Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Eu costumava fazer uma palestra chamada “O país das oportunidades perdidas”. Eu contava que meu amigo Osni Branco, lá em Tóquio, me disse: “olha, aqui do outro lado do mundo, a gente percebe que Deus é brasileiro. Porque Deus põe as oportunidades na porta da frente da nossa casa, do nosso Brasil, e nós jogamos fora pela janela dos fundos. E Deus põe de novo, e nós jogamos fora de novo, e põe de novo, e a gente joga fora de novo. Só pode ser brasileiro para insistir tanto em nos dar oportunidades”.
Agora, nessa eleição, perdemos uma grande oportunidade. Nunca o país foi passar de um mandato presidencial para o outro tão “acertadinho”.O desemprego está em queda: já esteve em 14 milhões, está em 8,7%, e chegando a 6% estará perto do pleno emprego.
Além do desemprego, a inflação está em queda, menor que a dos Estados Unidos e da Europa.
O PIB está em alta, pode crescer mais que o da China.
A arrecadação está em alta, embora o governo tenha cancelado muitos impostos.
Contas públicas em equilíbrio com o superávit primário, balança comercial com superávit, balanço de pagamentos com superávit.
Obras em andamento por toda a parte, rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, pontes, condução de água para o Nordeste.
E mais: saneamento de estatais que davam prejuízo e agora dão lucro. Ministérios sem a intervenção de partidos políticos, que usavam ministérios e estatais para se abastecer de verbas para fazer campanha política, de desvios, sem propinas, não é?
Então, o novo presidente recebe o país nesse ponto. Qual é a oportunidade? Se o outro candidato fosse reeleito, teria uma Câmara de Deputados 73% favorável, um Senado 67% favorável, a maioria dos governadores favoráveis.
Era o ambiente ideal para fazer todas as reformas que ainda faltam e deixar esse país “acertadinho”.Era isso. Mas o povo decidiu diferente. Jogou fora a oportunidade. Foi por uma minoria, mas a maioria decidiu. O novo presidente já fez um discurso dizendo que vai reconstruir tudo, política, economia, gestão pública, relações internacionais, ou seja, vai refazer tudo. Provavelmente como era 14 anos atrás. Então, não sei se terá ambiente favorável no Congresso, que tem a maioria de centro-direita.
Outra oportunidade era a de botar o Supremo nos trilhos. Agora também não dá mais porque, com o novo presidente, se o Senado, que tem maioria para “impichar” ministro do Supremo, afastar três, por exemplo, o novo presidente vai nomear mais três, além dos dois que ele já vai escolher para substituir Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, que chegaram à idade limite. Então, foram oportunidades perdidas de tornar o país melhor.
O que estamos vendo pelo discurso do recém-eleito é que ele quer voltar a fazer aquilo que se fazia antigamente.
E ficamos nos perguntando “por quê? O que foi que houve?” O próprio Judiciário foi acusado antes de fazer tudo para afastar o PT do poder. Agora, foi acusado de fazer tudo para afastar a direita do poder.
O ativismo do Judiciário só trabalha contra o próprio Judiciário. Foi o que identificou o ministro Fux quando assumiu a presidência do Supremo.
Mas vocês hão de perguntar “como é que aconteceu isso?” Bom, uma explicação é que 26 milhões de eleitores não votaram, se abstiveram. Outra é que 21 milhões de eleitores eram meninos no tempo da maior onda de corrupção do país. Uma loucura. Gente presa, gente condenada, discussões no Supremo sobre mensalão, sobre petrolão, propina, dinheiro de ministério para partido político, dinheiro da Petrobras para partido político, malas de dinheiro da Caixa Econômica... Eram meninos e, na hora de votar, parece que não têm memória disso que aconteceu. Então, se alguém quiser uma explicação, está aí. A diferença foi mínima entre um e outro, mas a maioria decidiu e está decidido. Ponto final.
