Informação foi revelada pelo serviço secreto da França durante audiência da CPI sobre os ataques de 2015
- Um membro brasileiro do Estado Islâmico estaria preparando um atentado
à delegação francesa durante os Jogos Olímpicos do Rio, segundo o
resultado de um inquérito parlamentar divulgado nesta quarta-feira pelo
jornal francês “Libération”. O conteúdo foi revelado durante uma
audiência a portas fechadas em 26 de maio com o chefe da direção de
informações militares (Direction du Renseignement Militaire), o general
Christophe Gomart, em uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre os
atentados de 2015 na França. A reportagem foi manchete do site do jornal
europeu.
Na transcrição publicada, Gomart não dá muitos detalhes sobre o plano
de atentado e responde aos parlamentares apenas que ficou sabendo da
informação “através de parceiros”.
Segundo o “Libération”, esse trecho não deveria ter vindo a público, o que explica a aparente incoerência da transcrição. No texto publicado no site da Assembleia Nacional, Gomart faz relatos do monitoramento feito pelo serviço de inteligência de suspeitos oriundos do Iêmen e da Líbia, quando o assunto aparece de repente, como pode ser visto a seguir:
General Christophe Gomart: Ao menos três fontes fazendo referências a sites do Daech [acrônimo do Estado Islâmico] em várias cidades sírias também puderam ser avaliadas graças aos conhecimentos e capturas do DRM [Direction du Renseignement Militaire] (...) Estas trocas permitem recuperar e confirmar as informações nos teatros de operações [termo militar].
George Fenech (deputado): Eu não havia ouvido falar deste brasileiro que pretendia cometer atentados contra a delegação francesa nos Jogos Olímpicos. Como você sabe disso?
General Christophe Gomart: Pelos nossos parceiros.
Na avaliação do jornal, “nossos parceiros” seriam os Estados com os
quais a França colabora na luta contra o terrorismo. O "Libération"
destaca que o Brasil prevê um “centro antiterrorista” formado por
especialistas americanos, britânicos, espanhóis e franceses.
Segundo o “Libération”, esse trecho não deveria ter vindo a público, o que explica a aparente incoerência da transcrição. No texto publicado no site da Assembleia Nacional, Gomart faz relatos do monitoramento feito pelo serviço de inteligência de suspeitos oriundos do Iêmen e da Líbia, quando o assunto aparece de repente, como pode ser visto a seguir:
General Christophe Gomart: Ao menos três fontes fazendo referências a sites do Daech [acrônimo do Estado Islâmico] em várias cidades sírias também puderam ser avaliadas graças aos conhecimentos e capturas do DRM [Direction du Renseignement Militaire] (...) Estas trocas permitem recuperar e confirmar as informações nos teatros de operações [termo militar].
George Fenech (deputado): Eu não havia ouvido falar deste brasileiro que pretendia cometer atentados contra a delegação francesa nos Jogos Olímpicos. Como você sabe disso?
General Christophe Gomart: Pelos nossos parceiros.
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