Enquanto o vale-refeição pago aos funcionários do Executivo é de R$ 458 mensais, o valor chega a R$ 884 no Judiciário e a R$ 924 na Câmara e no Senado.
A guerra por salários entre servidores evidencia também disparidades que
marcam as remunerações no setor público. É o caso do
auxílio-alimentação, que é cerca de 100% maior no Legislativo e no
Judiciário em relação ao Executivo. Enquanto o vale-refeição pago aos
funcionários do Executivo é de R$ 458 mensais, o valor chega a R$ 884 no
Judiciário e a R$ 924 na Câmara e no Senado.
Os servidores ainda
recebem auxílio pré-escolar e auxílio à saúde, valores que reforçam a
remuneração básica mês a mês e que também demonstram realidades
diferentes entre os Poderes. No auxílio pré-escolar, o valor é de R$ 782
para o Legislativo, de R$ 699 para o Judiciário e de R$ 321 para
funcionários do Executivo. As disparidades se estendem aos
salários básicos (sem benefícios) de algumas carreiras, como a de
médico. Na Fiocruz, uma instituição de excelência em saúde pública, um
médico com doutorado ganha entre R$ 4,2 mil e R$ 8,4 mil mensais por uma
jornada de 20 horas.
Outras categorias, como funcionários do Banco Central e do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, também passaram a reivindicar a criação de um bônus. "Não temos de comentar sobre o pedido de outras categorias", rebateu o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), Cláudio Damasceno. Entre as carreiras que já tiveram o reajuste assegurado, a avaliação é de que o governo apenas honrou o acordo firmado. "Eles já avaliavam todo o contexto político e econômico. Mas tem algumas carreiras que não aceitaram (a proposta do governo) e talvez tenham perdido a oportunidade de ganhar", disse a presidente da Associação Nacional dos Membros das Carreiras da Advocacia-Geral da União (Anajur), Joana Mello. Com o aumento, os salários iniciais da AGU passarão de R$ 17,33 mil neste ano para R$ 19,2 mil em 2017.
Fonte: Correio Braziliense
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