Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Bovespa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bovespa. Mostrar todas as postagens

domingo, 20 de outubro de 2019

A Rota da Seda - Nas entrelinhas

“Bolsonaro mira não apenas a balança comercial com os países asiáticos, abalada pela mudança de nossa política externa, mas atrair investidores para o seu programa de privatizações”

O presidente Jair Bolsonaro embarcou ontem para a Ásia. Sua viagem deve durar duas semanas e inclui Japão, China, Emirados Árabes, Catar e Arábia Saudita, países com os quais o Brasil pretende intensificar relações comerciais. As más-línguas dirão que a crise viajou no mesmo avião, como costumava falar o então senador Fernando Henrique Cardoso numa de suas maiores maledicências em relação ao ex-presidente José Sarney (o que lhe custou sua inimizade), mas isso é uma tremenda bobagem: Bolsonaro tenta reposicionar geopoliticamente o Brasil, para melhorar o relacionamento com esses países, abalado por causa do seu alinhamento automático com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O retorno a Brasília está previsto para o dia 31.

Além disso, com os mercados conectados on-line e a comunicação instantânea nas redes sociais, o que pode acontecer é o Brasil amanhecer com o mercado reagindo às declarações e tuitadas do presidente da República da mesma forma como a Bovespa reage às bolsas de valores de Xangai, Tóquio e Hong Kong. Crises já não viajam com o presidente da República, elas se instalam e se propagam a partir de qualquer ponto, pelas redes sociais. A viagem é muito importante porque a lógica ideológica que levou Bolsonaro ao alinhamento com Trump e outros líderes de direita no mundo, como o húngaro Viktor Orban, não é mais forte do que os fundamentos da geopolítica. O fato objetivo é que o principal parceiro comercial do Brasil hoje é a China; e os demais países a serem visitados, são grandes compradores de nossas commodities. Todos fazemos parte do que os chineses chamam de a nova Rota da Seda.

A Rota da Seda era uma série de rotas interconectadas pelo sul da Ásia pelas quais se fazia o comércio da seda entre o Oriente e a Europa, mas não somente: toda sorte de produtos e especiarias circulavam por ali, por meio de caravanas de camelos e embarcações oceânicas. Surgiu a partir do comércio entre as regiões de Chang’an, na China, e a Antióquia, na Ásia Menor, região disputada por mongóis, turcos e bizantinos na Idade Média, chegando à Coreia e ao Japão. Era o eixo de comércio que fomentou a formação de impérios: Egito antigo, Mesopotâmia, China, Pérsia, Índia e Roma.

De certa forma, teve um papel fundamental para expansão portuguesa e o Descobrimento. Na Idade Média, o comércio entre Oriente e Ocidente passava pela Rota de Champagne, que foi interrompida pela Guerra dos 100 anos (1337-1453), entre a Inglaterra e a França. Isso fomentou o comércio por via marítima entre o Atlântico Norte e o Mediterrâneo, o que possibilitou o desenvolvimento da indústria naval e do comércio em Portugal. O resto da história todos conhecem: a expansão marítima portuguesa, após a Revolução de Avis, com ascensão de sua burguesia mercantil, levou os portugueses ao Brasil; por meio do périplo africano, à Ásia: China, Pérsia, Japão e Índia. Veneza e outras cidades italianas perderam o monopólio do comércio entre nações mercantilistas europeias e o Oriente.

Infraestrutura
Se comércio entre os países do Atlântico, desde então, foi o eixo da economia mundial até o final do século passado, seu controle levou a duas guerras mundiais, provocadas pela disputa entre uma potência continental, a Alemanha, e uma marítima, a Inglaterra. Hoje, esse eixo se deslocou para o Pacífico e provoca uma guerra comercial entre os Estados Unidos, a maior potência marítima da atualidade, e a China, a potência continental que emerge como segunda maior economia do mundo. Do ponto de vista geoeconômico, o Brasil está no meio dessa disputa, com um posicionamento robusto do ponto de vista da produção agrícola e mineral, mas muito frágil em termos logísticos, porque nossa infraestrutura é voltada para o Atlântico e está sucateada.

