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domingo, 7 de janeiro de 2024

Não vale a pena perder tempo com o suposto plano para enforcar Alexandre de Moraes - Gazeta do Povo

J. R. Guzzo - VOZES

Desde os seus primeiros instantes, um ano atrás, os tumultos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023 têm sido um assombro.  
quebra-quebra nos palácios dos Três Poderes, que acabou assim que a polícia chegou e do qual ninguém saiu machucado, foi imediatamente apresentado como uma tentativa de “golpe de Estado”. 
A presidente do Supremo Tribunal Federal, num certo momento, chegou a dizer que a democracia brasileira tinha sofrido ali o seu Pearl Harbour – o ataque aéreo do Japão contra a ilha americana do Havaí, que deixou 2.400 mortos e fez os Estados Unidos entrarem na Segunda Guerra Mundial.
 
O “golpe”, oficialmente certificado como golpe pelo STF, o complexo Lula-PT e a maior parte da imprensa, é um clássico em matéria de crime impossível: não poderia materialmente ter sido cometido pelos acusados. É a velha fábula do sujeito que dá três tiros na cabeça de um cadáver.  
Ele não pode ser julgado por homicídio, pois é impossível matar uma pessoa que já está morta
A partir daí, passou a valer tudo – a começar pela abolição dos direitos civis dos réus.
 
    O ministro, na entrevista, disse que houve uma “tentativa de planejamento”. 
 O que poderia ser, mais exatamente, uma “tentativa de planejamento”? 
 
O caso acaba de ganhar um intenso “plus a mais” na véspera de completar seu primeiro aniversário. 
O ministro Alexandre de Moraes, segundo ele próprio afirmou numa entrevista ao jornal O Globo, seria enforcado pelos supostos golpistas na Praça dos Três Poderes, ou assassinado na estrada de Brasília a Goiânia. É a acusação mais grave de todas as que já foram feitas desde o começo dessa história.
 
Seria, na verdade, o pior ato de violência contra um homem público brasileiro desde a facada que quase matou o ex-presidente Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018 – com a diferença, felizmente, que o enforcamento do ministro, ao contrário da facada, não aconteceu. 
É mais um assombro. Como um crime dessas proporções ficou em sigilo até hoje? 
Por quebrarem umas vidraças e tirarem do lugar as cadeiras dos ministros no STF, as pessoas estão sendo condenadas a até 17 anos de cadeia. Um possível homicídio, então, estaria clamando a vingança dos céus. 
Em todo caso, não poderia ser reduzido a uma declaração em jornal.

    O fato é que está sendo feito um esforço concentrado para dar novas vidas à ficção de que houve uma tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro.

Infelizmente para o conhecimento do público, a melhor oportunidade para se esclarecer isso tudo era a própria entrevista – mas não ocorreu a ninguém perguntar nada ao ministro Moraes. 
Quem planejou o enforcamento, ou o assassinato na beira da estrada? “Eles”? “Eles”, só, não basta
Quem iria cometer os crimes? 
O ministro, segundo sua denúncia, seria levado para uma prisão em Goiânia, ou morto no caminho para lá. Qual prisão? 
Um quartel do Exército? 
Uma delegacia de polícia? 
Cárcere privado? 
Há alguma prova para as acusações feitas? 
Por que Alexandre de Moraes só falou disso agora, quase um ano depois dos fatos? 
É alguma coisa que as investigações só descobriram nestes últimos dias?
 
O ministro, na entrevista, disse que houve uma “tentativa de planejamento”. O que poderia ser, mais exatamente, uma “tentativa de planejamento”? Algum dos “golpistas” tentou planejar os crimes, mas não conseguiu? 
A única pista para a ausência de perguntas e respostas é uma afirmação do próprio Moraes: “Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso aconteceu, então está tudo bem”.

O fato é que está sendo feito um esforço concentrado para dar novas vidas à ficção de que houve uma tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro. 

Fica mais patente, a cada dia, que os processos criminais contra os participantes do quebra-quebra – e mesmo contra quem estava a quilômetros de distância, protestando diante do QG do Exército em Brasília – são o maior monumento ao absurdo que a Justiça brasileira jamais construiu ao longo de sua história.

Os réus tinham tanta possibilidade concreta de dar um golpe naquele dia quanto a de invadir o planeta Marte; é por isso, entre outras razões, que começa a crescer no Congresso a ideia de uma anistia.  
É essencial, então, impor a imagem de que são os criminosos mais hediondos do Brasil – embora o linchamento do ministro Moraes em praça pública, segundo ele mesmo diz, seja algo com que não vale a pena perder tempo. É mais um espanto.

