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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Reformas e popularidade

O presidente Michel Temer assumiu um país virtualmente falido, correndo para o abismo e a insolvência

A grande vantagem dos governos populistas, como os que presidiram o país nos últimos anos, consiste no exercício ideológico da irresponsabilidade. Os recursos públicos foram simplesmente vilipendiados, quando não tratados como cosa nostra, sendo o mensalão e o petrolão os seus melhores exemplos.

Contudo, enquanto a farra imperava, houve inegáveis ganhos de popularidade política. Em seu corte esquerdista, estes governos caracterizavam-se pela dita afirmação dos direitos, como se os deveres não fizessem parte da cidadania. Observávamos — e observamos — corporações e sindicatos assim cooptados tomarem para si uma parcela cada vez maior dos recursos públicos. Os gastos tornaram-se cada vez maiores, sem as correspondentes receitas. Chega um dia em que a conta deverá ser paga. E ela chegou!

Para ter-se uma ideia do descalabro reinante quando o presidente Michel Temer assumiu o poder, o país perdia mensalmente cem mil empregos. Hoje, recupera 30 mil por mês, e os índices tendem a melhorar. O PIB era negativo, e já se pode prever para o próximo ano um crescimento entre 2,5% e 3,5%. A inflação nunca foi tão pequena em décadas, situando-se agora abaixo do piso da meta. Evidentemente, nada disto pode ser feito sem medidas duras, que, como é normal, produziram baixos índices de popularidade presidencial.

Há os que perderam os privilégios, os que não conseguem se dar conta de que a atual situação é decorrência de uma verdadeira herança maldita e os que seguem reféns da cegueira ideológica produzida pelo lulopetismo. É muito mais fácil vender ilusões, alicerçadas em dispêndios estatais crescentes, do que governar responsavelmente. Aliás, um dos graves problemas das democracias contemporâneas consiste em que essas procuram ganhar popularidade com políticas socialmente distributivas, como se essas fossem inesgotáveis, e não se preocupam com as questões atinentes à produção de riquezas, sem a qual nenhum distributivismo é capaz de se sustentar.

O presidente Temer assumiu um país virtualmente falido, correndo para o abismo e a insolvência. É bem verdade que muitos viviam na ficção dos “direitos” e de um “desenvolvimento” que se tornara inexistente. A nova classe média já tinha perdido a sua condição e voltava para a sua situação anterior. Apartamentos e carros, tão celebrados pelo lulopetismo, foram devolvidos, com uma enorme quebra de esperança. A inflação passou a corroer os salários e o poder de compra das famílias. Quem experimentou o gosto do melhor sofre muito mais com a sua perda.

Teve o novo presidente a coragem de assumir suas responsabilidades, despreocupado com sua popularidade e eleições. Talvez o seu maior erro tenha sido não ter apresentado ao país, no momento adequado, a herança recebida. Poderia ter aceito uma mera postergação do status quo, que, certamente, lhe teria granjeado popularidade. Poderia ter assumido o discurso fácil de venda de imagens de bem-estar social desconectadas da realidade. Em vez disto, decidiu colocar o país nos trilhos, no caminho das reformas necessárias.

Na medida em que se assumiu como “presidente reformador”, trouxe para si a impopularidade. A opinião pública, amortecida pelos governos anteriores, seguia na ilusão de que nossos problemas seriam meramente passageiros, uma “marolinha” que logo passaria. Uma pequena turbulência, e não a expressão de questões estruturais. Ora, reformas não são aprovadas do nada, sobretudo se o seu escopo for muito abrangente, atingindo vários dos interesses enclaustrados no próprio aparelho estatal. Na falta de popularidade, resta ao governante, se responsável for, apoiar-se no Parlamento, salvo se outra opção residir em um governo autoritário, que meramente impõe o que deve ser feito. 

O novo presidente não escolheu nem o populismo esquerdista, nem a solução autoritária, mas enveredou por negociações exaustivas e muitas vezes fisiológicas com a Câmara dos Deputados e o Senado.  Note-se que o Poder Legislativo é fruto desta mesma irresponsabilidade dos últimos governos, devendo passar ele também por um choque de realidade. De nada adiante criticar estas negociações parlamentares se nada for posto em seu lugar e, sobretudo, se o preço a pagar for a omissão, a irresponsabilidade e a manutenção do status quo.

Muito foi feito em curto espaço de tempo. A agenda reformista é extensa. Dentre outras iniciativas, observe-se:
a) o teto do gasto público, que impôs um limite à gastança irresponsável imperante;
b) a reforma do ensino médio, que vinha sendo negligenciada;
c) a aprovação da terceirização, que abre uma nova época para a produção de riquezas, dando uma nova agilidade aos processos econômicos;
d) a aprovação da modernização da legislação trabalhista, que cria novas oportunidades de emprego e tira a economia brasileira de seu engessamento, em consonância com o que ocorre nos países desenvolvidos;
e) a introdução de critérios de eficiência e de profissionalismo na gestão de empresas estatais e bancos públicos.

