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quarta-feira, 24 de junho de 2020

Tropa bolsonarista pressiona senadores a votarem impeachment de ministros do STF



Senadores de variadas matizes estão tendo seus celulares bombardeados por uma mesma mensagem para que pressionem Davi Alcolumbre a pautar os pedidos de impeachment de ministros do STF. O texto é idêntico. O internauta recebe um modelo. Basta preencher seu nome e enviar aos parlamentares, cujos telefones também estão circulando pela Internet.

O padrão não deixa dúvidas de que se trata de um movimento orquestrado. [movimento legal e,  se orquestrado, continua legal. Podem ser considerados crimes ofender ministros com xingamentos, ameaçar - aliás, pode ser crime ter tal comportamento com qualquer ser humano.

Existe uma Lei que prevê  que ministros do STF estão entre as autoridades que podem sofrer impeachment e tal julgamento cabe aos Senadores da República.

É direito de qualquer cidadão, entendendo que determinado ministro, ou ministros do Supremo, cometeu ou cometeram crimes que podem motivar seu impeachment, solicitar, respeitosamente, ao senador em que votou, ou a qualquer outro, esforços para que pedidos de impeachment apresentados na forma da Lei, sejam apreciados e votados.] Talvez esteja aí mais uma frente de apuração para a PGR no inquérito aberto para investigar quem financia os atos antidemocráticos.
Diz o texto:
"Meu nome é ...................., moro em ........................, e venho pedir para o Senador, por força do Art. 52, inc. II, que determina que cabe aos Senadores da República processar e julgar os Ministros do STF, que o Senhor e os demais Senadores forcem o Presidente do Senado Davi Alcolumbre a pautar os pedidos de impeachment dos ministros do STF que hoje encontram-se engavetados. Queremos que o Senhor e os demais Senadores votem SIM aos pedidos de impeachment de ministros do STF que estão com Alcolumbre atendendo a vontade do povo brasileiro. Fiquem cientes que não reelegeremos os Senadores que não trabalharem pelo povo e não votarem "sim" aos impeachments dos Ministros do STF.
Agradeço pela atenção.
Esperamos ser atendidos pelos Senadores".

Coincidência ou não, o senador bolsonarista Luiz do Carmo, suplente de Ronaldo Caiado, protocolou ontem o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, relator de dois inquéritos perturbadores para o governo: o que investiga a disseminação de "fake news" e o que apura financiamento de atos antidemocráticos.

Lauro Jardim, jornalista - O Globo


sexta-feira, 17 de abril de 2020

Bastidores: Bolsonaro acha que Maia ligou 'bomba relógio' e Congresso prepara troco - O Estado de S. Paulo

Bolsonaro iniciou uma rodada de conversas com dirigentes do Centrão; as negociações do Planalto com o Congresso, a partir de agora, serão feitas com deputados e senadores


Convencido de que Maia quer não apenas derrubá-lo como fazer uma manobra para ser reeleito ao comando da Câmara, em 2021, Bolsonaro iniciou, nas últimas semanas, uma rodada de conversas com dirigentes do Centrão. No novo modelo de articulação política planejado pelo presidente, as negociações do Planalto com o Congresso, a partir de agora, serão feitas com deputados e senadores.


Após demitir Mandetta, Bolsonaro ataca Maia: ‘Parece que intenção é me tirar do governo’
O mais duro ataque público do presidente Jair Bolsonaro a Rodrigo Maia (DEM-RJ), na noite de quinta-feira, 16, pode custar caro ao governo. O novo capítulo do duelo entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, após a demissão do ministro da SaúdeLuiz Henrique Mandetta, tem como pano de fundo o programa de socorro a Estados e municípios, no valor de R$ 89,6 bilhões. A briga, no entanto, vai muito além dessa cifra.

Antes carimbados como “velha política”, líderes de legendas como PP, PR e PSD foram chamados para encontros reservados com Bolsonaro. Isolado, o presidente pediu ajuda a todos eles para a votação de projetos que possam amenizar a crise social e econômica provocada pela pandemia do coronavírus.

Na avaliação de Bolsonaro há uma “bomba-relógio” fiscal em curso, armada por Maia, com o objetivo de ferir de morte sua gestão.Parece que a intenção é me tirar do governo. Quero crer que eu esteja equivocado”, disse o presidente, na noite desta quinta-feira, em entrevista à CNN Brasil. “Qual o objetivo do senhor Rodrigo Maia? Ele quer atacar o governo federal, enfiar a faca. (...) Está conduzindo o País para o caos”, emendou.