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 7 de junho de 2020

Ruas vazias falam mais alto (por Mary Zaidan) - Blog do Noblat


domingo, 7 de janeiro de 2018

Jefferson, o símbolo de uma modernidade



O ex-deputado Roberto Jefferson simboliza o anacronismo da elite do país

O ex-deputado Roberto Jefferson, que teve seu clã resgatado (nas suas palavras) com a nomeação da filha, Cristiane Brasil, para o Ministério do Trabalho, simboliza o anacronismo incrustado na elite iluminada e reformista do país. Das reformas do “collorato”, cuja tropa de choque ele comandou com 70 quilos a mais, ao reformismo de Michel Temer, Roberto Jefferson é a face parlamentar de um bloco político que vai do Congresso à Avenida Paulista. Numa ponta, a da avenida, ele é cosmopolita e tem currículo de grifes. Noutra, a do plenário de Brasília, tem prontuários. [em que pese parecer um absurdo  a nomeação da filha de Roberto Jefferson para o Ministério do Trabalho, temos que considerar como uma honraria prestada a um herói nacional: foi Roberto Jefferson quem denunciou o MENSALÃO - PT, o que começou o desmonte da farsa Lula, do maldito lulopetismo, e do projeto diabólico de perenização no poder da corja petista e deu ânimo para o PETROLÃO - PT e garantiu para Lula algumas dezenas de anos em condenação.]

O doutor Jefferson foi condenado a sete anos de cana por corrupção. Passou três anos preso, ganhou o benefício do regime aberto e, em 2016, foi indultado. Sua filha Cristiane estava na equipe da modernidade do Rio de Janeiro, ao tempo do prefeito Eduardo Paes, com títulos típicos da época: secretária Extraordinária da Terceira Idade e secretária Especial do Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida.  A ida da senhora para o ministério destinou-se a garantir a fidelidade dos 26 votos do bloco partidário liderado pelo PTB, presidido por seu pai, na votação da reforma da Previdência.

Há uma disfunção entre a natureza ideológica das reformas de Temer e a essência fisiológica de sua base parlamentar. À primeira vista, alguém está enganando alguém, mas cada lado acha que está enganando o outro e ambos acreditam que estão enganando todo mundo.  Não há novidade nisso. Antonio Palocci, o queridinho da banca no primeiro governo de Lula, está na cadeia, mas é falta de educação falar nisso. O “Italiano” da Odebrecht não sabia, mas encarnava o paradoxo de Roberto Campos. Liberal brilhante, em 1982 ele se elegeu senador por Mato Grosso, um estado com razoável população indígena. No mesmo ano, o Rio de Janeiro, onde só há índios no bloco Cacique de Ramos, elegeu o xavante Mário Juruna para a Câmara Federal. A eleição de Campos entrou para a crônica do caixa dois das eleições nacionais.

De Barão.do.Rio.Branco@edu para Temer@gov
Senhor presidente,
Quando vosmicê estava em campanha para depor Dilma Rousseff, anunciou que faria um ministério de notáveis. Não o fez, mas disse que formou uma equipe de jovens. Estou aqui com o Visconde do Uruguai e vimos que o senhor fez um ministério de notáveis rebentos. Sua última escolha foi a senhora Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson. Ela se junta a Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Sarney Filho (Meio Ambiente) e Helder Barbalho (Integração Nacional). Na sua equipe estiveram Geddel Vieira Lima e Henrique Alves, filhos do doutor Anfrísio e do governador Aluízio.

Eu e o Uruguai não podemos reclamar disso. Sou filho do Visconde do Rio Branco e ele é pai do Paulino José de Souza, o irredutível adversário da Lei do Ventre Livre. ACM Neto descende de Antonio Carlos Magalhães, que sucedeu no governo da Bahia a Luís Viana Filho, cujo pai governou o estado ao tempo da Guerra de Canudos. O avô de Nelson Jobim governou o Rio Grande do Sul. Ele presidiu o Supremo Tribunal e foi ministro da Justiça.

O que intriga no seu Ministério é a taxa de encarceramento. Quatro detentos ou filhos de ex-detentos num só Ministério é coisa nunca vista em nossa História, nem na das outras. Estão na cadeia Henrique Alves e Geddel. Estiveram presos o senador Jader, pai de Helder Barbalho, e Jefferson, pai de Cristiane. Nenhum deles foi para a cadeia por crime de opinião.

O Brasil teve uma gloriosa galeria de presos, do Padre Vieira a Tomás Antônio Gonzaga e José Bonifácio de Andrada. Nenhum deles tocou em dinheiro alheio. Do seu criado,
José Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco.

FH e Alckmin
Uma banda do tucanato eriçou-se porque Fernando Henrique Cardoso disse que, na hipótese de aparecer um candidato a presidente com capacidade de unir o centro, o PSDB deve apoiá-lo, mesmo que não pertença ao partido: “Vai fazer o quê?”

