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quarta-feira, 15 de abril de 2020

Corte salarial para políticos e Isolamento total não existe - Gazeta do Povo

Cristina Graeml

Corte no salário de políticos e servidores públicos. 

Sugestão para combater a crise econômica pós-pandemia já está circulando na internet.

 Isolamento total não existe
A pandemia de coronavírus e a consequente necessidade de isolamento social para evitar o contágio nos fez ver que tipo de serviços precisam realmente ser feitos de forma presencial. São muitos! E aí eu queria chamar a atenção para a hipocrisia do discurso do isolamento total, o que, por óbvio, é impossível de se fazer.

Quem está tentando meter política nessa história, dizendo que determinado governante está mais certo que o outro, porque determinou antes que todo mundo ficasse em casa, ou quem arroga pra si a virtude do altruísmo enquanto há uma massa ignorante e irresponsável indo pra rua e dando sobrevida ao vírus, precisa cair na real, porque além de vazias essas narrativas acabam jogando a culpa sobre inocentes que estão dando doses imensas de sacrifício para tentar preservar um pouco de sanidade no meio dessa loucura toda.

Serviços essenciais
É lógico que há serviços mais essenciais que outros. Todos hão de concordar que, num primeiro momento, atender a um doente é mais urgente que vender produtos no comércio. Por essa lógica atendimento médico é mais essencial que fabricar computadores ou celulares, por exemplo. Mas passado algum tempo vai faltar computadores e celulares para quem quer adquirir um novo equipamento ou substituir um antigo, com problema. E até médicos podem vir a ter dificuldades para trabalhar sem telefone e computador, prejudicando o atendimento em clínicas e hospitais, certo?

Então, em época de ânimos exaltados e discursos erroneamente interpretados, prefiro falar em serviços essencialmente presenciais, que nesse momento exigem que parte considerável das pessoas continue saindo de casa para trabalhar. A lista é enorme: serviços médicos, de enfermagem, farmácia, de limpeza (e aí é imprescindível incluir os lixeiros, que raramente são lembrados), serviços de segurança, de transportes e todos aqueles relacionados à gigantesca cadeia de fornecimento de alimentos.

Começa com o agricultor. Ele às vezes trabalha em família, então, em tese, teria como respeitar o isolamento social até o momento de fazer a entrega do que planta e colhe. Mas muitos agricultores são empregados em grandes propriedades produtoras e seguem saindo de casa todo dia para trabalhar.  Tem também o pessoal que ensaca ou encaixota os produtos colhidos no campo para levar para as indústrias de processamento de alimentos ou direto para os estabelecimentos comerciais. Tem a turma que transporta, seja de kombi, caminhão, trem, barco, até de navio, no caso das exportações. E aqui entram na ista também os funcionários de portos e aeroportos, dos postos de combustíveis.

Não esqueçamos de todas as fábricas que processam alimentos, dos supermercados, das mercearias... E quando a gente fala de mercados e vendas, é preciso incluir, além do pessoal de atendimento direto ao cliente (como açougueiros, atendentes de padaria e os caixas) também os estoquistas, a equipe administrativa, os faxineiros, os seguranças. É muita gente.

Recriminar quem sai de casa é covardia
Diante dessa lista imensa de serviços essencialmente presenciais me surpreende ver pessoas que podem trabalhar sem sair de casa (e devem continuar fazendo isso) horrorizadas com estatísticas de que em tal cidade ou estado “só” 60% ou 50 e poucos por cento da população estão respeitando a quarentena.

Não é para se horrorizar. É motivo de comemoração. Um país do tamanho do Brasil conseguir quase que de uma hora para a outra que metade das pessoas não saia de casa é um grande feito! Isso ajuda a conter o ritmo de contaminação do vírus que, todos já sabemos, é altamente contagioso. E mantém atendimento a doentes, além do abastecimento para os hospitais e as casas de quem está em quarentena.

Há um ponto perigoso no discurso esnobista do horror aos que saem de casa, nessa onda que varreu as redes sociais e os grupos de WhatsApp, de que nós, que respeitamos a quarentena, somos conscientes, porque estamos confinados, abrimos mão da nossa liberdade de ir e vir enquanto um bando de irresponsáveis está nas ruas espalhando o vírus.

