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domingo, 12 de junho de 2022

Lojas do McDonald’s reabrem na Rússia com novo nome

Quinze unidades retomaram operação sob a nova marca, Vkusno & Tochka

Antigas lojas do McDonald’s reabriram na Rússia neste domingo, 12, com novo nome e sob administração de um grupo local após a rede americana ter deixado o país por causa da guerra na Ucrânia. A nova cadeia de restaurantes, batizada de Vkusno & Tochka (Delicioso e ponto final), também tem novo logo, que mostra um hambúrguer e fritas em um fundo verde. [alguém acreditou que o boicote era para valer? Dinheiro não tem pátria e a necessidade não tem preferência política. 
É viável que o  petróleo e gás russos consumido por países europeus, tais como Alemanha, Polônia, Bélgica  e outros  se tornem dispensáveis em questão de meses ou possam ser substituídos por petróleo e gás trazido de outras fontes a milhares de quilômetros de distância por navios? 
É possível construir milhares de quilômetros de oleodutos para substituir os navios em meses?  
Os únicos prejudicados nessa guerra são o povo ucraniano e os países que dependem dos grãos produzidos pela Ucrânia. 
O ex-comediante montou uma gigantesca comédia em que os ucranianos morrem, os aliados de palanque mandam armas, mas não mandam soldados para usá-las e as mortes de militares ucranianos fazem com que grande parte do armamento seja usado.
É uma verdade dolorosa mas que tem que ser dita.]

O McDonald’s fechou suas lojas na Rússia em março e, em maio, anunciou que deixaria o país definitivamente. As unidades, então, foram vendidas para o grupo do empresário Alexander Govor, que já operava mais de vinte restaurantes da rede na região da Sibéria.

A chegada do McDonald’s ao país, com a abertura de sua primeira loja na Praça Pushkin, em Moscou, em janeiro de 1990, se tornou símbolo da abertura da União Soviética para o Ocidente.

Neste domingo, quinze unidades foram reabertas em Moscou e no entorno da cidade. O plano, segundo anunciado pelo CEO da rede, Oleg Paroev, em coletiva de imprensa, é que 200 restaurantes retomem o atendimento até o fim de junho e todos os 850 estejam operando até o fim do verão (no Hemisfério Norte, inverno no Brasil).

De acordo com Paroev, o maquinário do McDonald’s continua em uso pelas lojas e a composição dos sanduíches não mudou.

Economia - Revista VEJA


terça-feira, 15 de março de 2022

Mamãe Não Falei - Gazeta do Povo

VOZES - Guilherme Fiuza

Dez princípios para você estar por dentro da nova ética:

1. Defenda as mulheres ucranianas contra a sanha verborrágica do Mamãe Falei e silencie sobre o banimento da mãe de uma jovem vítima da vacina de Covid das redes sociais. A sua contribuição para a indiferença geral diante da perseguição hedionda a Arlene Graf, que cometeu o pecado de alertar outras mães para os riscos das vacinas experimentais, mostra aos ucranianos toda a sua empatia para com as mulheres deste planeta;

2. Se você está entre a maioria silenciosa que assistiu de camarote mulheres sendo agredidas, arrastadas e humilhadas nas ruas, na cara de todo mundo, em nome de uma falsa segurança sanitária, você está pronto para usar sua ética moderna se juntando à maioria silenciosa que ignora os apelos das famílias de Anita Vitória, Chimena Meirelles, Letícia Balzan, Graciella Sakamoto e muitas outras mulheres por investigação de suas mortes pós-vacina de Covid;

3. Aproveite o Dia Internacional da Mulher para se orgulhar da sua indiferença diante dos ataques a médicas brasileiras por parte dos marmanjos da CPI, incluindo insultos ao vivo e vazamento ilegal de sigilos pessoais. As suas virtudes humanitárias têm que estar sempre em consonância com as manchetes dominantes – o resto é perfumaria;

4. Mostre toda a sua solidariedade ao comediante Zelensky e contribua para o encobrimento dos vexames do comediante Biden; [ Embora nem todos os olhos sejam azuis, 