Petista acerta em lançar pontes para militares, mas subestima risco
Apesar de ter ido bem na sabatina desta quarta, 27, o ex-presidente Lula fez uma sinalização às Forças Armadas que, a pesar de ser politicamente acertada, contém um erro de avaliação por parte do petista.
Lula fez um gol ao dizer que os “militares são mais responsáveis que Bolsonaro”. Não é tarefa difícil ser mais responsável do que o atual presidente, conhecido pelas declarações sem fundamento e pelo comportamento irresponsável com o país. No entanto, Lula declarou que o presidente não tem o apoio dos militares nas bobagens que diz, o que não é bem assim. “Essas bobagens que Bolsonaro fala não têm apoio dos militares da ativa, do alto comando. Ele só pode ser considerado chefe supremo quando é sério, fala coisa com coisa e respeita instituições. Ele fala ‘meu Exército’, mas não é dele. Ele foi expulso do Exército por má conduta. Então como a gente pode pensar em golpe? Não acredito em golpe, não acredito que as Forças Armadas pensem nisso”, afirmou o ex-presidente.[O ilustre repórter mais uma vez não resiste a narrativas contra o nosso presidente;
Desta vez ele valoriza mais a palavra de um descondenado, porém, não inocentado, visto que sabe perfeitamente que Bolsonaro não foi expulso do Exército - não havia motivos, conforme sentença absolutória do STM, Instância máxima da Justiça Militar da União;
por disposição constitucional, que todos são obrigados a acatar, cumprir - passando pelo descondenado, por Matheus Leitão, por este blogueiro, por ministros de Estado e alcançando ministros do Supremo, etc., o presidente da República é o 'comandante supremo' das Forças Armadas e nem a Carta Magna nem a legislação a ela inferior condiciona que tal condição só é válida quando ele é sério.]
Infelizmente, desde 2018, lideranças militares no país foram migrando cada vez mais para o lado do governo de Jair Bolsonaro.
Agora em 2021, presenciamos o auge da crise: o Ministro da Defesa, General Paulo Sérgio Nogueira, permitiu o envolvimento dos militares na vergonhosa desconfiança em relação às urnas eletrônicas e ao trabalho da Justiça Eleitoral. Uma pauta bolsonarista que foi abraçada pelo chefe das três forças militares – de forma absurda e assustadora.[os fatos nos levam a pensar que os militares atenderam um convite da Justiça Eleitoral, por entenderem que a Comissão de Transparência da JE, desejava receber, analisar e acatar, ainda que parcialmente, sugestões para aprimorar a segurança e a transparência da mesma segurança e ao ter a quase totalidade das propostas que apresentaram rejeitadas, deduziram que o interesse do convite era ter o aval das FF AA ao sistema existente e cuja segurança é considerada pelo TSE um dogma. É o que pensamos.]
É preciso deixar claro que as Forças Armadas vinham mantendo uma distância correta da política desde 1985, após a redemocratização. De maneira muito acertada, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica se comportaram como as instituições de Estado que são. Em 2018, no entanto, ano da campanha de Bolsonaro à presidência, as coisas começaram a mudar. Em abril daquele ano, o então Comandante do Exército, General Villas Bôas, fez uma publicação marcante às vésperas do julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa de Lula no Supremo Tribunal Federal.
“Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”, escreveu Villas Boas no twitter.
Esse foi o primeiro passo dos militares em direção a Bolsonaro. Na época, o então candidato inclusive agradeceu o recado e declarou apoio a Villas Bôas. É um fato que essas “movimentações políticas” foram importantes para a vitória do atual presidente. Tanto que Bolsonaro agradeceu ao general Villas Bôas ao ser eleito. “O senhor é um dos responsáveis por eu estar aqui”, disse, e acrescentou que havia coisas conversadas entre os dois que ele, Bolsonaro, jamais revelaria.