Alimentar essa discussão é espalhar ódio a quem precisa sair de casa para buscar o sustento da sua família e esquecer dos que sequer têm escolha, porque fazem parte daquela lista de trabalhadores essenciais.
Então se há "só" 60% ou 50 e poucos por cento que ficam em casa, esses precisam é agradecer aos 40 e poucos por cento da população que seguem saindo para trabalhar todo dia, apesar de não contribuírem para que a estatística de "respeito à quarentena” pareça melhor. Infelizmente são eles os mais vulneráveis à contaminação e, sim, os maiores responsáveis pela transmissão do vírus, porque estão na linha de frente do atendimento aos doentes e aos clientes.

Você já parou para pensar que a curva do contágio continua aumentando, porque eles estão se contaminando e levando o vírus para as próprias casas, contaminando também suas próprias famílias? Não á toa a Organização Mundial de Saúde (OMS) explicou recentemente que o fato de a curva de contágio continuar crescendo em boa parte dos países, apesar de o mundo inteiro estar fazendo quarentena, tem a ver com isso: o contágio está se dando dentro das casas.  Sim! Não fiquemos horrorizados. É o curso normal de qualquer ciclo de contágio. Pessoas saem para trabalhar, voltam para casa com o vírus ainda sem ter sintomas, contaminam suas famílias e, só depois, descobrem que estão doentes. Passados mais uns dias é o marido ou a esposa ou os filhos que adoecem.

A gente precisa entender isso para parar com o debate bobo de que só o isolamento total pode conter a pandemia, porque isso não vai acontecer. E não é sensato nem honesto ficar criticando quem não faz quarentena, achando que todo mundo se enquadra na condição de trabalhar em casa, porque as realidades são muito diferentes até mesmo da nossa casa, para o vizinho de muro ou de andarQuem está na sacada ou na janela batendo panela e gritando para criticar ou apoiar presidente, ministro, governador, quem quer que seja, por terem defendido os que precisam trabalhar ou mandado os desobedientes sossegarem o facho, deveria olhar para o térreo e lembrar que ali na portaria do prédio tem um funcionário que todo dia vai e volta de casa para o trabalho, pega ônibus, metrô, se expõe ao risco de contrair coronavírus, de levar o inimigo invisível pra dentro da própria casa, e isso só pra garantir que outros fiquem seguros com a família.

E não venham me dizer que estou apoiando o presidente ou apoiando Doria, Witzel, Caiado, Maia, quem quer que seja. Ou o Mandetta ou o Tedros da OMS! Quero apenas abrir os olhos para o ridículo que é, nesse momento, politizar o isolamento social sem perceber que, ao fazer isso, querendo atingir o grupo que pensa o contrário, joga-se uma carga de culpa sobre trabalhadores inocentes.
Está mais do que na hora de a gente olhar para o jeito italiano ou espanhol de lidar com a quarentena, que é ir para janela cantar, aplaudir e levar algum conforto a quem está trabalhando, do que ficar praticando o esporte nacional preferido que é berrar no vazio e espalhar ódio, incompreensão e mais medo.

Cristina Graeml, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Doria, Gilmar e Maia veem escalada de ‘autoritarismo’ no Planalto - Eliane Cantanhêde

O Estado de S. Paulo

Governador, ministro do STF e presidente da Câmara discutem em jantar o que consideram investidas de Bolsonaro contra instituições

Em jantar na residência oficial da presidência da Câmara, nesta terça-feira, 18, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governador João Doria (PSDB-SP), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e dez parlamentares discutiram o que consideram uma “escalada autoritária” do presidente Jair Bolsonaro contra a imprensa, os governadores, o Congresso e outras representações da democracia.

Conforme o Estado apurou, Maia está preocupado em não confrontar Bolsonaro[o estilo do Maia é morde e assopra, arranha e esconde a unha, assim, ele cutuca o presidente e posa de inocente - só que, se necessário, o presidente reage sem rodeios.] com quem mantém relações difíceis desde o início do mandato presidencial, mas disse que a “linha dura” continua instalada no Palácio do Planalto e lamentou os efeitos negativos da grave polarização entre direita e esquerda na retomada do crescimento econômico. Garantiu, porém, que o Congresso tocará as reformas tributária e administrativa, mesmo sem a iniciativa ou o apoio do Executivo.

