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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Todo o poder emana do POVO? Ou do STF? Sérgio Alves de Oliveira



Se analisarmos com atenção  a Constituição Federal  de  1988, com os  seus   “exaustivos ” 250 artigos, emendas e “remendos”, a  lamentável conclusão a que se chegará   é que essa  merece  o qualificativo de   “carta da mentira”, e  não da verdade.

E nem seria preciso investigação mais  profunda da Constituição  para que se concluísse desde logo  que todo o  seu conteúdo  tem inspiração nitidamente “esquerdista”, ideologia essa que  em todos os tempos  e lugares do mundo  onde foi recepcionada,  mais favoreceu  o atraso e a desgraça  dos seus  povos, preconizando, demagogicamente, uma infinidade de “direitos”, em contraposição a  poucas obrigações e deveres correspondentes, gerando o caos de uma “conta” absolutamente impagável.

As infindáveis “mentiras” da Constituição começam pelo seu artigo primeiro, que  abre a “dita cuja”,  contendo 4 (quatro)   mentiras. Ora, se considerarmos  que a  Constituição  possui 250 artigos, e adotarmos  o número de mentiras do primeiro artigo (4) como “padrão médio” para os demais 249 artigos, a soma total de mentiras da Constituição (artigo 1º X  250), bateria” na impressionante cifra de  1.000 mentiras. E se porventura multiplicássemos    essas 1.000 mentiras constitucionais pelas centenas de milhares de leis e outras normas infraconstitucionais, aprovadas após o início da vigência da Constituição de 1988,necessariamente a conclusão será que o povo brasileiro nada num “mar” de mentiras, guarnecidas  e patrocinadas pela Constituição e suas leis.

Não pretendo me “aventurar”, e nem teria  a ousadia  de abordar as “mil mentiras” da Constituição, muito menos  as “milhões” de mentiras “legais” escritas com base nas  suas disposições. Me limitarei   às 4 mentiras do artigo 1º da CF.

PRIMEIRA MENTIRA:  Começa pelo nome de batismo oficial do Brasil , contido no artigo primeiro da Constituição. Embora ali esteja escrito “República Federativa do Brasil”, na verdade a “federação”, com autonomia dos Estados-Membros, principal característica do regime federativo, não é nem nunca foi praticada. Todas as disposições constitucionais relativas ao assunto  levam à conclusão que a federação brasileira existe  somente no  “papel” da mentirosa definição constitucional. 

Na prática, verdadeiramente,  o Brasil não passa de um Estado concentrador, de um ESTADO UNITÁRIO, ”explorador” dos Estados e Municípios,onde mais de 80% dos poderes políticos, e  70% dos recursos tributários  ficam concentrados  na União, pouco restando aos Estados e Municípios, relegados ao papel de “mendigos” da federação. Portanto, o Brasil é uma federação de mentira, apesar de prevista na CF.

SEGUNDA MENTIRA: O Brasil não é um Estado DEMOCRÁTICO, como definido nesse artigo.   Na sua divisão das formas de governo, Aristóteles considerava que a forma corrompida da democracia seria a DEMAGOGIA, tanto quanto a tirania o seria da   monarquia, e a oligarquia da aristocracia.     
                                                                             
Também o geógrafo e historiador grego POLÍBIO tratou do assunto, substituindo a  forma de governo da demagogia, preconizada por Aristóteles, pelo que ele denominou de OCLOCRACIA, onde os vícios da democracia seriam bem mais abrangentes  e completos que na “demagogia”. 

Resumidamente, a perversão da democracia, patrocinada  pela OCLOCRACIA, residiria na irresistível atração da pior escória da sociedade para fazer e se beneficiar da política, usando como trampolim para chegar ao poder político a massa portadora de um título  eleitoral, em grande parte ingênua, ignara, carente de consciência  política verdadeiramente democrática, interesseira, ou mesmo de caráter deficiente . Esse seria  o regime de troca-troca do “pior”, principal característica da democracia degenerada, da  OCLOCRACIA.