Desde que começou seu mandato, em 2019, o presidente colocou militares em todos os lugares que conseguiu dentro do governo, sempre fez questão de falar das Forças Armadas como se fossem sua propriedade e tenta puxar os militares para si em cada ocasião que pode. Na Reforma da Previdência, eles foram poupados. [os militares pela própria Constituição Federal não são servidores públicos, o que impede que sejam alcançados por uma reforma no sistema previdenciário dos servidores públicos civis.] A reforma deles é completamente diferente da dos civis.
Pelo comportamento de alguns militares, as Forças Armadas deixaram de ser uma instituição de Estado e passaram a ser um braço de governo, como esta coluna já apontou. Inclusive, depois que Bolsonaro assumiu a presidência, as Forças Armadas soltaram notas com um tom diferente relacionadas ao 31 de março, seguindo a conhecida linha de pensamento do atual presidente
Um bom exemplo foi o caso do também general Edson Pujiol, ex-comandante do Exército, que, ao perceber que Bolsonaro queria usar a força, se afastou do presidente. Um mau exemplo foi o general Eduardo Pazuello que, como militar da ativa, participou de atos antidemocráticos ao lado do atual mandatário.
É preciso ponderar que existem bons exemplos e maus exemplos dentro do Exército, da Marinha e da Aeronáutica durante o atual governo. Lula fez uma sinalização claramente política, mas errou na interpretação que expressou. Ele pode nem acreditar nela e estrategicamente estar apenas buscando um diálogo com as Forças Armadas.
Como sempre acontece, a mídia, as classes culturais e os
“progressistas” brasileiros engolem com casca e tudo seja lá o que vier
de Nova York, de Londres ou de Paris
A Índia tem 1,4 bilhão de habitantes,ou três vezes mais que a Europa;
sozinha, tem mais gente que a Europa e os Estados Unidos juntos, e
abriga um quinto de toda a população mundial.
Por que raios, tendo as
duras realidades que têm, seus habitantes deveriam sentir as mesmas
angústias de europeus e americanos — essas que você vê todos os dias na
mídia, maciçamente, e que são apresentadas como se fossem um problema de
vida ou morte para todo ser humano vivo?
Por que os seus atletas, por
exemplo, deveriam se ajoelhar antes das competições para protestar
contra o “racismo sistêmico”?
Não passa pela cabeça de um indiano sair à
rua para dizer que “vidas negras importam”, ou que a cor da pele seja
um problema em seu país;por que, então, iriam ficar de joelhos para
combater o racismo?
Também não fazem parte do seu mundo e de sua vida as aflições com o“aquecimento global”, visto o calor que faz na Índia há 5.000 anos,nem que um cidadão esteja proibido de dizer que só mulheres podem ficar grávidas e parir um filho.
O “indiano médio”, como diriam nossos institutos de pesquisa de opinião, acha que um homem é um homem e uma mulher é uma mulher — e, queiram ou não queiram, um em cada cinco habitantes atuais do planeta é um “indiano médio”. Não ocorreu ali a nenhum colégio de gente rica, ou a qualquer colégio, ensinar uma “linguagem neutra” a seus alunos; ficaria complicado, levando-se em conta que na Índia são falados 400 idiomas e dialetos diferentes, e que há 23 línguas oficiais.
O nível do mar está subindo na Flórida?
As pessoas são legalmente autorizadas a roubar até US$ 900 por dia, como acontece na Califórnia?
A Holanda está proibindo os seus agricultores de produzirem comida? Nada disso faz parte das realidades do 1,4 bilhão de indianos, nem representa para eles a mais remota preocupação. Não fazem, aliás, nenhum nexo dentro do sistema de pensamento hoje em vigor na Índia.
As angústias dos países do Primeiro Mundo não querem dizer nada, também, para o 1,3 bilhão de habitantes da China.
Por acaso há algum chinês achando que o Super-Homem é gay, ou que um “transgênero” de 2 metros de altura pode competir numa prova de natação para mulheres?
E as atrizes que, 20 ou 30 anos atrás, tiveram um caso com o diretor para ganhar um papel no filme, e hoje são consideradas heroínas nacionais? Existe isso na China?
