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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Roberto Jefferson não devia ser julgado pelo STF - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia - Vozes

Condenado pelo mensalão e cumprindo prisão domiciliar, ex-deputado Roberto Jefferson tem candidatura à Presidência barrada pelo TSE. -  Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Mais uma vez o The New York Times criticando a justiça brasileira.  
O jornal já havia feito uma observação sobre as decisões do Supremo que estão passando por cima da Constituição e agora fala do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destacando que agora um homem tem o poder de decidir o que o brasileiro pode dizer ou ouvir na internet. 
É o tipo de poder Hitler e Stalin possuíam, vale dizer. Poderes de ditador. Isso é absolutamente ilegal. A Constituição brasileira proíbe, veda a censura. 
Não é função do TSE censurar debate, opiniões ou manifestações na campanha eleitoral. O TSE administra uma eleição
Eu diria que é uma atividade burocrática, administrativa, mas está fazendo censura.  
Assumiu a tutela, como se eu e você fôssemos dois idiotas que precisam de um tutor para dizer: “isso você pode ouvir, mas isso não pode. Você não tem discernimento para saber se é verdade ou mentira”
Pura arrogância. Eles pensam que continuamos passivos, mas nós não somos. Sabemos discernir e no dia 30 vamos decidir.

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Ontem mesmo eu dizia a um amigo monge no Mosteiro de São Bento: “Dom Mauro eu não estou contra a oração. Tem gente que diz que está de joelho, orando, mas Deus já fez a sua parte. Agora é você quem decide o futuro do seu país. Deus já nos deu esse país maravilhoso. É uma terra prometida. E você ainda pode ajudar outros a decidirem. Pense no futuro dos seus filhos, seus netos e bisnetos.

Roberto Jefferson                                                                                    Não poderia deixar de falar no caso Roberto Jefferson. Ele foi um herói. Foi ele quem revelou, em sacrifício próprio, por que ele estava envolvido, aquele mensalão, que começou nos Correios. Botou a boca no mundo. Depois veio o petrolão, o maior esquema de corrupção do planeta. 
Foi Roberto Jefferson que começou e agora ele está preso por crime de opinião, o que não existe, já que a Constituição veda. 
E a prisão veio de um inquérito que também não devia existir, que não teve participação do Ministério Público, que se baseou num artigo do regimento interno derrogado pela Constituição
É um inquérito em que o ofendido é quem toma iniciativa de investigar, de denunciar, de julgar, de condenar, de prender. Um absurdo.
 
Eu discordo totalmente do palavrório que ele usou contra a senhora ministra Carmen Lúcia, mas ele sequer tem foro privilegiado no Supremo. Não é o STF quem pode prender ou deixar de prender Roberto Jefferson, e sim um juiz de primeira instância. 
Qualquer estudante de direito sabe disso. Onde é que vi parar isso? Eu respondo: dia primeiro de fevereiro assume o novo Senado, que vai imediatamente tratar desse caso.
 
É muito fácil. Um juiz de direito com décadas de experiência me dizia: “é óbvio que nenhum juiz pode votar contra ou a favor num assunto em que ele tem interesse”. 
Se os ministros do Supremo foram ofendidos e votaram nesse inquérito, então está ilegal. Simples”.  [eles também sabem; só que enquanto alguém não fizer parar, vão continuar; com a posse do novo Senado e a saída, necessária, de Rodrigo Pacheco, as coisas mudarão.] Só que passivamente nós estamos acompanhando isso, assim como as demais forças da nação, como OAB, mídia e infelizmente o Senado Federal, que tem como presidente Rodrigo Pacheco, [confira: Pacheco e seu “imenso  talento”: não criar problemas para ninguém.] um nome que deve ficar para a história como um dos responsáveis pela atual crise institucional e que poderia ter cortado o mal pela raiz.  
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES.
 
 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Passaporte de vacinação: conexão Brasília-Ottawa - VOZES

Alexandre Garcia 

Comboio da Liberdade e a UnB

Este é um país que poderia ser uma grande potência, mas desperdiça potencial por burrice. Estava ouvindo o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, atualmente sem partido, que era do PCdoB, que já foi presidente da Câmara, mostrando que poderíamos ser um grande produtor mundial de diamantes. Sabe lá o que é isso. Tem uma reserva indígena em Rondônia, chamada Roosevelt, que produz muito diamante, são bilhões de dólares. Só que não entra nas contas do Brasil.