TERCEIRA MENTIRA: E o Brasil  também não seria  um ESTADO (“democrático”) DE DIREITO, como “mente” o artigo primeiro da CF. E não seria  um (Estado) DE DIREITO pela simples razão de que as fontes  do seu “direito” estariam  viciadas, corrompidas, deturpadas.  E se isso fosse  verdade, a consequência estaria  na conclusão do Brasil  não ser ,como previsto na Constituição, um “Estado de Direito”, porém o seu contrário, um  ESTADO DE ANTIDIREITO, da negação do direito.
E    quais seriam as “fontes” do direito viciadas que estariam configurando o ESTADO DE ANTIDIREITO? 

Ora, as fontes do direito, em tese,  são 4 (quatro), a saber: 
 (1) a LEI,(2) a JURISPRUDÊNCIA; (3) os COSTUMES ; e (4) as TRADIÇÕES.
E quais seriam as diretrizes dos Três Poderes que estariam corrompendo TODAS as fontes do direito, portanto, ”nocauteando” o  verdadeiro   “Estado de Direito” no Brasil?
Sobre a corrupção das  LEIS, primeira e principal fonte do direito, essa abordagem já  foi alvo da parte introdutória desse texto. E a contaminação do Estado de Direito  pela JURISPRUDÊNCIA, segunda fonte do direito,  provém do vício de origem sobre o qual a jurisprudência deve se  ater, sempre somado à má qualidade dos tribunais superiores.  

Já os COSTUMES e as TRADIÇÕES, como 3ª e 4ª fontes do direito, respectivamente, também estariam sendo destruídas  pelas políticas patrocinadas e incentivadas pelos Poderes Legislativo e Judiciário, através do Congresso Nacional e do  Supremo Tribunal Federal, ”consorciados” com os valores da esquerda,  do Grupo de Bilderberg , e da Nova Ordem Mundial, que apoiam a esquerda  na tomada do poder político mundial ,em troca da reserva dos poderes econômicos mundiais para esses grupos. Esse maldito “consórcio” tem como principal objetivo a destruição dos valores cristãos, base dos COSTUMES e TRADIÇÕES do povo  brasileiro.

Também é mentira o que está escrito no parágrafo primeiro do art.1ª da CF. O poder “NÃO” EMANA DO POVO, como previsto, que  não   o exerce  DIRETAMENTE, nem  através de REPRESENTANTES ELEITOS. Nesse  sentido, a SOBERANIA POPULAR foi  completamente anulada, porque os representantes eleitos pelo povo, embora escrevam as leis, perdem os seus poderes para o Supremo Tribunal Federal, ”guardião” e  único “intérprete” da Constituição, que  acaba dando a palavra final sobre a lei, a seu bel prazer, valendo lembrar o perigo desse poder alertado por  Ruy Barbosa: “A pior ditadura é a do Poder Judiciário. Contra ela não há a quem recorrer”.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

O SUPREMO, SUA FUNÇÃO CONTRAMAJORITÁRIA, E ... GEORGE SOROS - Percival Puggina

Com a mesma liberdade de opinião que me permitiu escrever na legislatura anterior que aquele era o pior Congresso Nacional que conheci, afirmo agora, fazendo coro com José Nêumanne, que esse STF é o pior que já vi atuar. Não apenas porque, usando o eufemismo da moda, “flerta” com a ditadura do Judiciário e realiza proezas nunca vistas, mas porque, com ares missionários, antagoniza a nação. O que para a sociedade é Verdade e Valor, para o STF é objeto de correição. O Supremo se orgulha de agir em dissintonia com a sociedade.

Entenda-se. Um ministro da Corte, ao deliberar, não tem entre seus deveres interrogar-se sobre o que as pessoas pensam a respeito do assunto. Não está imposta a ele a obrigação de promover pesquisa de opinião ou enquete a cada voto que deva dar, muito embora, por vezes, sejam promovidas audiências públicas. Opiniões lhes chegam, de regra, via contraditório expresso pelas partes. No entanto, o problema que abordo aqui tem outra natureza e se vincula ao modo como o atual colegiado foi formado. Lula e Dilma indicaram 13 ministros, dos quais sete permanecem no cargo. Desnecessário dizer o quanto essas designações foram influenciadas pelo critério ideológico. Nos governos petistas ele era determinante, até mesmo, da escolha do jardineiro e do fornecedor de frutos do mar. Camarões de esquerda. Lagostas trotskistas. De nenhum dos quatro remanescentes se poderá dizer que tenham qualquer afinidade com o pensamento conservador, majoritário na sociedade. Bem ao contrário!