O mais incisivo no encontro foi o ministro Gilmar Mendes, que chegou a reclamar da “bonomia” (bondade, falta de maldade, leniência) com que instituições e setores da sociedade convivem, na sua opinião, com as agressões do presidente, que se tornaram praticamente diárias e dirigidas a um número cada vez maior de alvos. O ministro do Supremo defendeu o “fim dessa bonomia”.[o ministro Gilmar deveria silenciar sobre o assunto, haja vista a possibilidade de uma tentativa de impedir o presidente da República.
Não exercendo nenhum cargo que o autoriza a falar em nome do STF - função que cabe ao presidente ou vice-presidente da Corte - o ministro apenas compromete sua isenção de eventual possível futuro julgador do presidente Bolsonaro.]

O jantar foi no dia em que Bolsonaro atacou em tom sexista a jornalista Patricia Campos Melo e em meio ao novo mal-estar entre Executivo e Legislativo, pela decisão do governo de romper um acordo fechado pelo Ministério da Economia e as cúpulas da Câmara e do Senado quanto ao Orçamento impositivo. Maia atribuiu a responsabilidade pelo rompimento menos a Bolsonaro e mais ao ministro Paulo Guedes.

Já no dia seguinte, quarta-feira, 19, surgiu o vídeo do general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), acusando os parlamentares de “chantagearem” o governo e terminando a frase com um palavrão, como que confirmando a avaliação e as críticas feitas no jantar de Maia, Doria e Gilmar.

Doria é um dos líderes da reação dos governadores aos ataques do presidente e da carta assinada por 20 deles criticando o presidente por manifestações que não contribuem com “a evolução da democracia”. Ontem, depois de encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), cobrou de Bolsonaro “diálogo e entendimento”. [Doria por sua pouca importância e evidente interesse em complicar o presidente da República, não merece comentários - ainda que de um Blog com dois leitores.] 

Miliciano
Se o clima da semana já era de tensão, pelos ataques de Bolsonaro a jornalistas e pelo confronto com governadores, esse clima só piorou com as manifestações dele e de seus filhos sobre a morte do capitão Adriano, líder de uma milícia do Rio. No Legislativo e no Judiciário, há perplexidade com as manifestações do presidente.

No fim da tarde desta quarta, o ambiente político ganhou um fator novo e preocupante, com os tiros no senador Cid Gomes, no Ceará, durante protestos de policiais no Estado, o que mobilizou Senado, Câmara e mundo jurídico, justamente no dia em que o Congresso criou a Comissão Mista que buscará um consenso para uma reforma tributária comum. [o senador, carente de holofotes, tentou conseguir chamar a atenção e se machucou.] 

Eliane Cantanhêde, colunista - O Estado de S. Paulo

sábado, 9 de novembro de 2019

Doria: saída temporária de Lula da cadeia não anula os crimes que cometeu - Estadão - Conteúdo

Governador paulista defende mudança constitucional para condenados em segunda instância serem presos e cumprirem integralmente suas penas

[o, temporariamente, ex-presidiário Lula além da desmoralização total, estendeu seu descrédito à classe política, tendo em conta que sempre manteve o discurso - discurso no qual só os militontos acreditavam - de que só sairia da cadeia após inocentado - saiu, NÃO INOCENTADO, continua sendo um CONDENADO por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, temporariamente, fora da cadeia.]

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chamou a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da cadeia em Curitiba de “temporária” e afirmou que ela “não anula os crimes que cometeu”.
“Meu apoio a uma mudança constitucional para condenados em segunda instância serem presos e cumprirem integralmente suas penas”, acrescentou o tucano. “O Brasil quer justiça.”

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL-PR), pautou para segunda-feira, 11, o início da análise da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 410/2018, de autoria do deputado Alex Manente (Cidadania-SP), que alteraria a Carta para prever que ninguém será considerado culpado até a confirmação de sentença em grau de recurso, ou seja, em segunda instância.

Lula deixou a superintendência da Polícia Federal (PF) na capital paranaense às 17h42 (de Brasília) desta sexta-feira, 8, após assinar alvará de soltura expedido como resultado da decisão, ontem, do Supremo Tribunal Federal (STF) que reverteu a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. [ao considerar a prisão em segunda instância inconstitucional o Supremo Tribunal Federal, proclamou que cinco dos onze ministros que o integram, são CONTRA A CONSTITUIÇÃO, defendem atos inconstitucionais.