Ottawa
Manifestantes contrários ao passaporte da vacina se reúnem diante do Parlamento canadense, em Ottawa.| Foto: Reprodução/Twitter

O diamante some, é explorado por contrabandistas. Investigação de 2020 da Polícia federal apontou um esquema que movimentava US$ 20 bilhões por mês. Houve outras anteriores, operações que remontam décadas. Mesma coisa acontece com o ouro. Sabem por quê? A lei brasileira proíbe que haja mineração em terra indígena. Mas há mineração em terra indígena e o Brasil finge que não é com ele. [o minerador honesto, as indústria sérias respeitam a lei e não exploram; já os bandidos, os desonestos, mancomunados com os índios (os protegidos das ONGs vendidas que estão sempre prontos a ganhar na moleza, que sempre querem mais e mais terras para reserva - não se sabe para que - ainda que de forma desonesta.) efetuam a mineração.] Enquanto isso, tem PL sobre o tema parado no Congresso.

Tem ainda outro absurdo de que fiquei sabendo: estão abrindo comportas de reservatórios de hidrelétricas, que estão enchendo, mas que não chegaram no topo ainda. Será que é para faltar água quando parar de chover? E cobrar mais energia elétrica? O ministro de Minas e Energia podia dar uma olhada nisso. [afinal uma ameaça de crise hídrica às vésperas da eleição é tudo que os inimigos do presidente = inimigos do Brasil e dos brasileiros - mais desejam.]

Passaporte da vacina, conexão Brasília-Ottawa
Aqui em Brasília está o maior tititi na área universitária porque a universidade supõem-se que seja o lugar de luzes, de democracia, de liberdades. Só que a Universidade Brasília (UnB) não é.

Na saída do Mosteiro de São Bento, um aluno da UnB veio me falar preocupado que não vai poder ir à aula porque não tem o passaporte de vacina.
A coordenadora da Faculdade de Medicina também pediu para sair do cargo. 
A decisão por exigir vacinação completa para ingressar em qualquer prédio da instituição foi tomada na quinta (27).
A professora Selma Kuckelhaus argumentou queas vacinas disponíveis não impedem a infecção e tampouco o contágio, como demonstrado pelos inúmeros casos de infecção de indivíduos vacinados” e apontou incongruência na imposição do passaporte, em desacordo com a gestão. Sua posição: se a ordem da universidade é a exigência, então estou contra a ordem superior e caio fora. [detalhe 'bobo': a Constituição Federal em vigência, cujo cumprimento e preservação é sempre invocado por autoridades (especialmente quando querem descumprir alguma norma constitucional) diz: "Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I ..... 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; "
Não existe lei estabelecendo a obrigatoriedade da vacina nem impondo o passaporte vacinal.
Em tempo: mantemos nossa posição favorável às vacinas - ainda estamos sendo beneficiados por vacinas que recebemos no século ou milênio passados (milênio soa melhor,  mais respeitoso,mais solene).
Apenas nos permitimos destacar nosso repúdio a que qualquer 'burocrata de esquina' ou autoridade no exercício ilegal da Medicina estabeleça a obrigatoriedade da vacinação ou da apresentação do passaporte vacinal.]

Lá no Canadá, o “comboio da liberdade”, o “freedom convoy”, tomou conta da capital, também por causa desse totalitarismo do tal passaporte. E o chefe do governo, primeiro-ministro Justin Trudeau, caiu fora com a família. O pior de tudo é que eu não vi, pelo menos até o domingo (30), nenhuma linha sobre Ottawa nos principais jornais do Brasil. É traição aos seus leitores, então omitindo notícias. Os caminhoneiros do Canadá estão fazendo história num dos maiores movimentos que aquele país já viu. [vejam Gazeta do Povo - Rodrigo Constantino, 28 janeiro 2021.]

"Maquininha" com comprovante
De volta ao Brasil, Sergio Moro, pressionado pelo Tribunal de Contas pela tentativa de se fazer uma CPI e pelo Ministério Público, acabou divulgando quanto ele ganhou em um ano como consultor ao escritório Alvarez & Marsal, que atua na recuperação judicial da Odebrecht, OAS e Galvão Engenharia – todas envolvidas na Lava Jato. Deu mais de R$ 3,5 milhões; uns R$ 250 mil por mês. A gente olha o tamanhão desse valor e fica tirando conclusões.

[Só um recibinho, um pedacinho de papel igual ao que a 'maquininha' do cartão de crédito fornece]
E o presidente da República, Jair Bolsonaro, não foi ao depoimento que o ministro Alexandre de Moraes tinha exigido que fosse presencial. Para defender a ausência, a AGU se baseou numa decisão do próprio Supremo, de 2018, para que não houvesse condução coercitiva de depoentes na Lava Jato.  A Advocacia-Geral mostrou, ainda, que o delegado que investigou a invasão dos hackers nos computadores do TSE declarou que não havia sigilo na investigação, mas o ministro Alexandre de Moraes acabou trazendo de volta à cabeça do eleitor a preocupação das invasões.

