Recomeçou o horário eleitoral, agora em ritmo de mata-mata, com tempo
de propaganda igual para os dois presidenciáveis. Num ponto, a disputa
atual lembra a sucessão de 1989. A exemplo do que fizeram Collor e Lula
na primeira eleição direta depois da ditadura militar, Bolsonaro e
Haddad insultam-se em rede nacional, ocultando dos eleitores as
fragilidades de suas propostas para um país em crise.
Há sobre a
mesa do próximo presidente da República uma turbulência fiscal, uma
crise moral e um Congresso fragmentado. O resultado das urnas não fará
desaparecer os problemas. O que pode desaparecer é a legitimidade de um
presidente eleito que tenha vendido na campanha soluções simplistas para
encrencas complicadas.
Há 29 anos, Collor achincalhava Lula,
acusando-o de planejar “luta armada”, inspirado em “Hitler e Khomeini”.
Lula afrontava Collor, tachando-o de filho de uma família que “mata
trabalhador rural”. Hoje, Bolsonaro trata Haddad como doutrinado do Foro
de São Paulo, que fará do Brasil uma Cuba ou uma Venezuela.[tão certo quanto Lula está preso é que Haddad, se eleito transformará o Brasil em uma Venezuela piorada = uma Cuba; a transformação será tanto no aspecto político - seguindo os ditames do bolivarianismo, via Foro de S. Paulo - quanto no aspecto economico = implantando no Brasil a política economica do Chavez?Maduro que f ... com a vida dos venezuelanos;
para fechar com chave de ouro a latrina na qual Haddad transformará o Brasil, Haddad destruirá a legítima representação popular transformando nossa Pátria em uma república plebiscitária.]
E Haddad
insinua que Bolsonaro mergulhará o país na barbárie. O Brasil não será
comunista. [ao contrário, será um País que seguirá em conjunto e harmonia o lema da Bandeira Nacional = ORDEM e PROGRESSO - a propósito o comunismo é tão preferido no Brasil, que, graças a DEUS, nessa eleição o povo decretou a extinção (não atendimento das exigências da 'cláusula de barreira') dos dois partidos que tem em seus nomes a maldita palavra = comunista.] Também não há sinal de guerra civil. Mas as ruínas
ideológicas de 2018 revelam que aquele horizonte bonito que viria junto
com a democracia continua sendo uma utopia irrealizável.
Blog do Josias de Souza]
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