá transferir de Tel Aviv para Jerusalém a embaixada do Brasil em Israel; Leia-se agora: Bolsonaro admite que o Brasil poderá abrir em Jerusalém um escritório de negócios, mantendo sua embaixada em Tel Aviv.

[comentário: a maior parte dos que fazem o Blog Prontidão Total é formada por BOLSONARISTAS da primeira hora, quando a candidatura do capitação era considerada uma piada.

A condição de BOLSONARISTAS da qual nos orgulhamos - acreditamos que o  governo do nosso presidente Jair Bolsonaro será exitoso, bastando para tanto que ele comece a governar e em 2021, com as bênçãos de DEUS, a reeleição começará a se concretizar.

Por tudo isso, decidimos transcrever o Post 'trapalhadas do capitão', expressar nossa alegria pela última das trapalhadas apresentadas no exemplo,  não ter se concretizado e  nem se concretizará e ao mesmo tempo apresentamos uma outra, que é uma pergunta ao presidente e ao mesmo tempo um protesto: 
- o que tem o presidente do Brasil, com reformas importantes em curso no Congresso,  a fazer em Israel?
- qual a vantagem política e econômica - esse papo de vantagens tecnológicas não convence a ninguém, a tecnologia que talvez seja obtida lá, pode ser obtida facilmente em outros locais e sem necessidade do presidente do Brasil se afastar do governo - que a viagem do presidente Bolsonaro a Israel traz para o Brasil? (ele já fez uma viagem àquele País e não seja uma coisa que possa ser considerada a mais correta: sendo Católico Apostólico Romano, portanto, devidamente batizado, qual o sentido de ir a Israel para ser batizado por um pastor evangélico no rio Jordão? demonstrar o desejo de servir a dois senhores?)
 
O presidente Bolsonaro precisa cair na real e entender que sua presença, na quadra atual, é mais necessária no Brasil do que em qualquer outro ponto do planeta Terra.
Aproveitamos para reiterar nosso protesto com o absurdo que foi a concessão aos EUA, Japão e Austrália, da faculdade de entrar no Brasil sem vista, sem que haja reciprocidade.

É presidente, com um certo abatimento esperamos que quando o senhor assumir de vez o governo do Brasil compense a trapalhada de agora e a da semana passada.]

Por ora, em matéria de retificações, é só. Mas amanhã será outro dia, e sob a pressão de novos acontecimentos, ou dos filhos, ou do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, ou de qualquer comentário que leia no Twitter, Bolsonaro sempre poderá retificar as retificações. A ninguém é dado mais surpreender-se com o estilo errático do capitão, o maior fabricante de crises que o Brasil já teve na presidência da República desde que dali, por vontade própria, saiu Jânio Quadros em agosto de 1961 pensando em logo retornar nos braços do povo e, de preferência, com o Congresso fechado.

Os militares ficaram pendurados na parede sem escada depois de Bolsonaro ter recuado do que havia dito a respeito do aniversário do golpe. Foi distribuída a nota do ministro da Defesa a propósito do movimento militar de 64 que deverá ser lida nos quartéis. Ela exalta como um fato histórico o que ocorreu há 55 anos. A resposta de Maia às provocações que Bolsonaro lhe fez foi a aprovação pela Câmara de uma emenda à Constituição que subtraiu poderes ao governo para remanejar despesas do Orçamento da União. É fato que a decisão da Câmara ainda será submetida ao crivo do Senado que poderá modificá-la, mas o estrago foi feito.

Quanto à transferência ou não da embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, o estrago se dará no outro lado do mundo. Mais precisamente na campanha à reeleição do primeiro-ministro daquele país, Benjamin “Bibi” Netanyahu. “Bibi” veio à posse de Bolsonaro certo de que a transferência da embaixada se daria.
De volta a Israel, faturou politicamente a decisão de Bolsonaro, para ver-se agora sem chão. E os evangélicos que se comoveram com o batizado de Bolsonaro nas águas do rio Jordão e lhe deram seus votos? Foi para agradá-los que Bolsonaro prometeu trocar a embaixada de lugar.
Vida que segue. Governo que promete fortes emoções.


Blog do Noblat - Revista VEJA

domingo, 15 de julho de 2018

Preso há 100 dias, Lula mantém PT imobilizado para as eleições

Ex-presidente está inelegível pelo atual entendimento da Lei da Ficha Limpa, mas continua controlando, de dentro da carceragem da PF, o partido que fundou [a sigla da organização criminosa também significa 'perda total' e 'partido dos trouxas', o que explica a estupidez dos militontos ao optar pela inércia aguardando comando de um criminoso condenado, encarcerado e réu em mais oito processos criminais.]