5. Confie em todas as notícias da guerra na Ucrânia publicadas pela imprensa que escondeu as evidências de fraude na eleição dos EUA. Quem usou suas credenciais de portador da verdade para ajudar a eleger o fenomenal Joe Biden com certeza revelará a verdade sobre a guerra na Ucrânia;

6. Aplauda a missão da MPB no STF, fazendo um lindo teatro de ativismo democrático na corte que quer decidir quem pode falar nas redes sociais;

7. Se jogue nas aglomerações carnavalescas pedindo paz na Ucrânia e depois volte para casa defendendo o distanciamento social e o passaporte vacinal;

8. Aplauda o primeiro-ministro fashion Justin Trudeau por seu tour pela paz e a democracia na Europa depois de mandar a polícia descer o cacete nos canadenses e bloquear as contas bancárias dos que criticam o passaporte ditatorial;

9. Use toda a educação que você recebeu na vida para fazer discursos sofisticados defendendo um ladrão como esperança democrática;

10. Siga o mandamento McDonald’s: mate a sua fome com a sua pose.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 21 de novembro de 2021

A ética no banheiro - Revista Oeste

Guilherme Fiuza

A humanidade está com todos os seus problemas resolvidos. Mergulhou num tédio profundo e está procurando o que fazer para passar o tempo

O McDonald’s está preocupado com seus banheiros. Recorreu então a uma inovação: criou o banheiro multigênero, que pode ser usado por clientes de qualquer sexo. Na porta das cabines “inclusivas” estão desenhadas três figurinhas: masculina, feminina e transgênero. O uso é individual. Ou seja: não faz a menor diferença quem está lá dentro. Mas a propaganda politicamente correta faz muita diferença. O mercado está pagando uma baba por demagogia fantasiada de inclusão.

Banheiro multigênero no McDonald's | Foto: Montagem/Shutterstock
Banheiro multigênero no McDonald's -  Foto: Montagem/Shutterstock

Pare num posto de gasolina na beira da estrada, pergunte onde é o banheiro e se você pode usar. Provavelmente o encarregado te entregará uma chave e não perguntará o seu sexo. Aí você pode se trancar lá dentro e escrever emocionado na sua rede social que está num banheiro multigênero, à beira da estrada. Arremate a sua mensagem ao mundo com um “viva a revolução!”

Uma cliente do McDonald’s na cidade paulista de Bauru encontrou um desses banheiros inclusivos”, não gostou do que viu e fez um vídeo espalhando a novidade. A prefeitura da cidade foi lá e disse que não pode. Que as regras do código sanitário preveem a distinção entre banheiros masculinos e femininos.

A conclusão inequívoca deste episódio é muito simples: a humanidade está com todos os seus problemas resolvidos. Mergulhou num tédio profundo e está procurando o que fazer para passar o tempo.

A clássica pergunta deverá ser feita em linguagem neutra: “Onde é o banheire?”

Vamos ajudar a humanidade. O tédio é de fato um inimigo poderoso, mas com criatividade é possível vencê-lo. Ou pelo menos enfrentá-lo de igual para igual. A partir do escândalo de Bauru, propomos as seguintes iniciativas, para apimentar a relação do ser humano com seu planeta monótono:
- CPI do Banheiro Misto. Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues e Kátia Abreu vão demonstrar ao mundo que qualquer maneira de amor vale a pena — e qualquer maneira de ir ao banheiro também. Vão ensinar que um é pouco, dois é bom e três é demais, dependendo da metragem. Se for longa-metragem, recomendarão O Cheiro do Ralo (para clientes cult) e Lula, o Filho do Brasil (para usuários com incontinência monetária);

Na CPI, Omar Aziz determinará a quantidade de papel higiênico a que cada cliente terá direito, em nome da diversidade sexual e florestal. Quem for flagrado em qualquer ato discriminatório no banheiro será condenado a usar papel higiênico de segunda mão. Nada de moleza para os preconceituosos;

Dress code. Vamos acabar com a zona nos banheiros das lanchonetes. Homem de saia deverá escolher preferencialmente o McDonald’s. Se for escocês pode ir ao Bob’s, desde que esteja com seu passaporte sexual em dia. A clássica pergunta deverá ser feita exclusivamente em linguagem neutra: Onde é o banheire?” Quem perguntar do modo antigo será indiciado pelo STF por ato antidemocrático;