Dois dias antes, Maia já havia reclamado dos “coices” dados pelo governo. Desta vez, porém, mudou o linguajar e falou em pedras. “Ele joga pedras e o Parlamento vai jogar flores”, afirmou o deputado.
Apesar do discurso, o troco pode vir a cavalo. O governo teme, por exemplo, que a Medida Provisória instituindo o contrato verde e amarelo perca a validade. A MP flexibiliza o pagamento de direitos trabalhistas e contribuições sociais para facilitar a contratação de jovens e funcionários com mais de 55 anos. Foi aprovada pela Câmara, mas, se não for votada até segunda-feira, 20, caduca. Ao que tudo indica, há mais uma derrota no horizonte para o Planalto.

Bolsonaro está especialmente irritado com Maia porque, em videoconferências com banqueiros e investidores, o deputado tem alfinetado sua administração. O presidente da Câmara chegou a dizer, num desses encontros virtuais que, se não fosse a crise do coronavírus, o Congresso já teria rompido com Bolsonaro. A demissão de Mandetta azedou de vez um relacionamento que já era ruim. A  exemplo de Maia e do presidente do SenadoDavi Alcolumbre (AP), Mandetta é filiado ao DEM, partido que também integra o Centrão.

Na prática, Bolsonaro aproveitou o bate-boca desta quinta para desviar o  foco negativo da dispensa de Mandetta, o ministro que era mais popular do que o chefe. Ao anunciar a saída, o presidente foi, novamente, alvo de panelaços em várias capitais do País. O confronto entre Bolsonaro e Maia, no entanto, vem de longe. Tanto que o presidente da Câmara nem fala mais com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sob a alegação de que não quer se aborrecer. A queda de braço ganhou contornos mais nítidos após a disputa pelo controle do Orçamento e chegou ao ápice recentemente, com a aprovação do  programa de socorro a Estados e municípios.

O valor de R$ 89,6 bilhões que passou pelo crivo da Câmara é outro revés para o governo, que tenta mudar a proposta na votação no Senado, oferecendo uma transferência direta com valor fixo de R$ 40 bilhões. Guedes argumenta que “não se pode dar um cheque em branco a governadores de Estados mais ricos”, pois não é possível saber quanto tempo vai durar a pandemia. Bolsonaro também usa essa justificativa para não ampliar os repasses a Estados que adotam medidas de isolamento social para enfrentar o coronavírus.

A avaliação ali é a de que, ao compensar por seis meses a perda na arrecadação de dois impostos (ICMS e ISS), o governo federal acabará bancando o prolongamento da quarentena em Estados administrados por adversários, como João Doria (São Paulo) e Wilson Witzel (Rio). Os dois são pré-candidatos à cadeira de Bolsonaro, em 2022.
“O que o povo tem a ver com a briga do presidente com o governador João Doria?”, provocou Maia, que é próximo do tucano. “Vamos deixar as brigas para o futuro”. 

Maia tem dito que não fará qualquer movimento para conquistar novo mandato à frente da Câmara. Antes da pandemia, porém, Alcolumbre já havia consultado até mesmo juristas sobre o assunto. A Constituição proíbe que presidentes da Câmara e do  Senado sejam reconduzidos ao posto na mesma legislatura. Para alterar esse quadro, o Congresso precisaria aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e, ainda, alterar o regimento das duas Casas. [FATO: Se Alcolumbre fez a consulta foi a mando do autonomeado 'primeiro- ministro' Maia - certas tarefas aquele deputado delega ao seu escudeiro = Alcolumbre.
Sempre bom ter presente que no momento em que as disposições constitucionais forem violentadas por 'interpretações criativas'  e interesses não republicanos a Constituição Federal perde força - o que já não lhe sobra - e ela é  quem garante o tão decantado Estado Democrático de Direito.]

Diante da crise do coronavírus, no entanto, o Congresso pode adotar uma fórmula que permita a reeleição de Maia e Alcolumbre, para desespero dos bolsonaristas. Cresce, ainda, a possibilidade de adiamento das eleições municipais de outubro para dezembro.

Nas redes sociais, seguidores de Bolsonaro já comemoram com antecedência a saída de Maia e Alcolumbre de seus postos. No afã de ver a dupla pelas costas, eles erraram até mesmo a data do término da gestão no Congresso. Marcaram dezembro, quando, na realidade, é fim de janeiro. De 2021.