Explica-se: os ministros do STF podem mudar seus votos a qualquer momento - desde que antes da proclamação do resultado - os dois votos finais (que somaram mais de quatro horas de tentativa de justificar o que defendiam) foram pró impunidade e nenhum dos favoráveis a que bandido deve ser preso logo após a condenação ser confirmada por órgão colegiado, mudou de opinião, é indicativo seguro que cinco ministros (ou seis) são contra o cumprimento da Constituição.] 

IstoÉ - Brasil
 

 

sábado, 12 de outubro de 2019

Briga pelo butim - Merval Pereira

Os Bolsonaro querem mesmo é controlar os fundos do PSL

A eleição de Bolsonaro para a presidência da República em 2018, consequência da disfuncionalidade de nosso sistema politico-partidário e da decadência da democracia representativa pelo mundo afora, e a do próprio país, corroída pela corrupção, explicitou no nosso combalido cotidiano político o paradoxo de ter o mais poderoso Congresso dos últimos anos, e o de menor qualidade individual. O índice de renovação foi o maior dos tempos recentes, mas resultou em um Congresso amorfo, com um quadro partidário mais fragmentado ainda, e os maiores partidos da Câmara, o PSL e o PT, sofrendo, o primeiro, de descontrole, e o segundo de controle excessivo. 

Dedicando-se unicamente à libertação de Lula, o PT não tem importância parlamentar. Já o PSL, um nanico que surgiu gigantesco, do nada que significava, graças à filiação de última hora do candidato Jair Bolsonaro à presidência da República, continua no baixo clero, sem organização e sem liderança. Bolsonaro passou a metade de seu primeiro ano de mandato criticando a velha política, e hoje se dedica a tomar conta do partido que o elegeu para, com métodos iguais aos que critica, organizar um esquema partidário que dê sustentação à sua reeleição. 

A disputa no baixo clero pelo butim dos fundos Partidário e Eleitoral no ano das eleições municipais tem alcance mais longo, até a eleição presidencial de 2022. Não é à toa que o presidente Bolsonaro abriu uma guerra contra a direção do PSL. Um partido nanico até a eleição passada, o PSL elegeu a segunda maior bancada em 2018, o que garantiu um fundo partidário de R$ 110 milhões este ano. E mais R$ 359 milhões em 2020, somando os fundos Partidário e Eleitoral. Essa vitória estrondosa, no entanto, não se converteu em ativo eleitoral para o clã Bolsonaro, pois o partido tem dono: o deputado federal Luciano Bivar.  

Assim como Bolsonaro ano passado, Bivar também foi candidato à presidência da República em 2006, mas terminou em penúltimo lugar, recebendo 0,06% dos votos. O último colocado, como de costume, foi o candidato do Partido da Classe Operária (PCO), o mesmo ao qual os advogados de Bolsonaro comparam o PSL em termos de transparência de prestação de constas. Os dois estão empatados no último lugar num ranking de transparência. Pedindo uma análise independente das contas do seu nono partido politico (já esteve no PDC, PP, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC,), Bolsonaro pretende criar uma situação tal que lhe permita, ou assumir o controle do partido, ou liderar uma debandada de deputados sem que se arrisquem a perder o mandato. 

A primeira possibilidade é remota, a outra é uma improbabilidade que não está na lei, mas que o Tribunal Superior Eleitoral poderá encontrar uma interpretação alargada para permitir. Os Bolsonaro querem mesmo é controlar os fundos do partido, que só existem por causa deles. Sair do PSL seria uma atitude megalômana daqueles líderes que chamam seus seguidores para o suicídio, neste caso eleitoral. Disputar eleições sem tempo de televisão e dinheiro pode ter dado certo para Bolsonaro, embora o apoio de grandes empresários hoje esteja comprovado, e a facada trágica tenha criado um efeito inverso na sua campanha, que o criminoso queria inviabilizar. 

