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quarta-feira, 27 de abril de 2022

Seria o STF o remanescente dos “grupos dos onze” de Brizola? - Sérgio Alves de Oliveira

Os chamados “Grupos dos Onze”,ou “Comandos Nacionalistas”, foram criados em fins de 1963 pelo então deputado federal pelo Rio de Janeiro,  Leonel Brizola, ex-governador do Rio Grande do Sul,com o objetivo de lutar pelo que chamavam de “Reformas de Base” (agrária, urbana, educacional, política, bancária,etc.), a partir  da pregação do então Presidente João Goulart, pela “libertação do Brasil da espoliação imperialista”, foram, teoricamente (???), extintos pelo movimento cívico-militar de 31 de março de 1964.

Os “Grupos dos Onze” de Brizola  consistiam em grupos de pressão que visavam uma verdadeira revolução no quadro  socioeconômico do país. A ideia de tais organizações “revolucionárias” foi lançada por Brizola utilizando uma rede nacional de emissoras de rádio,incluindo  a rádio Mayrink Veiga, do Rio de janeiro,no Programa Rede de Esclarecimento, que ia ao ar nas sextas feiras,às 21hs, utilizada pelo referido  deputado para centralizar a organização revolucionária.

A partir dessa iniciativa de Leonel Brizola, foram recebidas milhares de assinaturas em formulários de adesão a essa “causa”,constituindo inúmeros ”Grupos dos Onze”. Mas o recrutamento desses “soldados” da causa comunista  também era feito por organizações nacionalistas,como a “Frente de Politização Popular”,a União Nacional dos Estudantes-UNE,e a “Central Geral dos Trabalhadores”-CGT,dentre outras.

Cada “grupo” era formado por onze pessoas, sob comando de uma delas. Onze grupos Formavam uma “Unidade-Distrito”; vinte e dois distritos constituíam uma “Província”; e onze províncias  formavam uma “Região”.

Segundo Glauco Carneiro, os “Grupo dos Onze” chegaram a existir no Brasil em número de 1.298. Brizola afirmou que no início de 1964 esses grupos já contavam com mais de 200  mil participantes.

Porém uma das raras “objetividades” dos grupos dos onze foi a venda,a divulgação e a coleta de assinaturas através do “O Panfleto”,nos meses de fevereiro e março de 1964.

Mas tudo indica que o “DNA” dos “Grupos dos Onze” não morreu,”resistindo” disfarçado em outras organizações,”coindentemente”, também em “grupo de onze” membros. E esse colegiado do moderno “grupo dos onze” pode ser identificado facilmente pela defesa das mesmas pautas dos grupos dos onze de 1964. “Só que” agora “eles” não são mais meramente “aspirantes” ao poder.                   

Eles  ”são” o poder. E “são” o poder porque manipulam a Constituição,a seu bel prazer, que é a lei maior do país, conforme os interesses da agenda comunista  que defendem às “escâncaras”, e o interesse da corrupção.

Mas os grupos dos onze “involuiram”, comparando  os  grupos  de 64 com os de hoje. Os de “ontem” defendiam meramente ideologias,mesmo  que “exóticas”,e  politicamente inapropriadas ao povo brasileiro. Os de hoje, além de defenderem a mesma ideologia dos de “ontem”.”abraçam”  a imoralidade,a ladroagem e a corrupção sem freios, tanto que os principais ladrões que assaltaram o erário em cerca de 10 trilhões de reais, de 2003 a 2016, estão todos soltos,inclusive o “chefe”,Lula da Silva,graças às benevolências jurídicas  do STF,pretendendo voltar ao poder nas eleições que se avizinham para  outubro de 2022.

Essa talvez tenha sido a principal causa  da acelerada decadência  da política brasileira, com a substituição dos “grupos dos onze” ideológicos de 64, pelo “Grupo dos Onze Togados” do STF, tutor da corrupção.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


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