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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Geraldo Azevedo pede desculpas ao General Mourão

Mourão diz que vai processar compositor por fala sobre tortura; Azevedo pede desculpas

Após críticas de Haddad, Mourão afirma que vai processar artista que o acusou de ser torturador

Candidato do PT acusou Mourão de ser torturador após falas do cantor e compositor Geraldo Azevedo, que disse ter sido preso por Mourão durante a ditadura, em 1969; vice de Jair Bolsonaro (PSL) entrou no Exército em 1972

 

O general da reserva Hamilton Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), disse que vai processar o cantor e compositor Geraldo Azevedo que o acusou em um show no fim de semana de torturá-lo durante o regime militar.
 
Ao Estado, Mourão afirmou que em 1969, ano em que o artista esteve preso pela primeira vez, ainda não tinha ingressado no Exército. Procurado pela reportagem na manhã desta terça-feira, Azevedo negou que o candidato a vice na chapa de Bolsonaro estivesse entre os militares que o torturaram quando ele foi preso, em 1969 e em 1974.

“É uma coisa tão mentirosa”, disse Mourão. “Ele me acusa de tê-lo torturado em 1969. Eu era aluno do Colégio Militar em Porto Alegre e tinha 16 anos”, afirmou o general da reserva. “Cabe processo.” Hamilton Mourão entrou em 1972 na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e se formou em 1975. É filho do general de divisão Antonio Hamilton Mourão e Wanda Coronel Martins Mourão.

As declarações de Geraldo Azevedo, dadas em show no final de semana na Bahia, foram citadas pelo candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad, em sabatina, nesta terça-feira pela manhã, no jornal “O Globo”.  Em nota, o artista pediu desculpa “pelo transtorno causado pelo equívoco e reafirmou sua opinião de que não há espaço no Brasil de hoje para a volta de um regime que tem a tortura como política de Estado e cerceia a liberdade de imprensa”.
 
 

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