Há por ali um“Ministério Público”, ou alguma ONG, ou entidade da “sociedade civil”, ou seja lá o que for, proibindo a construção de aeroportos, de pontes ou de estradas de ferro?
Alguém fala em “dívida histórica” com os negros?
Não há nenhum registro de estátuas postas abaixo na China,nem de planos para proibir a fabricação de automóveis, e nem de movimentos para diminuir as verbas da polícia.
O chinês está pouco ligando, e não vai ligar nunca, para os direitos dospedófilos, o respeito aos gordos e gordas ou aporcentagem exata de negros nos filmes, séries de televisão e comerciais de propaganda.
Só aí, na Índia e na China, já são 2,7 bilhões de pessoas — e um PIB somado de mais de US$ 21 trilhões.
Mas as mesmas coisas podem ser ditas, em geral, da África, do mundo islâmico e de todo o Oriente, mais a Rússia. Na verdade, a Europa e os Estados Unidos, juntos, somam cerca de 800 milhões de habitantes — ou só 10% da população mundial, nada mais que isso.
Faz sentido, então, que as neuras, as prioridades e até mesmo os problemas objetivos de europeus e americanos tenham de preocupar os 90% restantes da humanidade?
O ministro do Exterior da Índia, recentemente, disse numa reunião internacional que os europeus fariam bem de ter em mente uma coisa muito simples: os problemas da Europa não são os problemas do mundo. Foram meia dúzia de palavras, em torno de uma ideia sem nenhuma complicação — mas, provavelmente, estão entre as afirmações mais relevantes, realistas e inteligentes feitas há muito tempo por um homem público na cena mundial. É um chamado exemplar à realidade: o mundo, muito simplesmente, não é como eles querem que seja. Vende-se na Europa, nos Estados Unidos e nas suas franjas a noção de que “o planeta” está morto de ansiedade com a proibição das sacolas de plástico, a multiplicação das ciclovias e a promoção das hortas orgânicas. É falso — apenas isso. Mais do que tudo, estão convencidos que as suas “agendas”, ou o que as elites apresentam como “agenda”,são a lista de deveres de casa que os 8 bilhões de habitantes do mundo têm de cumprir, obrigatoriamente.
É o caso da “agenda 2030”, uma coleção de desejos montada por bilionários que vão à reunião anual de Davos, na Suíça,fundações que torram dinheiro grosso em favor da virtude e um punhado de governozinhos globaloides,controlados por uma casta de funcionários que não foram eleitos por ninguém e têm horror à ideia de que alguém, além deles, queira mais bem-estar nas suas vidas. Segundo eles todos, o mundo não pode mais progredir, nem dar oportunidades aos bilhões que têm pouco ou nada, em termos materiais. O capitalismo, ali, é um crime; só se aplica aos que já têm o capital hoje. Se o sujeito tem US$ 50 bilhões e faz uma doação de 1 bilhão, todos os seres humanos deveriam fazer a mesma coisa, não é?
Para preservar o meio ambiente e “salvar o clima”, o mundo que está fora da Europa e dos Estados Unidos tem de voltar à Idade da Pedra.
As minorias são mais importantes que as maiorias — e por aí vamos.
É isso, a “agenda” dos ricos. Tudo bem. Querem ser roubados em US$ 900 por dia? Que sejam. Querem morrer de fome para preservar a natureza? À vontade. Mas a agenda da Europa não tem de ser a agenda do mundo, como disse o ministro do Exterior da Índia.
Também não deve ser, obviamente, a agenda do Brasil. Mas nossas elites querem que seja, é claro — e acaba sendo, na vida pública, no mundo oficial e na “sociedade”. Como sempre acontece, e está acontecendo de novo agora, a mídia, as classes culturais e os “progressistas” brasileiros engolem com casca e tudo seja lá o que vier de Nova York, de Londres ou de Paris; são, possivelmente, os mais excitados importadores de más ideias do mundo. É bem sabido, desde que a Corte de Dom João VI desembarcou no Rio de Janeiro, em 1808, que o animal mais parecido com os habitantes da elite brasileira é o macaco — nada revela tão bem um brasileiro rico, “culto” ou “influente” quanto a sua ânsia permanente de copiar o que se faz na Europa e nos Estados Unidos.