Política - O Estado de S. Paulo 


terça-feira, 10 de março de 2020

CONGRESSO - O duro aviso de Maia para Alcolumbre - O Globo

Por Gabriel Mascarenhas
O Congresso vai se reunir hoje para votar três projetos que garantem ao Parlamento o controle R$ 19 bilhões do orçamento deste ano.  Trata-se da contrapartida dada pelo Palácio do Planalto ao Legislativo depois que as excelências terem mantido o veto presidencial ao projeto que ampliava o escopo do orçamento impositivo.

Ou seja, hoje será o último capítulo de um acordo firmado entre duas instituições que não vêm falando a mesma língua há tempos: Congresso e Planalto.  O pacto tem um fiador, Davi Alcolumbre. Este sabe exatamente o tamanho do problema que os homens de Jair Bolsonaro vão arrumar caso roam a corda em em cima da hora e não votem os projetos de interesse do Legislativo.

Rodrigo Maia só topou a proposta do Palácio depois que Davi Alcolumbre empenhou sua palavra de que não haveria surpresas.
Na ocasião, Maia foi bem objetivo com o correligionário: se algo não saísse como combinado, ele não pautaria mais nenhum PLN (projeto de incremento orçamentário enviado pelo Executivo) até o final do ano.
[muitas coisas precisam ser corrigidas no Brasil. Uma delas, que os presidentes da Câmara e do Senado parem de ser comportar como fossem os donos dos votos dos deputados e senadores.
Não havendo a correção e somando seus efeitos aos de que um ministro do Supremo pode, em decisão monocrática, revogar qualquer ato do Executivo ou do Legislativo - decisão que o ministro que a proferiu é quem decide quando levar a apreciação do Plenário da Suprema Corte - temos que o único Poder que não governa, não preside, nem executa,  é o Executivo.
Vejam a prepotência do 'primeiro ministro' e 'corregedor-geral' dos Poderes - deputado Maia, autonomeado para ambos os cargos - que o leva a ameaçar não apreciar mais projetos orçamentários do Poder Executivo.]

Lauro Jardim, jornalista - O Globo 


quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Prisão: Deve ficar para 2020 o projeto do Senado - Blog do Josias

Quem olha de longe, imagina que o Senado está na bica de aprovar a volta da prisão de condenados em segunda instância. Engano. Há senadores que defendem a sério o projeto que modifica o Código de Processo Penal para restaurar a regra que o Supremo Tribunal Federal revogou. Mas também há muita encenação no palco. E a coreografia da embromação tende a prevalecer.

 O projeto que modifica o Código Penal foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado por um placar acachapante: 22 votos contra 1. 

Apenas o senador Rogério Carvalho (PT-SE) votou contra. Como se trata de uma versão modificada da proposta original, o regimento determina a abertura de prazo para apresentação de emendas. Haverá uma segunda votação, provavelmente nesta quarta-feira. A aprovação deve ser confirmada.

Em condições normais, o projeto seguiria direto para a Câmara, sem passar pelo plenário. Mas o líder do PT, Humberto Costa (PE), já anunciou que pretende recorrer, exigindo a manifestação do plenário do Senado. Ele tem cinco dias para apresentar o recurso. Utilizará todo o prazo. Para que o desejo do PT seja atendido, basta recolher as assinaturas de nove senadores. Há seis petistas no Senado. Faltam três rubricas. É mamão com açúcar.

Significa dizer que a decisão sobre a proposta que introduz a prisão na segunda instância no Código Penal será empurrada a golpes de barriga para dentro do calendário de 2020, exatamente como queriam os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre. A dupla prefere tratar da encrenca por meio de uma proposta de emenda constitucional. A mexida na Constituição é mais demorada e difícil de aprovar. A tramitação mais lenta oferece aos interessados prazo para negociar uma fórmula que inclua uma saída de emergência para quem já está encrencado.

