O
jornalista Ricardo Kotscho, um dos amigos mais próximo de Lula, seu
assessor de imprensa no primeiro governo, resolveu jogar a toalha e
criticar publicamente o ex-presidente de quem foi confidente por várias
décadas, desde que cobria para o Jornal do Brasil as greves do ABC
lideradas pelo companheiro. Kotscho, um profissional brilhante, não se
conteve nas críticas ao analisar, em artigo no Diário do Poder, o
discurso retrógrado de Lula no Dia dos Trabalhadores, falando para uma
plateia vazia e desmotivada. “Lamento
muito dizer, mas o discurso de Lula também não tem mais novidades, não
aponta para o futuro. Tem sido muito repetitivo, raivoso, retroativo,
sempre com os mesmos ataques à mídia e às elites, sem dar argumentos
para seus amigos e eleitores poderem defendê-lo dos ataques.
Não que
Lula deixe de ter caminhões de razões para se queixar da imprensa, desde
que o chamado quarto poder resolveu assumir oficialmente a liderança da
oposição e fechar o cerco contra os governos petistas”. [a imprensa não resolveu assumir a liderança da oposição nem fechar o cerco contra os governos petistas. Ao contrário, a imprensa tem se limitador a noticiar a roubalheira dos governos petistas.]
Os comentários de Kotscho mostram a teimosia de um personagem que
insiste em se manter vivo e que acha que o Brasil vive duas eras:a AL e a
DL. Como um pregador desnorteado, Lula apresenta sintoma grave de
comportamento. Acha e está convicto de que tudo de melhor no país foi obra dele; que o povo não pode ser ingrato ao seu trabalho de levá-lo ao
paraíso do consumo; que é o líder incontestável dos brasileiros
desprotegidos; e que o mundo gira em torno das suas ideias e metáforas
tupiniquins. Se a doutora Nise da Silveira anda estivesse viva
certamente não se furtaria em convidá-
lo para sessões permanentes de
psiquiatria. Um prato cheio para o seu grupo junguiano.
Mesmo dando um pito no amigo em público, Kotscho foi muito elegante
nas suas críticas. Afinal de contas, o jornalista paulista foi um dos
que apostaram na liderança política de Lula nos primeiros discurso dele
nas portas das fábricas. Permaneceu pouco tempo na sua assessoria de
imprensa, quando percebeu, ainda muito cedo, que a burocracia não
combina com a notícia e que a notícia está do outro lado do balcão.
Abandonou Brasília deixando bons amigos, antes que fosse contaminado
pelas benesses do poder.
Lula está vivendo no isolamento, embora tenha reeleito a Dilma. Ao
contrario dos grandes estadistas que se recolhem às suas memória depois
de deixar o governo, Lula preferiu sair em defesa dos mensaleiros.
Envolveu-se com empreiteiras que depenam o país e participava ativamente
da administração da Dilma até a chegada de Aloizio Mercadante.
Resultado: assumiu para si todos escândalos de corrupção manchando para
sempre a sua biografia, em um dos períodos mais corruptos da história do
Brasil. Enquanto defendia a corja, Dilma espertamente tentava se
desapegar da militância petista para vender a imagem de honesta e
incorruptível, o que evidentemente não colou até agora.
As últimas reações do ex-presidente em tentar jogar contra o povo
brasileiro o exército vermelho de Stédile, as bravatas de que “sou bom
de briga e que não se metam comigo” e de que é o gênio transformador da
humanidade mostram claramente a sua mente confusa e nos leva a uma
constatação: Lula não estava pronto psicologicamente para ser
presidente. As conseqüências desse despreparo intelectual e politico
estão surgindo agora quando ele mostra total obsessão ao poder, um
processo que tende a se agravar e transformá-lo num dependente
manicomial.
Não adiantam as sofisticadas maquiagens para aparecer na TV. Um dos
maiores problemas de Lula hoje é o alcoolismo. A família acompanhou a
tragédia do pai que morreu de tanto beber. Outros parentes de Lula
sofrem do mesmo mal. É bem verdade que Lula ainda não chegou ao estágio
perigoso da dependência, quando precisaria de internação e tratamento,
mas os amigos têm confidenciado que ele precisa de acompanhamento para
evitar o destino trágico do alcoolismo que levou familiares ao fundo do
poço.
Infelizmente, as atitudes de Lula nos últimos pronunciamentos públicos
não são de uma pessoa que pense o Brasil com sabedoria ou de quem já
esteve no topo do mundo como um dos maiores líderes da América Latina.
Existem no Brasil casos de políticos que se dedicaram mais à bebida
depois que perderam o poder. O mais notório deles é o de Jânio Quadros
que renunciou ao cargo de presidente depois de um porre e nunca mais
parou de beber, mesmo sendo conhecido como um homem culto e um dos mais
preparados intelectualmente do país.
No caso de Lula, fiquemos apenas com o político.
Fonte: JORGE OLIVEIRA
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