No
processo do tríplex no Guarujá, Lula disse que não era o proprietário e que
jamais passou uma noite no imóvel. Admite que visitou o apartamento na
companhia de Léo Pinheiro, da OAS. Alega que Marisa pensou em comprá-lo. Mas
desistiu. Esse lero-lero, como se sabe, não colou. Agora, tenta-se o mesmo
truque no processo sobre o sítio de Atibaia. Arrolado como testemunha de
defesa, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, disse que soube que
Lula pensou em comprar o sítio.
É muito
curiosa a relação de Lula com os imóveis. Ele pensa em comprar uma propriedade
e, subitamente, a OAS, a Odebrecht ou as duas providenciam os confortos. No
tríplex, o elevador, a cozinha, a sauna… No sítio, outra cozinha, a reforma da
sede, a construção de anexos… De repente, quando a coisa vira escândalo, Lula
sai de fininho pela porta de emergência. ''Não é meu, não tenho nada a ver com
isso.''
São
fartas as evidências de que Lula usufruía do sítio como dono. Servidores que
assessoram o ex-presidente receberam da União 1.096 diárias por viagens a
Atibaia entre 2012 e 2016. Funcionários do sítio trocaram e-mails com o
Instituto Lula. Havia roupas e objetivos pessoais de Lula e Marisa espalhados
pela casa.
Tudo isso e mais R$ 1 milhão em reformas custeadas pela Odebrecht,
com cozinha da OAS. Se o mimo do Guarujá custou a Lula 12 anos e 1 mês de
cadeia, o caso do sítio deve render condenação semelhante ou até maior.
Blog do Josias de Souza
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