Condenado na Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) completa amanhã 100 dias preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba. Mais magro do que estava quando chegou de helicóptero, na noite de 7 de abril, o petista ainda dita as estratégias e os passos do partido e de seus principais aliados na campanha presidencial. E mantém o PT imobilizado na definição de uma alternativa eleitoral.   As vésperas da convenção partidária e a um mês do prazo final para o registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – o prazo é 15 de agosto –, o mais importante preso da Lava Jato transformou sua “cela” em comitê político e eleitoral, numa espécie de campanha via porta-vozes.

Desde que foram autorizadas as visitas especiais de amigos, o ex-presidente já esteve com dezesseis pessoas em onze datas distintas. A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), é quem mais visitou o ex-presidente. É ela a responsável por avisar o partido, governadores e líderes políticos sobre as decisões de Lula – que, segundo a sigla, tem a palavra final.

Anteontem, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) esteve com o ex-presidente pela primeira vez como advogado com procuração para atuar no processo da execução penal. Coordenador do programa de governo do PT e apontado como possível “plano B” do partido, Haddad havia estado com Lula em sua cela duas vezes, desde que foram liberadas pela Justiça visitas de amigos nas quintas-feiras, pelo período de uma hora. Como advogado, o petista pode agora ver o ex-presidente em qualquer dia da semana. A intenção do grupo diretamente ligado a Lula é arrastar até o momento final a definição da candidatura e tentar reverter a situação em benefício eleitoral para o nome que for escolhido como candidato do partido, já que Lula está potencialmente impedido de concorrer com base na Lei da Ficha Limpa.

O PT avalia que o bom desempenho do ex-presidente nas pesquisas, mesmo depois de preso, é um trunfo eleitoral importante para as composições estaduais. E assim, busca manter Lula candidato durante o máximo de tempo possível e fazer a troca só depois que a Justiça decidir se aceita o registro da candidatura. Lula acompanha o cenário eleitoral e político do país pelos canais da TV aberta – que assiste boa parte dos dias – e pelos relatos de amigos, familiares e advogados.

Reveses
No inicio de junho, o PT pediu à Justiça o direito de Lula participar de “atos de pré-campanha e, posteriormente, de campanha”, de comparecer ou participar por vídeo da Convenção Partidária Nacional do PT marcada para o dia 28. Além disso, o partido pleiteava que Lula pudesse participar de debates e sabatinas realizadas pela imprensa.
Na última semana, porém, a juíza federal Carolina Lebbos, responsável pelo processo da execução provisória da pena de Lula, negou o pedido. Para a Justiça, o status do ex-presidente atualmente é de inelegível, em decorrência da condenação em segunda instância – a 8ª Turma do TRF4 confirmou sentença do juiz Sergio Moro em janeiro e elevou a pena.

A decisão de negar direitos especiais a Lula saiu dois dias depois de o desembargador de plantão do TRF4, Rogério Favretoque tem histórico de ligações com o PT conceder liberdade ao ex-presidente no último dia 8. A ação foi revertida no mesmo dia pelo relator da Lava Jato, desembargador João Pedro Gebran Neto, e pelo presidente da Corte, Carlos Eduardo Thompson Flores. O ex-presidente foi condenado a doze anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá. O partido e a defesa do ex-presidente sustentam que ele é inocente e vítima de uma perseguição político-judicial.

Nos primeiros 57 dias de prisão Lula leu 21 livros, uma média de 52 páginas por dia: desde os mais densos como Homo Deus, de Yuval Noah Harari; Quem Manda no Mundo, de Noam Chomsky; a clássicos como O Amor nos Tempos do Cólera, de Gabriel García Márquez; Ressurreição, de Liev Tosltoi; e a biografia Belchior – Apenas um rapaz latino-americano, do jornalista Jotabê Medeiros. [alguém em são consciência, com um mínimo de noção, de bom senso é capaz de acreditar que um tipo como o presidiário petista é capaz de ler 52 livros?  - a 'coisa' quando foi eleito presidente da República fez questão de declarar que nunca havia passado da metade de um livro.
O máximo que Lula é capaz de ler, corrigindo, olhar as figuras, são os panfletos distribuídos em sinais de trânsito, que seus advogados junta e entregam ao apedeuta.]

Nesses 100 dias, Lula passou a receber semanalmente visitas de religiosos, todas as segundas-feiras. Ele já foi visitado, por exemplo, pelos amigos Frei Beto e Leonardo Boff. Um pastor evangélico, um monge e um pai de santo também estiveram com o ex-presidente em sua cela neste período.

Veja

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Novo candidato ao STF é uma vergonha! Pr. Silas Malafaia comenta - Malafaia chama Luiz Edson Fachin, ministro indicado para o STF, de "esquerdopata e comunista"



O pastor evangélico Silas Malafaia considera Luiz Edson Fachin "destruidor da família brasileira"
O pastor Silas Malafaia está a frente de mais uma polêmica envolvendo o conceito de família - um assunto que se arrasta no Legislativo em meio a debates entre parlamentares representantes de setores conservadores e progressistas da sociedade. Uma comissão especial na Câmara analisa o estatuto da família.

