Greve dos bancários já dura 25 dias, é a terceira mais longa desde 2004
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%
A greve dos bancários, que entrou em seu 25º
dia, já é a segunda mais longa desde 2004, quando a paralisação chegou a
30 dias. Em 2013, a segunda maior do período, a greve teve 24 dias.
Ontem, após reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o
Comando Nacional dos Bancários disse que os representantes dos bancos
sinalizaram com um novo modelo de acordo, que passará a ter validade de
dois anos, em vez de um, como ocorreu nos últimos anos. “O acordo
de dois anos pode ser uma boa alternativa, desde que traga ganho para
os bancários”, disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos
Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do
Comando Nacional dos Bancários. Em nota, a Fenaban disse que a
negociação continuará hoje. Segundo os bancários, uma reunião está
marcada para as 15h.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de
14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%;
participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos
de R$ 8.317,90; piso no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24),
e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário
mínimo nacional (R$ 880). Também é pedido décimo quarto salário, fim das
metas abusivas e do assédio moral.
A proposta dos bancos, apresentada no último dia 9, foi de um reajuste de 7% para os salários e benefícios, somado a um abono de R$ 3.300 a ser pago em até dez dias após a assinatura do acordo. O reajuste seria aplicado também no PLR. “A proposta apresentada traduz o esforço dos bancos por uma negociação rápida e equilibrada, capaz de atender às demandas por correção salarial e outros itens da Convenção Coletiva, com um modelo ajustado à atual conjuntura econômica”, disse em nota, na noite de ontem, a Fenaban.
Um balanço feito no fim do dia de ontem pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região informa que 913 locais de trabalho, sendo dez centros administrativos e 903 agências fecharam nesta terça-feira (27) na base do sindicato, com mais de 32 mil trabalhadores aderindo à greve.
Fonte: Agência Brasil
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