Se a vida continuar um tédio depois de todas essas medidas criativas, iremos propor ao Burger King separação de banheiros pela cor da pele. 
Esses banheiros de hoje que só se preocupam com o gênero do usuário denotam claramente um preconceito racial velado — passando uma mensagem subliminar contra a diversidade das cores humanas, em postura nitidamente supremacista;

Dia Mundial de Luta Contra o Preconceito nos Banheiros. A humanidade evoluiu e hoje todos sabem que os banheiros não são mais lugares apenas para necessidades fisiológicas e higiênicas. Banheiro é lugar de leitura e reflexão. No dia do orgulho sanitário que será inserido numa sequência de eventos denominada Dezembro Marrom — só será permitido o ingresso em banheiros públicos ao usuário que portar no mínimo um livro de filosofia e um iPhone. Esse iPhone deverá ter acesso a pelo menos uma rede social, na qual o usuário deverá provar que postou mensagens de orgulho sanitário.

As proposições acima visam a reforçar a luta da humanidade contra o tédio e pela encenação de novas éticas que possam servir ao nobre princípio de pentelhar a vida alheia (para usar a norma culta das portas de banheiro). Basta de monotonia.

Leia também “Mexa-se”

Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste 

 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Recuo para frente - Gazeta do Povo

Guilherme Fiuza

O presidente Jair Bolsonaro recuou da decisão de mandar embora o funcionário que foi de avião da FAB para a Índia e mandou embora o funcionário que foi de avião da FAB para a Índia. Segue um resumo de todos os recuos do presidente até aqui.

[NOTA EXPLICATIVA:
Somos BOLSONARO, continuamos  e com s benção de DEUS continuaremos BOLSONARO - queremos o BEM do BRASIL e dos BRASILEIROS.
Esta postagem apenas confirma que recuar é normal, natural - "errar é humano, permanecer no erro é  diabólico.". Por isso, não resistimos e a transcrevemos da GAZETA DO POVO.
Trump segue o exemplo do nosso Presidente e recua e, para tristeza dos seus opositores, será reeeleito presidente dos EUA.
Aguardem, com as bençãos de DEUS,  a dobradinha BOLSONARO e MORO em 2022.]

Bolsonaro recua e não demite Moro
O presidente estava assinando a carta de demissão do ministro da Justiça quando um pombo correio estatal sobrevoou sua mesa e deixou cair sobre ela um pedaço de papel enrolado. Era um bilhete de uma sobrinha da vizinha do general Heleno explicando que Sergio Moro era o herói da Lava Jato, símbolo do combate à corrupção e estava fazendo um bom trabalho com lealdade ao governo. Bolsonaro rasgou a carta de demissão na hora – e ainda comentou com o pombo que o bilhete foi providencial porque ele nem lembrava mais quem era Sergio Moro, muito menos por que o tinha convidado para o governo. Segundo fontes que não podemos revelar, essa foi a quinquagésima nona vez que o presidente decidiu demitir Moro e recuou na última hora.

Bolsonaro recua e não demite Paulo Guedes
Interlocutores do presidente revelaram que ele ficou irritado com o ministro da Economia por causa da privatização dos Correios. "Mas e o pombo?", teria vociferado Bolsonaro, segundo uma fonte. Reconhecendo a importância do pombo correio na permanência de Sergio Moro no governo, Paulo Guedes recuou e mandou prosseguir o estudo para privatização só dos Correios mesmo, sem o pombo. Aí o presidente também recuou e manteve Guedes no cargo. Nossa fonte também recuou e disse que foi tudo criação da cabecinha ociosa dela, mas nós não recuaremos jamais. Chega de recuos.

Bolsonaro recua e faz a reforma da Previdência
O presidente estava decidido a jogar no lixo o projeto que ele mesmo prometeu ao povo e que reabriria o futuro do país: "Quem quer saber de futuro? A vida é agora!", bradou Bolsonaro, segundo interlocutores próximos ao presidente. Ele já ia tacar fogo no projeto do Paulo Guedes que nem fez com a Amazônia, mas aí sentiu a pressão da imprensa marrom, ficou com medo da vingança do Rodrigo Maia e voltou atrás. 