Ainda nestas últimas semanas, tivemos um aprofundamento do processo de desestatização de empresas públicas, sob a liderança do ministro Moreira Franco. Foi um ato de coragem mexer com símbolos de um país que deve se modernizar, como a Eletrobras e o aeroporto de Congonhas. Lembre-se dos benefícios da privatização da Telebras e a explosão de novas tecnologias e eficiência, colocando celulares baratos nas mãos de qualquer cidadão. Também está o governo cortando a bolsa-empresário, procurando equalizar as taxas de juros do BNDES com as do mercado, acabando com privilégios. 

A consciência de todo este processo de reformas e de inovação deveria ser uma obrigação mesma dos parlamentares, em cujas mãos está a necessária reforma da Previdência, sem a qual o quadro de transformações do país ficará incompleto. Pense-se igualmente no projeto de simplificação tributária.
O momento não é o de aposta na popularidade irresponsável.

Por:  Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - O Globo


segunda-feira, 27 de março de 2017

Absurdos verdadeiros passados e atuais


a - Lá em meados dos anos 80 o Papa veio ao Brasil e perguntou ao então Presidente Figueiredo porque ele tinha 12 ministros, e ele respondeu biblicamente:
Jesus não tinha 12 apóstolos???
Perguntaram para Michel Temer porque ele tem 40 ministros, respondeu ele: Alibabá não tinha 40 ladrões???  Essa é top.... Merece repassar...

b    b   ACHEI ESSE TEXTO LOUCO DE BOM !!! Um corajoso postou na página do PT.!! A ERA PT O pobre não entrava na faculdade. O que o PT fez? Investiu na Educação? Não, tornou a prova mais fácil. Mesmo assim, os afro descendentes continuaram a não conseguir entrar na faculdade. O que o PT fez? Melhorou a qualidade do ensino médio? Não, destinou 30% das vagas nas universidades públicas para os afro descendentes. Querendo dizer que eles não tem capacidade. [o resultado do que o PT fez em relação as chamadas ‘cotas raciais’ foi o mais completo desrespeito ao mandamento constitucional de que todos são iguais perante a Lei.]

O analfabetismo era grande. O que o PT fez? Incentivou a leitura? Não, passou a considerar como alfabetizado quem sabe escrever o próprio nome. A pobreza era grande. O que o PT fez? Investiu em empregos e incentivos à produção e ao empreendedorismo? Não. Baixou a linha da pobreza e passou a considerar classe média quem ganha R$300,00. O desemprego era pleno. O que o PT fez? Deu emprego? Não. Passou a considerar como empregado quem recebe o bolsa família ou não procura emprego. A saúde estava muito ruim. O que o PT fez? Contratou os médicos cubanos, restabelecendo o regime de escravidão para os cubanos, já que tudo que os médicos recebem é repassado para a corja do Rául Castro, sem que os médicos tenham opção, já que seus familiares permanecem em Cuba, reféns do regime comunista daquela ilha.

Fonte: enviada por e-mail

 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Há trabalho a mostrar e a fazer

No dia 31 de agosto, o Senado Federal encerrou o processo de impeachment de Dilma Rousseff, julgando-a culpada de crimes de responsabilidade, e Michel Temer assumiu a Presidência da República em caráter definitivo até o fim do mandato, em 2018. Se desde então o horizonte da política – e da polícia – não desanuviou no grau e na velocidade que se esperavam, essa quebra de expectativa não pode ser atribuída a uma eventual falta de ação da equipe econômica do governo Temer. Antes, a agenda econômica vem sendo diligentemente implementada com um grau de eficácia de dar inveja a muito governo com condições de temperatura e pressão bem mais favoráveis.

É evidente a principal vitória de Michel Temer até o momento. Ele assumiu um governo em dramáticas condições fiscais e conseguiu, menos de quatro meses depois, aprovar um remédio de longo prazo – amargo, mas muito necessário –, a PEC do Teto dos Gastos.  Muitos diziam que seria impossível aprovar uma emenda com esse teor, especialmente com um Congresso acostumado a cobrar caro por apoio a medidas impopulares. No entanto, Michel Temer conseguiu e o País tem hoje uma legislação que pode frear uma das principais causas de desequilíbrio econômico e social – a gastança pública.

Não fossem as atuais conturbadas circunstâncias políticas, seria mais que razoável uma longa e festiva comemoração pela aprovação da PEC do Teto dos Gastos. Não custa repetir: foi uma significativa vitória da racionalidade e da boa governança sobre a irresponsabilidade e o populismo.  Essa não foi, no entanto, a única vitória de Michel Temer no Congresso. O governo conseguiu a aprovação da Medida Provisória (MP) 735/2016, que altera significativas regras no setor elétrico. Entre outros pontos, a medida facilita os processos de privatização, diminui a burocracia dos leilões e reduz os custos da União com subsídios a concessionárias.