Ferrenho defensor  do que ele costuma chamar  "da moral e bons costumes",  Malafaia está usando o site "Verdade Gospel",  para convocar "cidadãos de bens" a 'bombardear' por meio de e-mails os 81 senadores da República. O objetivo do pastor é barrar a indicação do jurista Luiz Edson Fachin para uma das vagas de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Fachin foi indicado pela presidente Dilma Rousseff no último dia 14 e deverá ser sabatinado pelo Senado no próximo dia 13, conforme determina a Constituição para confirmação no cargo de ministro do STF.

Para Malafaia, Fachin é "contra a família brasileira" e, por isso, "quer destruí-la". Ele argumenta que o advogado como diretor do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBdfam) patrocina causas que, para Malafaia, são contrárias aos interesses da família brasileira (veja o vídeo abaixo)




Novo candidato ao STF é uma vergonha! Pr. Silas Malafaia comenta


Esquerdopatas
Malafaia também diz que Fachin faz parte de uma turma de "esquerdopatas" que pretendem "ideologizar o Supremo para produzir uma massa informe para ser manipulada por uma elite política". O pastor evangélico também nomeia Fachin como "esse cara que tem ideia comunista".


Envie mensagem para todos os senadores – NÃO APROVE o ministro Fachin para ministro do Supremo Tribunal Federal - conforme endereços abaixo:
Copie e cole:
acir@senador.leg.br;  aecio.neves@senador.leg.br; aloysionunes.ferreira@senador.leg.br; alvaro.dias@senador.leg.br; ana.amelia@senadora.leg.br; angela.portela@senadora.leg.br; antonio.anastasia@senador.leg.br; antonio.carlos.valadares@senador.leg.br; ataides.oliveira@senador.leg.br; benedito.lira@senador.leg.br; blairo.maggi@senador.leg.br; cassio.cunha.lima@senador.leg.br; ciro.nogueira@senador.leg.br; cristovam.buarque@senador.leg.br; dario.berger@senador.leg.br; davi.alcolumbre@senador.leg.br; delcidio.amaral@senador.leg.br; donizeti.nogueira@senador.leg.br; douglas.cintra@senador.leg.br; edison.lobao@senador.leg.br; eduardo.amorim@senador.leg.br; elmano.ferrer@senador.leg.br; eunicio.oliveira@senador.leg.br; fatima.bezerra@senadora.leg.br; fernandobezerracoelho@senador.leg.br; fernando.collor@senador.leg.br; flexa.ribeiro@senador.leg.br; garibaldi.alves@senador.leg.br; gladson.cameli@senador.leg.br; gleisi.hoffmann@senadora.leg.br; heliojose@senador.leg.br; humberto.costa@senador.leg.br; ivo.cassol@senador.leg.br; jader.barbalho@senador.leg.br; joao.alberto.souza@senador.leg.br; joao.capiberibe@senador.leg.br; jorge.viana@senador.leg.br; jose.agripino@senador.leg.br; jose.maranhao@senador.leg.br; josemedeiros@senador.leg.br; jose.pimentel@senador.leg.br; jose.serra@senador.leg.br; lasier.martins@senador.leg.br; lidice.mata@senadora.leg.br; lindbergh.farias@senador.leg.br; lucia.vania@senadora.leg.br; luizhenrique@senador.leg.br; magno.malta@senador.leg.br; marcelo.crivella@senador.leg.br; maria.carmo.alves@senadora.leg.br; marta.suplicy@senadora.leg.br; omar.aziz@senador.leg.br; otto.alencar@senador.leg.br; paulo.bauer@senador.leg.br; paulopaim@senador.leg.br; paulo.rocha@senador.leg.br; raimundo.lira@senador.leg.br; randolfe.rodrigues@senador.leg.br; reginasousa@senadora.leg.br; reguffe@senador.leg.br; renan.calheiros@senador.leg.br; ricardo.ferraco@senador.leg.br; roberto.requiao@senador.leg.br; robertorocha@senador.leg.br; romario@senador.leg.br; romero.juca@senador.leg.br; ronaldo.caiado@senador.leg.br; rose.freitas@senadora.leg.br; sandrabraga@senadora.leg.br; sergio.petecao@senador.leg.br; simone.tebet@senadora.leg.br; tasso.jereissati@senador.leg.br; telmariomota@senador.leg.br; valdir.raupp@senador.leg.br; vanessa.grazziotin@senadora.leg.br; vicentinho.alves@senador.leg.br; waldemir.moka@senador.leg.br; pinheiro@senador.leg.br; wellington.fagundes@senador.leg.br; wilder.morais@senador.leg.br; zeze.perrella@senador.leg.br;
 
O vídeo abaixo mostra comentário do Malafaia contra a Resolução do Governo que aprova menores de idade, estudantes ainda adolescentes, a usarem o tipo de roupa que quiserem conforme o sexo – incluindo banheiros