Esse enunciado do óbvio foi entendido como uma joelhada na candidatura do governador Geraldo Alckmin, e FH soltou uma nota explicando-se, sem desmentir-se.FH duvida que a candidatura de Alckmin voe. Apesar de existirem diversos tipos de doidos, nunca se soube de alguém que entrasse em avião sabendo que ele ia cair.

Xô, Clinton
O jornalista Michael Wolff revelou no seu livro “Fire and Fury” que Donald Trump dava por certa a sua derrota na eleição de 2016.

O Trumpistão que se instalou na Casa Branca deriva, em parte, dessa perplexidade. Não foi Trump quem ganhou, foi Hillary Clinton, com sua postura majestática, quem perdeu. Se Deus tiver pena do Partido Democrata, dará um jeito de livrá-lo do casal Clinton na campanha deste ano.

(...)

Provocação
O prefeito tucano de Porto Alegre, doutor Nelson Marchezan Jr., teve a primeira péssima ideia do ano. Pediu ao presidente Michel Temer que coloque tropas do Exército nas ruas de sua cidade no dia 24, quando o TRF-4 julgará Lula.

Marchezan diz que fez isso “para proteger o cidadão e o patrimônio público”. Acredita quem quiser. O Rio Grande é protegido por uma Brigada com 18 mil militares. O nível de inteligência dessa iniciativa pode ser comparado ao dos “generais do povo”, que puseram tanques para enfeitar as cercanias do comício da Central no dia 13 de março de 1964.

Porto Alegre
Há no PT uma articulação para transformar o ato de apoio a Lula num espetáculo de ordem. Para isso, haverá um esquema de pacificação, de olho em provocadores. O comissariado escaldou-se com o que aconteceu em Brasília em abril. Dentro da manifestação petista havia um grupo escolhido para invadir o Congresso. Antes que ele se mexesse, mascarados, saídos sabe-se lá de onde, começaram a quebrar prédios da Esplanada dos Ministérios.
O quebra-quebra levou o governo a botar uma tropa do Exército na rua, dizendo que atendia a um pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o que era falso.

Elio Gaspari, jornalista - O Globo
 

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Vandalismo e confronto com a PM marcam protesto de professores no Eixo Monumental



Professores bloqueiam Eixo, quebram vidro do Buriti e são contidos pela PM
Paralelamente, 40 professores ocupam o corredor de acesso ao gabinete da Câmara Legislativa do DF (CLDF) e fazem greve de fome
Quebra-quebra, vandalismo e confrontos marcaram a assembleia dos professores na manhã desta quarta-feira (11/11), na Praça do Buriti – que se transformou em uma manifestação de protesto contra o governo. No meio da manhã, eles votaram pela continuidade da greve e fizeram questão de fazê-lo de costas para a sede do Executivo. A paralisação da categoria dura quase 30 dias.

Além de bloquear todas as faixas do Eixo Monumental em frente ao Buriti e marchar pelo local, os professores invadiram o gramado em frente ao palácio, quando foram contidos por policiais militares que jogaram spray de pimenta contra os manifestantes. O deputado distrital Wasny de Roure (PT) acabou atingido por um dos jatos.

Cercas em frente ao local foram arrastadas para a pista e danificadas. Na entrada do prédio, vidros também foram quebrados. Os manifestantes negam terem arremessado objetos contra a sede do Governo do Distrito Federal (GDF). Cerca de 5 mil profissionais participaram do ato, segundo informações do sindicato da categoria. A Polícia Militar, no entanto, fala em 1,5 mil servidores. O Batalhão de Choque da PM foi acionado. Cerca de 80 militares estão no local. O grupo reivindica, entre outras questões, o pagamento dos últimos reajustes aprovados em 2013.

Paralelamente, 40 professores ocupam o corredor de acesso ao gabinete da Câmara Legislativa do DF (CLDF) e fazem greve de fome. A mobilização acontece em protesto às propostas apresentadas pelo governo, durante reunião realizada ontem, na tentativa de cessar a greve. O diretor do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) Cléber Soares esclareceu que diante do posicionamento do GDF em descontar os dias parados da categoria, a greve permanece. “Sendo assim, o ano letivo não vai acabar e a responsabilidade é do governador”, justificou.

Por volta de 13h, os professores continuavam em frente ao Buriti, onde, inclusive, alguns almoçavam. Uma reunião com integrantes do governo, deputados distritais e representantes da categoria, que teve início por volta de 13h terminou às 13h40. O GDF sinalizou que irá recuar em algumas propostas e um encontro entre os representantes do sindicato e o governador Rodrigo Rollemberg foi marcado para as 19h30. 

Por volta das 14h, os professores começaram caminhada até a Câmara Legislativa para dar apoio aos docentes que iniciaram a greve de fome. Por volta das 14h15, o Eixo Monumental foi desobstruído. Às 14h25, a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão, autorizou a entrada dos manifestantes, que estavam no corredor, na sala de reuniões

Fonte: Correio Braziliense