Outra medida importante aprovada durante o governo Temer foi o fim da participação obrigatória da Petrobrás na exploração do pré-sal. Promulgada em fins de novembro, a Lei 13.365/2016 desobriga a estatal de ser a operadora de todos os blocos de exploração do pré-sal no regime de partilha de produção. Sem outro motivo que a absurda limitação ideológica dos governos petistas, essa obrigação colocava em risco a capacidade e a liberdade de investimento da Petrobrás, além de impor sérias limitações à própria exploração do pré-sal.

O governo Temer conseguiu ainda aprovar a Lei de Governança das Estatais, medida de grande utilidade, especialmente após a experiência petista no Palácio do Planalto. A nova lei fixa normas de governança corporativa e regras para compras, licitações e contratações de dirigentes em empresas públicas e sociedades de economia mista. Por exemplo, estabelece condições mínimas para a nomeação de diretores das estatais, dificultando seu aparelhamento político.

Outra vitória alcançada pelo presidente Michel Temer foi a aprovação da MP do ensino médio, com sua proposta de atualizar os currículos escolares, fortalecendo as disciplinas essenciais e dando maior liberdade de escolha ao aluno. Ainda que não se trate de um tema específico da área econômica, tem também efeitos diretos sobre a economia nacional, já que educação e produtividade são assuntos necessariamente vinculados.

Além disso, o governo Temer ainda lançou um consistente programa de medidas microeconômicas – que podem contribuir para desembaraçar a economia, não apenas no curto prazo – e apresentou corajosa proposta de reforma da Previdência.

Nos últimos dias, o governo federal deu decisivos passos para a reforma trabalhista, medida que muitos analistas diziam ser inadmissível para as centrais sindicais e todos dizem ser essencial para o destravamento dos investimentos. Além disso, ajudou os Estados endividados na medida do possível, no que foi atrapalhado pela irresponsabilidade de uma maioria de deputados.

Certamente, ainda há muito a ser feito na pauta econômica e em muitas outras áreas. É preciso, no entanto, reconhecer uma abissal diferença entre o governo de Michel Temer e a anterior administração – ele está trabalhando.


Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo




terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Perda de tempo

Mudanças no ensino médio

Os problemas que o sistema educacional brasileiro principalmente o público, mas que não absolve o privado arrasta há tempos carregam um alto grau de dramaticidade. Não apenas pela atividade em si — como a qualidade rateia nas salas de aula, gerações têm sido condenados à baixa qualificação —, mas também devido à dificuldade de se implementar programas de melhorias.

Educação é até um setor em que há importantes consensos na sociedade. Existiu inclusive um encadeamento entre dois períodos de governo de campos políticos de grande divergência ideológica, a gestão tucana e o período petista. Com Fernando Henrique, por exemplo, atingiu-se a universalização nas matrículas no ciclo fundamental do ensino básico, e surgiram as primeiras ferramentas de avaliação da qualidade do ensino; no período do PT, entrou na agenda de maneira mais destacada a questão da qualidade, as ferramentas continuaram a ser desenvolvidas e a imprescindível reforma para redistribuir recursos públicos entre estados e municípios, iniciada com os tucanos (Fundef), chegou a todo o nível básico (Fundeb) com os petistas.

Mas discussões e embates explodem na execução de políticas. Um foco de divergências é a reforma do ensino médio. Aqui, há concordância geral que ele precisa melhorar, e muito. Porém, o envio, pelo governo Temer, de medida provisória para apressar as mudanças acendeu barulhento debate. Mesmo que um projeto de lei, com este objetivo, se arraste há anos no Congresso. Além disso, MP não significa que deixe de haver o devido processo legislativo, com debates, audiências, emendas e tudo o mais. 

 Apenas — o que não é pouco ela entra em vigor imediatamente (já passou para a Câmara, está no Senado). Para alongar a querela, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acaba de considerar inconstitucional a via da MP. O caso vai para o Supremo.  É preciso levar em conta que o ensino médio patina há bastante tempo. Os índices de evasão caem ano a ano, mas continuam elevados. A proporção de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola já foi de 40% em 1992 e chegou a 12% em 2015 — porém ainda é uma taxa alta. 

Outro indicador que preocupa é o daqueles jovens, entre 18 e 24 anos, que não trabalham, nem estudam, os “nem nem”: de 2005 a 2015 têm oscilado entre 13,8% dessa faixa da população (2005) e 17,2% (2013). No ano passado, foi de 16,5%. Não é um quadro positivo. Devido a tudo isso, o ensino médio precisa passar por uma reforma no sentido das propostas encaminhadas ao Congresso: flexibilização por meio da criação de blocos de disciplinas a serem escolhidas pelo aluno ao concluir o fundamental, inclusive curso profissionalizante. Há sempre temas que geram polêmicas, algumas de fundo ideológico e partidário. Mas não se deve permitir que este tipo de conflito atravanque as mudanças. O Brasil está ainda muito atrasado na Educação, e isso impede o país de se desenvolver na plenitude. Até porque, uma condição essencial para isso — um grande contingente de jovens — se esgotará em mais 20 anos. É crucial educá-los bem.

