Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Bill Clinton. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bill Clinton. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 13 de março de 2018

Bolsonaro é um Dorflex, vai ganhar a eleição, diz Nizan

Publicitário afirma discordar das ideias de Bolsonaro, mas enxergar o seu potencial nas urnas 

O publicitário Nizan Guanaes, um dos mais badalados do país, aposta que o deputado Jair Bolsonaro (PSL) vai ganhar a eleição presidencial deste ano. Após participar de debate dos jornais Financial Times e Valor Econômico, em São Paulo, nesta terça-feira (13), ele disse à Folha que discorda das ideias do presidenciável, mas enxerga o seu potencial nas urnas.  “Eu não sou Bolsonaro. Eu acho que vai ganhar. Do jeito que as coisas estão caminhando, ele é um fortíssimo candidato. Porque ele tem uma conexão, está trazendo, ao meu ver, respostas operísticas para demandas da população”, disse.

Para ele, enquanto candidatos mais moderados se digladiam por apoio de partidos em busca de maior tempo de televisão, Bolsonaro corre por fora.  “É uma campanha que anda morna e você tem uma população que está irritada, que está enlouquecida com o crime, aí tem a desilusão. Bolsonaro é o Dorflex, é uma solução para a sua dor”, definiu o publicitário.

Nizan disse que tempo de TV “é uma conversa antiga”. “Ele tem tempo digital. Ele tem 34% no Acre. De onde veio esse cara no Acre?”, questionou.  O publicitário reforçou que fala tecnicamente, como especialista do ramo da comunicação. “Não é uma conversa política, senão amanhã vou sair tomando porrada da Folha.”

Próximo ao ex-presidente americano Bill Clinton, do Partido Democrata, e sua mulher, Hillary Clinton, que era considerada favorita, mas perdeu a eleição presidencial americana, em 2016, o publicitário comparou Bolsonaro ao vencedor daquela disputa, Donald Trump "Muita gente descartava a candidatura Trump, achava impossível ele ser eleito. Mas ele foi avançando com uma campanha muito focada e eficiente. Causou surpresa ao vencer as prévias republicanas e causou surpresa maior ainda quando ganhou a eleição. Eu era Hillary [Clinton, do Partido Democrata] e desprezei Trump. Do jeito que as coisas estão, Bolsonaro pode surpreender também."

Nizan negou que pense em se candidatar a deputado federal. “Isso é um fake news [notícia falsa]”, respondeu.

Folha de S. Paulo

 

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Defesa de Lula - De onde vem o dinheiro que banca os doutores de Lula?

A tropa de advogados a serviço do chefão é composta por especialistas em absolvição de culpados [já passa da hora de trocar o 'é' por 'era'.]

A multidão de advogados a serviço de Lula é composta por especialistas em absolvição de culpados. Esse tipo de bacharel cobra honorários em dólares por hora. 


Cristiano Zanin, o advogado de Lula, é genro de Roberto Teixeira, réu na Lava Jato e compadre do petista

Pelo atrevimento exibido nas audiências presididas por Sérgio Moro, pela insolência que esbanjam no esforço para irritar o juiz da Lava Jato, pela insistência em transformar um caso de polícia numa causa política, as boladas que os bacharéis vão receber são de muito bom tamanho.



 Cristiano Zanin Martins, advogado de defesa de Lula (Vivian Carrer Elias/VEJA.com)
[Esse Cristiano Zanin é genro de Roberto Teixeira, compadre de Lula e corréu com ele na Lava-Jato.
Anda meio desacreditado o ilustre causídico, tanto que seu sogro está fazendo tudo que pode para ser desvinculado dos processos que divide com Lula e um dos motivos é saber que Lula não é inocente e outro é não confiar nos rábulas que defendem o compadre.]


A pergunta é: se a saúde financeira do Instituto Lula foi devastada pela retração dos fregueses da Lava Jato, se o Bill Clinton de galinheiro não recebe convites para palestras desde junho de 2015, se as mediações bilionárias do camelô de empreiteiras foram prudentemente suspensas, de onde virá o dinheiro para bancar a gastança com rabulices?  A resposta só pode ser dada pela Polícia Federal. Aí tem.

