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quinta-feira, 20 de maio de 2021

Sinal amarelo - Alon Feuerwerker

À sombra das disputas políticas que desfilam no palco da Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado da Covid-19, os números da epidemia no Brasil começam a trazer dados algo preocupantes. A curva da média movel de mortes ainda é declinante, mas isso convive com uma certa escalada na média móvel de casos, e agora também com alguns sinais, aqui e ali, de que voltou a subir a taxa de ocupação das UTIs (leia).[responsável pelo desastre: o governador Ibaneis,  que fica adiando datas de inaugurar hospital de campanha, enganando o pessoal; 
- também segura as vacinas para pessoas com comorbidades  -  elas reclamam de exigências absurdas para o cadastramento; o mais prático e sensato seria enquanto o pessoal com comorbidades discute com a Saúde quem está certo, o governador deveria adiantar o calendário para vacinar pessoas com idade na faixa dos 60, 58 anos e seguir com o calendário rumo aos mais novos =  o pessoal dessa faixa de idade e os mais novos foram simplesmente esquecidos; quando houver um acordo com os portadores de comorbidades (segundo reclamam, exigem atestados médicos de pessoas cuja comorbidade salta aos olhos) volta a dar prioridade para eles - que merecem e precisam. Mas, o pessoal mais jovem e sem doença preexistente também precisa - ou Ibaneis só vai lembrar deles quando estiverem doentes, padecendo nos hospitais?
Dar prioridade aos rodoviários foi uma boa = o risco é elevado e eles integram uma categoria que presta um serviço essencial. Já os metroviários não há razões para serem prioritários.
O erro do Ibaneis foi ir logo cedendo a chantagem,  a extorsão dos rodoviários. 
Os rodoviários precisam ser disciplinados e com uma disciplina rigorosa, dura, para que aprendam que por integrar uma categoria essencial não podem agir de forma criminosa, chantageando o governo  com ameaça de greve, de paralisar o transporte coletivo - que só ferra quem  já está ferrado. 
São essenciais e por isso não podem parar, tem que negociar e com o seu valor, a importância do serviço que prestam e sem violência conseguem provar o que merecem. 
Eles precisam aprender a negociar, extorsão, chantagem não podem ser aceitas = o serviço dos rodoviários é necessário, mas eles também precisam do emprego e do salário. 
É jogar duro com eles; 15 dias de paralisação é complicado - mas Brasília aguenta;  será que eles aguentam 15 dias sem salário, sem cesta básica e mais a indignação   da população?] 

Será preciso acompanhar a situação nos próximos dias com grande atenção. Será necessário saber se estamos no início de uma terceira onda, qual a variante propulsora, e se é mais transmissível, se é mais letal.
Será mais que nunca obrigatório vigilância para que as autoridades não baixem a guarda, não desativem serviços hospitalares, especialmente na área de cuidados intensivos. 

Não podemos repetir os equívocos acontecidos entre a primeira e a segunda ondas. [estranhamente desativaram hospitais de campanha que logo depois tiveram que ser reativados a um custo superior ao de quando tudo começou?
- alguém, e com certeza não é o pessoal da linha de frente da Saúdeestá ganhando muito dinheiro com isso?  
Os erros passados precisam ser investigados, até mesmo os causados por incompetência - mas mais grave, portanto, necessitando de investigação mais urgente é o que motivou  um gestor a desativar um hospital de campanha, antes do término da pandemia, sabendo que para reativar leva mais tempo e custa mais dinheiro.]

A CPI está corretamente debruçada sobre os erros passados. Não repeti-los é uma boa maneira de inclusive homenagear a memória das vítimas.

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político 

 

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