Fonte: Editorial - O Globo




segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Governo prepara-se para aumento dos protestos

Planalto acredita que pode superar o discurso das "minorias que querem manter os privilégios". Mas, antes mesmo do envio da da Reforma da Previdência ao Congresso, estudantes ocupam escolas e servidores públicos vão às ruas

[os estudantes não passam de MASSA DE MANOBRA dos esgotos  CUT, PT e UNE.
A atual direção da UNE tenta conseguir o que o farsante Lindbergh Farias conseguiu nos tempos dos 'caras pintadas'.
A CUT através do bazofeiro Vagner - o sobrenome não lembramos - tenta se manter em destaque e conseguir outros para cumprir as ameaças feitas pelo palhaço Vagner e que não foram cumpridas. Faltou àquele indivíduo coragem para tentar promover as arruaças que disse iria fazer caso Dilma fosse escarrada. Ela foi escarrada, o botão de descarga acionado e ele nada fez.
Quanto ao PT tenta encontrar um tema que o coloque em evidencia positiva.]

Mil escolas ocupadas em todo o país contra a reforma do ensino médio, protestos contra a PEC do teto de gastos nos principais centros urbanos do país. No Rio, sindicatos e magistrados protestam contra o pacote de austeridade anunciado pelo governador Luiz Fernando Pezão. O próprio Pezão e o prefeito eleito de São Paulo, João Doria, batendo às portas do Planalto em busca de dinheiro extra para fechar as contas. Os últimos dias de 2016 e os primeiros de 2017 serão tensos para o presidente Michel Temer. E a temperatura deve aumentar ainda mais.

A gritaria está crescente e o governo federal ainda nem encaminhou a proposta de reforma da Previdência para o Congresso, possivelmente alterando a idade mínima para a aposentadoria. Neste caso, Temer poderá enfrentar a resistência, inclusive, de parte da base de apoio do Congresso. O Solidariedade, partido criado para ser o braço político da Força Sindical, comandada pelo deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SP). “É aquela velha história do menino que aprendeu a nadar em uma lagoa, não na piscina. Se ele não aprender rápido, morre afogado. O governo Temer vai ter que aprender na marra a resistir às pressões”, disse o cientista político e professor do Insper, Carlos Melo. “A PEC que reduz o teto de gastos está gerando polêmicas, mas ainda é um assunto abstrato. As mudanças na Previdência não, ela é algo concreto, que envolve a realidade das pessoas”, completou Melo. [se o Temer amarelar existe quem o substitua com firmeza, sem medos e  sem relutar sobre o que tem que ser feito.]
O professor do Insper acha que falta, ainda, um senso estratégico ao governo Temer. “Não era para mandar agora ao Congresso uma proposta de reforma do ensino médio. Todos sabem que a urgência é aprovar as medidas econômicas. Qualquer outro assunto, neste instante, aumenta muito mais o nível de tensão”, declarou Melo. “Falta ao atual governo um bom comunicador e um bom estrategista. A gestão Dilma também não tinha. Nos governos anteriores, quem fez isso foram Lula e Fernando Henrique Cardoso. No presidencialismo, o principal comunicador é o presidente”, defendeu o professor do Insper. [o Carlos Melo está certo - o foco do Temer agora tem que ser resolver a situação econômica, frear a recessão e o desemprego - é questão de física, se estamos caindo ou de ré, temos que parar e então iniciar a subida e/ou a marcha para frente.
Após parar a recessão e o desemprego, um consequência do outro, portanto, um alimentando o outro, e iniciar a recuperação, outras reformas poderão - e deverão - ser iniciadas.
Agora, tem que ser a do TETO e a da Previdência.]

Por isso, Temer tem se preocupado em assumir, pessoalmente, a articulação dos projetos que interessam ao governo no Congresso. Na quarta-feira, vai jantar com senadores da base aliada para negociar as tramitação da PEC do teto de gastos. Também adiantou, em conversas na semana passada com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que pretende encontrar uma saída para todos os estados que passam por dificuldades financeiras, não apenas o Rio de Janeiro.

Além de resolver a situação dos estados em si, há também uma preocupação de assessores do Planalto de que os protesto no Rio, principalmente, que hoje são de “Fora, Pezão” eventualmente se tornem “Fora, Temer”. Segundo interlocutores do Planalto, o governo vai se empenhar em explicar, para os líderes e para o conjunto da população, que a reforma da Previdência é imprescindível para o futuro do país. “Evidentemente, existem grupos de interesse que vão trabalhar para manter os privilégios que possuem atualmente”, reconheceu um assessor direto do presidente Temer.