- Salários de assessores de deputados custaram R$ 1,1 bilhão em 2021
- O “Efeito Mariz”
- Fake news do PT sem censura: mentiras que viralizaram nas redes sociais

A gente acabou lembrando de tudo que aconteceu, dos hackers no TSE. O Tribunal disse que não afetou nada, não afetaria contagem de votos, mas a gente sabe que é preciso uma garantia para o eleitor.  
E a garantia que se vê é tirar o recibinho assim como a maquininha do cartão de crédito dá para a gente: um recibinho para garantir que, no fim do mês, a conta do cartão vai bater com os comprovantes que a gente tem na mão.
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo -  VOZES
 
 Nos vídeos abaixo, alguma coisa sobre a comboio da liberdade, lá no Canadá.


Thousands gather on Parliament for 'Freedom Convoy' =  Milhares se reúnem no Parlamento para 'Comboio da Liberdade'
 

Crowds descend on Ottawa's downtown core for protest against vaccine mandates = Multidões descem ao centro da cidade de Ottawa para protestar contra mandatos de vacinas  

 

terça-feira, 16 de março de 2021

Deputado petista, esquecido pela mídia e por todos, quer virar manchete e se socorre de Bolosonaro

C.  V. - [também conhecido domo 'Chico gambiarra'] -   quer que Ibaneis multe Bolsonaro por não usar máscara

O deputado distrital C. V. (PT) enviou um ofício ao governador Ibaneis Rocha (MDB) com a requisição de que seja aplicada multa, prevista em decreto, pelo constante desprezo do presidente Jair Bolsonaro às regras sanitárias de uso de máscara para reduzir a chance de contágio do novo coronavírus. Como exemplo, o petista citou que Bolsonaro acompanhou uma missa no Mosteiro de São Bento de Brasília, no Lago Sul, no último domingo, sem proteção facial e tirando fotos com simpatizantes. [esse deputado, distrital é claro, precisa receber algumas noções sobre projeção de imagem; 
C. V., já teve alguma projeção em Brasilia, há bastante tempo.
Agora, curtindo merecido ostracismo, tenta voltar ao noticiário e escolhe o caminho  preferido dos esquecidos: malhar o presidente Bolsonaro.  Certamente vai fracassar, já que o presidente vai ignorá-lo. 
O Blog Prontidão Total, avesso aos esquecidos que pretendem holofotes e não possuem méritos para tal feito, se abstém de mencionar o nome do parlamentar. Seu vulgo, talvez ajude alguns a identificá-lo.] 

O decreto de Ibaneis estabelece penalidades, como multa, para quem anda sem máscara. Além da multa, pode render pena de até um ano de reclusão. “Solicito que a aplicação e cumprimento do referido Decreto não tenha distinção entre classes sociais e/ou política, tendo em vista que tal diferenciação não é acolhida pelo contágio ao vírus”, registrou Vigilante.

CB Poder - Correio Braziliense

 

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

A recuperação econômica e moral do Brasil - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo

O desempenho econômico do Brasil em 2019 superou os pessimistas e até os realistas. Quem previa que o país ia crescer menos de 1%, errou; o Brasil vai crescer mais. O país está saindo da pior recessão de sua história e isso não é só graças ao governo – que fez lá a sua parte –, mas também depende muito de nós. Está na hora de acabarmos com essa história de esperar o governo para tudo. O mundo não acredita mais no Estado gordo, inchado, lento e que atrapalha a vida de pessoas e empresas.

Está na hora de libertar aqueles que desejam enriquecer, crescer, faturar, empregar, lucrar e distribuir melhor a renda. O Estado não é um bom distribuidor de renda; é um concentrador de renda. Tanto que os que trabalham para o estado ganham melhor que os que não trabalham. Foi assim que deixaram o Estado: gordo, inchado, lento e mau prestador de serviços públicos.


A revolução conservadora

Agora, nesse novo governo, o Brasil está terminando o primeiro ano de uma revolução liberal na economia e conservadora nos costumes. O presidente Jair Bolsonaro me disse esses dias que Paulo Guedes tem inteira liberdade para fazer sua política econômica, liberando as empresas e as pessoas para crescerem, lucrarem e pagarem melhores salários.

Essa revolução conservadora é a recuperação dos valores morais e éticos, que foram rasgados, conspurcados, afundados e quase enterrados por governos anteriores que tentaram destruir a família, os valores morais, os costumes, enfim, tudo aquilo que dignifica a pessoa humana.

 
O espírito de Natal
Neste 25 de dezembro, no Mosteiro de São Bento, eu ouvi o celebrante da missa de Natal falar sobre a dignidade da pessoa humana. Se Deus resolveu nascer entre os humanos, que são todos irmãos, ele foi lá embaixo para se tornar também humano, dignificar o que é humano. No Brasil, durante décadas, essa dignidade foi puxada pra baixo: com a corrupção, o desrespeito aos costumes, à família, ao matrimônio, às condições humanas. Tudo isso foi jogado no lixo e agora, felizmente, está se recuperando.


Alexandre Garcia, jornalista - Gazeta do Povo