Maiores unidades públicas do Distrito Federal funcionam com restrições a quem não corre risco de morte. Secretaria orienta pacientes a procurarem unidades básicas de saúde
[Ibaneis não resolve, apenas demite; os funcionários comissionados da área de Saúde do DF, com receio de serem demitidos, optaram por deturpar os fatos.
O presidente do Iges-DF, declarou que as UPA's não estão dando conta do atendimento devido as pessoas não procurarem os postos de saúde = UBS;
só que os doentes vão nas UBS e não tem médicos, o recurso é ir para as UPA's, que também não tem médicos = a UPA da Ceilândia tinha apenas um médico para atender 42 pacientes internados.
Vão para os hospitais não tem médicos.
Mas, mesmo sem médicos, a sugestão do chefe do Iges-DF obriga que o paciente ao se sentir mal, ter que antes fazer uma análose do seu quadro de saúde e decidir se sua DOR é DOR de UBS; DOR de UPA ou DOR de HOSPITAL. Apesar de Ibaneis sempre falar que contratou quase quinhentos médicos eles ainda não apareceram nem nas UBS, nas UPAs ou os HOSPITAIS.]
Pacientes da rede pública de saúde do Distrito Federal agora lidam
com a imprevisibilidade. No domingo, por causa da superlotação, ao menos
seis hospitais dispensaram aqueles com quadro de saúde considerado
menos grave. A medida foi mantida nesta segunda-feira (10/6) e sem
previsão de suspensão. A Secretaria de Saúde
alega que o procedimento visa atender todos aqueles com risco de morte,
para não repetir casos recentes, como o da jovem de 19 anos que morreu
com fortes dores abdominais, após ser recusada pelo Hospital Regional de
Sobradinho, mês passado. Esse e outros casos levaram a uma série de
demissões em unidades de saúde pública da capital.
A
pasta diz que a medida é “dinâmica” e impossível de ser informada com
antecedência. “Vale ressaltar que a restrição é consequência da
superlotação. Os médicos de plantão precisam reavaliar os pacientes
internados para liberação de leitos ou encaminhamento para enfermarias,
além de acompanhar os casos graves, que exigem assistência permanente.
Assim, o atendimento a novos pacientes fica limitado aos casos graves”,
informou a secretaria, por meio de nota.
A Secretaria de Saúde não informou quais hospitais atenderam apenas
casos graves na manhã desta segunda-feira (10/6). Disse, também em
nota, não haver canal de comunicação onde um paciente possa consultar se
há disponibilidade médica nas unidades antes de sair de casa.
Nesta
segunda-feira (10/6), os clínicos gerais do Hospital Regional de
Taguatinga (HRT) atendiam só pacientes com pulseira vermelha, ou seja,
os casos graves. Mas, como não sabiam, pessoas com todos os tipos de
problemas procuraram a unidade, lotando a recepção, como de costume. A
falta de cadeiras fez com que muitos fossem para o lado de fora da
unidade aguardar o atendimento. Funcionário de
uma pizzaria de Taguatinga e morador de Ceilândia, Francisco dos Santos,
39 anos, tentava atendimento pela terceira vez consecutiva. “Caí de
bicicleta na quinta-feira e estou com muita dor nas pernas. Pensei que
era algo simples, mas estou piorando”, lamentou.
Francisco
chegou ao hospital por volta das 9h e ficou até a tarde, sem
atendimento. “Tentei trabalhar os primeiros dias, mas, hoje (nesta
segunda-feira — 10/6), não aguentei de dor. Como trabalho à noite, tento
ver o médico durante o dia ir ao emprego à noite”, comentou.
Além do HRT, o Correio
esteve no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na tarde desta
segunda-feira (10/6). A unidade também atendia apenas pacientes com
pulseira vermelha. “Não consegui ser atendido no Hospital de Brazlândia e
vim para o de Ceilândia. Rompi um ligamento do joelho e estou com muita
dor”, contou o vigilante Djalma Cardoso, 46. O
homem chegou ao HRC por volta das 12h e, até as 15h, sequer tinha
passado pela triagem. “Teve gente que esperou mais de cinco horas. Tive
que chamar um amigo para me trazer de carro, porque não consigo
dirigir”, reclamou. Djalma está sem trabalhar há uma semana.
A
Secretaria de Saúde orienta o paciente a ir primeiro a uma Unidade
Básica de Saúde (UBS). Caso necessário, será encaminhado a um hospital.
Nos fins de semana, pacientes com menos gravidade são encaminhados às
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Nesta
segunda-feira (10/6), pacientes que procuravam atendimento de clínico
geral no HRC eram encaminhados à UPA de Ceilândia, mas a situação da
unidade era pior do que a emergência do hospital. Sem lugar até para
ficar em pé, dezenas de pessoas se amontoavam do lado de fora. “Estou
com manchas vermelhas, garganta doendo e muita coceira. Acho que estou
com dengue, mas não tem médico”, afirmou a dona de casa Luci Nascimento
Silva, 57.
Ela chegou à UPA por volta das 9h.
Por volta das 12h, fez exame de sangue, mas, às 16h, o resultado ainda
não havia ficado pronto. “Moro no Sol Nascente e, quando venho aqui,
sempre está lotado. O governo precisa olhar para a gente”, criticou.
A
Secretaria de Saúde informou que 619 profissionais integrarão o quadro
da pasta nas próximas três semanas.[INTEGRARÃO = FUTURO DISTANTE...] Eles fazem parte das unidades
gerenciadas pelo Instituto de Gestão Estratégica da Saúde (Iges-DF). Do
total, 468, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e
assistentes sociais, serão encaminhados às UPAs. O restante fará parte
do Hospital Regional de Santa Maria.
O Iges-DF é um modelo de gestão criado este ano para administrar os
hospitais de Base e Regional de Santa Maria e as UPAs de São Sebastião,
Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Sobradinho, Samambaia e
Ceilândia. Ele representa a transferência da gestão patrimonial,
orçamentária e de pessoal das oito estruturas para o Instituto. No
entanto, permanecem públicas, segundo o governo. [uma forma de burlar a população, fingir que está tudo bem e vai melhorar - na prática não funciona;
leiam o primeiro comentário e verão que o chefe do Iges-DF falta com a verdade ao tentar minimizar o CAOS CAÓTICO na saúde pública do DF.]
Memória
Diretores exonerados: Em
cinco meses de governo, o governador do DF exonerou cinco diretores de
hospitais públicos. Ibaneis Rocha (MDB) adotou o discurso de demitir
servidores que não apresentarem resultado. O último a perder o cargo foi
o gestor do Hran, Josinaldo da Silva Cruz, que deixou a unidade
sexta-feira. Os outros desligamentos aconteceram nos hospitais regionais
de Ceilândia, Gama, Sobradinho e Santa Maria. A Secretaria de Saúde
informou que está “ajustando os gestores à filosofia de trabalho da
atual gestão”.[Ibaneis demite diretores, quando o problema não é de gestão e sim de falta de funcionários = médicos, auxiliares de enfermagem e também de material.
Ele pode exonerar todos os diretores e não vai surgiu um médico por conta da demissão = exceto nos casos em que o exonerado seja médico do quadro da Saúde e volte a atender o público.]
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