Ruqia
Hassan, de 30 anos, foi acusada pelo grupo extremista de ser espiã
Uma
jornalista que escreveu sobre o cotidiano da vida na cidade síria de Raqqa,
principal reduto dos Estado Islâmico, foi morta pelos jihadistas informaram ativistas e jornalistas
sírios. Ruqia Hassan, de 30 anos, foi acusada pelo grupo extremista
de ser espiã e teve a morte confirmada por sua família nos últimos dias.
Sobre o pseudônimo de Nissan Ibrahim,
Ruqia descrevia nas redes sociais a vida dos moradores de Raqqa - Reprodução Facebook
Sobre o
pseudônimo de Nissan Ibrahim, Ruqia descrevia nas redes
sociais a vida dos moradores de Raqqa e os frequentes ataques da coalizão internacional
contra os jihadistas. Depois de se formar em filosofia da Universidade
de Aleppo, ela se uniu à oposição ao regime de Bashar al-Assad, se baseou em
Raqqa e se recusou a sair da cidade após o EI tomar o local. Não se sabe ao
certo quando ela foi sequestrada pelo EI, mas sua última publicação no Twitter
ocorreu em 21 de julho do ano passado. “Vá
em frente e cortem a internet, nossos pombos mensageiros não vão reclamar”,
escreveu ela no microblog, mantendo o senso de humor e esperança mesmo nos momentos
difíceis.
Segundo o
ativista local sírio Abu Mohammed, as
últimas palavras da jornalista foram: “Estou
em Raqqa e recebi ameaças de morte. Quando o EI me prender e me matar, não tem
problema... porque é melhor do que (viver) humilhada por eles”.
O Estado Islâmico tem realizado
uma campanha de assassinatos cruéis para silenciar todos os que se posicionem contra o
grupo ou forneçam informações sobre os acontecimentos em Raqqa. Em alguns
vídeos, os extremistas já mostraram a execução de membros da organização
jornalística “Raqqa is Being Slaughtered Silently” (Raqqa está sendo massacrada
silenciosamente).
Fonte: O Globo
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