Os longos anos de petismo, resultantes de um tempo em que o ambiente cultural estava hegemonizado pelo pensamento de esquerda, dito “progressista”, viabilizaram ampla maioria na Corte. Para piorar a situação, os três ministros anteriores a esse tempo sinistro, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello, com diferenças de ritmo, batem no mesmo tambor. E o ministro subsequente, Alexandre de Moraes, já deixou claro a que veio. Na parte final dessa linha de tempo, contudo, surgiram as redes sociais, democratizando o direito de opinião, dando voz a conservadores e liberais, e revelando, para escândalo dos ditos progressistas, o perfil majoritariamente conservador da sociedade brasileira. Decisões do STF repercutem de modo muito mais intenso nas redes sociais do que nas colunas dos jornais. E o desgosto da sociedade se manifesta.

Qual a reação do Supremo, evidentemente deslocado e isolado, com pouco espaço no mundo das ideias vigentes na sociedade, indigesto e desprestigiado, perante essa situação? Como o descomunal orgulho dos senhores ministros responde à sociedade? Proclamando seu papel contramajoritário!  Eis a grande sacada na cartola dos péssimos argumentos, adulterando o sentido original do termo "contramajoritário", que significa discordar de algo aprovado pelo Parlamento e sancionado pela Presidência. Na concepção do STF, o vocábulo passou a significar a recusa aos valores dominantes na sociedade, propagandeada como se fosse virtuosa atribuição do Poder. Caberia ao STF ensinar o povo a pensar segundo o modo como os onze interpretam os princípios constitucionais. 

Os onze sabem mais do que todos, mais do que os grandes filósofos gregos, mais do que os grandes teólogos. Nenhum destes, claro, mais qualificado do que George Soros e a Nova Ordem Mundial com suas ideias “progressistas” sobre aborto, ideologia de gênero, feminismo radical, controle de armas, globalismo, imigração, "politicamente correto" e engenharia social.
Alguém, aí, abra a janela que eu preciso de ar puro.

Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.




sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Debate inaugural não produzirá virada de votos

Nenhum dos quatro principais presidenciáveis —Bolsonaro, 'Marina', Ciro e Alckmin— protagonizou nada parecido com um tropeço no primeiro debate presidencial de 2018.

Por isso, é improvável que o evento resulte numa virada de votos. Serviu apenas para consolidar posições. O canibalismo esteve no limite do aceitável. Os contendores se deram conta de que, a essa altura, a plateia quer mais soluções do que sangue.

 [tomamos a liberdade de aspear a candidata da Rede, por ela ser o exemplo completo, acabado, do quanto um candidato - uma candidata - pode ser o pior entre os piores; 

Ferrou de vez quando ela comentou sobre a importância da educação e disse um exemplo da importância;

se ela foi o 'melhor' que a educação produziu, temos pena do Brasil - ou dão uma virada de 180º na educação ou acabamos  com o Brasil;

o Ciro com a ignorância que integra sua genética (não só no sentido de ser grosseiro, também como sinônimo de burrice) confundiu hierarquia com disciplina e lamentou não ter um chicote para TENTAR espancar Bolsonaro quando este destacou a importância dos colégios militares;

o Alckmin teve a grande dificuldade - que sempre o acompanha e vai continuar - de explicar, e convencer, como vai combater o que existe de ruim na política, se está aliado com a maior parte do que pior existe na política. 

os demais que o ilustre blogueiro Josias -  generosamente - justificou não destacá-los por não se incluírem entre os quatro principais, são nulidades que dever ser excluídas dos próximos debates - mantê-los é desperdício de tempo - desde o 'podemos', que lembra o 'coringa' do Batman,  o arruaceiro Boulos, o eufórico Daccioli (confunde debate com pregação evangélica), o Meirelles (cujo maior defeito é a insuperável falta de votos) e a Marina que não sabe a que veio - e quanto mais fala mais se enrola.]