Blog do Josias - Josias de Souza, jornalista


Significa dizer que a decisão sobre a proposta que introduz a prisão na segunda instância no Código Penal será empurrada a golpes de barriga para dentro do calendário de 2020, exatamente como queriam os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre. A dupla prefere tratar da encrenca por meio de uma proposta de emenda constitucional. A mexida na Constituição é mais demorada e difícil de aprovar. A tramitação mais lenta oferece aos interessados prazo para negociar uma fórmula que inclua uma saída de emergência para quem já está encrencado.Quem olha de longe, imagina que o Senado está na bica de aprovar a volta da prisão de condenados em segunda instância. Engano. Há senadores que defendem a sério o projeto que modifica o Código de Processo Penal para restaurar a regra que o Supremo Tribunal Federal revogou. Mas também há muita encenação no palco. E a coreografia da embromação tende a prevalecer. O projeto que modifica o Código Penal foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado por um placar acachapante: 22 votos contra 1. Apenas o senador Rogério Carvalho (PT-SE) votou contra. Como se trata de uma versão modificada da proposta original, o regimento determina a abertura de prazo para apresentação d...... - Veja mais em https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/12/10/prisao-deve-ficar-para-2020-o-projeto-do-senado/?cmpid=copiaecola

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Silêncio dos inimigos da 2ª instância é traiçoeiro - Blog do Josias



Arma-se em torno das propostas sobre a volta da prisão na segunda instância uma cena típica de faroeste. Nela, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre cavalgam à frente dos carroções da moralidade como espécies de John Wayne liderando os colonos do Legislativo a caminho da clareira do plenário. De repente, dois integrantes da caravana travam o seguinte diálogo:

— Estou preocupado com os índios da tribo dos enforcados.

— Índios? Mas não vejo índio nenhum!

 — O que inquieta é justamente isso. Em matéria de prisão, nada pode ser mais preocupante do que o silêncio dos índios da tribo com a corda no pescoço.



Nesta terça-feira, Davi Alcolumbre recebe na residência oficial da Presidência do Senado líderes partidários e o ministro Sergio Moro (Segurança Pública). Espera-se que Rodrigo Maia, o John Wayne da Câmara, também participe. O pretexto do encontro é a busca do consenso sobre prisão na segunda instância.



No momento, Senado e Câmara dançam em ritmos diferentes. Um grupo de senadores gostaria de ressuscitar rapidamente a regra derrubada pelo Supremo Tribunal Federal. Com as bênçãos de Moro, esse grupo avalia que o melhor a fazer seria aprovar um projeto de lei. Rodrigo Maia avisou que a Câmara já optou pelo caminho mais longo e árduo da emenda constitucional. A pretexto de costurar um hipotético entendimento, Alcolumbre provocou o cancelamento de audiência pública que ocorreria nesta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Os senadores ouviriam Sergio Moro sobre as vantagens de restabelecer a regra sobre prisão por meio de projeto de lei, mais fácil de aprovar do que a emenda concebida na Câmara.


Na outra ponta, Rodrigo Maia se apresenta como um negociador sui generis, do tipo que admite conversar sobre tudo, desde que prevaleça a opção dos deputados por uma alteração constitucional cuja tramitação invadirá o ano eleitoral de 2020. Os partidários da volta da prisão ruminam a suspeita de que Alcolumbre e Maia ajeitam o palco para a emboscada dos índios da tribo dos enforcados.



Blog do Josias - Josias de Souza, jornalista - UOL

domingo, 6 de outubro de 2019

PARE, OLHE, ESCUTE! - Percival Puggina

Artigos do Puggina

Estamos num desses momentos em que se reduz o tempo entre a distração e o atropelamento. Decisões tomadas pelas instituições da República impõem esclarecimento e reação.

 No ano passado, a nação votou pelo fim da impunidade. Não suportava mais que o Brasil fosse pátria mãe gentil dos criminosos e corruptos, e madrasta dos demais. A nação foi vigorosamente às urnas, superando sua notória desconfiança na correção das mesmas e da respectiva apuração. Era necessário salvar-nos daquela perdição.

Não foi preciso correr um ano inteiro para a maioria do novo Congresso Nacional mostrar-se gêmea da anterior. A outra se lambuzava; esta, protege os lambuzados. Cria leis impulsionadas por movimentos peristálticos. Delibera em causa própria, para ônus nosso. Derruba vetos presidenciais para colocar os órgãos e agentes de Estado dedicados à Justiça, à defesa da sociedade e ao combate à criminalidade deitados no chão, de barriga para baixo. Haverá prisão para quem se mexer e levar a sério seu trabalho. É o garantismo em seu mais deslavado esplendor. Perante ele, os potenciais bandidos são o delegado, o promotor, o juiz.