Coluna do Augusto Nunes - VEJA

domingo, 19 de novembro de 2017

A hora de Monica Lewinsky



Ex-funcionário do governo Clinton, aponta o dedo para a ferida mais incômoda: ‘Ela merece nosso pedido de desculpas’


A National Portrait Gallery de Washington, que integra o vasto complexo de museus federais da capital americana, tem em seu acervo 55 retratos do 42º presidente, Bill Clinton — todos feitos sob encomenda da instituição, que contrata artistas sem fazer triagem ideológica.  Todo ocupante da Casa Branca gera uma montanha de quadros, esculturas, caricaturas e fotografias, e essas obras se revezam no espaço do museu seguindo uma programação múltipla. Muitas jamais saem do porão e permanecem desconhecidas do público.

Foi o próprio ex-presidente democrata que, em 2006, inaugurou o mais polêmico desses retratos oficiais. A obra que leva a assinatura de Nelson Shanks, um artista da Pensilvânia, gerou um engasgar nos presentes à cerimônia quando o pano que a encobria foi retirado.
O Clinton de corpo inteiro foi retratado no Salão Oval. Tem o paletó aberto, usa gravata vermelha e tem o olhar algo insolente. Mantém uma mão na cintura — a direita, sem aliança no dedo anular. O quadro contém um sombreado disforme, decodificado só dois anos atrás pelo autor da obra: seria uma referência ao famoso vestido azul manchado de sêmen usado pela estagiária Monica Lewinsky, pivô do escândalo sexual e político que quase pôs a pique o mandato do presidente em 1998. Para Shanks, o sombreado também serve de metáfora para a marca indelével do governo Clinton.

O atual debate mundial sobre poder e abuso sexual é engrossado a cada dia por uma enxurrada de mulheres dispostas a zerar segredos e humilhações do passado. É no país hoje presidido por um predador autodeclarado que as narrativas e acusações mais se multiplicam. Vai daí que intocáveis do mundo do entretenimento, da esfera política, da mídia, das grandes corporações, ninguém mais parece poder garantir o silêncio ou a falta de credibilidade das testemunhas de seus atos.

Nem Bill Clinton.  Juanita Broaddrick, hoje dona de uma casa de repouso para idosos no Arkansas, é uma das três mulheres que duas décadas atrás alegaram terem sido abusadas por Clinton. À época, foram tratadas como oportunistas e pistoleiras pelo establishment liberal que governava o país, com Hillary Clinton à frente da campanha para desacreditá-las.

Juanita reemergiu esta semana. Em entrevista para a Fox News, emissora alinhada ao governo Trump, ela acredita ter chegado o momento em que todas as vítimas têm o mesmo peso. “Não importa se você é democrata ou republicana, heterossexual ou gay, se acredita ou não em Deus. Todos temos o direito à credibilidade”, disse ela. [essa Juanita não desiste de aparecer; o que ela quer narrando algo que talvez nem tenha acontecido? ou se aconteceu ela já esqueceu os detalhes.
Essas 'vítimas' de abusadores famosos, na época tudo fizeram para ser abusadas e diante do insucesso em suas vidas públicas, agora tentam no ocaso da vida divulgar relatos sem nenhuma credibilidade.
O certo é quando for assediada por um famoso. divulgar de imediato; não vale ficar vendo se o assédio vai lhe render alguma fama, ou grana, e quando constata o fracasso, deixa esfriar para depois divulgar.]
 
Um artigo de Peter Baker no “New York Times” cita um notável elenco de liberais ensaiando um mea-culpa. “Acho que erramos ao defender Clinton, ele deveria ter renunciado”, pensa hoje Matthew Yglesias. “O Partido Democrata precisa fazer uma análise profunda da proteção que deu a Bill Clinton”, recomenda a democrata de carteirinha Caitlin Flanagan, inimiga declarada do feminismo automático e ela mesma vítima de abuso sexual. 
David Rothkopf, ex-funcionário do governo Clinton, aponta o dedo para a ferida mais incômoda: “Monica Lewinsky merece nosso pedido de desculpas”. Acertou em cheio.
Monica, como ela mesma insiste em frisar desde que saiu da clausura social três anos atrás, não foi vítima de qualquer abuso sexual. Sua relação com o presidente foi tão consentida quanto desejada por ela. O intenso abuso que quase a destruiu ocorreu depois, quando o affair veio a público e ela se viu engolida pela complexa engrenagem política de Washington.