Nesse sentido, a viagem de Bolsonaro e sua comitiva mira não apenas manter e expandir a nossa balança comercial com os países asiáticos, abalada pela mudança disruptiva de nossa política externa, mas atrair investidores desses países para o programa de concessões e privatizações do governo. Os países asiáticos são grandes compradores de nossos produtos agrícolas e siderúrgicos, além de equipamentos de defesa, como carros blindados, lança-foguetes e aviões de combate e treinamento, sem falar no interesse que o novo avião cargueiro multiúso KC-390 da Embraer desperta entre esses países. Mas o que realmente pode fazer diferença são os investimentos pesados em infraestrutura, principalmente na modernização de portos, hidrovias e ferrovias.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense

 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Bolsa brasileira vale menos do que o Google



Bolsa cai 49,1%



A BM&FBovespa teve queda de 41,9% no seu valor de mercado em um ano: de US$ 797,5 bilhões, em 2014, passou para US$ 463,7 bilhões, em 2015. O montante, segundo levantamento da consultoria Economatica, é inferior ao valor da gigante de tecnologia Google, que na mesma data valia US$ 528,4 bilhões.

O Brasil, de acordo com o estudo, foi o país da América Latina que teve o maior número de empresas que fecharam o capital neste período. De 304 companhias abertas, em 2014, hoje a Bolsa conta com 289. O movimento, no entanto, foi visto em toda a região. Somadas, as bolsas da América Latina tiveram queda de 31,5% no valor de mercado em 2015, na comparação com um ano antes, e agora valem US$ 1,3 trilhão. O número de empresas de capital aberto também caiu no período, de 756 para 710.

O valor da bolsa do México, de US$ 437,5 bilhões, fica abaixo, por exemplo, do valor da Microsoft, que era de US$ 443,2 bilhões no final de 2015.

Fonte: Estadão 

sábado, 5 de setembro de 2015

Se essa mulher continuar presidente o dólar ultrapassa os R$ 5 antes do Natal. Agora ela lança o combo = recessão + juros altos



Apreensão com crise política e econômica faz dólar bater nos R$ 3,85
Moeda americana avança com investidores apreensivos com a situação do Brasil e buscam segurança no dólar antes de feriado, que deixará o mercado fechado na segunda-feira

A tensão com a política e economia brasileira dá suporte novamente à escalada do dólar nesta sexta-feira, 4. Nesta tarde, o dólar à vista está renovando repetidamente a cotação máxima do dia, e já é negociado a R$ 3,869, em alta de 2,64%. Na contramão, a Bovespa aprofundou as perdas, conduzida pela queda de ações do setor bancário e da Vale, além do sinal negativo em Nova York.

Investidores buscam segurança na moeda americana, já que além da cautela com o Brasil, os mercados na China voltam a operar na segunda-feira, após ficarem fechados por quatro dias. Além disso, a proximidade de feriados nacionais tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, que deixam os mercados fechados na segunda-feira, também inibe a tomada de risco.

Mais cedo, o dólar à vista no balcão já subia, em resposta a dados sobre a criação de empregos nos Estados Unidos. A geração de vagas em agosto foi menor do que o esperado, o que até estimulou a venda da moeda em um primeiro momento, para que investidores obtivessem lucro. Porém, houve revisões para cima nos resultados de julho e de junho e a tendência de alta da moeda não se inverteu.