Pare, olhe, escute! Quantas matérias jornalísticas você leu, ouviu ou assistiu ao longo destes dias condenando, com a necessária veemência, a decisão do Congresso Nacional? 
Qual veículo cuidou de levar ao conhecimento público os líderes desse movimento? Qual deu nome aos lobos da matilha?  
Qual esmiuçou as desastrosas consequências do que foi votado? 
Que diabo de jornalismo é esse? Se usassem para defender a sociedade 10% do tempo e esforço que gastam para combater o Presidente da República, provavelmente gerassem constrangimento e evitassem alguns desses disparates legislativos. Mas não. Até ao examinar os vetos do Presidente derrubados pelo Congresso no projeto das despesas partidárias, as críticas da Globo não convergiram para a derrubada dos vetos, mas para um preceito que o Presidente não vetou, como se não vetá-lo fosse um mal e derrubar todos os vetos fosse um bem. Noutra ocasião, uma jornalista, mesmo sabendo que Davi Alcolumbre, nacionalmente detestado pelos eleitores de Bolsonaro, foi flagrado pela câmera votando contra todos os vetos do presidente, não se constrangeu em qualificá-lo como seu “principal aliado”.

Na semana passada, o STF legislou sobre processo penal e levou ao escárnio seu conhecido desprezo à opinião pública e aos mais justos anseios da sociedade. Criou nova gambiarra no insólito e prodigioso sistema recursal brasileiro. Agindo com o intuito vingativo de derrotar a Lava Jato, preparou o retorno de 32 condenações à eternidade dos trâmites, para alegria de 143 corruptos e corruptores já condenados.

Pare, olhe, escute! Quantas matérias você leu, ouviu ou assistiu, fora das redes sociais e da mídia alternativa, tratando desse assunto com o rigor que requer? 
 A imprensa, a outrora grande imprensa, quando passa a usar seu poder exclusivamente em favor de causas particulares, gera débitos sociais. A conta vem para todos, como estamos a ver.
Enquanto o chamado quarto poder caça o mito, as bruxas assombram o país. No Pará, magistrados se mobilizam. Só no Pará? Juízes, promotores, policiais permanecerão inertes enquanto o crime dita leis aos poderes da República? É hora parar, olhar, escutar e resistir!

Percival Puggina
 

sábado, 5 de outubro de 2019

"Notas fiscais de senadores detalham aviões, banquetes, carrões. Adivinha de quem é o maior gasto?" - Gazeta do Povo



Blog do Lúcio Vaz 

As incríveis notas fiscais dos senadores: auxílio-avião, carrão e banquete - Notas fiscais detalham combustível e frete de avião, banquetes e carrões de senadores

Maior despesa neste ano foi feita pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre

[curioso é que os senadores dos estados mais pobres, mais atrasados, com maior número de necessitados = em alguns casos famintos mesmo -  são os mais pródigos com o dinheiro público;
será alguma trauma de infância?]


Maior despesa neste ano foi feita pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre: R$ 72 mil com o fretamento de um avião para visitar suas bases eleitorais no Carnaval.
A divulgação das notas fiscais das despesas dos senadores, iniciada em julho, vem revelando detalhes das mordomias custeadas com dinheiro público, como banquetes para convidados, aluguel de carrões de luxo e até mesmo aviões.

Pressionado por pedidos de informação que solicitavam as notas fiscais das despesas dos senadores, Alcolumbre prometeu quebrar esse sigilo a partir de julho. Cumpriu a promessa, mas a Câmara dos Deputados já faz isso há anos.  O senador Ciro Nogueira (PP-PI), campeão de gastos em restaurantes, pagou R$ 630 por 16 refeições num restaurante em Parnaíba (PI). Mas, em março, quando não havia a mesma transparência, ele havia gasto R$ 1.013R$ 15 acima do salário mínimo –, no restaurante japonês Kawa, em Brasília.

Em 9 de agosto, Nogueira custeou um banquete no Favorito Grill, em Teresina, no valor total de R$ 442. Os convidados comeram um bife de tira, uma picanha na brasa, dois picadinhos de filé e dois galetos. O senador espetou R$ 402 na conta do Senado. O senador também comeu um risoto de lagosta no Restaurante Lago, em Brasília, onde declarou gasto de R$ 287. Pagou do seu bolso um vinho português Dona Maria Amantis.

