Após João Santana, Duque atinge Lula e o partido em cheio
Até semanas atrás, parlamentares petistas comemoravam o fato de a
delação da Odebrecht ter atingido em cheio seus principais adversários e
ter revelado que o caixa 2 e a corrupção eram disseminados entre
políticos de quase todos os partidos. O depoimento do ex-diretor da
Petrobras Renato Duque, no entanto, coroa um novo período de inferno
astral do PT que começou quando o publicitário João Santana firmou sua
delação, há cerca de um mês.
Preso desde março de 2015, Duque vem tentando fechar um
acordo de delação premiada e decidiu pedir uma audiência com o juiz
Sergio Moro para demonstrar seu poder de fogo. Conseguiu. Após Santana
informar à Justiça que os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff tinham
conhecimento do uso de caixa 2 em suas campanhas, agora Duque afirma que
o ex-presidente também sabia detalhes do esquema de corrupção. E ainda
teria tentado convencê-lo a extinguir contas de corrupção no exterior.
Embora suas acusações sejam difíceis de ser provadas de
forma cabal, pois envolvem reuniões privadas que precisariam ter sido
gravadas, elas vêm do homem escolhido pelo ex-ministro José Dirceu para
comandar a diretoria de Serviços da Petrobras e lá permitir que o
partido fizesse milionárias arrecadações enquanto estivesse à frente do
Planalto.
Nas próximas semanas, a situação, que já é delicada, pode piorar. Isso depende de o ex-ministro Antonio Palocci cumprir a promessa feita ao juiz Sergio Moro de ajudar as investigações revelando “fatos, com nomes, endereços, operações realizadas”. Todas as pesquisas deixam claro que Lula detém hoje a fidelidade eleitoral de cerca de 30% dos brasileiros. É improvável que ele perca o posto de líder da disputa presidencial até o início de 2018. O que esses depoimentos agora minam, no entanto, são suas chances de vencer em um eventual segundo turno um adversário sem rejeição massiva. Isso, é claro, se chegar lá solto e elegível.
Nas próximas semanas, a situação, que já é delicada, pode piorar. Isso depende de o ex-ministro Antonio Palocci cumprir a promessa feita ao juiz Sergio Moro de ajudar as investigações revelando “fatos, com nomes, endereços, operações realizadas”. Todas as pesquisas deixam claro que Lula detém hoje a fidelidade eleitoral de cerca de 30% dos brasileiros. É improvável que ele perca o posto de líder da disputa presidencial até o início de 2018. O que esses depoimentos agora minam, no entanto, são suas chances de vencer em um eventual segundo turno um adversário sem rejeição massiva. Isso, é claro, se chegar lá solto e elegível.
Fonte: O Globo
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