Tudo não passou de um mal entendido...
A acreditar no que ouviu de Lula e do
empresário Fernando Bittar a respeito da reforma do sítio de Atibaia
feita pelas construtoras Odebrecht e OAS, a juíza federal Gabriela Hardt
arquivará o processo contra os dois e mais 9 pessoas porque tudo não
teria passado de um mal entendido.
Um dos donos do sítio, pelo menos no papel, Bittar disse que jamais soube o preço da reforma, nem quem arcou com ele, sequer quem a fez. Porque na cabeça dele a reforma seria paga por quem a encomendara. “Eu não sei dizer se eles (Lula e Marisa) pagaram. Mas na minha cabeça…”
Hardt emendou: “Mas foi na sua propriedade, o benefício foi para o senhor.” E Bittar respondeu sem corar: “Sim. Na minha cabeça, eu imaginava que isso eles teriam que pagar. Eu estava cedendo um espaço para eles construírem alguma coisa”.
Na cabeça de Lula, a reforma que custou pouco mais de R$ 1 milhão seria paga por Bittar. Perguntado se procurara a Odebrecht e a OAS para pagar a reforma, Lula respondeu também sem corar: “A chácara não é minha. Quem tinha que falar de obra era quem é dono da chácara”.
Mas nem com Marisa Letícia, sua mulher, Lula conversou sobre o assunto? – perguntou o representante do Ministério Público. E Lula retrucou: “Nunca conversei com ninguém sobre as obras do sítio de Atibaia porque eu queria provar que o sítio não era meu”.
É, faz sentido. Coisa de mafioso. Ou de quem sempre gostou de viver de obséquios.
Blog do Noblat - Veja
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