Prisão de Palocci coloca Lava-Jato cada vez mais perto de Lula
A narrativa construída pelos procuradores da Lava-Jato e pelo juiz Sérgio Moro, na opinião unânime dos petistas, leva direto ao ex-presidente
A prisão de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda e ex-chefe da Casa
Civil, representa mais uma baixa na longa lista de petistas que chegaram
ao poder com Luiz Inácio Lula da Silva em 2003 e que caíram por
acusações de corrupção no mensalão, na Lava-Jato ou em ambos. Palocci é o
12º nome dessa lista, que inclui outros três ex-ministros —como José
Dirceu —, um ex-presidente da Câmara, um ex-líder do governo no Senado,
um ex-presidente e um ex-vice do PT, três ex-tesoureiros da legenda e um
ex-secretário-geral do partido.
A
narrativa construída pelos procuradores da Lava-Jato e pelo juiz Sérgio
Moro, na opinião unânime dos petistas, leva direto ao ex-presidente
Lula, que passa a ser o principal alvo a ser buscado, embora não se
saiba em quanto tempo essa situação vá ocorrer. A 35ª fase da Lava-Jato
levou para a prisão temporária em Curitiba o homem que, ao lado de
Dirceu, permitiu que o ex-torneiro mecânico chegasse ao Planalto.
Dirceu foi o responsável por abrir a cabeça do partido para compor alianças menos ortodoxas e aceitar, por exemplo, um empresário (José Alencar) como vice de Lula em 2002. E foi Palocci quem idealizou a Carta ao Povo Brasileiro, que amansou o PIB e provou que o PT, caso chegasse ao poder, não descumpriria contratos ou promoveria o calote na dívida externa.
Curiosamente, Palocci, ex-prefeito de Ribeirão Preto, até então, sequer fazia parte da cúpula petista. Herdou a vaga de coordenador do programa de governo após o assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002. [não pode ser olvidado que há fortes suspeitas, que logo produzirão denúncias, do envolvimento do Lula, Gilberto Carvalho e do próprio Palocci no assassinato do ex-prefeito Celso Daniel.] Foi o responsável por conduzir o ajuste fiscal do primeiro mandato, ao lado do então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles — hoje ministro da Fazenda do governo de Michel Temer.
Dirceu foi o responsável por abrir a cabeça do partido para compor alianças menos ortodoxas e aceitar, por exemplo, um empresário (José Alencar) como vice de Lula em 2002. E foi Palocci quem idealizou a Carta ao Povo Brasileiro, que amansou o PIB e provou que o PT, caso chegasse ao poder, não descumpriria contratos ou promoveria o calote na dívida externa.
Curiosamente, Palocci, ex-prefeito de Ribeirão Preto, até então, sequer fazia parte da cúpula petista. Herdou a vaga de coordenador do programa de governo após o assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002. [não pode ser olvidado que há fortes suspeitas, que logo produzirão denúncias, do envolvimento do Lula, Gilberto Carvalho e do próprio Palocci no assassinato do ex-prefeito Celso Daniel.] Foi o responsável por conduzir o ajuste fiscal do primeiro mandato, ao lado do então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles — hoje ministro da Fazenda do governo de Michel Temer.
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