Para o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), são grupos minoritários, que conseguem fazer mais barulho do que, efetivamente, atrapalhar o andamento de propostas no Congresso. “Estou absolutamente convicto de que a maior parte dos brasileiros está consciente de que precisamos gastar menos do que arrecadamos", apostou o tucano paulista.

Para o vice-presidente e vice-líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), contudo, o governo deve se preparar para um recrudescimento dos movimentos de rua. “Este governo ilegítimo não está apresentando nenhuma medida que penalize os mais ricos. Para ele, ajuste fiscal é prejudicar os mais pobres”, atacou Teixeira.

Temperatura máximaAs dificuldades a serem enfrentadas pelo governo Temer
  • Aprovação da PEC do Teto de Gastos no Senado
  • Aprovação da medida provisória da reforma do ensino médio [tem sua importância e sua prioridade, mas o momento não é oportuno; logo que o  Brasil volte a crescer e o desemprego entre em queda será facilmente aprovada.]
    • Debate sobre a reforma da Previdência [prioritária, mas, Temer tem que encontrar meios de garantir as situações existentes, respeitando  os direitos adquiridos - o que torna obrigatório que sua equipe - para alguma coisa seus membros tem que servir, ou só são bons para participar de banquetes??? - encontre meios para mudar sem afetar o que foi legalmente adquirido.]
  • Desdobramentos da Lava-Jato [pode andar em paralelo e não podem ser adiadas as punições necessárias.]
  • Prefeitos eleitos em outubro pressionando por recursos [quando se candidataram já sabiam o que os esperava; que se virem - resolver o problema do Brasil tem prioridade sobre os interesses dos prefeitos.]
  • Governadores na metade final do mandato pressionando por recursos [a prioridade é o Brasil e tais governadores colaboraram por algum tempo para o agravamento da crise - muitos estavam alinhados a 'escarrada'.]
Fonte: Correio Braziliense

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Governo do DF se acovarda e deixa cidade nas mãos de rodoviários baderneiros e professores irresponsáveis - agora fazem geve para comemorar o Dia Nacional da Greve

DF ficará sem ônibus e sem aulas na rede pública nesta sexta-feira

Pela manhã, rodoviários vão parar durante cinco horas. Já os professores anunciaram paralisação de 24 horas. Outras categorias também aderem ao movimento [o que a maioria dos professores - não toda a categoria, felizmente, os irresponsáveis são maioria,  mas, não representam a totalidade da categoria  - quer é um pretexto para para um mega feriado: fazer greve hoje, enforcam a segunda-feira, já que terça, dia 15, é feriado nacional e conseguem cinco dias consecutivos para ficarem à toa, no ócio remunerado.

Quanto à paralisação dos baderneiros rodoviários a greve é o principal 'trabalho' daquela categoria e essa situação só será corrigida quanto a Justiça aplicar multas por paralisações ilegais e obrigar o sindicato a pagar - multa anistiada desmoraliza a própria Justiça trabalhista.
O Rollemberg não tem pulso para enquadrar os grevistas do GDF, incluindo os baderneiros rodoviários - que trabalham em empresas privadas que prestam um serviço público ao GDF.
E o Temer ainda não criou coragem para enquadrar seus grevistas.] 

A frota de ônibus do Distrito Federal não vai circular entre 4h e 9h desta sexta-feira (11/11). Os rodoviários se juntarão ao Dia Nacional de Greve, organizado pela Central Única de Trabalhadores (CUT). Após o período, os coletivos voltarão a circular normalmente.
A paralisação é um protesto contra o que classificam de "pacote de maldades do governo federal", segundo o diretor do Sindicato dos Rodoviários, Jorge Farias. A categoria discorda da reforma na previdência, da terceirização e da PEC 55 (ex-241), que limita os gastos públicos durante 20 anos.

Mais paralisações

Professores da rede pública também vão cruzar os braços nesta sexta-feira. Durante 24 horas, os alunos de todos os períodos e escolas do DF não terão aulas. A decisão foi tomada na manhã desta quinta-feira (10/11), após assembleia do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), com mais de 3 mil pessoas. A manifestação é contrária à reforma do ensino médio e à PEC 55. O cronograma define, ainda, outras mobilizações, como panfletagens e protestos ao longo do mês.

Os vigilantes de escolas e de hospitais também interromperam os serviços na manhã desta quinta-feira. O salário da categoria, de R$ 2,5 mil, está atrasado. Deveria ter sido pago na última segunda (7). A greve do Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc) dura sete dias, enquanto a do Sindicatos dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem ocorre há 20.