O debate (íntegra disponível aqui) escancarou uma peculiaridade da atual campanha: todos desejam encarnar a mudança. A temática foi ditada pela rua, de baixo para cima. Incluiu uma agenda tão óbvia quanto urgente —do desemprego à roubalheira, passando pela ruína fiscal e a precariedade dos serviços públicos.  A má notícia é que os oito debatedores inundaram o estúdio da TV Bandeirantes com ideias que não deram água para alcançar a canela —em parte por conta do engessamento das regras, em parte pela aridez das propostas. Seja como for, a esperança que os candidatos foram capazes de inspirar nas três horas e doze minutos em que estiveram no ar cabe numa caixa de fósforos.

A noite produziu duas vítimas: Michel Temer e Lula, ambos ausentes. O primeiro apanhou indefeso. O segundo foi ignorado. Temer não contou nem com a solidariedade do seu ex-ministro Henrique Meirelles. O presidenciável cenográfico do PT teve um consolo. O condenado mais ilustre da Lava Jato assistiu pelo televisor instalado em sua cela especial à saudação do companheiro Boulos, do PSOL: “Boa noite, presidente Lula. Deveria estar aqui. Mas está preso injustamente em Curitiba, enquanto o Temer está solto lá em Brasília”.

Bolsonaro apresentou-se em versão ligth. Não explodiu nem mesmo quando Boulos, no comecinho do debate, dirigiu-lhe uma pergunta dura de roer, com prefácio desairoso: “O Brasil todo sabe que você é racista, machista, homofóbico”, disse o rival do PSOL.
Boulos prosseguiu: “Você, em 27 anos como deputado, ficou dez anos no partido do Paulo Maluf, recebeu auxílio moradia tendo casa, comprou cinco imóveis, fez da política um negócio em família, tem um monte de filhos no mesmo esquema que você.” Sapecou: “Quem é a Wal, Bolsonaro?”

E o capitão, contendo-se dentro dos sapatos: “Eu pensei que viesse discutir política nacional aqui.” Bolsonaro negou que Walderice, a Wal, seja funcionária fantasma em Angra dos Reis. Estava em férias quando a reportagem da Folha a procurou, disse.No tocante a patrimônio, o Ministério Público já revirou minha vida de perna para o ar. Os filhos? “Tenho moral para indicar e o povo vota neles.” [por sorte dos que assistem debates logo estarão livres de uma coisa como Boulos - pela sua insignificância, que resulta em percentual insignificante de votos, logo não estará entre os que tem alguma possibilidade.]
Para não ser acusado de ter virado um ex-Bolsonaro, o capitão devolveu a provocação. Expressando-se num idioma muito parecido com o português, afirmou:Me orgulho da minha honestidade e não dos atos de invadir propriedade privada dos outros, que trabalhou e suou muito para conseguir aquele patrimônio. E vai uns desocupados invadir e levar terror na cidade.”

Líder do movimento dos sem teto, [cobrando inclusive aluguel dos liderados que ocupam os imóveis ocupados - vide: miséria explorada.] Boulos não se deu por achado: “A Wal é funcionária fantasma do gabinete dele. Junto com o marido dela, Edenilson, tem a responsabilidade de cuidar dos cachorros do Bolsonaro numa das casas dele em Angra dos Reis. O problema não é a Wal. Ela é vítima de políticos como o Bolsonaro, que vendem essa ideia de que vão acabar com a bandalheira e é (sic) farinha do mesmo saco. Bolsonaro representa a velha política corrupta… Recebeu auxílio moradia tendo casa. Você não tem vergonha?”
Sem elevar o timbre de voz, Bolsonaro encurtou a conversa: “Teria vergonha se estivesse invadindo casa dos outros. Auxílio moradia está previsto em lei. Se é imoral, é outra história. Não vim aqui para bater boca com um cidadão desqualificado como esse aí”, encerrou, devolvendo a palavra ao mediador do debate antes do encerramento do tempo a que tinha direito para a tréplica.