Bolsonaro recua e desiste de transformar a Amazônia em estacionamento

O presidente já tinha encomendado ao ministro Tarcísio o asfaltamento completo da região amazônica. Aí a Greta fez cara feia, o Macron fez bico, o Armínio e o Amoedo gritaram que a democracia estava em chamas e o DiCaprio disse que o capitão do Titanic morava no condomínio do Bolsonaro. Mesmo assim o presidente manteve a ordem de derrubar a floresta mas só até Jane Fonda perguntar ao Lula como ela fazia para ser presa no Brasil. Aí Bolsonaro amarelou. Novo recuo.

Bolsonaro recua e demite secretário que citou propaganda nazista

O presidente estava decidido a pintar uma suástica na porta da Secretaria de Cultura, mas sentiu a pressão dos democratas de Instagram e exonerou Alvim. Outro recuo.

Bolsonaro recua e desiste do AI-5

Todo mundo sabe que o governo fascista do Brasil estava prontinho para fechar o Congresso e anexar o Supremo (que nem os ídolos do Lula e da resistência cenográfica fizeram na Venezuela). Mas aí os bravos plantonistas de TV Rodrigo Maia, Molon e Randolfe, entre outros, gritaram contra a ditadura e o Bolsonaro, tremendo de medo, recuou de novo.

Bolsonaro recua e desiste de acabar com a educação

Segundo uma fonte, o projeto de transformar as universidades brasileiras em filiais do McDonald’s estava pronto para assinatura na mesa do presidente. E mais: todos aqueles reitores, professores e funcionários do PSOL e do PT iam ser obrigados a usar avental se quisessem continuar com a boquinha. Muito grave. Mas a imprensa marrom revelou o plano (que o governo fingia ser só um condicionamento normal de verbas) e ficou tudo bem. Mais um recuo.

Trump recua e indica Brasil para OCDE

Vendo tantos recuos do presidente brasileiro, Donald Trump, que é um cara ciumento, resolveu recuar também. Depois de anunciar que indicaria o Brasil para uma vaga na OCDE, ele confirmou exatamente o que tinha anunciado – mas esperou aquele tempinho suficiente para as águias da notícia no Brasil terem o seu momento de glória (e arrecadação, que ninguém é de ferro) e pintarem o presidente americano em todas as posições de traição que uma mente excitada pode conceber. Aí Trump reapareceu triunfal anunciando seu recuo para frente – numa imitação flagrante daquele famoso passo do Michael Jackson. Esses fascistas não sabem inventar nada.

Guilherme Fiuza,  jornalista - Gazeta do Povo

domingo, 14 de julho de 2019

“É de fritar bolinhos” e outras notas de Carlos Brickmann

A reforma da Previdência aprovada em primeiro turno não é a dos sonhos do superministro Paulo Guedes, mas ficou perto


Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

Por que Eduardo Bolsonaro poderia ser um bom embaixador do Brasil em Washington, segundo seu pai? Diz o pai que o filho é sério, até casou há alguns dias, tem 35 anos, fez intercâmbio, é amigo dos filhos de Trump e fala bem inglês e espanhol. O filho lembra que, no intercâmbio, fritou muito hambúrguer – não tantos, claro, quanto um chapeiro do McDonald’s (e os chapeiros falam espanhol, sua língua materna, e inglês, por viver nos EUA).

Isso não é tudo. Eduardo Bolsonaro já deu apoio à reeleição de Trump, e um embaixador não se envolve na política interna do país onde ocupa a embaixada. Propôs que o Brasil se associe às sanções contra o Irã e aceite o uso da força na Venezuela. E como brigar, sem prejuízos, com o Irã, que importa produtos brasileiros? Simples: aproximando-se da Arábia Saudita, hoje afastada dos iranianos por questões religiosas. Só que questões religiosas já existiam quando houve o choque do petróleo, e ambos, Arábia Saudita e Irã, atuaram juntos multiplicando os preços e quebrando o Brasil.
O Itamaraty, um centro de excelência no Governo, já sofreu muito nos últimos tempos. Teve um chanceler que obedecia às ordens de dois senhores: um festejou quando soube que o acidente do avião da TAM foi causado por problemas mecânicos e não por falha do Governo; outro, embaixador que nunca ocupou embaixada, obrigava o pessoal de carreira a estudar em seus livros. Que o Itamaraty seja capaz de sobreviver a novos tormentos.