Fonte: Correio Braziliense


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O colégio dos absurdos

Uma das mais tradicionais escolas do Rio de Janeiro, o Pedro II erra feio ao permitir a pregação da violência e ao contrariar o Estado Democrático de Direito em suas dependências

A menina de 8 anos deixou a sala de aula, na sexta feira 14, e se deparou com a frase estampada num cartaz pregado no saguão da escola que fazia uma ode à violência: “Morte ao Latifúndio: terra para quem nela trabalha”. Poucos metros à frente, ela, como outras crianças e adolescentes que estudam no Colégio Pedro II, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, foram confrontadas com faixas dependuradas nas grades e paredes do pátio com inequívoco viés antidemocrático. “Eleição, Não! Revolução, Sim!”. O pai de um aluno que tentou questionar as razões daquelas faixas em uma escola pública acabou violentamente barrado e não pode entrar no prédio. Tentaram inclusive impedi-lo de filmar o que aconteceu em uma dos mais tradicionais colégios de País, referência desde o período do império. As imagens, no entanto, ganharam destaque na internet na última semana.


 RECLAMAÇÕES: Pais e alunos tem reclamado do viés ideológico presente em um dos colégios mais tradicionais do Rio

Os cartazes que incitavam a violência e menosprezavam valores do Estado Democrático de Direito faziam parte de um evento que celebrava os 50 anos da Revolução Cultural Chinesa. A pouca idade das crianças, não entanto, não permite a eles entender o real significado daquelas pregações, nas dependências da escola. Não se trata de defender ou censurar o ideário de esquerda ou, eventualmente, a cartilha da velha direita brasileira. Mas de tentar incutir na cabeça de crianças e adolescentes princípios e valores altamente violentos e que contrariam as bases da democracia. Se na própria China o meio século da revolução foi praticamente ignorado, segundo relato do correspondente da agência internacional Associated Press, Christopher Bodeen, por que o maoísmo deveria ser celebrado no Brasil, e dentro de uma instituição pública de ensino?

O reitor do colégio, Oscar Halac, divulgou uma nota afirmando que apenas “cedeu o espaço” para a realização do VI Seminário Sobre Capitalismo Burocrático, e que “não havia alunos e nenhum outro servidor do Pedro II presentes” ao evento organizado pelo Grupo de Estudo Leninista-Marxista-Maoísta – Brasil, com apoio de vários outros grupos ligados a universidades. Trata-se de uma meia verdade. Embora fosse um evento fechado, as faixas e cartazes foram expostos durante o período letivo onde a circulação estudantil era livre. “Esse é o primeiro ano que a minha filha está matriculada na escola, mas eu e meu marido já estamos questionando se ela vai continuar. Não concordamos com esse tipo de eventos próximos dela”, diz. Daniele Domingos, 34, mãe de Gabriele, 15, chegou a procurar explicações da reitoria. “Quando ouvi a notícia de que haveria integrantes do Movimento Sem Terra (MST) na escola, busquei esclarecimento. Não pode misturar uma coisa com a outra”, afirma. O estudante Alfredo (nome fictício), de 12 anos, disse à ISTOÉ que “a filiação partidária é clara lá dentro. Muita gente do PSOL.” O garoto não aprova: “Acho isso errado. A escola deveria ser neutra em relação a esses assuntos.” 

A mãe dele, Gisele Mariano, 34, diz que “todo assunto pode ser trabalhado, mas é preciso que seja de maneira neutra.” Para o sociólogo Paulo Baía, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o colégio deveria se nortear pela imparcialidade política: “A orientação partidária é nefasta em uma escola. É preciso mostrar as várias faces do evento para os alunos, e não apenas uma.” O cientista político Claudio Couto, professor do Departamento de Gestão Pública Fundação Getúlio Vargas (FGV), de São Paulo, segue a mesma linha: “Processos revolucionários são importantes para a história. A questão é o sentido no qual se dá o debate. É efetivamente um debate ou é um instrumento?”. A resposta todos sabem.

Essa é a segunda vez, em pouco mais de um mês, que o Pedro II é envolvido em polêmica nacional: a anterior foi por ter liberado o uso de saias do uniforme feminino também para os meninos. Pai de uma aluna de 12 anos, o manobrista Afonso Marcelo, 50, ficou indignado. “Saia para homens? Pelo amor de Deus! Aí é demais”, declarou, na ocasião. “Está demais mesmo”, concorda Claudia Silva, 43, mãe de uma aluna do quinto ano.

“É preciso mostrar as várias faces de um evento, não apenas uma”, diz o sociólogo Paulo Baía

Desde os tempos do império
O Colégio Pedro II, no Rio, é a terceira instituição federal gratuita de ensino mais antigas do Brasil. Fundado em 1837, ainda no Império, oferece turmas desde Educação Infantil ao Ensino Médio, além de também alfabetizar adultos. Foi criado com o objetivo de formar quadros políticos e intelectuais para ocupar os mais altos postos da administração pública.

