Petistas e tucanos desenvolveram um método suicida para livrar seus cardeais de complicações criminais. Ao protelar o andamento dos processos, enfiaram os escândalos dentro da campanha eleitoral de 2018. Num processo contra Lula, Sergio Moro acaba de levantar o sigilo da delação-companheira de Antonio Palocci. Vieram novamente à tona os podres de Lula num instante em que o líder-presidiário transfere eleitores para o seu poste.
Em São Paulo, dias atrás, o Ministério Público formalizara denúncias contra os presidenciáveis Fernando Haddad e Geraldo Alckmin. Noutras praças, realizaram-se prisões ou batidas policiais de busca e apreensão contra três réus tucanos: Beto Richa, no Paraná; Reinaldo Azambuja, no Mato Grosso do Sul; e Marconi Perillo, em Goiás. Em vez de se defender, os acusados atacam magistrados e investigadores, acusando-os de persegui-los politicamente para influir nas eleições.
Quase tudo mudou na política brasileira, menos a mania do PT e do PSDB de reagir aos escândalos acionando a tática da blindagem dos seus suspeitos. No gogó, todos pregam o rigor e a transparência nas investigações. Na prática, querem rigor para os adversários e transparência de vidro fumê para o eleitor. Petistas e tucanos deveriam refletir sobre os efeitos da política de acobertamento. O resultado mais visível se chama Jair Bolsonaro.
Blog do Josias de Souza
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Todos os presidenciáveis ajustam seus discursos e suas táticas. Bolsonaro não.
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Bolsonaro, até ontem um inexpressivo membro do baixo clero da Câmara, sintonizou-se com os brasileiros atropelados pela economia débil e afrontados pela roubalheira vigorosa.
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