Mas, achar que novamente esse fenômeno se repetirá, não é razoável. A briga pelo butim traz ainda uma contradição interna: Bolsonaro sem o PSL perde o apoio financeiro, mas o PSL sem Bolsonaro será um partido rico sem uma bandeira, que o presidente representa cada vez mais para um núcleo eleitoral nada desprezível.
Vê-se a cada dia o esforço do presidente de acelerar sua campanha pela reeleição. Ontem, esteve lado a lado com dois potenciais concorrentes: João Doria, governador de São Paulo, e Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro. 

Para Doria, tucano que esteve circunstancialmente do seu lado na eleição presidencial, reservou vaias de seus seguidores, que o receberam aos gritos de “Mito”. Bolsonaro estava em seu habitat, na formatura de uma turma da Polícia Militar de São Paulo, tanto que carregou no colo uma criança fantasiada de PM com uma arma de brinquedo na mão.
Já com Witzel, aproveitou solenidade de lançamento de um submarino no Rio para adverti-lo frontalmente. Encarando-o, exigiu de seus possíveis concorrentes “ética, moral e sem covardia”. Se com João Doria a disputa é entre campos distintos, com Witzel é no mesmo campo.

Merval Pereira, jornalista - Coluna em O Globo


terça-feira, 9 de outubro de 2018

Entre a cela e as urnas



No domingo, Lula reafirmou-se no partido. Extraiu do maior reduto petista, o Nordeste, um de cada dois votos



[Nordeste, curral eleitoral do PT, movido a bolsas = voto de cabresto.

No Nordeste existe pessoas dignas que vão acordar no próximo dia 28 e perceberem que o voto deles tem que ser de libertação, de dignidade, de trabalho e emprego e que votando em Haddad estarão mantendo a situação de miséria e dependência à corja lulopetista - afinal, a partir do momento em que o poste-laranja aceitou ser 'capacho' de Lula, abriu mão da dignidade e os nordestinos dignos - que ainda existe - não irão vo5tar no professor que se anulou (sem esquecer que a notória incompetência do laranja petista fez com que perdesse a eleição de 2016, reeleição para prefeito de São Paulo, para o Doria, ainda no primeiro turno).] 

O calendário marca: faltam 20 dias, ou 480 horas, para terminar a disputa presidencial. Para vencer, Fernando Haddad e o PT precisam conquistar cerca de um milhão de votos até à meia-noite desta terça-feira, sem perder nenhum dos 31 milhões já obtidos. É imprescindível repetir a proeza, sem parar, todos os dias até o domingo 28 de outubro, quando termina a votação.  [tem mais, para que esses cálculos resultem em vitória do Haddad é necessário que Bolsonaro não ganhe nenhum voto.
O desespero petista é maior e crescente, tanto que a cúpula petista já quer que o poste se descole do Lula e reduza as idas a Curitiba - estão descobrindo, tardiamente, que o presidiário além de não ter o poder de transferir os votos necessários, é tão rejeitado que faz o poste perder votos.]

Significa ganhar 41.600 novos eleitores por hora. Ou somar mais 700 a cada minuto. Sem deserções. 

 

sábado, 16 de dezembro de 2017

O messianismo dos anti-Bolsonaro

Ser conservador, então, é preferir o familiar ao desconhecido, o testado ao nunca testado, o fato ao mistério, o atual ao possível, o limitado ao ilimitado, o próximo ao distante, o suficiente ao abundante, o conveniente ao perfeito, o riso presente à felicidade utópica.”

Michael Oakeshott

Em “The Politics of Faith and The Politics of Scepticism”, o filósofo britânico conservador Michael Oakeshott (1901-1990) identificou duas vertentes ocupando o debate político moderno: de um lado, a política de fé. Do outro, a política do ceticismo.


Os liberais não se contentam com o bom senso e o estoicismo de Jair Bolsonaro, e querem linchá-lo por isso

Em poucas palavras, Oakeshott entendia que a política de fé se baseia em um racionalismo raso que promete soluções universais em pacotes ideológicos nos quais existem respostas para tudo. A fé, aqui, não tem conexão com a religião; é a fé na Razão, a deusa da modernidade. A política de fé é a dos ideólogos, dos racionalistas delirantes.

Por outro lado, a política de ceticismo é aquela na qual existem soluções provisórias, circunstâncias e possíveis à administração civil. Mas não há respostas universais aos problemas modernos, aliás, nem todos os problemas são solúveis. A política de ceticismo é a dos conservadores que se contentam com o mundo possível ao mundo ideal.