(Imaginam, ao fazer isso, que são avançados e estão a par dos últimos passos da civilização; não percebem o quanto são subdesenvolvidos típicos.) Continua assim, mais de 200 anos depois. O resultado é que o Brasil assume como sendo suas um monte de preocupações que têm pouco ou nada a ver com as realidades efetivas do país. Poderia ser apenas mais uma palhaçada, como a linguagem neutra ou as campanhas do Uber contra o “racismo”, a “fobia” anti-LGBT+ e tudo o que é visto como politicamente irregular. Mas acaba sendo mais que isso — passa a influir no debate político e nas decisões dos que mandam no país, e por esse motivo começa a afetar a legislação, os atos de governo e o comportamento das empresas.
O Brasil está produzindo alimentos demais, e isso vai contra as noções de virtude das cabeças mais avançadas da Europa
É pior, na verdade: o Brasil não apenas imita os europeus e americanos em sua busca inesgotável por causas cretinas, ou que não têm nada a ver com as necessidades brasileiras, mas tornou-se, ele próprio, um dos maiores alvos da perseguição “globalista”. O Brasil é um horror, talvez o maior horror de hoje, para a “agenda 2030” — para os delicados burocratas que comandam os governos do Primeiro Mundo, para os bilionários socialistas de Davos, para os departamentos de marketing de multinacionais que se converteram à prática “do bem”.
Sua ideia fixa, acima de qualquer outra, é a Amazônia e a sua floresta. O Brasil, segundo eles, não tem o direito de governar a Amazônia, que deveria ser declarada “área internacional”.
De atores de Hollywood a reis da Escandinávia, de governos da Europa às universidades de primeira linha, mais a “comunidade científica” mundial,todos exigem que a vida humana cesse para a Amazônia e os 20 milhões de brasileiros que vivem ali; só devem existir árvores, bichos e peixes. Numa ação paralela, querem parar o agronegócio brasileiro — o Brasil está produzindo alimentos demais, e isso vai contra as noções de virtude das cabeças mais avançadas da Europa, como é o caso da Holanda, onde se acha uma boa ideia proibir as pessoas de cultivarem o solo.
Toda essa gente tem aliados ativos na vida pública e privada do Brasil.Banqueiros de esquerda, por exemplo, escrevem manifestos anunciando “boicotes” fatais contra a economia brasileira por parte dos grandes fundos de investimento internacionais e das múltis mais globalizadas, para punir a nossa pouca atenção à “crise do clima”.
Os boicotes nunca aparecem no mundo das realidades;a produção e as exportações do agro brasileiro batem novos recordes a cada ano. Mas fazem grande sucesso nos salões, na mídia e nos meios “bem informados”.
Também há as ONGs, é claro — essas fazem dia e noite, e frequentemente com dinheiro público, um trabalho de agressão em tempo integral contra tudo o que o país tem de bom, ou tenta construir para se desenvolver. Há as classes intelectuais, a universidade pública e o universo artístico.Há as empresas socialistas. Há as agências de publicidade inclusivas. Há o Ministério Público, a justiça e as “agências reguladoras”. Há, em geral, tudo o que se descreve como “esquerda”.
Querem, todos eles, um Brasil desenhado por funcionários das agências temáticas da Comunidade Europeia,ou por executivos da Disney, ou por professores de Harvard;
acham que o que é virtude em Bruxelas tem de ser virtude em Piracicaba. Não imaginam, nunca, que o Brasil faça parte dos 90% do mundo que estão fora da Europa e dos Estados Unidos; acham que estamos nos 10%. São um atestado da falência de si próprios.
