Faltam
mais de 70 dias para o fim da CPI, mas o prazo deverá ser prorrogado por mais
90 dias. Pazuello irá depor nesta quarta-feira.
[no pouco, muito pouco, que pensamos saber sobre jornalismo, consta que o TÍTULO de uma matéria deve permanecer o atribuído por quem a escreveu (é imexível, ensina Rogério Magri) - por isso o DESCOBERTAS, permanece soberano - nem aspas, ousamos aplicar.]
Duas
semanas, não mais do que duas semanas bastaram para que a CPI da Covid-19 no
Senado ouvisse de meia dúzia de depoentes a revelação de fatos que confirmam a
incúria do governo do presidente Jair Bolsonaro no combate à doença.
Os
mais graves deles:
1)
Houve uma tentativa de mudar a bula da cloroquina, medicamento sem eficácia
contra o vírus, mas defendido com obsessão pelo presidente da República e seus
áulicos; [QUAL CRIME FOI COMETIDO - especialmente se o ato foi apenas pensado, sequer foi tentado. Foi, digamos, um pensamento em sugerir o suicídio de trecho da bula.
Aliás, o Brasil é um dos poucos países do mundo em que remédios condenados, podem ser vendidos sob prescrição médica - talvez por incompetência intelectual e funcional dos que condenaram.
2)
O vereador Carlos Bolsonaro, o Zero Dois, participou de reuniões para a compra
de vacinas, embora não tenha cargo formal dentro do governo do pai; [a ausência de cargo formal não impede participação de um cidadão, na condição de ouvinte - tipo um 'amicus curiae' administrativo.
Ao que consta nao votou nem foi votado. Apenas ouviu.]
3)
O governo recusou sete propostas de compra da vacina Pfizer, só aceitando a
sétima. Com isso, o país deixou de receber 1,5 milhões de doses em dezembro
passado e 3 milhões até o final de março. [houve dolo na recusa? desídia?parcialidade? - bom ter presente que uma resposta afirmativa exige comprovação. Não pode ser olvidado que, até o momento, a vacina da Pfizer está entre as campeãs de entrega enrolada. = entrega enrolada impede vacina no braço.
Tal conduta - se dolosa e comprovada - é criminosa?]
À
CPI, o Ministério da Economia admitiu que não reservou dinheiro no Orçamento da
União para o combate, este ano, da Covid. Acreditou que a pandemia estava no
finalzinho.
O
senador Omar Aziz (PDS-AM), presidente da CPI, não tem mais dúvidas: –
Pelo que já apuramos, pelo que eu estou vendo nos depoimentos, nunca houve o
compromisso da compra da vacina. Sempre se tratou das questões da cloroquina,
da ivermectina e de protocolos. [Temos convicção que a experiência do senador Omar no assunto, fará com que só encontre uma conclusão: NÃO HOUVE CRIME.]
Novas
descobertas poderão ser feitas com o depoimento marcado para a próxima
quarta-feira do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. Ele só poderá
ficar calado até certo ponto. A
CPI tem mais de 70 dias pela frente para concluir seus trabalhos. O prazo
deverá ser prorrogado por mais de 90. Daí o desespero de Bolsonaro que
radicaliza seu discurso justamente por causa disso. [mais uma vez os inimigos do Brasil mostram que até para contar prazos, são ruins.
O primeiro prazo da CPI, se encerra - sendo generoso na contagem - em 10 de agosto. Os 90 dias da prorrogação, mais uma vez abusando na concessão da generosidade, expiram em 30 de novembro.
O objetivo de ferrar o presidente foi para o espaço, já que a Covidão além de terminar bem antes do inicio da campanha política de 2022, NÃO APRESENTARÁ NADA CONTRA O PRESIDENTE BOLSONARO.
Já o capitão apresentará, com as BÊNÇÃOS DE DEUS, um Brasil vacinado, sem covid-19, com a economia em recuperação.
Em tempo: e mais uma supersafra do agronegócio a ser colhida no inicio de 2022 = preços baixos, já que a de agora está seguindo para o exterior, reforçando os estoques e reduzindo a necessidade de aquisições exageradas pelos países ricos.]
General, ministro da Defesa, discursa em manifestação bolsonarista
Braga Neto sobe em carro de som em Brasília e diz que as Forças Armadas estão prontas para garantir a volta ao trabalho dos brasileiros
Quando
o presidente da Re]pública diz, referindo-se a Lula, que “eles tiraram da cadeia
o maior canalha da história do país”, sabendo, como sabe Jair Bolsonaro, que
quem tirou foi a mais alta Corte de Justiça, o que ele pretende com isso? [decisões recentes mantém firme e forte a sentença, até hoje não revogada, proferida por Rui Barbosa: "a Suprema Corte é a Corte que tem o direito de errar por último".