Embora mais comedido, Nogueira não abandonou por completo o roteiro gastronómico da elite paulistana. No restaurante Amadeus, no Jardim Paulista, comeu uma moqueca Amadeus por R$ 236, em agosto. Cobrou R$ 261 do Senado. No Hi Pin Schan, na Vila Olímpia, comeu camarão com cebolinha. Mais R$ 238 na conta do contribuinte.  Nos meses anteriores, gastou R$ 468 no Chicago Prima Parrilla, R$ 502 no Office 10, R$ 556 no Kawa e R$ 576 no Pobre Juan, em Brasília, além de R$ 846 no restaurante São João, em Teresina. A média dos gastos com alimentação – num total de R$ 19 mil neste ano – caiu de R$ 250 para R$ 160 após final do sigilo das notas. Nogueira já gastou neste ano R$ 190 mil com locomoção, hospedagem, alimentação e combustível. Isso representa 80% da sua cota para o exercício do mandato.

O blog perguntou ao senador se os jantares mais caros foram particulares ou atenderam a compromissos políticos ou de trabalho. Ele não respondeu, como sempre.

Banquetes de trabalho
No dia 15 de agosto, o senador Elmano Férrer (Podemos-PI) chamou a sua equipe de assessores para uma reunião almoço no restaurante do Senado, administrado pelo Senac. Foram servidos cinco pratos de Bacalhau Zé do Pipo, no valor total de R$ 233, mais dois escalopes de filé mignon ao molho de vinho com arroz a piamontese, por R$ 93,20. Com mais água, refrigerantes e cafezinhos, a conta fechou em R$ 368 – pagos pelo contribuinte.

Férrer também recebeu prefeitos do interior do Piauí em almoço no restaurante do Senado, “para discutir as demandas dos municípios”, segundo informa a sua assessoria. Mais uma despesa de R$ 309 para os pagadores de impostos. A nota publicada não especifica os gastos.


O senador Cid Gomes (PDT-CE) fez apenas uma despesa com restaurante desde a sua posse, mas caprichou. Recebeu uma jornalista para almoçar no restaurante Rubaiyat, no dia 22 de agosto, na companhia de dois assessores. O prato mais caro foi uma picanha fatiada (R$ 242), mas também foram servidos fraldinha e baby beef, a R$ 114 cada. Mais a salada, a farofa de ovo, água, refrigerante e R$ 78 de gorjeta, e a conta ficou por R$ 678. O senador cobrou R$ 600 do Senado, ou melhor, do contribuinte.

Reunião de natureza política
A senadora Juíza Selma (Podemos-MT) pagou R$ 610 por uma refeição no Restaurante e Peixaria Okada no dia 12 de agosto. Segundo a sua assessoria, foi uma “reunião de natureza política” com o superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Nelson Vieira, e servidores do órgão para tratar de “assuntos de extrema relevância para o estado” debatidos na “Conferência Visão 2030: Mato Grosso Desenvolvido”.

A nota fiscal não descreve, porém, os pratos servidos no almoço, encerrado por volta das 14 horas. O gabinete da senadora afirma que a prestação de contas está em conformidade com a regulamentação do Senado.

Você paga o combustível dos aviões
O senador Ângelo Coronel (PSD-BA) gastou R$ 13,9 mil com combustível para aviação em setembro, para deslocamentos até o seu local de trabalho, o Congresso Nacional. A conta ficou para o contribuinte. Mas o senador não fretou aeronaves. Questionado pelo blog sobre esse detalhe, respondeu que “não houve gasto com fretamento de aeronave, já que a mesma é particular. Tudo dentro da legalidade, de acordo as normas estabelecidas pelo Senado da República”.

Perguntamos, então, se o avião é de sua propriedade. A sua assessoria respondeu que ele “é empresário e está senador”. Acrescentou que a aeronave é um jato bimotor operado pela empresa Jetgold, que atende ao senador e às empresas do grupo da família. O senador utiliza a aeronave no roteiro Salvador/Brasília/Salvador, e também em roteiros comerciais. “Quanto ao pagamento pelo uso, o senador e as empresas do grupo da sua família bancam a aeronave com recursos privados”, disse a sua assessoria.

Coronel destacou que os senadores têm direito à cota mensal para gastos com locomoção dos seus respectivos estados para Brasília (ida e volta). Em oito meses de mandato, ele utilizou apenas 8% do valor a que tem direito.
Os campeões de gastos

Além do "campeão", o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o senador Ciro Nogueira já gastou muito dinheiro com aviões, tudo por conta do Senado. Em 2017, torrou R$ 157 mil com fretamento de aeronaves, mais R$ 76 mil com combustível para aviões. No ano passado, reduziu essas despesas. Neste ano, usou a sua cota apenas com combustível das aeronaves, num total de R$ 75 mil. E não informou em que aviões é transportado.





No Blog do Lúcio Vaz,   Gazeta do Povo, leia MATÉRIA COMPLETA