O ex-presidente do Banco Central Arminio
Fraga traçou um quadro dramático das contas públicas brasileiras na
entrevista que deu ao programa Central da Globonews, na quarta passada.
Segundo ele, o problema hoje é que 80% do gasto público do Brasil vêm de
duas grandes contas, a do funcionalismo público e a da Previdência. “É
preciso mexer nelas, sob pena de não sobrar dinheiro para nada”. Os
demais gastos estão muito comprimidos, inclusive os investimentos
públicos, que estão perto de 1% do PIB, quando nas últimas décadas
chegou a um pico de cerca de 5% do PIB.
Arminio destacou que o
volume de investimentos do setor público no Brasil nos últimos 4 anos
não foi suficiente sequer para repor a depreciação. “Não à toa estamos
assistindo a episódios frequentes de quedas de viadutos, pontes etc”. Segundo
Arminio Fraga, comparações internacionais mostram que os gastos com
funcionalismo e previdência no Brasil estão muito acima dos observados
em países de renda média. Ele vê como necessária a redução desses gastos
de 80% para 60%, o que proporcionaria uma economia de 7 pontos do PIB, a
ser buscada ao longo de dez anos.
Tanto como proporção do PIB
quanto como do gasto total, o Brasil gasta bem mais com funcionalismo do
que a maioria dos países do Ocidente, destaca Arminio Fraga. Parte
desse excedente vem do fato de que temos 20% de participação de empregos
públicos no total de empregos do país, um total relativamente alto se
comparado a outros países. O economista Arminio Fraga mostra
também, em trabalho recente, que há um elevado prêmio salarial, de cerca
de 60%, que recebem os funcionários do governo federal, em comparação a
assalariados do setor privado com qualificações semelhantes, como
estima o economista Naércio Menezes.
Os gastos com Previdência
mostram resultados semelhantes aos do funcionalismo: o Brasil gasta
relativamente muito, o que surpreende, sobretudo, dada à demografia
relativamente jovem do país. Essa mesma constatação levou o
deputado federal do Rio (DEM) Pedro Paulo a apresentar uma emenda
constitucional que limita o crescimento de despesas obrigatórias, quando
gatilhos serão acionados a cada momento em que os gastos passarem de
limites predeterminados. Até chegar a uma série de medidas mais
drásticas ao atingir o estágio de descontrole grave, como a redução da
jornada de trabalho temporária, até que volte o equilíbrio.
No
diagnóstico do deputado Pedro Paulo, que trabalha no desdobramento da
emenda constitucional com técnicos do ministério da Economia e da
Câmara, o Estado brasileiro quebrou há algum tempo. "Já quebramos todas
as metas fiscais, e estamos a caminho de quebrar as que restam, com o
teto de gastos", alerta. Para ele, é preciso conter crescimento
exponencial dos gastos públicos, em especial os obrigatórios, que
consomem 96% do orçamento, não sobrando nada para investimentos. Emitir
títulos e aumentar a dívida para pagar despesas correntes, o que o
parlamento permitiu esse ano dando ao governo autorização para aumentar a
dívida pública em R$ 248 bilhões (7% do PIB) sem uma medida sequer para
resolver o problema, é cavar mais o buraco. O problema central
do desequilíbrio fiscal brasileiro, para Pedro Paulo, é o tamanho e o
descontrole da despesa obrigatória, e a enorme rigidez orçamentária. A
reforma da Previdência, ainda que seja a maior das despesas, é
necessária, mas não suficiente para resolver o desequilíbrio fiscal.
Seus
efeitos são de longo prazo, e faltam muitas outras despesas
obrigatórias, vinculações e indexações. Se adotados, esses mecanismos de
controle do gasto público podem garantir, em dois anos, a manutenção do
teto dos gastos até 2026, quando a lei completa 10 anos, e proporcionar
economia que poderia ser aplicada, em parte, em investimentos públicos.
“Não seria apenas um programa de contenção de despesas, mas de estímulo
ao investimento”, explica do deputado Pedro Paulo.