Devido a seu histórico de excelência, são disputadíssimas as vagas nas 14 unidades da região metropolitana do Rio, e os 13 mil matriculados são selecionados através de sorteio. Entre os ex-alunos célebres estão o sanitarista Oswaldo Cruz, o ex-presidente Nilo Peçanha, a atriz Fernanda Montenegro e a jornalista Fátima Bernardes.

Fonte: Isto É
 

Fotos: Raquel Cunha

 

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Ocupações de escolas por estudandes se tornam mais um ponto de consumo de drogas

Parlamentares lamentam morte de estudante em escola ocupada em Curitiba

Durante reunião da comissão especial que irá analisar a Medida Provisória de Reforma do Ensino Médio, parlamentares lamentaram a morte do estudante Lucas Araújo, durante ocupação de escola em Curitiba. Uma das razões que motivam os protestos do movimento estudantil é a reforma do ensino. 

“Nós não sabemos o que houve, mas nós não podemos admitir tragédias. Então, eu quero manifestar minha total solidariedade e apoio à família e aos outros jovens, porque fica uma marca para eles também. Eles estão participando de um movimento, eles têm ideais, eles têm vontade de participar das coisas, como outras gerações já tiveram”, disse a deputada Maria do Rosário (PT-RS). 

A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) também expressou sua solidariedade à família do adolescente e pediu que a tragédia não seja usada como descrédito ao movimento dos estudantes secundaristas. “É um momento de muita tristeza. Portanto, deixo nossa solidariedade, ao mesmo tempo em que esperamos que grupos mal-intencionados ou grupos de extrema direita não se utilizem dessa tragédia para incriminar um movimento que é um movimento pacífico, que ocupa escolas no Paraná. O movimento não está só no Paraná, está no meu Estado, está no Brasil inteiro”, afirmou. 

O estudante de 16 anos foi morto a facadas no interior de uma escola invadida, na tarde dessa segunda-feira, 24, na zona norte de Curitiba. Lucas Eduardo de Araújo Mota teria brigado com outro aluno após consumir drogas e foi atingido no peito e no pescoço. 

Segundo a polícia, os adolescentes brigaram por “motivos pessoais”, não tendo a morte relação com o movimento dos secundaristas. O agressor foi apreendido. Após o incidente, pais retiraram os filhos da ocupação e a escola foi esvaziada. 

O movimento de estudantes começou no final do mês de setembro. Hoje, mais de mil escolas, além de institutos federais e campi de universidades federais de todo o País encontram-se ocupados por estudantes que se manifestam contra a MP 746, que propõe a reformulação do Ensino Médio; a PEC 241, que congela os gastos sociais; e o projeto de lei que institui a Escola sem Partido.

As informações são do jornal O Estado de São Paulo


 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Pátria Educadora destrói o Ensino Médio

A perigosa queda de matrículas no ensino médio

Num país onde a população jovem está diminuindo, a retração implica previsíveis demandas, por exemplo, na renovação de mão de obra especializada e no incremento educacional do país

É na faixa do ensino médio que a Educação brasileira mais patina. Ao longo dos anos, vem se acumulando nessas salas de aula uma série de demandas, umas condicionadas por questões do ensino, outras por fatores econômicos e sociais. Não são poucos os sinais de alerta emitidos por educadores e especialistas, mas em geral eles passam em branco ou, no mínimo, as ações públicas que deles decorrem não são efetivas o suficiente para desatar os nós.

O país paga caro pela inépcia. Tem-se agora uma nova fatura dos desacertos, como evidenciam os números do Censo Escolar de 2015, divulgado no fim de março pelo MEC. Os indicadores mostram que 10% dos alunos do 3º ano do ensino fundamental são reprovados no Brasil. A estatística é ainda pior no primeiro ano, onde a taxa de insucesso dos estudantes é de 26,5%.

O diagnóstico desse perfil nada estimulante passa por questões como defasagem do aprendizado que o aluno herda desde a alfabetização, e um ensino fundamental pouco atrativo. Também há paradoxos programáticos: o Brasil tem um ciclo médio voltado para preparar o estudante para a Universidade, mas é ínfima a porcentagem deles que de fato alcança o ensino superior. Dá-se, por exemplo, pouca ênfase a cursos técnicos ou a modelos que ofereçam, além do conteúdo obrigatório, alternativas para o jovem seguir trilhas diferenciadas. Todas estas são questões sabidas. Essas variáveis de uma equação ainda por ser resolvida conduziram o ensino para mais um sinal alarmante, uma nefasta novidade nesse quadro: de acordo com o Censo, além das altas taxas de reprovação, o Brasil teve entre 2014 e 2015 uma queda de 2,7% nas matrículas do ensino médio. Isso significa que o número de jovens de 15 a 17 anos fora da escola chega a 1,6 milhão. 