Monica, como se sabe, era uma estagiária na Casa Branca, recém-saída da faculdade. Tinha 22 anos e apaixonou-se perdidamente pelo chefe sedutor de 49. Mantiveram uma relação de alta voltagem por dois anos. Numa manhã de janeiro de 1998, o caso explodiu no Drudge Report, um dos primeiros sites de política daqueles tempos pré-Google, pré-mídias sociais, pré-Facebook.

Pela primeira vez na história da imprensa, a mídia tradicional tinha levado um furo colossal da internet. “Foi um click que reverberou no mundo inteiro, uma tempestade perfeita que juntou sexo e política”, relembra Monica.  De figura completamente anônima, tornou-se a primeira pessoa a ser humilhada publicamente em todos os idiomas, muito antes da invenção do termo cyberbullying. “Fui a paciente número zero da perda de reputação, identidade e dignidade no palco global. Foi instantâneo”, diz.

Ameaçada pelo FBI com 27 anos de prisão se não admitisse o relacionamento com o presidente, não o fez. Sentada numa saleta sem janelas, sob luz fluorescente, teve que ouvir 20 horas de gravação de seus desabafos mais íntimos para uma amiga — jamais suspeitou que estivesse sendo gravada pela confidente. A íntegra das gravações foi anexada ao relatório de Kenneth Starr, e entregue aos congressistas. Duas semanas depois, num 11 de setembro para Monica mais marcante do que o do atentado às Torres Gêmeas, as gravações com suas inconfidências mais cabeludas ecoavam nas redes de TV e se perpetuaram na internet.

Monica não se suicidou — a mãe só permitia que tomasse banho de porta aberta —, não trocou de sobrenome para poder se esgueirar na vida, e jamais se referiu a Clinton de forma desabonadora. Já o presidente, em seu depoimento, referiu-se a ela como “aquela mulher”. A ex-periguete conseguiu formar-se em Psicologia Social pela London School of Economics e aos 41 anos (hoje está com 44) falou em público pela primeira vez para ser dona de sua história.

Vale a pena assistir no YouTube à palestra que deu para um fórum da revista “Forbes”, e sua TED Talk de 2015. Ambas têm momentos tronchos, frases de efeito, tom edificante e amador. Mas elas conseguem transmitir o essencial: que o sentimento de humilhação humano é devastador, mais potente do que a felicidade plena ou a raiva. E que Monica Lewinsky dá uma aula de caráter em quem tem apenas poder.

Por:  Dorrit Harazim é jornalista

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Não é só tara. É sobre poder

O poder sempre inebriou os homens. O que mudou foi a coragem e a posição das mulheres na sociedade 

Não sei se é preciso ser mulher para se enojar com os relatos das atrizes de Hollywood sobre os métodos de seleção do poderoso produtor de cinema Harvey Weinstein, bilionário aos 65 anos. Ao ler em detalhe os depoimentos das vítimas de Weinstein, todas no viço dos 20 anos quando foram atacadas pelo predador sexual grande e forte, pensei: quando chegará o momento de desmascarar os tarados poderosos no Brasil? Por enquanto, só quem ejacula em ônibus acaba preso.

O primeiro sentimento é de incredulidade. Como esse cara ficou décadas assediando e estuprando moças – e continuou a ser mandachuva em Hollywood? O “sistema” fecha os olhos a homens que usam o poder para atacar mulheres entre quatro paredes. Weinstein não era muito criativo, repetia o padrão. Chamava a aspirante a atriz para uma festa ou uma reunião de negócios imaginária, convidava uma executiva de sua empresa para estar presente por minutos como álibi, inventava uma desculpa para mostrar cenas em seu quarto de hotel.