A manifestação complete e exata foi: “Em todas as organizações,
políticas ou judiciais, há sempre uma autoridade extrema para errar em
último lugar.
O Supremo Tribunal Federal, não sendo infalível, pode
errar.
Mas a alguém deve ficar o direito de errar por último, a alguém
deve ficar o direito de decidir por último, de dizer alguma coisa que
deva ser considerada como erro ou como verdade.”
Claro fica que o erro da Suprema Corte não transforma o erro acerto, ou a mentira em verdade.
Elementar,
meus caros: jogar o povo, particularmente seus devotos, contra a mais alta
Corte de Justiça do país, no caso o Supremo Tribunal Federal. Indiretamente,
assina embaixo dos cartazes exibidos por eles que pregam o fechamento do
tribunal. Isso
é ou não é estímulo ao golpe que está na dele e na cabeça dos seus seguidores
mais radicais? Relaxem, não haverá golpe. Não há disposição dos militares para
instalar por aqui uma nova ditadura. General não dá golpe para beneficiar
ex-capitão.
O
general Braga Neto, ministro da Defesa, participou da manifestação de apoio a
Bolsonaro promovida ontem, em Brasília, por evangélicos e ruralistas. Passeou
entre eles, posou para fotos e discursou em cima do caminhão de som. A certa
altura, avisou: –
As Forças Armadas estão prontas para garantir que todos tenham direito de
trabalhar.
No
início da semana, Bolsonaro havia dito que está pronto um decreto que assinará
em breve acabando com as medidas de isolamento baixadas por governadores e
prefeitos. Um blefe, ao que tudo indica, porque o Supremo conferiu a eles tal
poder. [se o Supremo tivesse o PODER SUPREMO, que muitos pensam que possui, faria o tempo voltar e não editaria aquela malfadada decisão - revogar agora, ainda que com efeitos retroativos, não compensa os danos causados.
Não se trata de blefe - mais uma vez alguém da 'assessoria jurídica', em minúsculas mesmo, pisa na bola. Talvez o mesmo que quando o capitão assumiu - no auge da empolgação de quem se torna a maior autoridade de uma Nação - não atentou para um detalhe de que a maior parte de medidas contra o 'estatuto do desarmamento', não teriam validade se estabelecidas por decreto. O Estatuto é uma lei e, com raras exceções, só pode sofrer alterações por lei = Congresso Nacional.
Essa mancada, comprometeu todo o esforço do presidente em honrar no menor tempo possível suas promessas de campanha. Também abriu espaço para ser acusado de autoritário e outras aleivosias.] , Braga
Neto endossou o blefe. Ora, ninguém está impedido de sair de casa para
trabalhar. Então as Forças Armadas abandonariam os quartéis para não prender
ninguém. Para quê? Para assegurar o direito a aglomerações e o acesso de
banhistas às praias?
O
general, apesar do seu cargo, não fala pela boca dos comandantes do Exército,
Marinha e Aeronáutica, a não ser sobre questões administrativas. E os
comandantes estão calados, a uma distância segura do governo para não serem
contaminados. Candidato
que aparece na rabeira das pesquisas de intenção de voto, confrontado com seus
números, não passa recibo. Ou tenta desacreditar as pesquisas ou afirma que
ainda falta muito tempo para o dia da eleição e que até lá ultrapassará seus
concorrentes.
No
momento, em segundo lugar, faltando ainda 20 [vinte??? contra o capitão vale mudar o calendário? o segundo turno das eleições 2022 mudou para meados de outubro 2021?] semanas para o primeiro turno da
eleição do ano que vem, Bolsonaro passa recibo do seu incômodo e parte para
atacar Lula com insultos do mais baixo nível. É coisa de político amador e
assustado!
Pela
primeira vez, a parcela dos brasileiros que apoia o impeachment de Bolsonaro é
numericamente superior à parcela dos que são contra, segundo a mais recente
pesquisa Datafolha (49% a 46%). Em abril de 2020, 53% rejeitavam o impeachment. [importante: pesquisa virtual tem valor ZERO. Além do que, para um processo de impeachment, ainda que o pedido tenha sido recebido e encaminhado pelo presidente da Câmara dos Deputados, seja instalado são necessários 342 votos só para abrir a sessão da Câmara. Com 341 deputados presente a sessão sequer é aberta.
Constatada a presença de 342 deputados a sessão é aberta, mas se UM, apenas UM, dos presentes votar contra o impeachment, o assunto acaba naquela sessão.]
(.........)
Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - Metrópoles
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