Questão legal
Nomear o filho para a Embaixada mais importante do país, sem que seja do quadro diplomático, é legal ou não? Um ministro do Supremo já disse que é inconstitucional, por configurar nepotismo (abaixo, uma decisão do STF sobre o tema). Mas já existe parecer da CGU, Controladoria Geral da União, a favor. Este colunista tem certeza de que não se trata de nepotismo: a palavra vem de nepote (em italiano, sobrinho) e se refere ao hábito papal de nomear sobrinhos para altos cargos na hierarquia. Portanto, no caso brasileiro isso não se aplica: Eduardo Bolsonaro não é sobrinho de nenhum papa.

Decisão suprema
Súmula 13 do STF: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição” (…). O CGU acha que não. [existe decisões de ministros do Supremo não reconhecendo nepotismo na nomeação de parentes para cargos de confiança - caso do cargo de embaixador. 
Alguns opositores do governo Bolsonaro também  alegam que não pode ser nomeado embaixador pessoas de fora da carreira diplomática; estão enganados, vários presidentes já nomearam pessoas não ligadas à diplomacia para chefiar a embaixada em Washington - até um banqueiro, Walther Moreira Salles, exerceu o cargo.]

O que falta
O posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos está vago desde junho. quando Sérgio Amaral deixou o cargo. Bolsonaro disse que, para nomear o filho, espera que ele primeiro concorde (Eduardo já disse que cumprirá as missões que o pai lhe designar) e, em seguida, “o momento certo”. Mas uma nomeação de embaixador tem de ser aprovada pelo Senado. Como o voto é secreto, pode ser uma ótima oportunidade para que os senadores mostrem a Bolsonaro que têm poder. E a questão certamente irá ao Supremo. A nomeação de Eduardo, se sair, depende do Senado e do STF.

A bola rola…
Enquanto o Executivo faz com que o debate político se perca em desvios que nada têm a ver com a recuperação da economia e ao bom funcionamento da política, há coisas sérias (e boas) acontecendo. A reforma da Previdência agora já vai para o segundo turno de votação. Se tudo der certo, poderá ser aprovada até quinta-feira – data emblemática em que os parlamentares decretam recesso. Recesso, aliás, bem mandrake: não pode haver recesso se não for votada a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Esta é a lei. Mas imagine se a lei vale para Suas Excelências: há um acordo pelo qual ninguém aparece no serviço, não sofre nenhum desconto salarial e vão todos descansar. Com isso, a reforma da Previdência se beneficia e vai para o Senado. [o recesso mandrake continua valendo, mesmo a LDO não tendo sido votada, e o segundo turno da reforma na Câmara ficou para agosto.]

(...)
 
Blog do Augusto Nunes - Veja
 

domingo, 17 de dezembro de 2017

O dilema da carne suína

A ONG Mercy For Animals denuncia caso de maus tratos a animais na Aurora Alimentos e lança campanha contra os métodos de produção da indústria brasileira de porcos

Um funcionário de uma granja raspa os dentes de um leitão, que grita sem parar. Ao seu lado, uma porca observa o procedimento, também aos gritos. Para quem não está familiarizado com os métodos de produção de carne suína, a cena é chocante. As imagens constam em um vídeo, obtido com exclusividade pela DINHEIRO, gravado pela ONG Mercy for Animals, que advoga em favor do bem estar animal – inclusive incentivando o veganismo. Ele foi produzido por um funcionário da organização, que se infiltrou entre os trabalhadores de uma cooperada da Aurora Alimentos, uma das maiores cooperativas agrícolas do Brasil, com R$ 8,5 bilhões de faturamento e 72 mil famílias associadas, na cidade de Xanxerê (SC). Em outra tomada, é possível ver as chamadas celas de gestação, onde as fêmeas são confinadas. O espaço é tão pequeno que não permite, sequer, que elas se virem para o lado. Algumas mordem as barras de ferro insistentemente. “É um sofrimento terrível”, afirma Lucas Alvarenga, vice-presidente da Mercy for Animals no Brasil. “Essas práticas não estão alinhadas com a tendência mundial, que é de acabar com as celas de gestação.”
Vídeo gravado pela ONG Mercy for Animals mostra maus tratos a animais
atenção: Este vídeo contém cenas fortes de maus tratos a animais

