Professores bloqueiam Eixo, quebram vidro do Buriti
e são contidos pela PM
Paralelamente,
40 professores ocupam o corredor de acesso ao gabinete da Câmara Legislativa do
DF (CLDF) e fazem greve de fome
Quebra-quebra, vandalismo e confrontos marcaram a assembleia dos professores na manhã desta
quarta-feira (11/11), na Praça do Buriti – que se transformou em uma
manifestação de protesto contra o governo. No meio da manhã, eles votaram pela
continuidade da greve e fizeram questão de fazê-lo de costas para a sede do
Executivo. A paralisação da categoria
dura quase 30 dias.
Além
de bloquear todas as faixas do Eixo Monumental em frente ao Buriti e marchar
pelo local, os professores invadiram o gramado em frente
ao palácio, quando foram contidos por policiais militares que jogaram spray de
pimenta contra os manifestantes. O deputado distrital Wasny de Roure (PT)
acabou atingido por um dos jatos.
Cercas em frente ao local foram arrastadas para a pista e
danificadas. Na entrada do prédio, vidros também foram quebrados. Os
manifestantes negam terem arremessado objetos contra a sede do Governo do
Distrito Federal (GDF). Cerca de 5 mil profissionais participaram do ato, segundo
informações do sindicato da categoria. A Polícia Militar, no entanto, fala em
1,5 mil servidores. O Batalhão de Choque
da PM foi acionado. Cerca de 80 militares estão no local. O grupo
reivindica, entre outras questões, o pagamento dos últimos reajustes aprovados
em 2013.
Paralelamente, 40 professores ocupam o corredor de acesso
ao gabinete da Câmara Legislativa do DF (CLDF) e fazem greve de fome. A
mobilização acontece em protesto às propostas apresentadas pelo governo,
durante reunião realizada ontem, na tentativa de cessar a greve. O diretor do
Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) Cléber Soares esclareceu que diante
do posicionamento do GDF em descontar os dias parados da categoria, a greve
permanece. “Sendo assim, o ano letivo não
vai acabar e a responsabilidade é do governador”, justificou.
Por volta
de 13h, os professores continuavam em frente ao Buriti,
onde, inclusive, alguns almoçavam. Uma reunião com integrantes do
governo, deputados distritais e representantes da categoria, que teve início
por volta de 13h terminou às 13h40. O GDF sinalizou que irá recuar em algumas
propostas e um encontro entre os representantes do sindicato e o governador
Rodrigo Rollemberg foi marcado para as 19h30.
Por volta
das 14h, os professores começaram caminhada
até a Câmara Legislativa para dar apoio aos docentes que iniciaram a greve de
fome. Por volta das 14h15, o Eixo Monumental foi desobstruído. Às 14h25, a
presidente da Câmara Legislativa, Celina
Leão, autorizou a entrada dos manifestantes, que estavam no corredor, na sala
de reuniões.
Fonte:
Correio
Braziliense
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