Os liberais apressados da terrinha podem se esforçar para tentar empurrar o presidenciável Jair Bolsonaro e seus seguidores ao campo da política de fé. Bolsonaro é um nome contra o establishment, livre dos partidos, desembaraçado de obrigações para com empresários que dependem do BNDES e dos políticos na mira da Lava Jato. 

Os brasileiros notaram o fato e, por isso, Bolsonaro tem arrastado multidões por onde passa, representando hoje um fenômeno popular que enraivece defensores do establishment espraiados por todos os lados do espectro político, da esquerda à direita.
Ocorre que o próprio Bolsonaro já declarou, incontáveis vezes, que não é um “messias”, [messias só no nome: Jair Messias Bolsonaro.] que não tem o poder de “consertar o Brasil” e que não carrega soluções mágicas no bolso para todos os nossos problemas atuais, sejam eles econômicos ou socioculturais.

Arrogância liberal x estoicismo conservador
Os liberais, ironicamente, enxergaram nesse ceticismo político saudável de Bolsonaro uma fraqueza indesculpável. Eles não perdoam o fato de que ele não é expert em economia com soluções mágicas para a crise que enfrentamos.  E perdoam menos ainda que Bolsonaro, de maneira humilde e sensata, confesse publicamente que não é o messias, quer dizer, o especialista que os liberais estão esperando surgir em um cavalo branco com as soluções universais mágicas com as quais os racionalistas sonham. Jair afirmou que seu papel será o de estabelecer diretrizes, formar uma equipe competente e delegar. Nenhuma mágica, mas apenas o uso do bom senso na avaliação de cada situação.

Isso, contudo, não é o bastante para os nossos liberais que, herdeiros do racionalismo iluminista e partidários da política de fé descrita por Oakeshott, esperam sempre por pacotes fechados com soluções mágicas universais para tudo.  Nossos liberais rejeitam a postura estóica de Bolsonaro, que fala apenas em soluções circunstanciais e provisórias. Como ensinou o filósofo britânico, o racionalista exige uma solução racional para todo e qualquer problema. O racionalista rejeita o que seria o melhor dadas as circunstâncias, ele exige apenas o melhor em termos absolutos. O racionalista pensa saber, com certeza dogmática, a “direção com a qual o mundo está se movendo”. E quer um pacote ideológico que leve a essa direção.


O Messias liberal
Nossos liberais nunca se cansam de brandir seu puritanismo ideológico. E, desta forma, crucificam Jair Bolsonaro por conta de opiniões políticas equivocadas quem nunca as teve? que ele manifestou em um passado já um tanto longínquo. O terror da esquerda americana, Donald Trump, apoiou Democratas por vinte anos pouco antes de perceber que eram eles, os democratas, o problema. O seu rompimento com a esquerda foi autêntico e teve consequências de proporções globais, como se sabe.
Assim como é autêntico o rompimento de Bolsonaro com figuras que pareciam representar uma alternativa ao establishment.

Os liberais, contudo, de forma consciente ou não, preferem opções fabricadas, criadas nos departamentos de marketing de partidos que integram o establishment, que trazem uma embalagem de novidade para entregar o de sempre.  Os liberais preferem apoiar um opositor fabricado, criado por marqueteiros, que teatralizará algo de novo e recebera aval das esquerdas, incluindo o PSDB, porque salvará o establishment.  Para os liberais, importa mais a aparência da coisa do que a coisa em si.

Foi o caso de Doria, poderia ser o caso de Luciano Huck e talvez agora seja o caso de João Amoedo. São todos impecáveis porque são fabricados. São figuras de grupos, de partidos, e contam com a simpatia dos liberais que esperam por um messias. São eles, os liberais, que estão rejeitando Bolsonaro em nome de alternativas fabricadas que refletem a obsessão racionalista com o melhor absoluto e a rejeição ao melhor “dadas as circunstâncias”. Os liberais são os fanáticos da seita messiânica por aqui.  Os liberais preferem aquilo que parece se aproximar da perfeição ao que é imperfeito, mas autêntico e com real legitimidade popular. São os racionalistas, os puritanos, os gladiadores da ideologia, que buscam um líder messiânico e ungido pelo mercado.

Thiago Cortês é jornalista - MSM