Na terça-feira 28, a ONG apresentará uma denúncia contra esse tipo de prática. Ao mesmo tempo, lançará uma petição solicitando ao Grupo Pão de Açúcar (GPA), maior varejista brasileiro, que se comprometa a não comprar mais carne de porco de fornecedores que utilizem as tais células. “Focamos no GPA em virtude do tamanho e da importância da empresa, mas o ideal é que todos os varejistas tenham a mesma atitude”, diz Alvarenga. Banir esse tipo de criação de porcos de suas compras é algo que grandes empresas alimentícias e cadeias de restaurantes, como Nestlé, McDonald’s e Burger King já fizeram em escala global, mas não foram acompanhadas pelas redes de varejo nacionais.

A ação da ONG acontece em um momento delicado para a indústria brasileira de proteína animal. Na semana passada, a Rússia anunciou uma restrição temporária à compra de carne suína e bovina do Brasil, em virtude da suposta presença de estimulantes de crescimento, como ractopamina, nos produtos. O país é o principal destino internacional da carne de porco brasileira, respondendo por quase 40% das exportações nacionais, que superaram os R$ 4,7 bilhões no ano passado. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirma que não há estimulantes na carne exportada. No setor de bovinos, as práticas de criação já são mais adequadas no Brasil. O setor de aves também passa por uma modernização. De qualquer forma, é uma mostra de como a pressão internacional pode afetar o setor. E, ao que tudo indica, restrições do tipo poderão acontecer no caso das celas de gestação.

O uso dessas celas é polêmico. Elas começaram a ser introduzidas na indústria de suínos na década de 1950, logo após a Segunda Guerra Mundial. “As porcas grávidas, na disputa por alimentos, acabam brigando e machucando umas às outras”, afirma o professor Mateus Paranhos da Costa, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Jaboticabal. “O que, na época, não se levou em consideração são as consequências desse confinamento ao animal.” Segundo informações do Mapa, porcos são animais gregários, ou seja, tendem a formar grupos de convívio. Eles organizam seu habitat de forma natural, separando áreas de alimentação, descanso e defecação.

A não observância dessas características cria problemas de comportamento que, posteriomente, são equacionados pelos produtores com ainda mais violência, como corte de rabo, restrição de movimentos, entre outros. O professor explica que o contexto, na década de 1950, era o de produzir alimentos no pós-guerra. A questão do bem estar animal nem era levada em consideração. O assunto começou a ganhar importância a partir de 1964, quando a britânica Ruth Harrison publicou o livro “Animal Machines”, que mostrava a dura realidade da criação intensiva de animais. A partir de então, começou a surgir um forte movimento global demandando um tratamento mais adequado aos animais de abate. “Estamos entrando em um momento de conflito, no qual as ONGs pressionam cada vez mais, e os produtores tentam defender seus modelos de produção”, afirma o professor.

Esse parece ser o caso desse novo embate entre a Mercy for Animals e os suinocultores. Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa os granjeiros, diz que “não é correto afirmar que o Brasil está atrasado em relação ao tema ” Segundo a ABPA, as maiores empresas do setor já assumiram o compromisso de extinguir a prática, dentro de um prazo pré-estabelecido. De fato, BRF, Aurora e JBS, os três maiores do País, já disseram que vão abolir as celas, até 2026. O frigorífico Frimesa estabeleceu o mesmo prazo. A ABPA afirma, ainda, que não existe legislação em nenhum país produtor sobre esta prática. “Esta é uma questão que parte da imposição de determinados grupos empresariais”, diz a nota. 

MATÉRIA COMPLETA em Dinheiro Isto É 
 

terça-feira, 17 de outubro de 2017

TST condena unidade do McDonald’s no RJ por obrigar atendente a ficar nua diante de colegas



Uma unidade da Arcos Dourados Comércio de Alimentos Ltda., franqueadora da rede de lanchonetes McDonald’s na América Latina, foi condenada a indenizar em R$ 30 mil uma atendente que foi acusada de furto e obrigada pela gerente a se despir na presença de duas colegas. A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, em julgamento de recurso, restabeleceu o valor fixado no juízo de primeiro grau por considerar o tratamento vexatório, humilhante e desrespeitoso aos princípios da dignidade da pessoa humana, da inviolabilidade psíquica e do bem-estar individual do ser humano.



