[Audiência de Custódia = um mal desnecessário]
Jonathan Sousa Lopes, 20 anos, foi preso na noite desta quarta-feira (14/11), 28 horas depois do crime
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na noite desta quarta-feira (14/11), Jonathan Sousa Lopes, 20 anos. Segundo os investigadores, ele é o autor do latrocínio praticado contra Osterno Guilherme Martins Linhares de Sousa, 16, filho de um bombeiro militar, na tarde desta terça-feira (13/11). Guilherme, como era chamado, havia saído da escola e esperava o pai em frente à residência quando foi abordado por Jonathan.
Osterno Guilherme Martins Linhares de Sousa, 16 anos, foi enterrado em Taguatinga (foto: Acervo pessoal/Reprodução)
O delegado Ricardo
Viana, da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), era o responsável pela
investigação. Ele conta que Jonathan é conhecido na região por cometer
diversos crimes. "Ele é um velho conhecido da delegacia. Quando menor de
idade, foi apreendido por quatro crimes análogos ao roubo. Ele ficou
internado durante três anos, saiu agora em fevereiro. Em julho, ele
roubou um estabelecimento comercial. Representamos pela prisão
preventiva dele, mas o poder Judiciário não achou conveniente deferir o
mandado de prisão e ele ficou solto", disse. [AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA - um marginal é preso por um crime e mesmo tendo saído a pouco tempo da cadeia, é apresentado a um Juiz que entende que aquele bandido não oferece perigo à sociedade, o liberta, o bandido comete crime mais grave.
Não existisse a tal AUDIÊNCIA o bandido teria ficado preso e um jovem de 16 anos estaria vivo.
O caso da vítima Guilherme não é o primeiro no DF, e, infelizmente, enquanto houver a proteção a marginais representada pelo recurso da tal AUDIÊNCIA, novas vítimas serão mortas, por bandidos que no entendimento do Poder Judiciário não representam perigo.]
As investigações tiveram duração de 28 horas, com diligências
ininterruptas. Ricardo conta que chegou ao suspeito após denúncias
anônimas e a identificação de outros roubos ocorridos naquela região no
mesmo dia. "Hoje, trouxemos ele (Jonathan) à delegacia com o intuito de
saber informações de onde ele estava ontem, durante o crime. Ele disse
que dormiu durante 17 horas seguidas, por causa do uso de drogas.
Entretanto, familiares relatam que ele saiu de casa justamente antes do
crime e retornou à residência depois do ocorrido", conta o delegado. A arma do crime ainda não foi localizada.
Relembre o caso
O crime aconteceu na tarde
desta terça-feira (13/11), no Setor O. Osterno Guilherme Martins
Linhares de Sousa, 16 anos, é o filho de um bombeiro militar do Distrito
Federal, e não resistiu ao levar um tiro no queixo. O assalto aconteceu
por volta das 15h40, próximo à residência do rapaz, que fica em frente
ao quartel do Corpo de Bombeiros, na QNO 18, em Ceilândia.
Jhonatta Souza Lopes presta depoimento - AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA = ESTÍMULO À CRIMINALIDADE
A vítima cursava o 2º ano do ensino médio. Ele havia saído da
escola e seguia para casa quando foi abordado por Jonathan Sousa em uma
bicicleta. As testemunhas não souberam informar se ele reagiu ao
assalto, mas acabou atingido por um disparo. Nesta quarta-feira (14/11), o corpo de Osterno Guilherme foi velado no
cemitério Campo de Esperança de Taguatinga. Mais de 70 pessoas estavam
no enterro, entre familiares, amigos de escola e colegas de trabalho do
pai, Antônio Martins.
Delegado narra prisão do assassino de Guilherme - 1ª parte
No velório, a família pediu
justiça pela morte do filho. "Deus está à frente de tudo. E estamos
confiantes", afirmou um dos irmãos da vítima. A amiga Dayana Ribeiro, 25
anos, conta que vão ficar as memórias boas do adolescente. "Ele era um
filho pra mim. Sabe aquele filho que toda mãe quer? Amava música
sertaneja. A gente sempre ouvia junto. Era uma pessoa muito divertida.
Tá doendo demais", lamentou.
Delegado narra prisão do assassino de Guilherme - 2ª parte
Colegas de escola
de Osterno Guilherme preparam uma homenagem para o amigo na próxima
segunda-feira (19/11). "Era uma pessoa muito boa. Merece a nossa
homenagem", disse o amigo Keven Augusto, 16. No
vídeo abaixo confira imagens de um roubo também cometido por Jonathan
Sousa Lopes, em 13 de junho deste ano, na QNO 13, em uma loja de
informática, no qual ele foi identificado, mas a Justiça negou a prisão
preventiva:
Ladrão que matou por celular rouba loja de informática [se o pai do garoto assassinado ou qualquer outra pessoa de BEM decidir pelo abate do assassino - logo estará solto, seja para aguardar o julgamento em liberdade por ser réu primário (tecnicamente é primário, com certeza ainda não foi julgado e condenado pelo roubo mostrado acima), seja em um saídão - a Justiça com certeza não vai considerar o autor do abate alguém que não oferece perigo à sociedade e determinará sua prisão.]
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