Depois desse teste de nervos, Bolsonaro fez o que se esperava dele: pregou para convertidos. Em meio a respostas superficiais, encaixou a retórica que lhe rende votos. Coisas como a liberação das armas, restrição aos direitos humanos de bandidos, castração química de estupradores e disseminação de escolas militares pelo país… Tudo isso, mais o fim do fisiologismo. “O único que tem moral para cumprir essa missão é Jair Bolsonaro”, declarou. [convenhamos que muitos opositores de Bolsonaro devem entrar em estado de pré infarto, quando lêem o destacado em vermelho e são obrigados a ficar em silêncio, já que o destaque expressa parte do que o precisa:
- se bandido não concede nenhum tratamento humano a suas vítimas, qual a razão de ter direito a direitos humanos irrestritos?
- o que justifica que o cidadão de bem não pode possuir/portar armas? a excrescência chamada 'estatuto do desarmamento' só permite que policiais e bandidos andem armados - sendo as armas do bandidos mais poderosas que as dos policiais;
- o cara é estuprador, indeficiente, a única solução é a castração química - se não resolver partir para convencional: esmagamento testicular; (um parêntese: a polícia de Brasília prendeu na BR-070 um estuprador, que só agia às quintas-feiras;
razão da escolha: o marginal estava em liberdade condicional e toda quinta-feira tinha que se apresentar à Justiça - aproveitava a viagem para na ida estuprar uma, circulava o dia inteiro e na volta estuprava outra);
- as escolas militares educam os jovens em todos os pontos, inclusive, no tocante a necessidade, a importância da hierarquia e disciplina - sem usar o chicote que o Ciro pensou em suar quando respondeu a Bolsonaro sobre o tema.]
 
Marina e Ciro, segunda e terceiro colocado nas pesquisas sem Lula, poderiam ter duelado entre si. Mas preferiram alvejar Alckmin, o quarto colocado. Em certos momentos, ficou a impressão de que a dupla receia que o rival tucano decole quando puder ocupar o latifúndio que obteve no horário eleitoral.  Num embate direto com Alckmin sobre educação, Marina sugeriu ao telespectador que levasse o pé atrás ao ouvir do tucano a promessa de que dará prioridade ao ensino fundamental. “Tome muito cuidado, porque às vezes se faz um discurso oco da prioridade à educação, mas o condomínio já está cheio de Lobo Mau querendo comer o dinheiro da vovozinha”. O lobo da metáfora de Marina é o centrão, grupo partidário que encostou seu histórico de corrupção na candidatura de Alckmin. A vovozinha é o Tesouro Nacional.

Noutro ponto do debate, a candidata da Rede ironizou a promessa de Alckmin de governar com os melhores quadros dos partidos políticos e da sociedade. “Costumo dizer que a forma como se ganha determina a forma como se governa”, declarou Marina. “E fica muito difícil acreditar que quem se junta com aqueles que estão em graves casos de corrupção possa de fato ter critérios que sejam levados a sério na hora da composição do governo. Nós teremos critério. […] Quando se ganha com quem não tem compromisso com a ética, contamina o governo e todas as promessas caem no vazio.”

Alckmin viu-se compelido a adicionar à réplica uma pimenta que não orna com seu apelido de ''picolé de chuchu''. Apontou para o passado petista de Marina: “Nunca fui do PT nem ministro do PT. Quero deixar bem claro que somos de uma outra linhagem.” Alckmin também realçou que Marina aliou-se ao PV na campanha atual, esquecendo-se de que abandonara a legenda em 2010 sob a alegação de que não era compatível com seus valores.

Ciro alvejou Alckmin numa “nota de rodapé” sobre reforma tributária. O candidato tucano dissera que seu plano de reformulação do sistema tributário incluirá a tributação dos dividendos das empresas. E Ciro: “Fui ministro da Fazenda, ajudei no Plano Real, sob a liderança de Itamar Franco. O presidente Itamar cobrava 35% de alíquota dos ricos no Imposto de Renda e eu tributava lucros e dividendos. Foi só o PSDB assumir [no governo FHC], revogou tudo isso. Só para a gente ter clareza da história do Brasil. Não é nada pessoal. Quero preservar a antiga amizade que tenho com o governador Geraldo Alckmin.”

Alckmin classificou a reforma na CLT como “um avanço.” E Ciro: “Essa reforma trabalhista que o PSDB aprovou, proposta pelo Michel Temer, introduziu no mundo do trabalho brasileiro muita insegurança e medo do futuro. Essa selvageria nunca fez país nenhum prosperar. […] É um erro grave, vou ter que corrigir isso.” Alckmin não arredou o pé: “Mantenho a posição. A reforma trabalhista foi necessária.”
No pelotão que frequenta o rodapé das pesquisas, Álvaro Dias agarrou-se ao seu slogan da “refundação da República”, prometeu “institucionalizar” a Lava Jato e reiterou o compromisso de nomear Sergio Moro para o cargo de ministro da Justiça. Absteve-se de esclarecer se já combinou com o juiz do petrolão. Ainda assim, seu desempenho foi menos sofrível que o de Meirelles.