A atendente, que à época era menor de idade, contou na reclamação trabalhista e em depoimento pessoal que foi acusada, juntamente com duas colegas, de furtar dois celulares e R$ 80 de outras empregadas. Segundo seu relato, depois de uma revista na bolsa de todos os empregados do estabelecimento, as três foram chamadas pela gerente, que as obrigou a se despirem no banheiro.

Durante a revista, um dos celulares foi encontrado escondido no sutiã de uma das colegas. Com a atendente, foram encontrados R$ 150, que ela havia sacado para efetuar um pagamento. Cópia do extrato bancário juntado ao processo comprovou o saque. Depois do procedimento, as duas foram dispensadas.  A empresa, em sua defesa, alegou que não havia prova da revista íntima determinada pela gerência.

O juízo da 20º Vara do Trabalho do Rio de Janeiro considerou que o McDonald’s extrapolou o seu poder de gestão, destacando que a gerente, ao obrigar a trabalhadora a se despir, feriu sua integridade física e sua honra. Segundo a sentença, o empregador não poderia sequer alegar que estava protegendo seu patrimônio, porque os objetos furtados não eram de sua propriedade, e deveria sim “tomar providências, mas não as que tomou”.

O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ), ao analisar recurso da Arcos Dourados, reformou a sentença. Considerando as peculiaridades do caso, especialmente a imediata identificação da autoria e da comprovação da posse do objeto furtado por uma das envolvidas, o Regional entendeu que “a imediata revista íntima e pessoal sem contato físico, em local reservado e realizado por pessoa do mesmo sexo”, e “acompanhada pela gerência”, foi uma exceção, e excluiu a condenação.

O relator do recurso da atendente ao TST, ministro Mauricio Godinho Delgado, destacou que a situação descrita atentou contra a dignidade, a integridade psíquica e o bem-estar pessoal da empregada, patrimônios morais protegidos pela Constituição Federal, impondo-se, portanto, a condenação ao pagamento de danos morais nos termos do artigo da Constituição Federal e 186 e 927, caput, do Código Civil.

Em relação ao valor arbitrado, observou que, na ausência de lei a respeito, a indenização deve observar os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, para evitar tanto a impunidade quanto evitar o enriquecimento ilícito da vítima, e ainda para servir de desestímulo a práticas inadequadas aos parâmetros da lei. Levando em conta essas diretrizes e os fatos escritos no processo, o ministro considerou razoável e adequado o valor fixado na sentença, votando pelo seu restabelecimento.

A decisão foi unânime.
Processo: RR-11109-45.2013.5.01.0020
Fonte: TST

 

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Atirador de Munique planejou ataque por um ano e comprou arma pela internet

Ali Sonboly já teria sido internado durante dois meses por problemas psiquiátricos e pesquisado por outros tiroteios em massa 

Os investigadores do caso do jovem que atirou e matou nove pessoas na última sexta-feira (22) em Munique, no sul da Alemanha, confirmaram que Ali Sonboly já planejava o tiroteio há mais de um ano. A arma de fogo utilizada, uma pistola Glock 17, teria sido comprada na dark internet, um meio que se tornou inacessível pelos métodos convencionais e geralmente é acessada para cometer atos ilegais, devido à possibilidade de manter o anonimato.


 Suspeito é identificado pela mídia como Ali Sonboly - Reprodução internet

[aos inocentes úteis - talvez defini-los como 'babacas inúteis' seja mais apropriado - que no Brasil defendem o desarmamento deve ser lembrado que a Alemanha possui uma das legislações mais rígidas sobre posse e porte de armas - inclusive a estúpida exigência de só vender armas a maiores de 25 anos, que é também adotada no Brasil - e, mesmo assim, um jovem de 18 anos conseguiu adquirir, sem nenhuma dificuldade,  uma Glock .9mm, uma das melhores armas entre as chamadas 'armas curtas'.
Chamamos de estúpida exigência dos 25 anos, já que cria uma situação curiosa: com 20 anos ou um pouco mais qualquer jovem pode se tornar militar, policial e ter direito a portar armas, mesmo o impatriótico 'estatuto do desarmamento' impondo a idade mínima de 25 anos.]