Dados fortes dão mais argumentos à defesa de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) suba os juros já na reunião deste mês, prevista para os dias 16 e 17. As taxas nos EUA estão em níveis próximos de zero desde o fim de 2008 e um eventual aumento seria o primeiro em quase uma década. O presidente do Federal Reserve de Richmond, Jeffrey Lacker, que vota nas reuniões da instituição sobre juros, comentou que o dado de agosto ficou abaixo de 200 mil, mas ainda é "um número forte".  O aumento dos juros nos Estados Unidos tornaria mais atrativos os títulos do país - considerados investimentos mais seguros - e poderia causar ainda mais impacto na taxa de câmbio no Brasil.

No cenário interno, o mercado também continua de olho na crise política. Após a confirmação, pelo governo, de que Joaquim Levy fica na Fazenda, o ministro deixou São Paulo nesta madrugada com destino a Istambul, de onde se desloca para Ancara, para participar das reuniões do G-20. Como ele chegará na capital turca no fim da noite desta sexta-feira, só participará da agenda do evento a partir de sábado. No mercado, há expectativa com eventuais comentários dele sobre o processo de ajuste fiscal.

Bolsa. A Bovespa abriu em queda, puxada por uma realização de parte dos lucros de 4,15% acumulados nos últimos dois pregões e alinhada às bolsas de Nova York. O Ibovespa caía 2,13%, a 46.357 pontos, enquanto em Wall Street os índices acionários tinham quedas, também em meio a avaliações de dados sobre a geração de empregos nos Estados Unidos em agosto. 

Fonte: IstoÉ Online

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Barbosa e Janot contra o impeachment da presidente. (Ou nunca é tarde para se agradecer um favor)



Dilma deve ter ficado alegrinha com o protagonismo dos seus três ocasionais aliados
Nem combinado poderia ter dado mais certo.
Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, e Maria Thereza de Assis de Moura, ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disseram coisas e tomaram decisões recentemente que aliviam a situação de aperto em que vive a presidente Dilma Rousseff, ameaçada por um eventual pedido de impeachment.

Durante congresso da BM&FBovespa em Campos do Jordão (SP), no último sábado, Barbosa bateu duro no Tribunal de Contas da União (TCU), chamado por ele de “um playground de políticos fracassados”. - Não acredito em um TCU como um órgão sério de um processo desencadeador de tal processo. É um órgão com as virtudes extirpadas. Afinal, é um playground de políticos fracassados que, sem perspectiva de se eleger, querem uma boquinha. O TCU não tem estatura institucional para conduzir algo de tamanha gravidade.

Em breve, o TCU julgará as contas do governo de 2014. Caso recomende sua rejeição, caberá à Câmara dos Deputados, presidida por Eduardo Cunha, decidir a respeito. Se a Câmara aprovar a recomendação, o impeachment de Dilma poderá ser pedido por algum político ou partido. Perguntaram a Barbosa se o TSE estaria mais apto para provocar um processo de impeachment. Ele respondeu que não, “já que cerca de um terço de seus integrantes são advogados com mandato fixo e que não se desvinculam das atividades cotidianas”.

Janot deu parecer contrário em relação ao pedido preliminar feito pelo ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do TSE, para investigar as contas de campanha de Dilma.  Ele apontou a “inconveniência” de a Justiça e o Ministério Público Eleitoral se tornarem “protagonistas exagerados do espetáculo da democracia” e o receio de uma “judicialização extremada”. Avançou: - Não interessa à sociedade que as controvérsias sobre a eleição se perpetuem: os eleitos devem poder usufruir das prerrogativas de seus cargos e do ônus que lhes sobrevêm, os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito.

Relatora da prestação de contas da campanha de Aécio Neves no TSE, a ministra Maria Thereza de Assis de Moura revelou ter encontrado pelo menos 15 irregularidades nos documentos entregues ao tribunal. Entre elas estão doações feitas pelas empreiteiras Odebrecht e Construbase que somam R$ 3,75 milhões.

Das 15 irregularidades, três foram consideradas infrações graves

Dizem respeito a doações recebidas antes das prestações de contas parciais, e que só foram registradas nas prestações finais, somando mais de R$ 6 milhões, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.