O ex-ministro da Fazenda atravessou o debate como se estivesse atormentado por uma dúvida: não sabia se priorizava a desvinculação com Temer ou a vinculação com Lula, a quem serviu como presidente do Banco Central. A certa altura, sentiu a necessidade de esclarecer que não participou do ruinoso governo de Dilma.

Num debate que pode ser definido como chocho, o Cabo Daciolo, desconhecido candidato do insignificante partido Patriota, injetou comédia no tédio. Falando sempre em nome de Deus, para glória do Senhor Jesus, o cabo atingiu o ápice do humor ao supervalorizar o hipotético esquerdismo de Ciro. “O senhor é um dos fundadores do Foro de São Paulo. Pode falar aqui, para a população brasileira, sobre o Plano Ursal [União das Repúblicas Socialistas da América Latina]. Tem algo a dizer para a nação brasileira?”
Ciro tentou desligar seu inquisidor da tomada: “Meu estimado cabo, eu tive muito prazer de conhecê-lo hoje. E pelo visto o amigo também não me conhece. Não sei o que é isso, não fui fundador do Foro de São Paulo e acho que está respondido.”

Daciolo manteve a língua em riste: “Sabe, sim. Estamos falando aqui de um plano que se chama Nova Ordem Mundial: conexão de toda a América do Sul, tirando todas as fronteiras e fazendo uma única nação. Poucos ouviram falar disso e será pouco divulgado. Quero deixar bem claro que, no nosso governo, o comunismo não vai ter vez. A nação brasileira, no nosso governo, será a primeira economia mundial. Para honra e glória do senhor Jesus Cristo.”
Sob risos, Ciro arrematou: “A democracia é uma delícia…, mas ela tem certos custos.” Por sorte, parte da audiência não precisou arcar com todos os “custos”, pois já havia se retirado, para encontrar o travesseiro.

[Nota: a URSAL, oficialmente UNASUL, pretendia transformar a América Latina na UNIÃO DAS REPUBLICAS SOCIALISTAS DA AMÉRICA LATINA - URSAL,  seria a substituta da extinta URSS e localizada na América do Sul.
Com a consolidação da Rússia e a concretização do desmanche da URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o plano foi por água abaixo e hoje é uma fonte de despesas, fadada à implosão.]

Blog do Josias de Souza


quarta-feira, 20 de abril de 2016

Jair Bolsonaro e a comunicação social



Infelizmente, existem coisas que são permitidas à esquerda, mas não a nós.


O dia 17 de abril de 2016 ficará marcado em nossa história como o primeiro passo objetivo dado pelo Brasil contra o comunismo do Foro de São Paulo. No entanto, a belíssima e emocionante vitória da democracia deixou um sabor residual amargo na boca de quem, como eu, apóia o deputado federal Jair Bolsonaro em sua pré-candidatura à Presidência da República.

"Por um Brasil acima de tudo, por Deus acima de todos, o meu voto é SIM!"

"Perderam em 64. Perderam agora em 2016."
 
 "Nesse dia de glória para o povo brasileiro, tem um nome que entrará para a história, nessa data, pela forma como conduziu os trabalhos nessa casa. Parabéns, presidente Eduardo Cunha."

 "Pela família e pela inocência das crianças em sala de aula, que o PT nunca teve (sic). Contra o comunismo. Pela nossa liberdade. Contra o Foro de São Paulo."

Em seu breve discurso preliminar à declaração de voto favorável ao impeachment de Dilma Rousseff, não se pode dizer que Bolsonaro tenha "mitado". A menos que consideremos mitológico condensar tantos equívocos de retórica em meros 55 segundos.  Tenho certeza de que compartilhei com milhões de brasileiros patriotas a empolgação quando um sorridente Bolsonaro se aproximou do microfone, recebido sob vaias dos comunistas - o que, convenhamos, já é um começo espetacular para qualquer pessoa decente. Até que ele abriu a boca.

Ler na íntegra, clique aqui