Uma conta de água, mensal, acima de R$ 800, já segura muito gastador - ontem quase tive que sair aos tapas com um vizinho idiota que resolveu lavar a rua, o asfalto; só parou o desperdício quando concedi 3 minutos para ele desligar a água ou eu começaria o enquadramento cortando a mangueira.
A minha postura firme e inflexível ajudou a que ele pensasse e concluísse que estava errado e eu certo e parou.]
Racionamento de água chega ao Plano Piloto, com corte por 10 horas
Além de a Barragem do Descoberto ter chegado ao nível mais baixo da história, cinco cidades ficarão sem água até hoje
A Barragem do Descoberto, que abastece dois terços da população do
Distrito Federal, chegou ao nível mais baixo da história da capital
ontem, quando atingiu apenas 38,6% da capacidade. São 22 dias sem
chuvas, e as temperaturas se mantêm acima dos 30ºC. Várias regiões
administrativas seguem regime de interrupção no abastecimento. Nesta
semana, além de São Sebastião, Planaltina, Sobradinho e Sobradinho 2,
que ficaram sem água durante toda a segunda-feira, os moradores da Asa
Norte não verão torneiras e chuveiros funcionando na quinta-feira, das
8h às 18h, quando o serviço será cortado (veja Regiões afetadas).
A
crise hídrica é uma realidade no DF e, mesmo que precipitações estejam
previstas para o começo de outubro, o que pode normalizar a situação, o
cenário demonstra o quanto a omissão das autoridades e a ocupação
desordenada do solo levam à possibilidade de não ter água suficiente
para assegurar o abastecimento de toda a cidade. “A situação é bastante
grave e gera um quadro de responsabilidade compartilhada. Vemos a
possibilidade de passarmos por um momento bastante crítico em
consequência das nossas ações: temos um problema de gestão de
território, com mais de 500 condomínios irregulares, e isso traz um
impacto enorme nos recursos hídricos”, afirma a promotora de Defesa do
Meio Ambiente Marta Eliana de Oliveira.
Nas regiões em
que os cortes se tornaram fato, os comerciantes calculam os prejuízos
por causa da diminuição do movimento. Um lava a jato da Estância
Quinta, em Planaltina, deixou de funcionar no domingo. “Para abrir o
lava a jato, preciso contratar um caminhão-pipa por R$ 80, mas o lucro
diário do meu estabelecimento é de R$ 120. Não sei como vou me manter
daqui para a frente”, lamenta o proprietário, Adelson Almeida, 33 anos.
“Não posso seguir funcionando com tantos gastos. Tenho funcionários e
contas para pagar.”
Queixa
Uma padaria da
mesma região preocupa os clientes por estar com as vitrines vazias e o
chão por lavar. A máquina que produz pão tem dispositivo para
borrifar, que necessita de água para funcionar, mas os empregados
economizam com medo de desabastecimento. A dona do estabelecimento,
Francisca Lopez, 39, relata que depende de reservatórios para abrir o
comércio. “Muita gente não entende por que o local está sujo. Não
podemos ficar desperdiçando água com certas coisas. Agora, estamos
alimentando a máquina com um copo, correndo o risco de sofrer um
curto-circuito”, diz.
Segundo a comerciante, as torneiras
começaram a esvaziar na última sexta-feira. A principal reclamação dos
moradores foi a falta de aviso sobre o racionamento. “Só ficamos
sabendo da ação no sábado, quando estávamos sem água. Agora, temos de
correr atrás para não ficar no prejuízo. A minha sorte é que tenho
caixas d’ água, mas e quem não se atentou a enchê-las?”, questiona. De
acordo com a Caesb, a interrupção do serviço ocorreu às 11h de ontem e
duraria 24 horas.Fonte: Correio Braziliense
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