Partia para o ataque deprimente: dizia que precisava de uma massagem, jogava seu peso físico e profissional sobre as mulheres, tentava tirar a roupa delas, tomava ducha com porta aberta, ficava pelado só com roupão ou já as recebia no quarto com esse figurino, fazia ameaças verbais ao futuro delas, dizia que todas transavam com ele, pegava o rosto delas e empurrava para baixo, exigia sexo oral. Muitas lutaram com ele. As que cediam se sentiram degradadas depois. Um áudio divulgado pela polícia de Nova York revela sua pressão nojenta para tocar os seios de uma modelo de 22 anos. Quando elas se trancavam no banheiro ou tentavam fugir, Harvey Weinstein se masturbava na frente delas. Algumas abandonaram o cinema, por pensar: “É assim?”.

Depois que o jornal The New York Times e a revista New Yorker divulgaram os métodos de Weinstein, aconteceu algo parecido ao que, no Brasil, acabou levando à prisão o médico estuprador Roger Abdelmassih. Uma onda. Começaram a chover os depoimentos de atrizes assediadas ou estupradas pelo produtor. Gwyneth Paltrow, Ashley Judd, Mira Sorvino, Angelina Jolie, Rosana Arquette, Léa Seydoux, Kate Beckinsale, Cara Delevingne são algumas das dezenas que denunciaram Weinstein.

O que faziam elas? Umas, nada, com medo que ele desse um fim a suas carreiras. Só o evitavam. Weinstein produziu filmes que renderam Oscar, como Shakespeare apaixonado, O artista, O paciente inglês. Ele era uma espécie de patrono para diretores como Quentin Tarantino e Steven Soderbergh. Algumas vítimas o denunciavam em particular – Gwyneth contou a seu então namorado, Brad Pitt, e ele confrontou Weinstein. Ela e outras receberam de Weinstein telefonemas ameaçadores. “Cale a boca, pare de falar no assunto.” Ou sutis: “Está precisando de algo?”. Algumas levaram a denúncia a canais oficiais. A resposta foi o silêncio. E houve as que fizeram acordos milionários com advogados do produtor, que tentavam evitar um escândalo.


A versão de Weinstein: “Relações sexuais sempre foram consensuais”. Depois, pediu desculpas “sinceras” publicamente por traumas provocados por seu “comportamento inadequado”. Também atribuiu seus avanços sexuais à “cultura dos anos 1960 e 1970”, quando “as regras eram diferentes de como se portar em lugares de trabalho com mulheres”.

Hã? Não parece ter convencido sua linda mulher, a estilista de 41 anos Georgina Chapman, mãe de seus filhos de 4 e 7 anos. Georgina anunciou a separação: “Meu coração está dilacerado por todas essas mulheres que sofreram uma imensurável dor por causa dessas atitudes imperdoáveis”. Weinstein agora se diz “devastado”, promete buscar terapia e pede “uma segunda chance”.


Não é um fenômeno só de Hollywood. Nem de democratas ou republicanos. Bill Clinton conseguiu sexo oral com estagiária no Salão Oval da Casa Branca. Sua mulher, Hillary, continuou a seu lado. Donald Trump é comparado a Weinstein nos métodos e na prepotência. Um áudio de Trump vazou na campanha eleitoral: “Quando você é poderoso, elas deixam você fazer tudo. Agarrá-las pela x...ta”. Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos e sua mulher, Melania, continua a seu lado. Não é só nos Estados Unidos. No Brasil, a seleção de jovens atrizes foi batizada de “teste do sofá”.

Weinstein foi demitido de sua própria empresa. Pode ser banido da indústria cinematográfica. Caiu em desgraça. Poderia ser condenado a 25 anos de prisão se comprovadas as denúncias. Mas isso não acontecerá. O poder sempre inebriou os homens. Conhecemos várias histórias de assédios, também em redações de jornais e revistas. Não mudaram as regras. O que mudou foi a coragem das mulheres. E a posição delas na sociedade. Que se inspirem nos chefes corretos e não abusem de ninguém – moral ou sexualmente.


Fonte: Ruth de Aquino - Época

 >> Mais colunas de Ruth de Aquino