É um pesadelo atual, que projeta para o futuro uma preocupação demográfica adicional. Num país onde a população jovem está diminuindo, a retração implica previsíveis demandas, por exemplo, na renovação de mão de obra especializada e no incremento educacional do país.


Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o governo tentará devolver esse 1,6 milhão de jovens às salas de aula. É iniciativa importante, mas pontual. Resolver o problema passa por ações estratégicas. Se não, ao invés de reduzir, aumentam-se o tamanho do buraco em questões como o número de matrículas e as demandas no ensino do país.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Menores de idade aprovados no Enem



Alguns casos de menores de idade que tiveram boas médias no Enem, apesar de não terem concluído, ou até mesmo começado o Ensino Médio, estão movimentando a opinião pública. Há um rapaz de 14 anos que foi aprovado em medicina e conseguiu na justiça a certificação do Ensino Médio para poder efetuar a matrícula na faculdade.
Já uma mineira que passou para Direito em 4º lugar não teve a mesma condescendência por parte do judiciário. Uma outra jovem do Piauí também foi classificada para Direito apesar de ainda estar no ensino fundamental.

Meu filho, também do ensino fundamental, concluído em 2014, foi aprovado para cursar Ciências Matemáticas e da Terra na UFRJ. Mas como o Brasil só se prepara para ter maus alunos, os bons alunos têm que enfrentar todas essas barreiras em processos judiciais para conseguirem ser reconhecidos em suas capacidades e competências. 

No caso do sergipano que passou para medicina, a secretaria de educação fez uma prova de proficiência para conceder o certificado de ensino médio. A lei diz que ter nota acima 450 nas provas do Enem e mais de 500 em redação, concede a certificação para maiores de 18 anos sem necessidade de nenhuma prova adicional. Quer dizer que a idade deve ser mais importante que o conhecimento? Quer dizer que a Secretaria de Educação tem mais poder e capacidade de avaliação do que o Governo Federal? Quer dizer que um aluno jovem, que estudou além do que foi determinado para a sua faixa etária, tem um reconhecimento menor do que muitos marmanjos, que por vezes largaram os estudos, e hoje fizeram um cursinho para o vestibular e conseguiram notas muito inferiores a deles? 

Por que os maiores de 18, muitos dos quais com nem metade do conhecimento que nossos filhos têm, são aceitos como aptos e maduros, quando estamos cansados de saber que a idade não define nada disso? Por que o nosso país tem políticas para alunos abaixo da média, mas não as têm para alunos acima da média? Quando é que a meritocracia deixará de ser exceção para passar a ser regra? Quando bons alunos poderão colher os frutos do seu esforço pessoal sem precisar de intervenção do judiciário para isso? Uma coisa eu posso garantir: meu filho com 15 anos já estudou até hoje, muito mais do que muitos universitários formados. Não só na escola, mas também nos cursos que conquistou através das Olimpíadas de Matemática das Escolas Públicas.

Ao invés de termos que correr atrás da burocracia para brigar por seus direitos, deveriam ser "os grandes pedagogos da nação" que deveriam vir trazer para ele esse certificado com orgulho. Ele é aluno da rede pública de ensino e superou todas as adversidades, greves e falta de professores para chegar onde chegou. Nada é de graça. Cada ponto foi conquistado com muito esforço. Não é favor reconhecer isso. É uma obrigação de qualquer educador sério. O caso do meu filho se difere dos demais principalmente porque ele já faz um curso universitário especial concedido pela OBMEP.  "A Iniciação Científica (em matemática) é um programa que visa transmitir aos alunos cultura matemática básica e treiná-los no rigor da leitura e da escrita de resultados, nas técnicas e métodos, na independência do raciocínio analítico, entre outros.

O aluno participa em ATIVIDADES DE PESQUISA CIENTÍFICA OU TECNOLÓGICAS, orientadas por professores qualificados, NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR E DE PESQUISA. Com isso, pretende-se despertar a vocação científica do aluno, além de estimular a criatividade por meio do confronto com problemas interessantes da Matemática.

Ou seja, a Iniciação Científica Junior é considerada formação universitária e de pesquisa. Tanto é assim, que meu filho recebe bolsa do CNPq nesses 4 anos que participa do PIC Jr. São 4 anos de uma preparação especial em matemática coordenada pela UFRJ, justamente a universidade para onde foi aprovado pelo ENEM. Medalhistas olímpicos de matemática, podem fazer mestrado e doutorado no IMPA em qualquer idade e escolaridade, mas não podem ser liberados automaticamente para entrar na faculdade. 

Essa é a lógica ilógica do MEC e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Será que algum parlamentar, algum dia, vai dedicar-se a facilitar a vida dos olímpicos do conhecimento, dos homeschoolers e dos autodidatas?

Por: Carla Andrade é formada em psicologia e é uma das apresentadoras do programa Força, Foco & Fé, da Rádio Vox.