Ministro do Supremo acirra conflito pessoal com Ministério Público Federal
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
classificou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como o "mais
desqualificado" da história da Procuradoria. As declarações, dadas em
entrevista à Rádio Gaúcha, são mais um capítulo dos embates públicos
entre o magistrado e o chefe do Ministério Público Federal (MPF), uma
oposição que se acirrou desde o acordo de delação premiadas dos irmãos
Batista, donos da JBS.
Questionado se o Supremo ainda pode reavaliar o acordo de delação da
JBS, Gilmar disse ter "certeza absoluta" de que isso acontecerá e que
"certamente será suscitado em algum processo". Perguntado sobre o
procurador-geral, não poupou críticas: — Quanto ao Janot, eu o considero o procurador-geral mais
desqualificado que já passou pela história da Procuradoria. Ele não tem
preparo jurídico nem emocional para dirigir um órgão dessa importância.
PROCESSOS EM MARTE
Gilmar Mendes também falou sobre seus sucessivos encontros com o presidente Michel Temer e com outros políticos. O ministro do STF disse não ver qualquer tipo de problema e ironizou uma suposta falta de isenção para julgar parlamentares com que se reúne.
— Querem criar uma discórdia sobre encontros com presidente da República. Isso é uma bobagem. Estamos hoje com cerca de 300 ou 400 parlamentares investigados. E toda hora encontramos com eles em Brasília, é inevitável. Tenho que discutir questões orçamentárias do TSE, discutir projetos de interesse da Justiça Eleitoral... vou falar com quem? Com o presidente da Câmara e do Senado — disse. — Estou em Brasília desde 1974. São poucos os parlamentares que não me conhecem, que não tem nenhum relacionamento comigo. Se eu ficasse impedido de julgar porque conheço um parlamentar ou outro, ou qualquer um de nós do STF, teria-se que levar as causas para Marte.
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) classificou as críticas de Gilmar Mendes como "deploráveis". Para a associação, o ministro do STF deixou de lado a condição de magistrado da mais alta Corte do país e, assumindo posição próxima da política partidária, passou a fazer ataques pessoais e sem fundamento contra o procurador-geral.
Gilmar Mendes também falou sobre seus sucessivos encontros com o presidente Michel Temer e com outros políticos. O ministro do STF disse não ver qualquer tipo de problema e ironizou uma suposta falta de isenção para julgar parlamentares com que se reúne.
— Querem criar uma discórdia sobre encontros com presidente da República. Isso é uma bobagem. Estamos hoje com cerca de 300 ou 400 parlamentares investigados. E toda hora encontramos com eles em Brasília, é inevitável. Tenho que discutir questões orçamentárias do TSE, discutir projetos de interesse da Justiça Eleitoral... vou falar com quem? Com o presidente da Câmara e do Senado — disse. — Estou em Brasília desde 1974. São poucos os parlamentares que não me conhecem, que não tem nenhum relacionamento comigo. Se eu ficasse impedido de julgar porque conheço um parlamentar ou outro, ou qualquer um de nós do STF, teria-se que levar as causas para Marte.
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) classificou as críticas de Gilmar Mendes como "deploráveis". Para a associação, o ministro do STF deixou de lado a condição de magistrado da mais alta Corte do país e, assumindo posição próxima da política partidária, passou a fazer ataques pessoais e sem fundamento contra o procurador-geral.
Fonte: O Globo
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