O adolescente, que é suspeito de tentar atrair suas vítimas ao restaurante Mc Donald’s para efetuar os disparos, já havia ficado dois meses internado em reabilitação por problemas psiquiátricos.  Segundo o jornal britânico The Guardian, o investigador Robert Heimberger afirma que Ali Sonboly tinha visitado a cena de um tiroteio em uma escola na cidade alemã de Winneden e tirado fotografias do crime, o que contou como prova de que o adolescente estava realmente obcecado por tiroteios em massa.

Além da foto de Anders Breivik que era utilizada como identificação de Sonboly no aplicativo Whatsapp, as autoridades encontraram mais imagens do atirador norueguês que matou 77 pessoas em 2011 em seu computador. A data foi planejada para ocorrer exatamente no mesmo dia do atentado cometido por Breivik na Noruega – que também utilizou uma pistola Glock.

Segundo os investigadores, Sonboly teria utilizado uma arma de fogo não utilizada anteriormente. A suspeita é de que o cano da arma não teria sido desativado corretamente, o que revela uma falta de monitoramento do país. O minstro do Interior Thomas de Maizière citou a possibilidade de tornar as leis de controle de armas mais duras para evitar esse tipo de conduta.

Atirador de Munique planejou ataque por um ano - David Sonboly comprou arma pela internet, informaram as autoridades alemãs

O atirador que matou nove pessoas em Munique na sexta-feira estava planejando o ataque durante um ano e comprou a arma pela internet, informaram as autoridades alemãs neste domingo. Depois do massacre, políticos cobraram o maior controle de armas no país. 
Em uma entrevista coletiva, o chefe de polícia da região da Baviera, Robert Heimberger, disse que o jovem David Sonboly colocou uma armadilha para as vítimas no Facebook, seguindo um planejamento que havia "preparado por um ano".

Na rede social, o assassino publicou uma oferta falsa de lanche grátis no McDonald’s — local inicial do ataque. Em seguida, o atirador continuou os disparos no shopping Olyimpia, o maior centro comercial da região da Baviera. Ainda de acordo com as autoridades, Sonboly, de 18 anos e cidadania alemã-iraniana, comprou ilegalmente pela internet a pistola Glock 9mm usada no ataque.

A polícia considera que o atirador foi influenciado pela matança em Winnenden, em março de 2009, onde um jovem de 17 anos abriu fogo em seu ex-colégio, matando 15 pessoas, antes de se suicidar. — As primeiras observações levam à conclusão de que ele estava interessado neste ato, indo visitar a cidade e tirando fotos há um ano e em seguida planejou seu próprio ato — precisou o chefe da polícia.

Segundo a investigação, Sonboly não escolheu as vítimas de forma específica, explicou o procurador da cidade, Thomas Steinkraus-Koch. — Aqui não há nada contra os estrangeiros — disse ele em entrevista coletiva, contrariando conclusões iniciais de racismo devido ao significativo número de vítimas estrangeiras no ataque. Segundo o último balanço divulgado neste domingo, onze de um total de 35 feridos estão em estado grave. Entre os nove mortos, sete eram adolescentes — três do Kosovo, três turcos e um grego.

Os investigadores suspeitam ainda de um possível vínculo entre o tiroteio de Munique e o assassino supremacista branco norueguês Anders Behring Breivik. O ataque na cidade alemã aconteceu justamente no dia em que o massacre de 77 pessoas cometido pelo radical de direita norueguês completava 5 anos.


No quarto de Sonboly foram encontrados documentos desse massacre e de outros similares, assim como um livro de matanças perpetradas por estudantes. O ataque em Munique foi o terceiro contra civis na Europa Ocidental em menos de dez dias, depois do atentado com um caminhão em Nice (sul da França), em 14 de julho, que deixou 84 mortos, e de um ataque com um machado em um trem na Baviera, que resultou em cinco feridos.

Fonte: Revista Época